(Trilha Sonora: Bang Bang - Jessie J)

.P.O.V. Soluço.

Estávamos no aniversário da Merida, jogando Verdade ou Desafio, aí caiu em mim e na Kyra, eu respondia, FERROU! Não podia ser Verdade, porque a Kyra sabe muito sobre mim, mas também não podia ser Desafio, porque a Kyra sempre ferra com a gente nesses desafios, droga de jogo!

– Verdade ou Desafio? - ela perguntou.

– Desafio. - eu respondi, depois de pensar um pouco.

– Eu te desafio a beijar a Merida! - ela disse.

Eu sabia! Mas, já tinha um plano feito, andei até a Merida.

– Relaxa, eu tive uma ideia. - eu sussurrei no ouvido dela.

Depois disso, eu dei um beijo na bochecha dela e voltei pro meu lugar.

– Você não disse onde tinha que ser o beijo! - eu disse.

– Seu ESTRAGA PRAZERES! - disse Kyra, irritada.

– Gente, já está bem tarde, vamos cantar parabéns, eu estou com SONO! - disse Punz, bocejando.

– Vamos lá! - disse Merida, e todos se levantaram.

Fomos até a mesa onde o bolo estava e começamos a cantar, depois do parabéns veio a parte que eu menos gosto no meu aniversário.

– Com quem será! Com quem será! - começaram a cantar em coro. - Com quem será que a Merida vai casar? Vai depender, vai depender, vai depender se o Soluço vai querer.

– Como vocês são infantis! - disse Merida, cortando o bolo. - o primeiro pedaço vai para... Punz!

Depois disso, Punz começou a pular e rir como se tivesse ganhado na loteria.

– Pra que isso, criatura? Você ganha o primeiro pedaço todo ano! - disse Jack, que estava do lado dela.

– Me deixa, Jack! - ela comentou, e foi pegar o bolo.

Comemos o bolo, conversamos mais um pouco e a Punz acabou dormindo encostada no Jack, que estava tentando mudar de posição sem acordá-la.

– Ahn? O quê? - perguntou Punz, acordando.

– Você dormiu. - disse Jack, sorrindo, mas não um sorriso de piada, era um sorriso MESMO!

– Ah, é? - comentou Punz, esfregando os olhos.

– Sim, mas a gente já vai, melhor você ir dormir. - isso está ficando estranho! Desde quando o Jack fala assim com alguém?

– É, vamos lá! - disse Willbur. - Tchau, garotas! Divirtam-se!

– Tchau! - e disse.

– Eu levo vocês na porta. - disse Merida, andando até nós.

Quando nós saímos, Merida me chamou.

.P.O.V. Merida.

Os garoto já tinham ido embora, menos Soluço, ele ainda estava indo para o quintal dele.

– Soluço! - eu chamei.

– Oi! - ele disse, quando chegou.

– Obrigada por vir, e pelo presente. - eu comentei.

– De nada, achei que você ia gostar, já que gosta tanto do Banguela! - ele sorriu.

– É, eu adorei! - eu disse, dando um abraço nele.

Bem nessa hora, adivinha que pessoa de Deus estava passando na frente da minha casa? Genésio! O riquinho mimado queridinho da minha mãe! Ele olhou para Soluço com um "olhar mortal" e depois continuou andando.

– Tenho que ir, tchau! - disse Soluço, indo para a casa dele.

– Até amanhã!

Voltei para dentro e encontrei a Kyra, a Dakota, a Punz e a Violeta nos espiando pela janela.

– Você e o Soluço, hein? - perguntou Violeta, rindo.

– E quem é aquele garoto que lançou um olhar mortal pra vocês? - perguntou Dakota.

– Não interessa! - eu reclamei. - Agora vamos pegar os colchões e colocar na sala logo que eu quero dormir!

– Pra sonhar com o Soluço? - perguntou Punz.

– CALA A BOCA! - eu gritei.

Colocamos todos os colchões que tínhamos em casa na sala, meus pais e meus irmãos viajaram e só vão voltar mês que vem, ou seja, eu vou ficar aqui só com o Ralph por um mês! LIBERDADE!

No dia seguinte...

Acordei todas as garotas e nós nos arrumamos, afinal, hoje tem aula, fazer o quê? Tomamos café da manhã e fomos para a escola, nos separamos de Kyra e Dakota no meio do caminho, já que elas estudam em outro lugar, lá, nos despedimos e fomos cada uma para sua sala, assim que eu entrei, sentei no meu lugar, Soluço ainda não tinha chegado, então, peguei meu bloco de notas e comecei a escrever a letra da minha canção.

Um pouco depois, o Soluço entrou na classe, ele sentou do meu lado e eu percebi duas coisas estranhas: 1º: Ele estava de moletom, uma roupa que ele DETESTA usar. 2º: Ele estava com um corte na boca.

– Ei, o que aconteceu? - eu perguntei, apontando para a boca dele.

– Nada. - ele disse, e se abaixou para pegar o material na mala.

– Tem certeza? - eu perguntei. Aquilo estava cada vez mais estranho.

– Sim... - ele disse, baixinho.

Resolvi não discutir, final, se ele quisesse me contar ele já teria contado. Na hora do intervalo, porém, eu decidi que iria tentar falar com ele de novo, descemos e eu fui para a fila da cantina, assim que saí, subi para a biblioteca e encontrei ele lá.

– Olha, se não quiser me dizer o que aconteceu tudo bem, é só que... eu fiquei meio preocupada. - eu disse, me sentando do lado dele.

– Não aconteceu nada, é sério. Você está se preocupando a toa. - ele disse, afundando a cabeça no livro.

– Você está super estranho, quase nem falou comigo hoje, está usando um moletom, roupa que você me disse que odeia usar, e ainda está com esse machucado, eu tenho certeza absoluta de que aconteceu alguma coisa! - eu disse, segurando o braço dele.

Quando eu encostei no braço dele, notei que ele se encolheu um pouco, como se estivesse sentindo dor, eu realmente estava ficando mais preocupada.

– E agora isso, o que aconteceu?

– Tudo bem, eu falo! Mas não agora porque o sinal já vai bater. - ele disse, saindo da biblioteca e indo para a classe.

Eu realmente espero que não seja nada sério, eu realmente me importo com os meus amigos, e não quero que nada aconteça com nenhum deles. Voltei para o meu lugar e continuei escrevendo a letra da música, estava ficando bem legal, mas ainda faltava alguma coisa.

"Onde os bosques tem segredos,

As montanhas imensidão,

Águas guardam os reflexos,

Dos tempos, que se vão."

– Está ficando legal. - comentou Soluço, atrás de mim. O que fez com que eu desse um pulo e fechasse o caderno. - Desculpa, era alguma coisa que eu não podia ver?

– Deixa pra lá.. - eu comentei. - Só levei um susto.