Um divã para dois escrita por Tulipa


Capítulo 11
Onze


Notas iniciais do capítulo

Chegamos a marca de cem coments. Que feliz! =D
E de brinde ainda veio uma nova recomendação o/
Obrigada, Ivy, adorei cada palavra ♥


Agora vamos ao capítulo. Eu sofri demais escrevendo ele, se vocês são?estão sensíveis peguem lenços.



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*Pepper*




Ele ficou me olhando, praticamente suplicando pra que eu o impedisse de ir embora, pra que eu pedisse pra ele ficar. A porta do elevador se fechou quase em câmera lenta, como se o destino me desse a chance de agir, puxar o meu amor dali ou embarcar com ele, e eu simplesmente não consegui me mover. Mas quando me dei conta de que ele não voltaria eu desabei. Pouso as minhas mãos em minha barriga vazia e um silêncio esmagador se espalha ao meu redor, acabo de perdê-lo também.

O telefone toca uma porção de vezes. Atende. Atende. Atende.

—Preciso de você.— falo em meio as minhas lágrimas, quando sou atendida, e então desligo o telefone. Estou jogada aqui no sofá desde a hora em que ele saiu, mal consigo me mover, mal consigo respirar, não é exagero. Os minutos passam e quando eu começo a acreditar que fui abandonada o elevador se abre.

—Não sei qual é a emergência, mas eu trouxe vinho. — Jessica diz ao entrar, levanto a mão pra que ela veja que estou no sofá —Porque você está se desmanchando?— ela pergunta ao sentar ao meu lado depois de colocar a garrafa e as taças sobre a mesa.

—Ele me abandonou.— soluço —Eu pedi só um pouco de sossego e ele me abandonou.

—Imagino a forma como você pediu esse sossego.— ela diz —Mas o que houve realmente?

—Nós fomos a Portland no final de semana, tudo estava bem, e na terça tudo desmoronou porque nós chegamos a um ponto na terapia onde seria impossível não falar dela. Eu não quero falar dela porque dói. Dói muito.

—Eu sei que dói, meu amor, mas se você buscou ajuda na terapia não há como fugir.

—Eu fugi. Hoje é dia de terapia e eu não fui.

—E o Tony? Quando ele foi embora?— ela pergunta.

—Hoje.— respondo —Cheguei e ele estava a caminho do consultório do Dr Hayden. Quando disse que não iria nós discutimos, ele falou que iria até lá, mas depois iria pra casa. Ele saiu de mala, uma mala enorme.

—Vá atrás dele.— ela manda.

—Não, é exatamente isso o que ele quer.

—E o que você quer?

—Quero que ele volte.— digo chorando.

—Então você terá que ir atrás dele, porque é você quem o tem afastado, foi você quem o mandou embora.— ela diz, Jéssica mais do que ninguém sabe da nossa história, toda ela, desde o primeiro dia —Esse homem é o maior stalker que eu já vi na vida ele não iria embora assim, nem os meus fãs mais loucos por mim são como ele.

—Não exagera.— falo ao enxugar o rosto.

—Tá, é um pouco exagero.— ela concorda —Mas vocês estão destinados e mal resolvidos há quase 16 anos e agora tudo vai acabar assim? Porque você se frustrou? O seu sonho de ser mãe chega a ser doentio, baby.

—Eu não acho.— contraponho e ela ri nervosamente.

—Ginny, você sabe que eu não sou nem um pouco didática, certo?— assinto, Jessica diz que talvez eu seja masoquista por ser amiga dela há tantos anos, sua qualidade e seu defeito é dizer a verdade, doa a quem doer, ela vive cometendo sincericídios —A missão de passar a mão na sua cabeça eu deixo pros seus pais, vou ser direta e espero que você me perdoe pela frieza, mas... Tony até poderia ser pai, mas você não seria mãe.— ouvir isso é como levar um soco —Pra Mariah você seria só uma foto num porta-retratos...— outro soco —E a vida dela poderia ser uma merda apenas pelo peso da culpa por estar aqui e você não. Ou você acha que ela nunca iria questionar a sua ausência?

—Ela não precisaria saber a verdade.— argumento.

—Então tudo bem viver uma mentira?— ela pergunta —Caso o Tony a renegasse, porque poderia acontecer. Acho que você nunca se colocou no lugar dele, né? Em como seria difícil aceitar que você morreu pra filha de vocês sobreviver, talvez ele a culpasse da mesma maneira que você o culpa.

—Para!— eu grito. Está doendo. Parece que eu estava apanhando de verdade —Você está sendo cruel!

—Estou sendo realista.— ela me diz —E é da verdade que você precisa.

—Todo mundo respeitou a minha vontade menos o Tony.

—Seus pais, o Tony, todo mundo "aceitou"— ela faz aspas com as mãos —O seu pedido porque, assim como você, tínhamos a esperança de que vocês duas ficassem.— ela diz —Mas você acredita mesmo que se estivéssemos lá com o Tony e a médica ou qualquer pessoa perguntasse "Qual delas eu devo salvar?" optaríamos pela bebê?

—Sim.— respondo —Porque foi isso que eu pedi.

—Só que os médicos não fazem esse tipo de pergunta, tá? Se você não fugisse de todas as conversas um dia alguém te diria. Aliás, se você não queria ouvir ninguém poderia ao menos ter lido artigos na internet mesmo.

—Não sei por que eu te chamei aqui.— falo com raiva.

—Também não sei, mas eu te amo, e acho que só um choque de realidade vai te fazer sair dessa bolha de sofrimento onde você se colocou.— ela diz —E se você não sair dessa vai acabar perdendo a pessoa que você mais ama no mundo, a única pessoa que pode te dar o que você quer. Quer dizer, ele não é o único, mas acho que se não for com ele não vai ser tão especial, vai?

—Não vai.— passo as mãos pelo rosto —E se ele tiver desistido de mim?

—Aquele homem que ficou semanas indo ao Ted’s pra te convencer a voltar pra empresa dele não iria desistir de você em menos de 24h.— ela me sorri —Você sabe pra onde ele foi, não é?

—Ele disse que iria pra casa, então...

—Embarco pra Los Angeles a meia-noite, tenho uma reunião na gravadora amanhã cedo, quer carona?

—Quero.— respondo.

—Então nada de vinho.— ela diz —Eu vou até meu apartamento ajeitar umas coisas, enquanto isso você toma banho, dá um jeito nessa cara que está péssima e arruma a sua mala, daqui a pouco volto aqui pra te pegar.— ela me beija o rosto —Tudo bem?— murmuro uma afirmação.




(...)




Por causa do gelo na pista o vôo não saiu na hora prevista, passava das 4h da manhã quando aterrizamos em Los Angeles, e Brian, ex-baterista da ex-banda da Jessica, irmão e empresário dela, estava no aeroporto a nossa espera, toda vez que eu o vejo me lembro da primeira crise de ciúmes do Tony. E de todas as outras que acontecem sempre que nos vemos. Porque a gente não conseguiu se entender no começo? Seria diferente se tivéssemos conseguido? Nunca vou saber.

—Ora, ora, se não é a minha Red.— ele sempre me chamou assim por causa dos cabelos ruivos, mas nunca foi tão abusado na frente do Tony —Quanto tempo.— ele sorri. Brian continua lindo, mas sempre vai ser o irmão da minha melhor amiga com quem eu me diverti por algum tempo.

—Muito tempo.— eu falo, minha voz está rouca de uma maneira estranha, talvez seja de tanto chorar.

—Tudo bem?— ele pergunta, com certeza por causa da minha cara de doente.

—Vai ficar.— Jessica envolve seu braço em mim. Brian pega a minha mala e a da Jessica e as põe no porta-malas. Pelo menos não vou desviá-la de sua rota. Há dois anos Jess comprou uma casa num condomínio em Malibu, onde moram uma porção de famosos.

Depois de alguns minutos de estrada, agradecendo o fato de não precisar do casaco pesado, das luvas, e poder andar com o vidro do carro aberto porque o clima está ameno e não há neve, logo estou diante dos portões da casa que abandonei há pouco mais de seis meses.

—Obrigada pela carona.— abraço a Jess.

—Me liga, tá?— aquiesço —Eu sei que nem sempre falo o que você quer ouvir, mas pode me ligar.

—Você pode não falar o que eu quero ouvir, mas sempre fala o que eu preciso ouvir.— eu digo. Ela beija a minha bochecha e me solta —Tchau, Brian, e obrigada.

—Tchau, Red. Fica bem, tá?— assinto e quando o portão se fecha atrás do carro deles, caminho até a porta.

Eu amei tanto essa casa e agora tenho um tipo de medo dela que não sei explicar. Ao entrar, tudo parece igual e não há nenhum sinal do Tony, deixo a minha mala na sala e vou direto ao lugar onde tenho certeza que ele está, mas ao chegar não o vejo na oficina, no entanto, uma garrafa de uísque vazia e um copo com quase um dedo de líquido âmbar revelam que ele esteve aqui. Chamo pelo Jarvis, porém ele simplesmente não me responde. Subo em direção aos quartos e o encontro no último lugar onde queria encontrá-lo.

Tony está desacordado num canto do quarto vazio e meu primeiro reflexo é me agachar ao lado dele e ver se ele está bem. Ele respira, graças a deus. Pego a garrafa de uísque pela metade e arremesso contra a parede, odeio que ele beba tanto assim. Me odeio porque fui eu quem fez isso com ele. Se eu não conhecesse a casa acharia que esse é só mais um quarto, mas não é só isso. Eu passei semanas planejando cada detalhe e hoje as paredes estão brancas novamente, ao olhar pra cima vejo o lustre de borboletas. Tudo era de borboletas. Tudo era pra ela.




Nove semanas de gestação e uma curiosidade imensa tomava conta de mim, eu nunca escondi dele que o meu desejo era uma menina, por mais que minha mãe dissesse que meninas eram mais grudadas nos pais. Eu ia adorar que ela fosse o grude dele, e ela seria a única com quem eu o dividiria. Vendo a minha ansiedade, minha médica me indicou o exame de sexagem fetal, era certeiro e nada invasivo, e é claro que eu fiz.

—Baby, fala logo!

—Não era você que não estava nem um pouco curioso, o que aconteceu? — eu o provoco.

—Aconteceu, que você tem um envelope nas mãos que me diz se eu vou ter um aprendiz na arte da conquista ou precisarei comprar uma espingarda.

—Nossa, como você é machista.— eu falo —Não vou abrir na sua frente.— tento caminhar pra fora do quarto, mas ele me puxa e me joga na nossa cama.

—Me dá isso, aqui.— ele tira o envelope da minha mão e o abre —É uma menina.— ele sorri. Ele só sorriu assim pra mim três vezes: depois do meu sim, quando eu contei que estava grávida e agora, por isso não vou dizer a ele que eu já sabia que é uma menina. A nossa menina.




Apoiei a cabeça dele em meu colo e me permiti chorar como da última vez que estive aqui. Mas já não consigo mais, preciso sair e não posso deixá-lo aqui.

—Tony...?— ele nem se move, dou uns tapinhas no seu rosto e o chamo outras vezes, perco as contas —Tony...?— finalmente ele abre os olhos, meio confuso com fato de eu estar aqui ele pisca algumas vezes, e então começa a chorar.

—Baby, me perdoa, eu te amo tanto.— ele diz e eu volto a chorar. Tony muda de posição em meu colo e agarra a minha cintura como se eu pudesse correr dele, mas não é isso o que eu quero, não foi por isso que vim —Eu não pude, não pude, não pude...— ele repete.

—Eu sei.— acaricio seus cabelos.

—Eu sonhava com ela, e ela seria igualzinha a você, o mesmo cabelo, os mesmos olhos.— ele diz —Tenho certeza que ela seria assim. E eu não conseguiria olhar pra ela se você não estivesse aqui, eu não conseguiria vê-la crescer.— ele continua a chorar, eu continuo a chorar, não vamos parar tão cedo.





O amor que fizemos depois de abrir o envelope que revelava o sexo do bebê foi sem dúvida uma das melhores vezes que fizemos, se não a melhor, não que todas as outras vezes tenham sido ruins ou medianas, nunca foram. Mas essa teve algo de especial, lento, cuidadoso, protetor, ele estava preocupado em me resguardar e, ao mesmo tempo, me dar prazer e foi estranhamente maravilhoso. E depois do melhor sexo da minha vida é claro que eu tinha que cair no sono. Acordei com o sol já se pondo, apenas vi a sua silhueta na varanda, então o chamei de volta pra cama comigo, Tony não se fez de difícil e enfiou-se sob o lençol que me cobria.

—Me deixa escolher o nome dela?— ele pede enquanto beija a barriga que ainda não tenho.

—Depende, que nome você sugere?— pergunto.

—Ainda não sei.— ele responde enquanto sobe beijos pelo meu corpo.

—É claro que você já tem um nome, ou então não teria dito nada, eu conheço você.— eu rio —Me diz o nome?

—Acho que você não vai gostar.

—Me diz o nome, amor.

—Pensei em...— ele me beija, beija e beija —Maria.

—Eu acho lindo, mas é a minha mãe quem não vai gostar.— comento, eu tenho o nome da minha avó paterna, minha filha terá o nome de sua avó paterna.

—Eu sei.— ele entorta a boca tristemente.

—Mas a gente pode pôr um "H" no final.— eu rio, minha mãe que me desculpe.

—Sério?— outra vez aquele sorriso. Ah, Deus, acho que eu aceitaria até um nome bem estranho se ele me sorrisse assim —Mariah.— ele diz —É lindo, não é?— assinto —A terceira mulher da minha vida será a junção das únicas duas mulheres que já amei na vida.

—Acho que não entendi.

—Ela vai se parecer com você e terá o nome da minha mãe.— ele me beija os lábios e volta o caminho de beijos em direção à minha barriga.

—Amor, é Mariah, não Maria.— eu falo, mas Tony parece não se importar, ele está mais preocupado em conversar com o meu estômago.




Ao estourar a bolha de autopiedade em que eu estava, pude ver o quanto ele está sofrendo também. Ele a quis tanto quanto eu, ele a amava tanto quanto eu, e ela seria a personificação das duas mulheres que ele amou e perdeu. Entendo o medo dele, por mais que ele não tivesse certeza da aparência exata dela, acho que eu também não conseguiria se fosse o contrário.

Com muito sacrifício consigo me desvencilhar dele e fazê-lo levantar, com dificuldade vamos para o nosso quarto, no banheiro o enfio sob o chuveiro, mas estou exausta e mantê-lo em pé é cansativo. Acabo me molhando tanto quanto ele.

—Baby, você está mesmo aqui?— ele abre os olhos, o cheiro de uísque que seu hálito exala é forte.

—Estou.— respondo passando a mão em seu rosto.

—Você me perd...— o calo com os dedos. Sou eu quem precisa pedir desculpas.

—Você me perdoa?— eu pergunto. Ele apenas me abraça, espero que esse gesto seja um sim.


(...)



Acordo com o som do mar batendo nas pedras na encosta da mansão, olho pra mesa de cabeceira e o relógio me indica o dia e a hora. Domingo, 07:52am. Há dois dias estamos aqui nessa casa exorcizando os nossos demônios. Mas ainda falta uma coisa, preciso me despedir dela, dizer adeus à minha bebezinha, e quero fazer isso sozinha.

Enquanto Tony dorme profundamente eu me levanto, tomo um banho e visto um dos meus vestidos de verão deixados aqui quando mudamos. Devia vestir luto, mas não vou, meu luto foi equivalente ao tempo que a carreguei. Sete meses. Meu vestido é branco e tem borboletas como as que tinham nas paredes do quarto dela. Pego um dos carros na garagem e saio pra minha dolorosa missão.

A grama aqui é bem cuidada e verdinha, há flores novas em quase todos os túmulos, não é difícil de encontrar o jazigo da família Stark. Howard Anthony Walter Stark, eu nunca havia reparado que o nome do meu sogro era esse. Maria Collins Carbonell Stark, também nunca soube o nome da minha sogra. Tony nunca falou deles abertamente e, antes de hoje, eu só estive aqui uma vez. Anna Jarvis e Edwin Jarvis. Toda a família dele está enterrada aqui. Mas, falta um nome, o que eu mais precisava encontrar.

—Onde Mariah está?— me pergunto.

—Não quis fazer isso sem você.— a voz dele me surpreende. Não faço ideia de como ele chegou aqui tão rápido se eu o deixei dormido, quer dizer, eu faço —Você ainda estava no hospital então eu decidi fazer diferente.— ele vem até mim e me abraça.

—Onde ela está, Tony?

—Em casa.— ele me responde e eu só consigo imaginar uma maneira de isso ter acontecido. Deixo o buquê de rosas brancas e volto pra casa com ele.


(...)


Eu nunca poderia imaginar que ela esteve todo esse tempo ali, naquela pequena urna branca sobre a lareira da sala. No caminho de volta pra casa eu tive uma ideia e agora vamos colocá-la em prática. O dia está lindo e ensolarado, ideal pro que eu pensei. Nós estamos sentados sobre as pedras olhando o mar.

—Você a viu?— pergunto quebrando o silêncio. Ele balança a cabeça em afirmação, fico surpresa, acho que ele foi a única pessoa que a viu então, meus pais não puderam vê-la, não sei se foi o Tony quem não permitiu, eu não tive a menor chance já que estive apagada por dias depois do... não sei se posso chamar de parto —Ela se parecia mais comigo ou com você?

—Era uma mistura. Uma bela mistura.— ele responde e suspira profundamente —Dra Ellis disse que eu poderia segurá-la mesmo que ela estivesse...— ele evita dizer mesmo sendo um fato consumado —Mas eu não tive coragem.

—Por quê?

—Primeiro pela sensação de impotência, segundo porque tenho certeza de que eu não iria conseguir deixá-la.— ele responde.

Talvez ele não se dê conta, porém sua resposta justifica o meu esforço em manter a gravidez mesmo quando a Drª Ellis disse que seria arriscado. Mariah estava dentro de mim, eu a carregava. Jamais conseguiria deixá-la. Mas agora eu preciso fazer, vou deixar que o vento a leve. Abro a urna que está em meu colo, pego um punhado de cinzas e coloco na mão dele.

—Segure-a pelo tempo que você quiser, me avise quando estiver pronto.— digo apertando o restante das cinzas em minha mão. O ouço chorar e isso me quebra em pedaços.

—Pronto.— ele soluça.

—Então abra a mão.— falo, ele faz e eu também.

O vento volta a soprar e Mariah voa, escapando por entre os nossos dedos.


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Notas finais do capítulo

Sofrência :'(