Mischief escrita por Liv


Capítulo 5
Rumo ao desastre


Notas iniciais do capítulo

Olá meus leitores e leitoras, sentiram saudades? Bem, eu creio que devo a vocês uma explicação sobre essa terrível demora do novo capítulo de Mischief, o atraso aconteceu por duas coisas. A primeira, voltei a estudar essa semana e estudo de tarde e a noite, e pela manhã começarei meu estágio. Segundo, o capítulo já estava escrito, mas minha internet deu um problema.
MAAAS cá estamos novamente, peço que compreendam a demora e me perdoem, também estou ansiosa para saber o que acharão desse novo capítulo, veremos um lado BEM diferente de ambos os lados, além de uma surpresa, a visão de nosso querido deus das trapaças. Aproveitem, sem mais delongas, o novo capítulo....



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“Onde há desejo, haverá uma chama

Onde há uma chama, alguém está sujeito a se queimar

Mas só porque queima não significa que você vai morrer

Você tem que se levantar e tentar, tentar, tentar”

–Try (P!nk)

Sua respiração parou e algo frio percorreu seu rosto. Ela tocou sua bochecha, impedindo que a lágrima caísse. Os pesadelos estavam ficando mais frequentes e ela queria mais que tudo conseguir dormir em paz.

A garota levantou-se abruptamente e correu em direção ao espelho mais próximo. Seus olhos estavam rosados e cansados. Você não pode fraquejar.

Lavou o rosto e deixou que seus joelhos cedessem ao chão. As memórias estavam atormentando sua mente. Seja forte, seja forte. Mais lágrimas rolaram por seu rosto, deixando-a mais nervosa, pareciam não parar de cair. E lá ela adormeceu, entre o sal de suas lágrimas e agonias que perturbavam seu sono.

–Ray? Por Odin, você está bem? -Perguntou Sif, tocando seu ombro.

A menina piscou alarmada por ter dormido tão rapidamente em pleno chão de seu quarto. Sif olhava-a preocupada, usava um fino vestido branco e seus cabelos negros se prendiam em uma trança. Ray se impressionou com a cena, era raro ver Lady Sif trajando algo diferente de seu traje de batalha.

–Eu... sim, estou, só tive um pesadelo.

–Foi apenas um sonho ruim... -Disse a outra.

Sif fitava a janela, respirava rapidamente e parecia extremamente inquieta.

–Argard tenha piedade, Sif, o que deu em você? -Perguntou Rayon.

Sif olhou de um canto para o outro, depois checou se havia alguém atrás.

–Jane Foster está aqui. -Disse Sif. Os olhos da outra se arregalaram.

–O que? Como...? -Perguntou Rayon. Sif estava prestes a responder quando ouviram batidas sutis na porta.

–Senhorita Rayon? -Chamou um guarda.

–Já vou. -Respondeu ela.

Correu em direção às suas roupas e vestiu-se o mais rápido possível. Sif encontrava-se deitada em sua cama, fitando o teto irritada.

–Sinto que estou perdendo minha melhor amiga para um deus mesquinho que está preso! -Reclamou ela.

–Sif, é meu trabalho...

–Então porque parece que está mais feliz ao realizá-lo? Não acha que notei que...

–Preciso ir, nos falamos depois!

A menina correu entre corredores vastos e imensos salões enfeitados. Estava incrivelmente ansiosa para ver Jane, mas antes, precisava cuidar de um deus.

–Você está péssima! -Retrucou, Loki.

–Também é maravilhoso te ver, Loki, como vai?

–Tão bem quanto alguém preso poderia estar! -Ele revirou os olhos e voltou a encarar a menina.

Tudo nela lhe transmitia a clara mensagem, AFASTE-SE. Rayon parecia respirar encrenca e correr para a morte por diversão. O deus sabia que deveria afastar a garota, mas ele jamais conhecera alguém como ele, que pensasse como ele, que fosse como ele. Já havia ficado noites em claro tentando se fazer crer que ele deveria estar ficando maluco, mas ela parecia se importar com ele. Por mais ridículos os papos que o deus propunha, Rayon estava disposta a acompanhá-lo. Frigga mencionara que Odin tentara afastar os dois quando crianças devido a seus gênios extremamente parecidos. Loki concordava com Odin, ele mesmo já sabia que Rayon lhe traria a maior das enrascadas e não havia nada que ele amasse mais do que encrencas.

A menina sentou-se, segurando a enorme lança. Ele podia notar que ela correra, pois seus cabelos cacheados estavam presos em um coque mal feito, deixando fiapos caírem em seu rosto. A armadura lhe caia tão bem quanto caia em Sif. O traje não a deixava bruta, mas parecia fazer parte dela. O deus ficou extremamente incomodado com o silêncio que se formara entre os dois. Ele queria perguntar se ela estava bem, mas era difícil para ele ser... amável.

–Tudo bem, comece a falar. -Ordenou o deus. Rayon se virou para ele confusa. Loki revirou os olhos, forçando-se para não sorrir com o nervosismo e cansaço da menina em sua frente- Tem algo muito errado com você e isso está começando a me incomodar e acredite, eu detesto ser incomodado.

Ele esperava que ela risse, como sempre fazia quando ele tentava provocá-la ou deixa-la irritada, mas a menina não o fez. Seus olhos estavam marejados e ele sentiu uma pontada no estômago, não tinha certeza se saberia lidar com a situação.

–Ando tendo... pesadelos. -Sussurrou ela. O deus a olhou com certo pesar. Ela respirou fundo e encarou firmemente os olhos do deus. Loki conseguia fingir ter força com suas ilusões, mas a menina ali, não tinha nada para esconder sua raiva ou angústia, ela era mais forte do que ele pensara- Loki... seu passado já o atormentou a ponto de fazê-lo surtar?

Ele pareceu chocado, não esperava que ela perguntasse tal coisa. Poderia dizer que a pergunta era idiota e irrelevante, mas isso a quebraria e isso era a última coisa que ele desejava agora. Talvez, só talvez, ele pudesse se abrir com ela, mas só um pouco.

–O passado sempre vai estar lá, querendo tomar conta de nossas memórias. -Ele se aproximou dela- O segredo é ocupar sua mente, não deixar que isso controle você. Faça brincadeiras para se distrair e mascarar algo que te atrapalhe ou...

–Por isso faz tantas piadas? Para mascarar o que realmente sente? -Perguntou ela. O deus perdeu o fôlego. Os olhos cor de mel de Rayon encaravam-o curiosamente, o fazendo querer falar tudo, querer confiar nela, confiar em alguém, mas ele era orgulhoso demais.

–Não seja tola, Ray, eu só estou... lhe dando uma sugestão, apenas isso. -Disse Loki, retomando a compostura. Ela riu, o que deixou-o extremamente mais aliviado.

–Vou fingir que acredito em você, sabe, Loki, já pensou que as vezes você também pode... desabafar?

–Está se candidatando para o cargo? -Perguntou ele, lançando um olhar intimidador para a menina.

–Não precisa falar comigo, mas... com alguém em quem confie, pode te fazer bem, isso não irá torná-lo fraco, Loki, acredite, é bom ter amigos.

–E quem em sã consciência iria querer isso?

Ela olhou ao redor e ergueu uma mão. Loki riu alto até notar que ela falava sério.

–Se eu precisasse desabafar... falaria com você.

Mais tarde ele se repreenderia por tal comentário, mas, naquele momento, ele não se sentiu tão mal, Rayon não lhe dera nenhum motivo para tratá-la com tanta ingratidão. Ao pegar-se pensando nisso Loki se chocou, o que a garota estava fazendo com ele?

Piscou e capturou o olhar de Rayon, que estava quieta, apenas o observando.

–O que está olhando? -Retrucou Loki. Rayon ainda olhava-o sorridente e isso o estava deixando levemente nervoso, mas não de um modo ruim.

–Você tem um coração, Loki. Quem diria...

E ela saiu, deixando-o com essa simples frase, mas fora algo que causara um impacto maior do que deveria. Rayon, uma das raras pessoas que conseguia ver algo bom em Loki, não importava o quão ruim ele fosse, algo dizia que ela ainda estaria por perto. E assim, o deus sorriu, sozinho, ao finalmente perceber na enrascada que estava se metendo. A enrascada Ray.


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Notas finais do capítulo

E então, o que acharam? Fiquem à vontade para comentar!
Posto o próximo hoje mesmo, prometo, mas se preparem, pois uma morte está a caminho e será algo que abalará os Asgardianos. Elfos Negros, Jane Foster, revelações, ataques e mortes, preparem-se, leitores e até a próxima!