Garota rara e diferente escrita por Adolfinho


Capítulo 7
O concurso de dança


Notas iniciais do capítulo

Demorou mesmo, e se reclamar demora mais.
Vai me bater?
(Brincadeira, desculpem meus miguxos).



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Escola Doce Love, Evento da B.R.O.N.H.A

Depois de escolher meu look mais básico, que foi essa calça colada rosa choque, essa mini-blusa vermelho vivo, esse batom verde fluorescente e essas botas amarelas, eu cheguei ao baile.

Mal posso esperar para vencer aquela vaca da Patrícia e ganhar o estoque de Danoninho.

Mas sinceramente, faz muito tempo que eu não vejo o garoto bonzinho, que até agora eu não descobri o nome. Será que aquela piranha matou ele? Gente! Chocada aqui.

De qualquer jeito, a Patrícia não terá chance, porque eu, sendo uma boa emo gótica rockeira clubber maloqueira e princesa de aba-reta, praticamente já ganhei a disputa.

Se eu não ganhar, é porque os juízes foram manipulados por esse sistema opressor. #NãoVaiTerCopa.

Logo que chego, saio procurando a minha miguxa do coração, a Rafaela. E logo a encontro.

— Oiê, guxinha – eu grito.

— Miga! Que saudade! – grita ela.

Beijinho, beijinho, abraço, abraço!

— E então, pronta para arrasar com a vadia da Patrícia? – pergunta ela, mexendo no seu cabelo azul.

— Com certeza – eu respondo – vou requebrar tanto que meus espíritos 4:20 vão destruir aquela perua!

De repente, alguém joga alguma coisa em mim. Alguma coisa grudenta e roxa. Eca! É geléia de uva! Odeio geléia de uva.

— E agora, eu capturei a pobretona sem classe – diz uma voz irritante.

Eu me viro e limpo a geléia dos olhos, e enxergo Patrícia junto com suas amiguinhas esnobes, segurando um balde vazio.

— Quem você pensa que é, sua perua? – eu grito.

— Eu? Eu sou a nova vencedora do concurso. Você nunca vai ganhar. Mas eu te ajudei, agora você tem mais chance do que com aquele seu modelito brega.

E então, ela vai embora rebolando.

— Que raiva! Você viu o que aquela vagaba escrota fez? – eu pergunto.

— Guxa, de qualquer jeito, eu acho que a culpa foi sua. – diz ela.

— Minha culpa? Como assim?

— Ora, você não leu o livro de regras dos clichês? Regra Nº 10: Sempre que houver um concurso em que a principal irá ganhar, a patricinha deve então fazer algo contra a aparência dela.

Engulo em seco. Ela tem razão. Eu passei tanto tempo estudando o livro de regras e esqueci dessa parte. Provavelmente eu tinha bebido tanto Toddynho que acabei nem lendo.

Eu vou até o banheiro feminino quase chorando, e a Rafaela vai junto comigo. Eu vou até a pia e tento tirar a geléia, mas não adianta, ela não sai!

— Droga, é o meu fim! – eu digo, chorosa.

— Calma aí, bobinha, quem sabe se você dançar muito bem os juízes desconsiderem sua aparência horrível.

— Você acha?

Nesse momento, uma voz fala pelos alto-falantes:

— Todas as que forem participar do concurso de dança devem ir até o palco principal.

— Vai lá, miguxa! Arrasa!

Eu vou correndo até o palco. As apresentações começam. Eu serei a última, e a Patrícia será a penúltima. Na verdade eu já sabia que seria assim, essa é a regra Nº 12 do livro.

— E agora, uma salva de palmas para Patrícia!

A perua vai até o palco e uma música da Avril Lavigne começa a tocar, e a garota dança loucamente. A apresentação acaba e a média dela foi 10! Que droga! Como vou superar isso?

— E por último, recebam a novata, Julieta!

Eu vou até o palco, mesmo estando coberta de geléia. Eu vejo que Harry Styles e Rafaela estão na platéia, torcendo para mim.

A música Smells Like Teen Spirit começa a tocar. Eu escolhi essa música do Guns N’ Roses porque ela me representa, e eu acho que o Dave Grohl fez um excelente trabalho como vocalista nela, embora eu ache que ele tenha ficado bem melhor cantando We Are The Champions quando estava no Iron Maiden.

Eu começo a dançar uma dança que favorece a minha bunda e meus peitos, porque, sinceramente, essa é a minha única chance.

A apresentação acaba, e minha média é... 10,5! Eu ganhei!

Patrícia pega o microfone e vai até o centro do palco.

— Mas como assim? O máximo não é 10?

— Não podemos fazer nada – diz um dos juízes – O livro de regras diz que a principal sempre deve ganhar contra todas as chances.

— Mas isso não fica assim – diz ela – Eu tenho uma vingança muito foda!

E então, ela aponta para a porta do ginásio, e todos nós olhamos. Mas que porcaria é aquela vindo na nossa direção?


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Notas finais do capítulo

Por favor comentem eu peguei gripe suína escrevendo isso.