A vida depois do casamento escrita por Costa


Capítulo 12
Zorro.


Notas iniciais do capítulo

Mais uma one shot, pessoal.
Desculpem-me não estar postando todo dia como antes, mas é que agora começaram as aulas da faculdade e já tenho algumas tarefas por fazer. Meu tempo livre divido entre minhas fics, especificamente entre duas, para ser exata, então costumo dedicar-me um dia a essa e outro dia para a outra.
Sem mais, deixo-lhes mais esse.
Espero que gostem :)



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Omar estava conversando com Fernando enquanto caminhavam pela rua.

–Não e não, Omar! -Fernando diz já começando a ficar irritado.

–Por favor, compadre. É para seu afilhado. -Omar pede com voz mansa.

–Contrate alguém, um animador de festas, um ator, qualquer um. Eu não vou me vestir de Zorro.

–Por favor, Fernando. Onde vou conseguir alguém em dois dias? Já até procurei, mas eles precisam de 15 dias de antecedência e outra, os animadores de lá eram muito esqueléticos, não tinham porte de zorro.

–Mas que droga, Carvajal! Com tantos temas para escolher, por que tinha que fazer exatamente do Zorro ?

–Não foi culpa minha. O Agustín que escolheu depois que viu o filme do Zorro na T.V.

–Se um dia eu precisar, você vai ter que se vestir até de princesa encantada, fadinha sininho se for preciso e sem reclamar.

–Isso é um sim?

–É! E não pergunte muito que posso me arrepender.

–Obrigado, maninho. -Omar o abraça e o tira do chão no meio da rua.

–Me larga. Já basta eu pagar esse mico. Quer que pensem agora que também entrei para o time do Luigi? -Fernando diz se livrando do abraço.

–Desculpa, é que estou feliz.

–Ninguém merece. Festa de aniversário do Zorro. -Fernando bufa.

Os dois dias se passam. A festa do Agustín seria em um club alugado. O local era um rancho. Não tinha animais e, por isso, Omar conseguiu fazer com que um fazendeiro da região lhe alugasse um cavalo preto. O Zorro teria que chegar com estilo.

Todos já estavam na festa, todo o quartel e os familiares; Celso, Ramon e sansão; Tomás, Alice, sua mãe e os filhos; Márcia e Roger; Alguns amigos de escola de Agustín; Luigi; Lety, seus pais, as crianças e Fernando.

Assim Omar avista a Fernando, ele o chama para conversarem onde as crianças não possam ouvir.

–Tudo pronto, Fernando? -Omar pergunta animado.

–Tudo. A fantasia tá no carro. Vou ficar um pouco na festa e depois, sem que me vejam, me troco e venho aqui fazer uma média.

–Não senhor, você se veste, segue até aquela fazenda ali, -Omar diz apontando- sobe num cavalo que estará a sua espera e volta aqui como um verdadeiro Zorro deve ser.

–Cavalo? Tá brincando, né?

–Não, não estou. Conversei com o fazendeiro e ele vai alugar-me por algumas horas.

–Esquece. Não vou montar num cavalo que sequer conheço o temperamento.

–Não faça assim, Fernando. Você sempre montava lá no club.

–Montava com cavalos selecionados, de bom temperamento e que estavam acostumados comigo e outra, tem anos que não vou no club, anos que não subo num cavalo. Não posso montar em qualquer pangaré por aí.

–É como andar de bicicleta. A gente nunca esquece.

–O aniversário da Aurora tá chegando, mesmo que eu traumatize minha filha, você vai se vestir de princesa e essas coisinhas fru-frus. Por essa você vai me pagar.

–Você vai?

–Vou, mesmo que eu caia do cavalo.

A festa segue animada, a criançada estava ansiosa para partir o bolo, mas Carol pediu que esperassem mais um pouco e deu sinal para Fernando se fantasiar. Ele correu até o carro e pegou a fantasia e vestiu lá mesmo. Correu para a fazenda e encontrou o famoso cavalo. O cavalo era até negro, mas era um pouco magro, não parecia Tornado, o cavalo do zorro, mas só tinha aquele e teria que servir. Subiu, com medo, no cavalo e viu que ele era tranquilo. Voltou para a festa em grande estilo. As crianças olhavam admiradas a imagem do cavaleiro negro chegando. Os pais, especialmente Lety, Omar e Carolina, não se aguentavam de rir do atrapalhado Zorro.

Assim que as crianças se acalmaram um pouco, eles partiram o bolo. Fernando ainda passou o resto da festa vestido de zorro de um lado para o outro para a alegria das crianças. Elas não o reconheceram já que ele não tirou a máscara para nada e disfarçava a voz para falar.

Na hora de irem embora, Fernando devolveu o cavalo para seu dono, mas, por preguiça de trocar-se, apenas retirou a máscara, a capa e o chapéu e jogou na mala do carro. Para encobrir a camisa, colocou seu paletó e o fechou.

Ao chegarem em casa, as crianças estavam mortas de cansaço que até dormiram no carro. Ele e Lety as colocaram nas camas e Fernando voltou até o carro para pegar o resto da fantasia do zorro e suas roupas. Feito isso ele voltou para o seu quarto onde Lety já estava estirada na cama.

–Vou jogar essa porcaria no lixo. Fernando diz balançando partes da fantasia.

–Vai mesmo? Você ficou tão bem de zorro. Será que antes dele se aposentar você não poderia colocar uma última vez? -Lety diz se aproximando dele com um olhar malicioso.

–Lety, não sabia que gostava de zorro. -Fernando diz surpreso.

–Adoro e em você ficou tão bem.

–Acho que esse zorro aqui pode cumprir uma última missão. -Fernando diz enquanto veste a capa, a máscara e o chapéu.

–Meu lindo Zorro. -Lety diz se aproximando de Fernando e o beijando.

Fernando, no final das contas, até gostou da ideia de se fantasiar de Zorro. Na verdade, se soubesse que lhe renderia uma bela noite de amor com sua esposa, já teria se fantasiado há mais tempo. A partir daquele momento aquela simples fantasia teria um local fixo em seu guarda-roupa.

Fim.


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