Dez Desejos escrita por Gii


Capítulo 22
Estreando a Casa Nova


Notas iniciais do capítulo

Boa tarde seus grande e lindos leitores!!! Vocês fora muito legais comigo nos comentários então eu realmente fui boazinha agora! Um grande, grande, grande capitulo. Quero ver vocês reclamarem de mim agora! E não pensem que será só isso, estou me apressando para já publicar o próximo, me aguardem.
Este capitulo é dedicado à incrivel senhorita DarkParadise, leitora que fez um banner lindo da fic :')
Claro que eu não poderia ficar sem posta-lo. Estou colocando logo no inicio do cap para vocês apreciarem ele junto comigo!!
Boa leitura!



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Capitulo 22 — Estreando a Casa Nova.

Ele se desmaterializou na minha frente, o vento o levando com uma lufada. O brilho de sua pele, eu apenas notei quando ele sumiu que era o que iluminava o ambiente. Agora tudo estava escuro.

Eu estava chocado demais para me mexer ou ao menos piscar, ainda absorvendo toda aquela informação.

O peito estava vazio e parecia inteiramente meu novamente, como se nunca tivesse saido dali ou como se nunca, um dia, tivesse tido uma dona eterna. Eu me sentia livre de qualquer vinculo com a garota trancada no quarto à minha frente e de um modo chocante, eu me sentia bem com aquilo.

Saber aquilo, que não havia mais vinculo com ela a não ser um instavel amizade que adquirimos por trás do Imprinting em si, eu vi que ela era algo como Bella para mim agora. Se estava morta ou não, não era mais de minha conta. Nunca na verdade fora.

Meu nariz começou a arder conforme eu começa a respirar forte, lembrando da discussão a pouco. Me perguntei porque de somente agora o cheiro de Renesmee parecer algo ruim para mim. Ele sempre foi algo bom, diferente do cheiro doce dos vampiros, mas de um jeito estranho, eu pude sentir sob o aroma de sua pele, levemente o doce. Ele sempre esteve ali?

Um estrondo alto soou atrás de mim, uma porta protestando de maus tratos ao se chocar contra uma parede, e o cheiro dela chegou ao meu nariz rapidamente. Sentir aquele cheiro, ouvir seu coração e não sentir nada parecia estranho e simplesmente assustador para mim. Era estranho porque eu sempre, desde que eu a vi pela primeira vez, senti algo por ela.

Ela estava no batende da porta, com o rosto contorcido de dor, com uma das mãos usadas como apoio enquanto a outra apertava com força o tecido de sua camiseta fina exatamente onde se localizava seu coração. Meu ser por puro custume (pois agora eu sentia que não passava disso) se agitou em seu estinto de proteção para com aquela garota, que acabara de perceber que algo estava errado.

As lagrimas escorrendo pelo rosto bonito me fizeram apenas sentir pena, como eu sentiria se visse qualquer outra menina chorando, mesmo que minha pena fosse um pouco maior por saber exatamente o que ela estava sentindo.

— J-Jacob — Ela soluçou, chorando de maneira que nunca fizera antes — O-O que aconteceu? Por que esta doendo tanto?

Lembrei-me novamente quando o Howtheir cortou aquele fio do meu peito e em como eu fiquei perdido, naquele momento, no verdadeiro mar de solidão e tristeza, sentindo que questava sozinho naquele mundo. Que a felicidade não existia para mim... Pelo menos não eternamente. Eu não tinha alma gêmea naquela hora até ele ligar ao outro fio.

O que acontecera mesmo a parte do fio que ele cortara? Saira de dentro de mim e ficara cinza? Como se tivesse apodrecendo rapidamente?

Nada mais do que merecido, uma parte do meu cerebro disse, fazendo referencia á poucos momentos antes, quando ela discutia comigo e nós brigavámos por simples inplicancia dela. Aquela parte do meu cerebro se permitindo ficar bravo e irritado com Renesmee pela primeira vez.

Eu não refreei aquela parte do meu cérebro ou a fúria que aumentava mais e mais conforme eu ia lembrando de tudo o que ela havia dito na ultima discussão e as diversas outras vezes em que me magora e eu a perdoara facilmente. Quando ela me desprezava na frente de alguns amigos dela, quando ela em usava para um dos seus planos para se dar bem...

Eu senti a raiva de todos aqueles anos, todas aquelas magoas guardadas, entaladas na minha garganta, finalmente se libertando de sua prisão.

As ultimas palavras dela à minutos antes chegou em minha mente, onde ela facilmente conseguia jogar fora o nosso imprinting apenas para os seus dramas.

Pois bem, o seu drama seria atendido.

— Você não queria que eu arranjasse outro imprinting? Seu desejo é uma ordem, magestade. — Eu cuspi antes de sair daquela casa que me sufocava.

— Jacob!! — Ouvi sua voz desesperada gritar — Não! Jacob!!

E eu não olhei para trás enquanto corria em minha forma de lobo pela floresta, correndo o mais rapido que minhas pernas me permitiam, testando como o chamado dela não afetava mais minhas ações.

Por mais que gostasse daquela liberdade, por mais que estivesse agradecido por poder enxergar melhor sem a nevoa Imprinting pairando dença ao seu redor eu corria principalmente a um único destino.

Giovanna Scavattine.

Ela me devia explicações e rapido.

POV Anna Scavattine

— Tem certeza que não quer ajuda para subir essa escada? — perguntou Seth novamente, com as mãos um pouco estendidas, prontas para me amparar caso eu escorregasse.

Eu lhe mandei um olhar fulminante, pensando seriamente em manda-lo dar a volta no quarterão até eu já ter subido completamente os degraus que me separavam da varanda de minha nova casa.

Era somente cinco degraus, mas para Seth, parecia o Monte Everest.

Ok era verdade que estava garoando e aqueles cinco degraus se tornaram terrivelmente escorregadios, e que era quase impossivel subir com uma daquelas botas ortopédicas, mas era para isso que existia aqueles corrimões, não é? Se apoiar e subir em segurança.

Eu acabara de sair do Hospital e meu motorista me trouxera até aqui, pois tragicamente, eu não podia mais andar de moto e agora seria escoltada para todos os lugares que eu quizesse ir, de Rabbit, com meu mais novo motorista, Seth Clearwater.

Depois daquela longa semana no Hospital, onde eu era terrivelmente visitada pela matilha toda, conseguira alta e a pedidos meus, Jonathan finalmente arrumara a casa que eu iria morar enquanto estivesse ali — e até levou meus pertences e flor magica — onde eu poderia ficar um pouco de tempo fora do olhar atento e esperto de Sue.

O lado ruim era que minha maravilhosa amiga Claire, a pedidos e insistencia não só de Sue, mas de todos da matilha, iria se acomodar em minha humilde residencia por alguns dias, para me ajudar no que quer que fosse até que minha perna estivesse finalmente boa.

Por incrivel que pareça, eu não estava brava por isso, já que ela se tornou a minha melhor companhia no hospital, pois apenas com ela eu não sentia a pressão de ter que contar toda a verdade.

Claro que eu também ficara próxima de todos os rapazes aqueles dias e até mais ainda com Seth.

No começo, eu achei muito estranho todos aqueles garotos que eu mal conhecia perguntando como eu estava ou se precisava de mais travesseiros — Até fazendo piadinhas —, mas depois de uma longa conversa com Seth (ainda sem contar a verdade), ele me esclareceu que aquilo era culpa dele. Ele não me queria que me sentisse sozinha no hospital.

E depois dessa longa e calorosa conversa com Seth, eu nem devo dizer que eu fiquei muito mais confortavel com todas aquelas visitas baderneiras deles e sempre adorava quando o quarto fica cheio demais para tantos rapazes caberem confortavelmente.

— Anna? — Perguntou lhe tirando dos devaneios,

— Hum?

— Desculpe te apressar, mas a chuva esta ficando um pouquinho forte de mais, você não acha? — Ele perguntou com um sorriso lindo, que me fez perder a linha do pensamento que dizia que eu tinha que sair daquela chuva.

Na verdade, eu acho até que meu cerebro estava um pouco devagar naquela manhã, ainda sobre os feitos dos remédios para dor, porque o máximo que eu consegui responder enquanto olhava aqueles olhos de Seth foi um "aham".

Seth riu quando se aproximou e me puxou de uma vez, como se pesasse como uma pena, me pegando no colo, enquanto eu me sentia afundar em seu peito quente.

Se antes eu estava abobada eu nem devo comentar agora, não é?

Eu nem me importava mais com a chuva que já tinha me ensopadando por inteira, ou se minha perna estava coçando para caramba por baixo daquela tala. O simples fato de nossos olhos estarem grudados uns nos outros, enquanto eu sentia seu calor de deus do sol me tocar junto com seu cheiro me fazia flutuar na mais alta nuvem.

Eu não vi quando ele subiu as escadas e entrou dentrou dentro da minha nova casa, mas eu só percebi que estavamos lá dentro porque eu não estava mais recebendo gotas grossas em meu rosto e nem via mais a agua molhando o seu. E apesar da agua gelada que escorria e pingava do meu corpo, eu não sentia um pingo de frio. Não enquanto eu tinha o meu aquecedor humano ao meu lado, tão proximo de mim como agora.

Eu não olhei para dentro da casa, vendo como ela era ou se eu gostara, e estava pouco me importando com ela no momento, mas eu tive um vislumbre da sala rapidamente, no breve momento em que Seth me desceu de seus braços e eu desviei o olhar para me firmar no chão, somente para voltar a fixar seus olhos carinhosos novamente.

Meu coração estava acelerado e minha barriga parecia se afundar mais cada segundo que eu continuava sustentando o nosso olhar. O jeito protetor, carinhoso e gentil que eu me apaixonei brilhanto nos seus olhos...

Eu me forcei a virar de costas e observar o lugar. Ele não era maior do que a sala de Sue, porém não tinha tanto o ar aconchegante que tinha na dela. Tinha um claro toque do estilo de Jonathan, alguns moveis modernos e coloridos, contrastando com o piso de madeira e as paredes brancas.

E assim que virei de costas eu senti sua respiração quente em meu pescoço, e seus braços me envolveram, me abraçando por trás.

— A casa combina com você. Igualmente linda.

Meu estomago se afundou em borboletas.

— Isso foi uma tentativa de elogio? — Eu ri, me virando para ele.

— Talvez — ele sorriu antes de passar a mão pelos meus cabelos e me beijar.

Todo aquele tempo juntos no hospital fez com que aquela vontade de beija-lo crescesse. Havia quanto tempo que havia se passado desde o nosso beijo na casa de Sue? Parecia eternidades!

— Anna? — Chamou a voz infantil de Claire ecoou — Alguém em casa?

Eu me desvinciliei de Seth em um pulo, me assustando. Assim que constatei que Claire ainda subia os degraus da varanda e não havia nos pego, eu suspirei aliviada.

— Anna? — Perguntou Claire na porta

— Entre Claire! — disse Seth enquanto ria da minha expressão.

Assim que Claire entrou na sala, soltou um sonoro "Uau!" que me fez acordar de meu estado "Seth" e agora, prestar melhor atenção na sala ao nosso redor.

Havia uma estante de livros ali que eu ainda não tinha notado. Automaticamente, eu comecei a procurar a minha surrada versão da saga Crepusculo, mas parei assim que percebi o que fazia. Eu estava dentro do livro...

— Nossa Anna, que casa linda! — Ela disse quando se aproximou de mim e me deu um abraço — Obrigada por me deixar ficar aqui.

— Hey! Quem está fazendo um favor é você, tendo que me aturar por um tempo — eu retruquei.

Ele deu uma risadinha antes de se virar para cumprimentar Seth animadamente.

— O que é isso Claire? Está tão feliz assim por sair de casa? — brincou — pensei que você fosse mais comportada que isso.

— Comportada eu sou, mas não sem sonhos. Um dos meus maiores sonhos: Mudar da casa de meus pais. — ela disse se sentando eretamente no sofá e olhando para o teto como se estivesse olhando para o que estava imaginando.

— Você sabe Claire, que é mais do que bem vinda aqui. Se quiser mudar para cá, não tem problemas. Tenho um quarto sobrando que pode ser o seu. — Falei sentando ao seu lado

— Ahh, Obrigada, mas acho melhor não. — Ela disse sorrindo docemente — Já basta te explorar por esse tempinho.

Assim que Claire terminou a frase eu pensei ter ouvido um uivo distante — Claire também pareceu ter ouvido — e nossas suspeitas só se confirmaram quando Seth virou a cabeça rapidamente para a janela, olhando para fora como se procurasse alguma coisa.

— Acho que já esta na hora de você ir, não é? — eu disse sem pensar, olhando para Seth. — Bem, então enquanto isso... Vamos ver nossos quartos, Claire?

Claire não pareceu tão atônita quanto eu esperava sobre a minha frase e apenas acenou com a cabeça antes de se levantar e ir em direção de suas malas. Seth veio à até onde eu estava sentada rapidamente antes de ir embora, me dando um leve beijo na testa.

— Temos muito o que conversar — ele sussurrou em meu ouvido, me fazendo estremecer, tanto pelo fato de ter sua boca em minha orelha, como quanto por ter tanto medo do que aquela conversa poderia causar.

***

Me joguei em minha cama cansada até para respirar.

Só de lembrar de nós, eu e Claire, fazendo tudo aquilo, desde estrear o fogão novo fazendo um bolo de chocolate, até plantar flores no jardim — Na verdade ela plantava as flores e eu observava, conversando com ela —, eu já me sentia um caco.

E pensar que se eu não tivesse ido até a casa de minha tia, nada disso teria acontecido. Eu suspirei pesadamente procurando pelo quarto aonde Jon deixara a minha flor.

Em cima de uma cômoda, na parede oposta da cama, lá estava o vaso laranja com um desenho de uma folha suja pintada onde continha a flor de cor azul-esverdeada descansando tranquilamente na tarde nublada.

Eu nem lembro de ter botado os olhos nela depois da visita de Jon no hospital. Pensando que talvez eu precisasse regar ela um pouco eu levantei sem me importar com a dor súbita que tive na perna e fui até a cômoda.

Conforme me aproximava, eu comecei a perceber que algo estava diferente nela. Ela não estava como eu lembrava da ultima vez...

Eu perdi o ar, chocada demais quando eu constatei que a flor tinha uma pétala a menos e agora só sobrara cinco das dez pétalas iniciais.

O que havia acontecido com a ultima?? Eu olhei envolta da cômoda, procurando a pétala, como se ela pudesse ter caído por falta de cuidado, mas não pareceu fazer sentido. Apesar de eu não ter regado em nenhum momento enquanto estava no hospital, ela parecia mais do que saudável, apenas um pouco despenada, que agora era MUITO despenada, já que havia perdido mais uma!

Eu me agachei no chão e olhei em baixo da cama, apenas para confirmar.

— Vaquinha? — Ouvi a voz de Jon chamando lá da sala — Você está aí?

— No quarto! — Eu respondi ainda preocupada em procurar a pétala.

Jonathan apareceu na porta do quarto sorrindo. Ele tinha uma jaqueta preta de couro sobre uma camisa branca lisa que o deixava com um ar mais rebelde. Seu sorriso grande e brilhante só durou até ele olhar para onde eu estava e o que eu tinha nas mãos.

Eu segurava entre o dedão e indicador uma pétala murcha, ainda meio boquiaberta por encontrar aquilo ali. Por um momento eu realmente acreditei que tivesse caído a pétala, mas quando eu vi a cara de Jon, qualquer coisa foi apagada de minha mente. A ligação com a cara dele e a pétala em minhas mãos foi quase imediata.

— Jon? Você... — eu perguntei devagar, com medo da resposta — Você não fez isso que eu estou pensando, não é?

Ele me olhou por um instante e depois olhou a pétala em minha mão antes de abaixar a cabeça, como um garotinho faz com a mãe brava.

— Desculpe Anna.— Disse num sussurro quase inaudível.

E apesar da surpresa me tomar antes da raiva, eu voei pelo quarto, cega demais para me controlar e grudei as duas maõs em seu colarinho.

— Jonathan Robert Flint! O que você fez?!

Ele evitou me encarar, olhando para o outro lado. Aquilo me deixou ainda mais irritada. Como ele poderia ter feito algo como aquilo sem qualquer permissão!?! Eu soltei a gola dele, o empurrando.

— Eu não acredito que você gastou um desejo sem pedir! E nem ao menos veio me falar qualquer coisa! O que você pretendia? Que quando eu descobrisse não pensasse que tinha sido você?!

Jon abriu a boca, pronto para responder, porém não conseguiu dizer nada, pois outra voz o interrompeu, vindo da sala. Impossivel confundir o tom irritado na voz de Jacob.

— Giovanna!!

Eu não respondi ao chamado, encarando Jonathan. Me senti traída, mesmo que ele exibisse um olhar de desculpas, não parecia arrependido. Ele teve a audácia de dizer antes de eu sair do quarto e ir em direção à voz de Jacob:

— Eu não preciso mais dizer o que pedi. Jacob esta aí.

Com um novo temor em meu coração, com um terrível medo de que Jon poderia ter feito, eu caminhei pela minha casa nova, que mal eu havia entrado dentro dela, já estava estreando-a com eventos daquela proporção. Será que eu não podia ter um pouco de uma vida normal por aqui?

Para o meu terror, tudo pareceu se confirmar quando eu firmei meu olhar em um Jacob parado no batente de minha porta, com o rosto fechado e frio.

— Jacob. — Me aproximei cautelosamente, parando á alguns metros de distancia dele, e ele não respondeu, continuando a me encarar com aqueles olhos sérios.

— Você não tem nada pra me contar? — Ele se limitou a dizer.

Eu senti meu coração parar por um segundo ao pensar o que ele poderia estar se referindo. Como ele poderia ter descoberto que tinha sido eu? Talvez Carlisle havia dito algo? Se sim, Seth já saberia de tudo e eu estava perdida.

Joguei com as minhas cartas e me fiz de desentendida.

— Do que você está falando?

Ele revirou os olhos, se desfazendo da minha atuação.

— Eu já sei sobre a flor. Já sei dos desejos. Já sei que não é desta dimensão! — Disse ele de uma vez — E em parte eu até entendo alguns desses desejos, mas desejar aquilo? Porque você fez isso?

— C-como você descobriu isso? Não tem como você saber tudo isso sem ser por Carlisle...

— O Dr Presas está longe de ter noção que sei de tudo isso.

Boquiaberta, eu parei, ainda tentando processar um modo de como ele poderia saber tudo aquilo. Observando o rosto sério de Jacob, eu virei para trás, a procura de Jonathan.

Ele estava parado á alguns passos atrás de mim, sua expressão ainda mais culpada do que antes.

— Calma Anna... — Ele começou ao ver meu olhar assassino.

— Calma?? Eu vou ficar calma quando você disser o que você fez! — Eu berrei — Eu não devia ter confiado em você, deixar você sozinho com a flor... Eu sabia que você poderia fazer algo!! Anda logo, diga o que você pediu!

— Espera um segundo! — bloqueou Jacob, entrando na casa de vez — O que esse cara faz aqui?

Eu encarei Jonathan, irritada.

— Sabe que é verdade? O que você veio fazer aqui? — eu perguntei com profunda magoa, cruzando meus braços no peito — Você já trouxe minhas coisas para cá, já fez uma desejo sem minha permissão e continua parado no meio da MINHA sala. O que veio fazer aqui, se sabia que eu ficaria brava?!

Ele me olhou tristemente.

— Mas...— Jacob de novo olhando pra mim confuso — Não foi você que fez o desejo? Foi esse cara?

— Foi. — Eu murmurei entre os dentes — Por quê? O que ele pediu?

O silêncio reinou de súbito. Vi que Claire espiava e ouvia tudo o que acontecia, parada na cozinha; Jacob bufou antes de falar algo que saiu mais como um rosnado de sua boca:

— Ah, nada de mais — Disse ironico — Ele só colocou um fim no meu imprinting.

Eu engasguei com a minha saliva, sem conseguir acreditar.

— O quê? Não, você deve estar brincando... — Eu murmurei olhando para Jacob e depois encarando Jon.

— Eu desejei isso. — confirmou ele, sem encarar nenhum de nós dois. Isso deixou tanto eu quanto Jacob irritados e Jacob avançou rapidamente sobre ele.

— Por quê? Por que você fez isso?? O que ela fez para você? Aliás, o que EU fiz para você?? Eu sempre gostei de você, te dei aquelas motos quando vocês não tinham nada!! E mesmo depois de tudo isso você ainda acho legal brincar com a vida dos outros!!

— NÃO! — Gritou Jonathan — Eu não estou brincando com nada! Renesmee sabia! Eu disse bem na frente dela, disse que faria se ela mexesse com a Anna e mesmo assim ela fez! Ela que decidiu isso, não eu!!

Jonathan caiu de novo no sofá, com as mãos tampando o rosto e desta vez eu percebi como ele se sentia quanto aquilo. Ele não parecia realmente a favor daquilo, mas já estava feito.

Jacob respirou fundo, tentando acalmar seu corpo que tremia e eu suspirei pesadamente, me jogando em um dos sofás também.

Minha cabeça estava latejando enquanto eu tentava manter a minha respiração normal, mas Jacob continuou em pé, respirando pesadamente e andando de um lado para o outro, parecendo muito estressado. O rosto frio e escuro.

— O que aconteceu, Jacob? — eu perguntei calmamente — O que você sabe?

— Digamos que assim que ele fez o pedido, um Semi-Deus apareceu lá na casa da Renesmee. — ele respondeu — Ele quebrou o imprinting e me contou sobre tudo.

— Um o que? — Perguntei confusa.

Jacob pareceu esquecer sua irritação por um momento e nos olhou curioso.

— Ele não apareceu pra vocês? — perguntou — Quero dizer, ele até disse sobre alguma coisa disso, mas eu achei que talvez ele tivesse pelo menos aparecido pra você Anna, já que você sabe que a flor faz desejos.

— Na verdade ninguém apareceu — eu contei — Eu achei a flor e simplesmente sabia que ela fazia.

Ele me olhou surpreso e sentando-se ao meu lado no sofá, parecendo pensar profundamente.

— Que estranho... — ele murmurou — Ele ficou disse que eu era a vitima e que seria o coringa deles... Na verdade meio que me deu um tipo de poder, ou algo assim.

Agora até Claire estava de olhos arregalados e já vinha em direção à sala, se sentando perto de mim. Me perguntei o quanto será que ela sabia.

— Poderes? — Claire perguntou

— Bom... Mais ou menos — ele falou franzindo a testa — É que agora é como se eu visse as coisas da forma correta, entende? Tudo fica mais claro e eu sei de coisas que não sabia antes. E... eu consigo me comunicar com ele, o que não é tão estranho se você está acostumado com vozes na sua cabeça.

O silêncio recaiu novamente sobre nós e ninguém se atreveu a quebra-lo.

Um Semi-Deus? Tudo isso de desejos é coisas de Deuses? É isso?

— Mas... Eu estava me perguntando — começou a falar Jacob, bem calmo — Você são... Daqui? De La Push ou Forks? Quero dizer, eu sei que vocês não são dessa dimensão, mas me pergunto como vocês nos conhecem...

Eu o olhei, um pouco mais feliz por não ter que mentir.

— Na verdade não somos daqui. Na nossa dimensão, não tem vampiros ou seres místicos e... Bem... Na verdade, essa dimensão, quero dizer, a sua dimensão, é uma saga de livros no meu mundo. Por isso nós conhecemos vocês.

— Uma saga de livros? — ele perguntou em timbre incrédulo e eu assenti rapidamente.

Ele foi encostando-se ao sofá bege, devagar, até encontra o encosto e se afundar ali.

— Eu devia começar a acreditar em tudo o que dizem. Talvez... Talvez existam até sereias e bruxas. — ele murmurou — Talvez tenha até fantasmas!

Eu ri dele.

— Acho que você não devia se surpreender se existissem, mas acho que acreditar sem ver, não é uma boa idéia.

Ouvi Claire rir timidamente por um momento, olhando para o meu rosto e logo em seguida, Jon soltar sua risada na respiração. Quando vi, estavamos todos rindo do comentario que eu fizera, mostrando como tudo aquilo era tão cômico.

— Mas se você é de outro mundo — Jacob falou lentamente logo que paramos de rir — Como você pode ser o imprinting de Seth? Quer dizer, a alma gêmea não tem que ser no mínimo na mesma dimensão?

Eu prendi a respiração. Ele fez a pergunta que eu mais temia!

— Bom... — eu falei coçando meu pescoço, em um ato de puro nervosismo. — Na verdade eu não sou...

Ele franziu mais a testa por um segundo para depois a cor fugir totalmente do seu rosto, como se tivesse entendido o que acontecera.

— Você... — Ele murmurou, não acreditando. Eu fechei os olhos, esperando levar o que eu tanto temia desde chegara ali.

Outro uivo ecoou alto na floresta em frente de casa. E por incrivel que pareça, eu achei que o uivo parecia mais... Feliz e não tão urgente como das outras vezes.

Jacob não terminou sua frase. Simplesmente levantou-se rapidamente olhando na direção da porta aberta. Sem falar nada ele de foi, mas antes de sair correndo por ela e murmurou um “Depois nós conversamos”, deixando não só eu curiosa, mas também Claire e Jonathan, que olhavam para a floresta como se procurassem a sombra de um lobo gigante.

Porque será que eu estava ouvindo tantos uivos ultimamente?

Algo estava acontecendo...


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