TBF - Tempos Modernos escrita por Cactus Stories


Capítulo 17
Eu não acredito!




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(Trilha Sonora: Lips Are Movin - Meghan Trainor)

.P.O.V. Merida.

Quando a aula terminou, eu fui até Soluço, que estava conversando com o Willbur, ele não parecia estar prestando muita atenção, estava olhando pra o nada e concordando com a cabeça sem nem escutar o que o Topetudo dizia.

– Agora pode me contar o que aconteceu? - eu sussurrei, nos despedimos do Willbur e fomos andando para casa.

– Eu meio que... apanhei de... uns amigos do Genésio. - ele disse, hesitante.

– Eu não acredito!

– O quê? Quem eu sou um FRACOTE? É mas eu sou. - ele disse irritado, diferente do Soluço que eu conhecia.

– Não, eu não acredito no que aquele covarde fez! - eu disse, olhando pela janela da minha casa e vendo o Genésio e minha mãe conversando.

Espera, minha mãe não estava viajando? Decidi ir perguntar e resolver tudo.

– Tenho que conversar com minha mãe, pensei que ela estivesse viajando, aí eu aproveito e desmascaro o Genésio, vai ser um ótimo pretexto pra acabar com a pose de santinho dele.- eu disse, me virando para entrar. - Obrigada por me contar.

Entrei em casa e fiquei no meio dos dois, me virei para minha ignorando completamente o Genésio.

– Você não acredita no que esse IDIOTA fez! - eu disse, apontando para o Genésio.

– Não chame o coitado de idiota! - minha mãe me repreendeu.

– Ai, coitadinho, o santinho da mamãe! - eu disse, irônica. - Tudo bem, ele não é idiota, ele é TAPADO, RETARDADO, COVARDE, DUAS CARAS E MAIS UM MONTE DE COISAS QUE EU NEM ME ATREVO A DIZER!

– Pare com isso! O que ele te fez?

– Ele pediu para os amigos, ou deveria dizer CAPANGAS, baterem no Soluço.

– Isso não é verdade! - gritou Genésio.

Eu simplesmente me virei e dei um tapa na cara dele.

– Escuta aqui, seu mentiroso, ninguém, eu repito, NINGUÉM machuca meus amigos e sai impune!

– Por que se importa tanto com aquele fracote? - ele perguntou.

– Porque ele é meu amigo! Se você tivesse amigos entenderia! Agora saia da minha casa agora ou EU MESMA te chuto daqui para fora!

Ele se levantou e andou até a porta, minha mãe abriu e olhou para ele com um olhar de COMPLETO DESPREZO. Quando minha mãe faz essa cara para você, pode ir encomendando o caixão.

– Por que voltou tão cedo? - eu perguntei, quando ele foi embora.

– Vim buscar o passaporte e avisar que vamos demorar mais um tempo para voltar, talvez passemos uns três meses fora.

Eu estava acostumada com essas viagens, eu ficava feliz com a liberdade, mas sentia saudades enormes.

– Se divirtam! - eu disse. - Eu vou ficar bem.

– Sei que vai, mas agora eu tenho que ir. - ela disse, me abraçando.

Ela entrou no carro e foi embora, pronto. Agora somos só eu e o Ralph.

.P.O.V. Soluço.

Eu não devia ter sido grosso com a Rida, ela só queria ajudar, decidi que tinha que me desculpar, liguei a TV e vi que ia passar "O Prisioneiro de Azkaban" em meia hora, já sabia o que fazer. Subi, tomei um banho e troquei de roupa, desci e fui tocar na casa da Rida.

– Oi, Rida. Desculpa por ter sido grosso com você hoje mais cedo. - eu disse, quando ela abriu a porta. - Você só estava tentando ajudar e eu fui um idiota.

– Ah, não faz mal. Você estava passando por um momento difícil, e eu acabei só colocando mais pressão. - ela disse.

– Bem, você disse que estava sozinha em casa e eu pensei em te convidar pra ver um filme lá em casa, você topa? - eu perguntei.

– Qual filme? - ela perguntou curiosa.

– O Prisioneiro de Azkaban.

– Eu adoro esse filme! - ela disse, animada. - Eu topo sim, quando?

– Vai passar daqui a uns 20 minutos, tudo bem por você?

– Claro!

Nós fomos indo e conversando, passamos pela Kyra, que veio até nós.

– Oi, gente! O que estão fazendo? - ela pergunta.

– Estamos indo ver O Prisioneiro de Azkaban na minha casa, quer ir junto? - eu perguntei, mais por educação mesmo.

– Não obrigada. Preciso falar com a Dakota. - ela disse, piscando um olho para mim, como se fôssemos cúmplices de alguma coisa. - Aproveitem vocês dois.

Nós entramos na minha casa e eu liguei a TV, como ainda faltavam uns 15 minutos pra o filme começar, eu fui fazer pipoca.

– Quer ajuda? - perguntou Rida, entrando na cozinha.

– Claro, porque pipoca é uma coisa SUPER difícil de fazer. - eu brinquei.

– Sei lá, a Kyra já queimou a pipoca na minha casa umas cinco vezes.

Eu terminei a pipoca e nós fomos para a sala, sentamos no sofá e esperamos o filme começar, ainda faltavam uns 10 minutos, notei que a Rida não parava de bocejar.

– Está com sono? - eu perguntei, e ela apenas assentiu com a cabeça. - Pode dormir se quiser, eu te acordo quando o filme começar.

– Obrigada. - ela disse, e se encostou no sofá e fechando os olhos.

Ela pegou no sono bem rápido, e, como estava bem do meu lado, acabou ficando encostada em mim, faltavam três minutos para o filme começar, e eu estava indo acordar ela, encostei de leve, chamei baixinho, mas nada funcionou, acho que uma parte de mim não queria acordar a Rida, uma parte de mim estava gostando daquilo, e aquela parte acabou vencendo.

Eu abracei a Rida, que não acordou, e me encostei no sofá, o problema foi que EU acabei dormindo.

Acordei um pouco depois e notei que o filme ainda estava no início, era meu pai que tinha aberto a porta, ele me olhou e depois olhou a Rida, que ainda estava dormindo.

– Quem é ela? Sua namorada? - ele perguntou, e eu me toquei que era isso que estávamos parecendo. Ela estava dormindo encostada em mim e eu estava abraçando ela.

– Você vai acordar ela. - eu sussurrei, acenando com a cabeça na direção da Rida. - Somos só amigos.

– Claro, e o Banguela é um pônei. - ele ironizou. - Eu vou sair, só volto lá pras nove, juízo, ok?

– ok, pai.

Ele saiu e eu fiquei sem saber o que fazer, se eu parasse de abraçar a Rida ela acordaria e me perguntaria o porque de eu não ter acordado ela, mas se eu não acordasse ela, ela acordaria sozinha e ia querer saber o motivo para eu estar abraçando ela, ou seja, eu estava bem FERRADO. Decidi parar de abraçar ela, que acordou um pouco depois.

– Por que não me acordou? - ela perguntou, esfregando os olhos.

– Desculpa, eu dormi também... - eu disse.

– Ah, tudo bem, então. Já vi esse filme umas mil vezes, sei o que aconteceu enquanto eu dormi.

Nós continuamos vendo o filme, e, quando ele acabou e a Rida foi para casa, eu fiquei pensando, será que eu estava gostando da Rida?


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