Crimson Thorn escrita por Vit


Capítulo 8
Regina Let's Go


Notas iniciais do capítulo

Dia 9: Regina Let's Go - CPM 22



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"Não me importa mais, não tem como voltar
É, eu não vou mais me importar"

Manigold nunca admitiria, mas estava um tanto nervoso para o suposto encontro que teria com seu parceiro, isso deve parecer no mínimo ridículo para alguém que seria capaz de socar a face de um deus sem pensar duas vezes, mas ele não conseguia evitar.

Era claro para todos que o cavaleiro de Câncer, apesar de ser um signo emotivo e romântico, não sabia nada sobre emoções que não fossem de batalha, logo, não sabia como cortejar alguém.

O dourado de Áries tentara ajudá-lo, o incentivando a levar uma flor, e dizendo para que não se preocupasse, pois o pisciano gostava dele como era e não se importaria com o resto.

Isso conseguiu acalma-lo por algum tempo, mas agora que estava tão próximo da esperada hora voltou a sentir um frio estranho na barriga, isso somente acontecia quando estava prestes a sair para alguma missão extremamente importante, o que o levou a acreditar que era apenas animação, e talvez fosse, ele era muito corajoso e confiante para sentir medo de alguma coisa.

Ele não havia se arrumado muito, apenas colocou roupas limpas e se lavou, acreditava que hoje seria mais um dia comum em que ambos os cavaleiros estavam livres e conversavam brevemente, como fizeram muitas vezes, então logo subiu para o templo de Peixes, onde normalmente se encontravam.

Ao chegar não precisou chamar pelo companheiro, pois este já o esperava, vestindo roupas simples, afinal, ele não precisava se arrumar para ficar incrivelmente belo, isso era algo natural dele, o que logo fez o maior sorrir abertamente.

— É sempre agradável vê-lo sem a armadura, Alba-chan. — disse como um cumprimento.

— Obrigado, onde pretende me levar hoje? — perguntou e sorriu da forma contida como sempre fazia.

— Eu não sei, não tinha pensado nisso. — respondeu com simplicidade, sabia que o outro entenderia.

— Certo, então eu tomarei o controle da situação. — falou e se pôs a andar, sendo prontamente seguido pelo outro.

— Oh, e onde vamos? — questionou animado.

— Um lugar que considero agradável. — foi a resposta que recebeu e decidiu não perguntar mais, decidindo falar sobre assuntos diversos enquanto andavam pelo Santuário.

A conversa fluía bem, distraindo o canceriano, que mal percebeu que eles haviam entrado na mata que cercava o lugar sagrado, e estavam andado há bastante tempo em uma trilha quase escondida, mas que o pisciano parecia conhecer bem, pois nunca perdia seu rastro ou parecia confuso sobre qual das bifurcações deveria seguir.

Por não ser muito paciente, Manigold começou a questionar quanto tempo ainda levaria para que eles chegassem repetidas vezes, já estava ficando cansado e curioso, nunca soube que o dourado de Peixes conhecia aquela mata tão bem.

Ele conseguiu se distrair por mais algum tempo tentando acabar com a paciência do menor, um passatempo deveras divertido ele diria, até que finalmente o bosque desapareceu, dando espaço a um grande campo aberto, mas coberto de flores.

A variedade de cores e sons daquele lugar era enorme, havia tantas espécies de animais, plantas e insetos que parecia formar um mundo completamente novo, o cheiro era doce e alegre, e as flores coloridas se moviam de forma que pareciam fazer ondas por causa do vento.

Manigold ficara surpreso por ser trazido a um lugar assim, não era um especialista em natureza, mas ele era obrigado a admitir que o lugar era lindo, tanto, que se pegou pensando que era o lugar perfeito para o homem que estava ao seu lado, sentado na grama e observando a tudo com um sorriso sereno no rosto.

— Ninguém vem a este lugar. — disse enquanto o mais velho se sentava ao seu lado.

— E é por isso que você vem para cá. — afirmou, copiando o sorriso do parceiro. — Aqui você não teme seu sangue venenoso.

— Você parece ser a única exceção para todas as minhas regras. — direcionou o olhar para o canceriano, sem mudar seu sorriso, não parecia irritado com este fato.

— Ah, eu não sou bom com essa coisa de regras, me desculpe! — respondeu e deu risada, afastando sem querer alguns coelhos que estavam se aproximando curiosos.

— E você nem mesmo se envergonha disso. — disse com um tom levemente reprovador.

— Por que eu deveria? Eu não me importo com essas besteiras. — retrucou com simplicidade e deitou-se na grama, cruzando os braços atrás de sua cabeça.

— E também não se importa que eu posso mata-lo. — falou em um tom um pouco mais baixo, se preocupava com o bem-estar do amigo e se culpava por ter parado com as tentativas de afasta-lo.

— Não, agora é tarde, não posso voltar atrás, e você deveria pensar o mesmo. Se eu não ligo, por que você vai ligar?

— Porque eu tenho senso de responsabilidade.

— Responsabilidade é chato.

— Mas necessário.

— Mas eu ainda não ligo. — respondeu com uma risada e se pôs a brincar com uma das mechas de cabelo do outro, logo se sentando novamente. — Se eu fosse morrer por causa de coisa boba eu já estaria morto.

Albafica apenas deu uma risada baixa, seu companheiro era realmente inacreditável, mas estava certo, ele realmente deveria parar de se importar tanto com o que corria em suas veias.

Não seria uma tarefa fácil e ainda teria o máximo de cuidado ao lutar, mas por hora, ele iria apenas se permitir aproveitar o que Manigold lhe oferecia, e segurou a mão do maior, recebendo um olhar carinhoso e um sorriso alegre, antes de voltar a observar o arco-íris feito de plantas a sua frente em silêncio.


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Notas finais do capítulo

A madrugada é provavelmente minha hora favorita para postar, mas o que importa é postar, não é mesmo? Finalmente um encontro e o primeiro contato!~ Espero que tenha ficado bom, não sou muito boa com encontros românticos e etc. E obrigada as adoráveis leitoras que comentaram! (Logo responderei os comentários, perdoem minha demora, por favor!)



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