TBF - Tempos Modernos escrita por Cactus Stories


Capítulo 6
Façam alguma coisa!


Notas iniciais do capítulo

Gente, eu estou ouvindo muito Imagine Dragons essa semana, então, aí está outra música deles!



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(Trilha Sonora: Demons - Imagine Dragons)

.P.O.V. Soluço.

– E nós? - eu perguntei, depois de ouvir a ideia da Kyra.

– Façam alguma coisa enquanto eu vou lá pra cima! - ela falou, indo embora antes que pudéssemos perguntar qualquer outra coisa.

– Bem... parece que vamos ter que fazer alguma coisa até ela voltar. - disse Merida, jogando uma pedra para o alto repetidas vezes.

– É, o que quer fazer? - eu perguntei, rabiscando o chão com um graveto. - Só não podemos nos separar.

– Acho que eu vou treinar. - ela disse, pegando o arco e a aljava cheia de flechas. - Você quer vir? Aproveita que a Kyra não vai ver você pegando o arco dela!

– Tudo bem. - eu suspirei. - Mas, já vou avisando que eu não sou lá essas coisas com o arco!

Nós fomos andando até o lago e miramos em uma árvore, eu tinha atirado cinco vezes e acertado três, ela atirou cinco vezes também, mas, diferente de mim, ela acertou TODAS as vezes.

– Desisto! Eu nunca vou conseguir acertar essa droga de árvore! - eu disse, chutando uma pedrinha. - Vou procurar o Banguela e fazer qualquer outra coisa.

– Vou com você, não podemos nos separar, lembra? - ela disse, me seguindo. - Além do mais, não tem graça nenhuma ficar lá sozinha...

Voltamos para a clareira e eu chamei pelo Banguela, que desceu de uma árvore, ele começou a nos rodear e me deu uma rasteira com a cauda.

– Ai! Pra que isso? - eu disse, quando fui derrubado. - Tá, tá bem! Desculpa por ter te esquecido aqui! Mas você bem que podia ter seguido a gente, você tem pernas, não tem?

Eu levantei e vi Merida rindo da minha situação.

– Nossa, super engraçado isso! - eu disse, ironicamente.

– Pode ter certeza! - ela disse, ainda rindo.

– Eu estava sendo irônico, sabia? - eu perguntei.

– Sim, mas nada acaba mais com uma ironia do que não ser entendida. - ela disse, parando de rir. - Bem, vamos fazer o quê? Já que você desistiu do arco e flecha!

Nesse momento, Banguela saiu correndo e eu fui atrás dele, sempre que Banguela vai para algum lugar desse jeito, é alguma coisa importante, quando ele parou, fomos parar em uma colina, quase não tinha árvores, era bem bonita, mas vazia.

– Uau! - disse Merida, que chegou alguns segundos depois de mim. - Parece uma das colinas do haras onde eu vou!

– Bem, já que não tem nada para fazer, vamos ficar aqui mesmo, esperando a Kyra, porque, pelo visto, ela vai demorar! - eu disse, me encostando na única árvore daquele lugar e me sentando.

– Por mim tudo bem, gosto de lugares assim...

– Está bem frio aqui. - eu disse, esfregando meus braços, tentando me aquecer.

– Sério? É que eu não sinto frio... Sabe como é, fogo, calor etc. - ela disse, rindo um pouco. - Mas eu posso te ajudar!

Ela colocou fogo em uma parte da grama perto de nós que estava seca, tenho que admitir que melhorou bastante depois do que ela fez.

– Obrigado, melhorou bastante! - eu disse, sorrindo. - Pelo menos eu não vou congelar aqui.

– Tudo bem, então, ei, olha lá! - ela disse, apontando pro céu, de repente eu senti um dèjá-vu. - A Kyra está vindo.

– ALELUIA! - eu disse, quando o enorme dragão preto e vermelho pousou. - Pensei que tinha esquecido a gente aqui.

– CALA A BOCA! VOCÊ NÃO SABE O QUE ACONTECEU! - ela gritou, e eu me encolhi um pouco, é assustador um dragão gigante gritando com você, sabia?

– Calma! O que houve? - perguntou Merida.

– Eu esbarrei em nada mais, nada menos que um avião e três, eu repito, TRÊS POMBOS!

– O pessoal do avião está bem? - eu perguntei, desesperado, a louca da Kyra podia ter matado alguém!

– Sim, eu só raspei, aposto que só o piloto sentiu! - ela se defendeu, virando uma humana de novo. - Mas os pombos quase caíram!

– Encontrou a cidade? - questionou Merida. - Eu preciso voltar para casa, senão eu estou morta!

– Sim, venham comigo! - ela disse, virando um Nadder Mortal preto com espinhos vermelhos e levantando voo, eu subi no Banguela junto com a Merida e levantei voo também. - É por ali!

Nós seguimos a Kyra por um bom tempo, até conseguirmos chegar na cidade, eu voei rapidamente para a nossa rua e pousei no meu quintal, desci do Banguela e estendi a mão para ajudar a Merida a descer.

– Soluço, eu consigo descer sozinha! - ela riu. - Mas, obrigada por se oferecer para ajudar.

– Ok, então, me lembre de não oferecer ajuda da próxima vez. - eu pedi.

– Vai ter uma próxima vez? - ela perguntou.

– Só se você quiser.

– Bem, se minha mãe não me prender no meu quarto pro resto da minha vida, vai ter próxima vez, sim! Mas, agora eu tenho que ir. - ela disse, pulando a cerca que dividia o meu quintal do dela, por que será que eu não me impressionei com isso?

Kyra pousou um pouco depois e se transformou em um corvo.

– Está gostando da Merida, crá! - ela grasnou. - Eu sabia! Eu sabia! EU SABIA QUE IA DAR NISSO! Foi só juntar vocês dois por um tempo!

– Como assim? - eu perguntei, irritado.

– Fala sério! Eu conheço aquela floresta melhor que os guardas florestais, eu sabia o caminho de volta, e o Banguela também! - ela respondeu. - Eu só queria fazer vocês dois passarem um tempo sozinhos e, quando chegamos na floresta, essa ideia veio na minha cabeça.

– VOCÊ O QUÊ? - eu berrei. - ESSE TEMPO TODO VOCÊ NOS ENGANOU?

– O BANGUELA TAMBÉM SABIA O CAMINHO! - ela se defendeu, apontando para o meu dragão, que voou para telhado.

– Nossa, vocês são ótimos amigos, hein? Nem preciso mais de inimigos! - eu disse.

– Bem, eu... tenho que lavar a louça! - ela disse, correndo para dentro da própria casa. Eu sabia que era uma desculpa fajuta, mas, mesmo assim, deixei ela ir, eu tinha que me acertar é com o Banguela.

– Pode descer aqui! - eu disse, apontando para o chão. - Agora!


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