Lavender Hypnosis escrita por Miss Venomania


Capítulo 3
Purple is the new black


Notas iniciais do capítulo

Yoooooh! :3 Terceiro cap ^w^ Altas referências no título do capítulo u.u' Mas enfim, adorei escrever o diálogo entre eles nessa cap, foi divertido :3 Espero que gostem! ^.^



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Senta-se no banco ao meu lado, colocando os cotovelos na bancada e apoiando a cabeça nas mãos pela testa, soltando um suspiro cansado. Não consigo retirar meu olhar de sua direção, boquiaberta, o garfo com um pedaço de torta parado no seu caminho á minha boca. Vejo virar-se em minha direção, fito-o tempo suficiente para notar a cor lavanda de seus orbes, no mínimo, hipnotizantes.

– Perdeu algo por aqui? – Pergunta, fazendo ironia ao meu olhar constante em sua direção. Pisco três vezes sequentes, saindo de meu transe, finalmente notando a situação medíocre na qual eu me encontrava.

–D-desculpe... - Viro-me rapidamente em direção ao stand, tomando múltiplos goles de minha limonada em desespero. Ouço-o soltar uma risada curta e baixa em desfruto da situação.

– Morty!! –Vejo uma garçonete, muito mais nova do que a senhora que estava atendendo há menos de cinco minutos, aparentemente da minha idade, correr saltitante em direção ao rapaz, que não demonstra expressão. A garota apoia um braço no balcão e enrola a própria franja dos longos cabelos castanhos claros com o dedo indicador da outra mão, fitando os olhos do loiro com os seus semicerrados. – Que bom te ver por aqui, amor. O que vai querer?

– Eu já disse, Madalene. Um Cosmopolitan com dose dupla de vodka. E por favor, não me chame de amor... – Responde, apoiando-se nos braços e respondendo o olhar da garota com uma expressão fria.

– Mas eu... Você... – Gagueja, preocupada, tentando procurar uma resposta.

– Eu sei. E foi só uma noite. Não é como se estivéssemos casados ou algo assim, já te falei que não sou o tipo de homem que deseja o tipo de compromisso que você quer. – O loiro parece debochar dos sentimentos da morena com suas palavras, em um tom que chegava a ser rude. A garota o observava sem palavras ou reação. Eu simplesmente ignorei essa novela romântica ao meu lado e continuei a beber minha limonada, apenas espiando de canto do olho. A garota vira-se e anda novamente á cozinha. Não era preciso ter alguma visão de águia para saber que estava chorando.

– Não acha que foi meio rude com ela? – As palavras são praticamente vomitadas de minha boca, sem ao menos ter noção de que eu estava me intrometendo em um assunto que completamente não me diz respeito. O loiro se vira em minha direção, franzindo o cenho.

– Não acha que foi meio rude conosco em ouvir nossa conversa pessoal e ainda opinar na cara de pau?- Retruca, com um sorriso sarcástico e sádico. Olho-o nos olhos, a profundidade violeta parecia brincar com minha mente. Decidi vestir uma expressão de raiva, apesar de não ser o meu sentimento verdadeiro, e, pra ser sincera, nem sabia ao certo o que sentia.

– Não foi intencional. - Mentira. - Vocês criaram um romance trágico ao meu lado, e não posso desligar minha audição, então fui obrigada a ouvir.

Seu sorriso desaparece. Vira-se novamente em direção ao balcão, visto que a senhora trazia em uma bandeja uma taça com sua bebida alcoólica escarlate. Sem dizer uma palavra, o loiro toma um demorado gole da bebida, piscando os olhos com força quando sentiu o álcool forte penetrar seu corpo. Sinceramente, eu nunca experimentei álcool, e não me parece algo tão extraordinário como as pessoas falam. Há muitas coisas que não experimentei nesses dezoito anos de vida que é comum que pessoas experimentem muito antes, mas nunca me foi algo com o que me preocupar. Sem perceber, me vejo novamente encarando o loiro enquanto tomava o segundo gole de sua bebida. Este claramente percebe meu interesse sutil, mas não tenta impedir.

– Qual o gosto desse troço? – Pergunto, tentando puxar conversa com um total estranho que “conheci” há menos de dez minutos. Este me fitou de cabeça baixa, segurando a taça com as duas mãos em cima da bancada, sorrindo de canto.

– Quer experimentar? – Me oferece a taça semicheia, estendendo-a em minha direção.

– N-não, obrigada. Eu não me interesso em acabar com meu fígado com todo esse álcool ainda. – Respondo, tentando ao máximo não parecer uma louca. Ele faz um pequeno grunhido, trazendo novamente a taça para perto de si e esvaziando-a em um terceiro gole demorado, pousando-a na bancada e virando-se em minha direção, apoiando o braço no material liso e branco no qual se repousava a taça.

– Você é engraçada, rosada. – Diz meio enrolado. Aparentemente a bebida já estava afetando-o. – Parece até que é...

– Desmiolada? – Interrompo-o, quase que prevendo o que diria. - Muita gente diz isso.

Ele deixa escapar um riso, mas não do tipo sarcástico que mostrara antes, um riso verdadeiro e expressivo, apesar de afetado pelo álcool. De verdade, um dos sorrisos mais bonitos que eu já havia visto.

– Eu ia dizer ingênua, mas se prefere se chamar assim... – Seus olhos se encontraram com os meus por alguns segundos demorados. Consegui sentir minhas bochechas esquentarem, e as imaginei vermelhas como as de um Pikachu. O loiro subitamente estende a mão direita em minha direção para um cumprimento. – Sou Morty. Morty Matsuba.

Preencho sua mão direita com a minha esquerda. Seu toque era macio como eu havia imaginado.

–... Whitney Akane. – Digo, desviando o contato com seus olhos. Parecia surpreso com algo.

– Espera, você é a nova líder de ginásio dessa cidade que todos tanto falam? – Pergunta, parecia meio intrigado.

– Sou. Estou no cargo há quase três meses. Por quê?

– Isso explica por que não te conheço. Não venho muito para esses lados da região, acho todas as cidades daqui meio sem cultura comparado ás cidades ao norte. – Seu modo de falar das cidades do sul parecia meio debochado, mas não é nada que me surpreenda depois do que já vi desse garoto nos últimos quinze minutos. – Eu sou o líder do ginásio de Ecruteak.

– Mas... Eu não me lembro de ter te visto na conferência oficial das ligas três meses atrás quando eu tomei posse do ginásio.

– Eu não curto essas coisas chatas e frescas da liga. Eu nunca vou para essas reuniões, mas mesmo assim nunca me retiram do ginásio, pois não há ninguém em Ecruteak que possa substituir o grande mestre em fantasmas Morty Matsuba. – Seu ego parece ter uma inflada súbita, tornando a situação um pouco desconfortável.

– Bem... Se está dizendo... - Digo, em voz baixa. Ele nota meu desconforto e ri de canto.

– A conversa tá boa, mas eu tenho que ir agora, senhorita Akane. – Diz, abrindo a carteira de couro que havia em seu bolso e retirando uma quantia, entregando-a para a senhora atendente como pagamento, levantando-se em seguida. – Foi um prazer conhecê-la. Sayonara.

Acompanho-o com os olhos enquanto se distancia em meio á multidão. Ele é definitivamente um rapaz intrigante. Apesar do som de milhares de vozes ecoando por toda a cidade, a bancada do stand parece ter ficado em completo silêncio com sua saída.


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Notas finais do capítulo

Yay! :D Espero que tenham gostado >.< Provavelmente vou postar dois caps hoje, se não postar hoje provavelmente postarei amanhã ao invés de dia 30 :3 Até logo, cupcakes! o/ AYE!!



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