TBF - Tempos Modernos escrita por Cactus Stories


Capítulo 7
Mas, mãe!


Notas iniciais do capítulo

Desculpe gente, mas eu tenho uma pequena antipatia com a Ellinor, ou seja, ela vai ser bem chata nesse capítulo, MAS, ela vai ser bem legal em alguns outros!

P.S.: MAIS Imagine Dragons!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/589094/chapter/7

(Trilha Sonora: Radioactive - Imagine Dragons)

.P.O.V. Merida.

Entrei em casa e minha mãe veio correndo até mim.

– Onde você estava? - ela perguntou. - Não, não precisa responder, já sei, você estava na casa de uma amiga, ou andando de skate com aquele arruaceiro albino!

– O Jack não é arruaceiro, ele é meu amigo! E eu nem estava com ele, pra sua informação, eu estava com a Kyra e o Soluço, e nós nos perdemos na Floresta de Eucaliptos!

– Quem é Soluço? - ela me questionou, mais irritada ainda. - Além do mais, a Kyra conhece aquela floresta melhor que os guardas florestais, não iria se perder lá dentro.

– Soluço é o garoto novo da minha classe na escola, eu ia mostrar a floresta para ele junto com a Kyra, mas nós nos perdemos e tivemos que passar a noite lá! Só isso!

– COMO ASSIM SÓ ISSO? - ela gritou. - VOCÊ PASSOU A NOITE INTEIRA FORA SEM AVISAR E FALA QUE FOI "SÓ ISSO"?

Ignorei o que ela disse e subi as escadas em direção ao meu quarto, quando entrei, abri o guarda-roupa e peguei uma blusa vermelha, um casaco preto e uma calça preta, coloquei em cima da minha cama e fui tomar banho, quando saí do chuveiro, coloquei a roupa que tinha escolhido e uma bota preta, desci as escadas e avisei meu pai que ia sair, quando ele me perguntou onde eu ia, simplesmente respondi.

– Ver a única pessoa que me entende.

Saí fechando a porta e andei até a casa da Punz, ela com certeza me escutaria, ela sempre me ajudou nos momentos difíceis, e eu também sempre a ajudei, era uma parceria, uma amizade de infância, nunca brigamos e nem pretendemos brigar. Toquei a campainha e ela me atendeu com uma travessa de cookies na mão e um cookie na boca.

– Posso entrar? - eu perguntei, rindo da situação dela, que fazia o máximo para engolir rapidamente o biscoito.

– Claro! - ela respondeu, assim que conseguiu engolir o biscoito. - Minha mãe foi viajar, ou seja, A CASA É MINHA! - ela berrou a última parte tão animada que eu não pude deixar de gritar junto com ela.

– SÉRIO? FINALMENTE EU VOU PODER CONVERSAR COM VOCÊ SEM SER ESPIADA!

– Sim, sério! Mas, vai um biscoito? Aí você me responde o que aconteceu dessa vez.

Eu peguei um biscoito e dei uma mordida, era delicioso! Terminei de comer e comecei a falar.

– Ontem foi um dos dias mais estranhos da minha vida! - eu exclamei. - Primeiro, entra um garoto novo na minha classe e ele vira meu amigo, depois, eu descubro que ele é meu vizinho, mais tarde, eu vou com a Kyra mostrar a Floresta de Eucaliptos pra ele, só que nós nos perdemos e acabamos passando a noite lá, aí quando eu volto, minha mãe me dá uma bronca quilométrica e eu fujo para cá!

– Nossa! Eu pensei que tinha sido só outro "filho do amigo do seu pai"!

– Tem um metido no meio! Foi por culpa dele que eu saí de casa e fui mostrar aquela droga de floresta pro Soluço!

– Espera, PARA TUDO! - ela gritou. - O SOLUÇO É SEU VIZINHO?!

– Sim, mas não grita! - eu pedi. - Meus tímpanos ainda estão doendo por causa da bronca da minha mãe.

Ela me ignorou e murmurou algo como "Sabia que tinha algo rolando entre esses dois...", depois, virou para mim sorrindo e disse:

– Quer dormir aqui hoje?

– Claro, mas, você vem comigo na minha casa para eu pegar um pijama, escova de dentes e meu livro?

– Sim, MAS, só se você me emprestar Fazendo Meu Filme da Paula Pimenta! - ela avisou. - Você me prometeu que ia emprestar assim que acabasse de ler a série, e até agora nada, e pelo que eu sei, você já acabou faz tempo!

– Tudo bem, tudo bem! - eu ri, sabia que essa noite ia ser longa. - Mas, vamos logo.

Corremos feito loucas até a minha casa e eu abri a porta, subi para o meu quarto, peguei uma mochila, enfiei tudo o que precisava lá dentro e desci para a sala, cheguei para o meu pai e disse:

– Pai, eu vou dormir na casa da Punz, ok?

– Duas adolescentes de 15 anos em uma casa, sozinhas? O que poderia dar errado? - ele ironizou. - Vai logo!

Dei um abraço nele e nós saímos, quando chegamos no portão, ouvi alguém nos chamar, me virei e dei de cara com o Soluço.

– Oi, Punz, Merida! - ele disse, animado. - E aí, sua mãe vai te prender na sua casa pro resto da sua vida? - ele perguntou.

– Não! - eu ri. - E se ela fizesse isso, eu fugia!

– SOLUÇO, O QUE É ISSO ATRÁS DE VOCÊ? - berrou Punz, desesperada.

– BANGUELA! - ele gritou também, tentando esconder o dragão.

Eu pulei a cerca e fui para perto do dragão, comecei a fazer carinho nele, que deitou, rolando na grama.

– Um Fúria da noite! - disse Punz, animada. Poxa, será que só eu não sei sobre dragões nesse mundo?!

De repente, ela tirou de dentro do bolso do casaco, o Pascal, o camaleão dela, ele não parece um camaleão, parece uma cobra com asinhas que muda de cor, foi aí que eu me toquei, CAMALEÕES NÃO TEM ASAS! A Punz tinha um dragão esse tempo todo e nunca me contou?!

– Esse é o Pascal! - ela disse, animada, mostrando o bichinho. - Ele é um Transformasa!

Aí, eles começaram uma conversa sobre dragões e etc e eu fiquei lá, boiando totalmente. Depois de um tempo, eu peguei a Punz pelo braço e disse:

– Desculpa atrapalhar a conversa, sei que ela está muito boa e tal, MAS, nós temos que ir para a sua casa Punz, senão, não podemos aproveitar! Tchau Soluço, amanhã a gente se fala!

– É, tchau Soluço! - ela disse, sorrindo divertida. - Ou devo dizer... NAMORADO DA MERIDA!

Ela se soltou e saiu correndo, eu percebi que o Soluço corou com aquele comentário, eu também corei, estava sentindo, corri atrás da Punz até nós chegarmos na casa dela, segurei ela por trás e ela deu um gritinho.

– O que foi aquilo? - eu perguntei, enquanto ela abria a porta.

– O quê? - ela disse, fazendo cara de inocente.

– Aquele "Namorado da Merida" que você gritou no meio da rua! - eu respondi, fazendo uma imitação fajuta da voz dela na parte do "Namorado da Merida".

– Oh, aquilo... Bem, NÃO ME MATA COM O QUE EU VOU DIZER, MAS, eu e o Jack achamos que vocês dois combinam. - ela disse, rapidamente.

– O quê? - eu perguntei.

– Ok, eu repito. - ela respirou fundo e continuou. - Eu e o Jack achamos que vocês dois combinam!

Aquilo não era nada bom! Duas pessoas te shippando com o seu amigo! {N/A: Além dos leitores ;) } Entrei na casa da Punz e joguei minha mala em cima do sofá florido da casa dela, começamos a conversar sobre outras coisas, mas ela sempre desviava a conversa para mim e para o Soluço. Poxa, EU CONHECI ELE ONTEM! Qual é o problema da minha amiga? Por que, Deus? Por que eu não podia ter uma amiga normal?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "TBF - Tempos Modernos" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.