A tale of Nevareth escrita por Yokichan


Capítulo 2
De como eles "juntaram as escovas de dente"




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Alguns dias depois, quando todos de Nevareth já estavam cansados de saber que aqueles dois não eram mais dois, mas na verdade um — porque onde quer que você fosse procurar por ele, ela também estava lá — Whuthering e Jhony resolveram oficializar as coisas. E durante muito tempo se falou sobre o dia em que duas das guildas mais fortes do continente se tornaram uma só casa, Stormborn.

Nem todos engoliram a ideia e observaram a cerimônia de união com desdém, sombrios e fechados em si mesmos, pensando em como seria submeterem-se a um novo líder, a alguém que eles não conheciam e por isso não respeitavam. Mas quando o sacerdote pronunciou as palavras finais e desejou prosperidade para a recém-nascida Stormborn, Whuthering sentiu que agora tudo estava certo e nada seria capaz de derrubá-los, porque ela acreditava naquela verdade. Então Jhony pegou-a pela mão e ela percebeu que ele também acreditava.

Ao fim daquela noite, depois de os homens terem bebido o suficiente por um mês inteiro, se gabado por suas glórias na velha guerra entre Capellas e Procyons e recebido com gargalhadas os “nãos” de garotas de nariz empinado que não queriam saber deles, Jhony deixou-se cair com um sorriso sobre a cama. Sua cabeça girava um pouco e o corpo estava pesado — embora já tivesse se livrado da armadura. De olhos fechados, ele ouvia os passos de Whuthering pelo quarto e o ruído dos braceletes e peças de roupa que ela deixava pelo chão.

Ele sentiu o cheiro de sua pele quando ela inclinou-se sobre ele.

Então abriu os olhos para vê-la.

E percebeu que ela estava nua.

— Prometa que sempre estará aqui. – ele pediu.

— Na nossa cama?

Whuthering sorriu. Estava sentada sobre o corpo dele e, lentamente, como que brincando com os botões, abriu sua camisa. A claridade dourada da vela que derretia ao lado da cama iluminou o peito largo e marcado pela guerra que subia e descia debaixo das mãos dela. Jhony agarrou-a com um braço e a deitou sobre a cama, e o calor do corpo dele sobre o seu quase a deixou fora de si.

— Comigo, onde quer que seja.

Ela tinha lágrimas nos olhos quando disse aquilo que ele já sabia.

— Eu amo você.

Lágrimas porque, finalmente, não estaria mais sozinha. Porque os tempos de escuridão haviam ficado para trás e porque agora só havia Jhony e tudo o que eles poderiam construir juntos. Porque quando disse que o amava, deixara todas as suas defesas ruírem, e isso jamais acontecera antes.


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