Lavender Hypnosis escrita por Miss Venomania


Capítulo 8
Leaves start turning brown


Notas iniciais do capítulo

Yoooooooooooh!! :33 Mais um cap ^.^ Sorry por atrasar ele, não pude entrar no PC ontem, foi um dia cheio pakas ;^; Tô cansada a ponto de quase desmaiar, mas mesmo assim resolvi trazer um cap hoje ^.^ Espero que curtam! AYE!!



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Não muito tempo depois, quando eu ia abrir a boca para dizer algo a ele, a garçonete aproxima-se novamente da mesa trazendo duas bandejas consigo. Põe o prato de porcelana branco na mesa á minha frente, que continha um belo filé de frango grelhado e uma salada de verde vibrante. Mordo o lábio inferior. A comida parecia deliciosa, mas uma parte de mim não queria por em risco minha honra e dar esse gosto de vitória ao nativo de Ecruteak. Enquanto pondero minha decisão, vejo-o pôr seu prato de lado e puxar o meu para perto de si. Pega um garfo e no mesmo espeta um pedaço de frango e algumas folhas de alface. Aponta o garfo para mim em seguida, apoiando a cabeça á mesa com o braço livre.

– Abre a boquinha! – Diz, movimentando levemente o garfo. Arregalo os olhos. Sinto um calor estranho e reconfortante dentro de mim, mas que me paralisa por inteiro. Ele está realmente me tratando como bebê desse jeito? Quem ele pensa que é?

– Eu já disse que não estou com fome... – Respondo, afastando-me até ficar completamente recostada na cadeira.

– Não seja teimosa, rosada! Você não vai me fazer pagar esse prato por nada, vai? – Minhas bochechas ardem ainda mais. Há tempos não conheço alguém capaz de mexer tanto com meus sentimentos quanto esse rapaz. Ele brinca comigo como um gato brinca com um novelo de lã. Por que ele estava fazendo isso? Por mais que eu esteja com raiva dele, ele ainda me conquista de um jeito estranho. – Agora, coma! Ou vai me fazer te tratar como bebê e encenar todo aquele troço bobo de fingir que o garfo é um aviãozinho?

Suspiro de modo quase inaudível. Desencosto-me da cadeira e aproximo-me do garfo segurado pelo loiro, envolvendo-o com minha boca. Mastigo a comida rapidamente, mas o suficiente para sentir o gosto delicioso do frango. Um sorriso fofo forma-se em seus lábios.

– Boa menina! – Franzo o cenho com essas duas palavras provocantes, mas resolvo apenas ignorar. E assim todo o cenário se repetiu uma segunda vez. Eu sendo tratada como criança recebendo comida na boca por um loiro sem noção que pensa que manda em mim. Eu pensei em reclamar, mas no fundo, eu estava gostando da situação. Não é sempre que eu recebo tanta mordomia.

– Por que está fazendo isso? – A curiosidade fala mais alto do que a sensação de conforto com os bons tratos vindos de Morty.

– Porque eu me preocupo com você. – A frase me afeta mais do que deveria. Meu coração acelera de modo que eu senti como se fosse sair pela boca. – E, apesar de teimosa, você é uma boa pessoa. Você deixou que eu viesse almoçar, mesmo estando com pressa.

– Morty... – Eu não sabia o que dizer, uma vontade súbita de chorar toma conta de mim, mas consigo conte-la. – Você se ofereceu para me trazer nessa viagem longa e cansativa. Sinto-me com a necessidade atender suas vontades.

O loiro ri. Um riso baixo, mas sincero e revigorador.

– Não precisa se preocupar comigo, rosada. Apenas fique ao meu lado, ok? – A esse ponto, eu estava tão distraída com nossa conversa, que o movimento de ir até o garfo em sua mão e mastigar a comida havia se tornado automático. O modo como sorria enquanto falava, um sorriso expressivo que iluminava até as minhas partes mais escuras... Isso prendia minha atenção.

Não demorou muito para que o prato estivesse vazio. A parte insana de mim ficou um pouco triste com isso; Estava gostando dos mimos do loiro. Abro a garrafa d’água e despejo metade do conteúdo no copo com gelo, enquanto o nativo de Ecruteak começa finalmente a comer seu almoço. Tomo pequenos goles da água gelada, refrescando minha garganta. Sinto o Pokégear vibrar em meu bolso. Pego-o e desbloqueio-o, olhando a tela.

“Boa tarde, amiga ingrata.” Dizia a mensagem que Jasmine me mandara. Dou uma risada baixa, que atrai um pouco de atenção do loiro.

“Boa tarde, Jazz. Como foi a night com seu boy?”

“Não sei do que está falando, tosca!” Rio mais alto do que deveria. “Só estou mandando esta mensagem pra dizer que cheguei de boa em Olivine.”

“Como se eu me importasse.”

“Vou ignorar isso. Enfim, como foi sua noite depois que me abandonou na arquibancada?”

“Foi melhor do que eu esperei que fosse ser! Conheci um cara legal.”

“Uiiii, tá poderosa, hein? Quem é o sortudo?”

“Eu sei o que está passando por sua mente maliciosa, mas eu não fiquei com ele, só pra deixar claro. É o líder do ginásio de Ecruteak, Morty Matsuba.”

“Nossa. Whitney, vou te falar isso logo, por que do jeito que você é desesperada por homem, melhor prevenir” Tento não me ofender com o fato de ela me achar desesperada. “Ele é atraente e tudo mais, mas tem uma fama muito grande de ser mulherengo.”

“Dá pra parar? Não é como se eu estivesse querendo namorar ele ou algo próximo a isso. Ele só está me dando carona pra Mahogany. Eu perdi o horário do navio.”

“Whitney, o que você tem na cabeça??” Ergo uma sobrancelha. “Desisto de tentar te fazer sã. Tchau, depois eu te ligo.”

– Me deixa adivinhar: Uma amiguinha falando sobre fofocas da noite passada. – Arregalo os olhos em sua direção. Havia me distraído tanto com as mensagens que esquecera completamente que o loiro me observava com curiosidade.

– Não exatamente. – Guardo o Pokégear novamente no bolso, ajeitando-me na cadeira. Morty ri baixo. Noto que havia terminado de comer seu almoço. – Você come rápido.

– É, todas dizem isso. – Franzo a sobrancelha. Nunca fui boa em entender trocadilhos, então simplesmente ignoro. Ele se espreguiça, inclinando a cabeça para trás e apoiando-a nos braços cruzados por trás em seguida. – E aí, o que quer fazer até a hora de ver a apresentação daquele pirralho, ou seja, cinco horas da tarde?

– Vai ser tão tarde assim? – Pergunto. Ele consente com a cabeça. - Nossa... Sei lá.

– Sei lá não é uma boa resposta. Você conhece esse parque mais do que eu, suponho. O máximo que eu já fiz aqui foi comer nesse restaurante.

–... Um parque de diversões abriu aqui por perto há alguns meses, mas eu nunca tive a chance de ir lá. Você quer ir?

– Depende. Que tipo de atrações tem lá?

– Roda gigante, Montanha russa... Essas coisas básicas de parque de diversões.

– Hm. Acho que vou pular essa oferta. Podemos achar algo melhor para passar o tempo. – Ergo uma sobrancelha. Não pensei que essa fosse ser sua resposta. – Mais alguma opção?

– Acho que fora isso, só temos a opção de ficar andando por aí por... – Olho o relógio no Pokégear. -... Três horas e meia.

Ele suspira.

– Por mim tudo bem.

– O que você tem contra o parque de diversões? – Pergunto, cruzando os braços. Ele sai de sua posição desleixada, endireitando-se na cadeira, com uma expressão surpresa e desconfortável.

– Nada! Vamos logo.

Antes que eu pudesse argumentar de mais alguma maneira, ele levanta, andando rapidamente ao caixa para pagar a conta. Suspiro e levanto-me, indo em direção á porta para espera-lo do lado de fora. Momentos depois, o loiro sai pela porta, tomando um sorvete que aparentava ter os sabores morango, baunilha e amora.

– Sua fome nunca sacia, não é mesmo? – Pergunto, fitando-o com um sorriso sarcástico. Ele apenas ignora e continua a dar lambidas vorazes na sobremesa.

– Já decidiu por onde vamos ficar andando que nem idiotas até as cinco da tarde? – Olha-me de canto. Dou de ombros. Não havia muita coisa para fazer no Parque Nacional fora as atrações do parque de diversões e o Pokéathlon.

– Podemos ir até os jardins dos fundos. As flores lá ficam lindas nessa época do ano, uma transição entre primavera e verão.

Morty sorri. Minha animação parece tomar conta de mim novamente. Puxo-o pelo pulso livre sem muita força, guiando-o até os jardins do parque. Ficavam nos fundos do estádio do Pokéathlon, e devido a isso era um lugar que não recebia muita atenção pública. Já que o restaurante que estávamos é praticamente ao lado do estádio, foi uma caminhada curta até os jardins. Estavam completamente vazios, como eu havia presumido. A imensidão de campos verdes, com algumas poucas trilhas que contornavam os locais utilizados para plantios de flores de todos os tipos, cores e aromas. Este lugar me dá uma sensação de liberdade única sempre que venho aqui, e essa vez não foi uma exceção.

– Nossa! – O loiro parece surpreso. – Quando você disse jardins dos fundos, eu imaginei um pequeno jardim com algumas rosas ou algo assim, não algo tão extenso. Este lugar é lindo.

Consinto com a cabeça. Andamos lado a lado pela trilha de tijolos da mesma cor das trilhas de todo o parque, até chegarmos ao grande chafariz de mármore que reside no centro do jardim. Uma estátua de um Pokémon, identificado na placa de ferro na fonte como Lugia, decorava o mesmo, com as asas abertas e o pescoço erguido, as águas da fonte saiam pela boca do Pokémon decorativo, em um padrão que fazia com que as mesmas caíssem em simetria no poço do chafariz. Sentamos no suporte do chafariz, que não estava molhado devido á força da água não estar muito alta.


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Notas finais do capítulo

Yaaaay! :33 Pra compensar o atraso do cap de ontem, provavelmente postarei um amanhã á tarde ^.^ Espero que tenham gostado! AYE!!



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