Lavender Hypnosis escrita por Miss Venomania


Capítulo 2
The First Glimpse of Hell


Notas iniciais do capítulo

Yoh! :3 Segundo cap ^.^ o adiantei um pouco porque quando as aulas começarem não terei muito tempo para postar, então quero adiantar o máximo possível :3 Espero que gostem ^.^



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Homens e mulheres de várias idades se divertiam fazendo as últimas preparações das ruas para o festival. Se tivesse me lembrado desse festival quando estava perdida, poderia facilmente notar que estava em Goldenrod todo o tempo devido aos stands de comida e entretenimento espalhados por toda a cidade, além do palco montado no leste da cidade para a apresentação de alguma banda estrangeira, “Roxie and the Poison Ivys” ou algo assim, e mais algumas atrações de outras regiões. Apesar de eu considerar meio bobo, o festival é uma celebração importante para a maioria das pessoas que o conhecem. Todos os anos, três dias antes do réveillon, é realizada essa celebração para agradecer aos deuses por mais um ano, e para dar boas vindas ao novo. Na teoria, seria uma comemoração bonita, mas acaba sendo apenas uma exibição de pessoas bêbadas, crianças chatas e drogados enchendo o ar com a fumaça de suas “folhinhas”, além é claro dos metidinhos das elites de lugares mais renomados que Johto. Observo o horizonte por um tempo, até que meus devaneios são interrompidos por Jasmine, que saia do banheiro usando o vestido que havia comprado para si mesma. Era escarlate, e ia até um pouco acima dos joelhos. A saia era justa, um pouco volumosa, com bordados em formato de rosas. O corpete era simples, apenas com algumas lantejoulas, suspendido por mangas um pouco abaixo dos ombros. Um colar com um rubi decorava seu pescoço, e uma tiara metálica envolta de tecido vermelho adornava sua cabeça, dando um destaque aos cabelos loiro-escuros, que pela primeira vez em muito tempo via completamente soltos, sem o par de pig-tails. Estava magnífica como eu nunca tinha visto antes.

– Nossa,Jas... – Meus olhos vidrados na nativa de Olivine, que sorria discretamente. Notei que usava um par de saltos baixos bege nos pés, dando um destaque á cor vibrante do vestido. - Você está espetacular!

– Obrigada. – Diz, em som baixo. – Vá se arrumar, já está quase na hora de irmos!

Consinto com a cabeça, pegando uma roupa qualquer no guarda roupa. Escolho uma blusa branca bordada e shorts pretos. Corro para o banheiro e fecho a porta, trocando-me sem pressa, mudando também de roupas íntimas. Pego um secador de cabelos e passo lentamente em minhas mechas róseas, enquanto deslizo um pente sobre elas. Terminaram ficando lisas com cachos nas pontas, um estilo novo. Decidi deixar os cabelos soltos assim como Jasmine, afinal, mudar de vez em quando não machuca ninguém. Calço um par de sapatilhas pretas, e decido não passar maquiagem, afinal, minha beleza natural já é o suficiente – e a modéstia natural também! Saio do banheiro, vendo Jas deitada na cama digitando em seu Pokégear.

– Até que enfim, garota! Não viu o tempo passar, não?- Pergunta me mostrando o Pokégear. Marcava sete horas e quarenta e sete minutos no relógio.

– Mas eu nem passei tanto tempo lá dentro. Só vesti a roupa e sequei o cabelo, nem sequer tomei banho ou passei maquiagem. – Respondo, tentando me provar inocente. Jasmine me puxa pelo pulso, pegando sua bolsa e a minha e descendo as escadas. O ginásio estava vazio, com exceção apenas do zelador que o limpava á noite todos os dias. Saímos pelas portas automáticas, dando de cara imediatamente com a movimentação frenética do lado de fora.

– E aí, o que quer fazer primeiro? Podemos comer caudas de Slowpoke, legalizadas, é claro, ou ir a algum stand de jogos, ou irmos ao palco esperar pela apresentação da banda de Unova!-A loira, animada, exalava excitação em suas palavras e no brilho de seus olhos.

– Pra falar a verdade, eu só quero me sentar e tentar achar alguém menos frenético pra conversar. Será que a Erika está aqui? – Pergunto, olhando em volta, procurando a morena no meio da multidão. Jasmine me dá um tapinha na cabeça. – Ai!

– Você deveria me agradecer por tentar te fazer mais bem educada socialmente, comparecendo em eventos que requerem sua presença. Vem, vamos ao palco! – Diz, me arrastando pelo pulso. O tempo de transição de um local para o outro nesse lugar pode ser medido em quantas vezes seu pé é pisado no caminho e quantas vezes uma pessoa suada ou uma criança chata esbarra em você. Do ginásio para o palco, levei umas cinco pisadas e sete esbarrões. Ao chegarmos ao palco, sentamos em um lugar na arquibancada montada exatamente para esse show. Consegui convencer Jasmine a sentar em um dos lugares mais baixos da arquibancada, pois não confiava na segurança desse troço. Normalmente Jas é a racional da dupla, mas estava tão animada que seu cérebro parece ter parado de raciocinar corretamente.

– Estou ansiosa! Dizem que essa banda é muito popular em Unova!- Jasmine diz, me olhando com um sorriso.

– Se a banda fosse tão popular eu já teria ouvido falar... – Respondo, recostando-me na arquibancada. O sorriso da loira desaparece.

– Qual é, Whitney? Não tem como você aceitar alguma coisa sem reclamar? Tudo que eu proponho pra fazermos juntas você... – Jas interrompe a própria frase, olhando em minha direção com os olhos arregalados.

–... Jasmine? Entrou em transe? O que houve?- Passo a mão na frente dos olhos da loira. Esta, em um movimento súbito, acena na minha direção. Olho para trás, vendo a razão de seu aceno. Um rapaz loiro, aparentemente poucos anos mais velho que nós, respondia seu ato com um sorriso fraco, mas emotivo. Vejo-o se levantar e andar em nossa direção. Jasmine fica vermelha como um tomate, segurando meu braço com força.

– Quem é esse, Jas?- Pergunto, antes de o estranho se aproximar.

– Ele é um líder de ginásio de Sinnoh... Nós temos um pequeno “relacionamento” á distância... – Diz, acompanhando-o com os olhos enquanto desce as arquibancadas vindo ao nosso encontro. O aperto de Jasmine em meu ombro fica mais forte de supetão. – Se você me fizer passar vergonha na frente dele, eu juro que te dou um soco!

– Calma, não precisa ser agressiva, flor! –Digo, retirando sua mão de meu ombro.

– Olá, Jasmine! – Diz o rapaz loiro, sorrindo e estendendo a mão para Jas. Era mais alto do que parecia visto de longe. Usava uma camisa preta e um casaco azul adornado nos braços por cima, com calças jeans pretas.

–... O-oi, Volk! Que legal te ver por aqui! – Responde, tentando não gaguejar, pegando a mão do rapaz e aproveitando o momentum para levantar e dar-lhe um abraço, que foi retribuído. Sinceramente, nunca me senti segurando uma vela tão grande.

– Igualmente! E... Olá também, senhorita! – Diz olhando em minha direção.

– Olá, futuro marido de minha melhor amiga!- Digo, levantando e dando um tapinha nas costas dos dois. Jasmine me fita com um olhar gelado, mas não me importei no momento.

– Não liga pra ela, Volk! Ela é desmiolada! – Jas tenta disfarçar. O loiro parece meio perturbado com a situação.

– Bem... Estou acostumado a lidar com gente desmiolada, então... – Diz, arrancando uma risadinha de Jasmine. Não me ofendi com sua resposta, mesmo sentindo que eu deveria. – Por falar em gente desmiolada, o resto do pessoal está na arquibancada lá em cima, se quiser se juntar a nós... Você também pode vir se quiser, senhorita.

– Whitney! – Digo, cansada de ser chamada de senhorita. – E eu adoraria me juntar a vocês, mas a cera da vela já está queimando meus dedos. Podem se pegar á vontade, estou me retirando!

Desço da arquibancada, caminhando na direção contrária do palco. Consigo sentir o olhar penetrante de Jasmine atrás de mim, mas continuo andando firmemente para manter a honra. Após umas três pisadas nos pés, e seis esbarrões, encontro um stand que vendia bebidas e comidas. Para um stand de festival, era bem chique, com luzes coloridas chamativas e uma entrada com letreiros em neon. Sento em um dos seis bancos localizados na frente do stand, fitando a vendedora, uma mulher de meia idade, com feição alegre, porém cansada, e cabelos castanhos quase possuídos pela cor branca que a idade traz.

– Um suco de limão e uma fatia de torta de chocolate, por favor. – Peço, segurando o cardápio. A mulher consente com a cabeça e se vira de costas, indo em direção á cozinha e encaminhando o pedido aos cozinheiros, voltando em seguida. Passeio meus dedos pelo material liso e fino que formava a bancada, coberto por um tecido grosso vermelho, para evitar a sujeira por migalhas ou resíduos de comida. Após alguns minutos que pareceram uma eternidade, a senhora retorna com um prato de porcelana branco suportando minha torta de chocolate, e um copo alto de vidro com o suco, adornado com uma rodela de limão, e com um canudo vermelho mergulhado no liquido. Agradeço e afundo-me na torta, ignorando todas as vozes ao meu redor. Com exceção de uma. Uma voz ao meu lado direito chama minha atenção, me fazendo tirar a concentração de meu paraíso de chocolate.

– Um Cosmopolitan, por favor. Com dose dupla de vodka.

Olho na direção da voz tênue, porém firme, a ponto de ser hipnotizante. O dono de tal voz era um rapaz alto e loiro, de um tom mais escuro que o do suposto namoradinho da Jasmine, porém mais claro que o da Jasmine em si. Pele clara, e aparentemente macia. Uma expressão cansada nos lábios corados. Vestia uma camisa polo branca, calças jeans skinning pretas e All Stars pretos, coincidentemente combinando com minhas roupas. Os curtos cabelos úmidos iam até sua nuca, descendo como uma cascata dourada. Por Arceus, ele é... Magnífico.


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Notas finais do capítulo

Yaaaaay, Mortyyyyyyy *u* Primeira aparição dele, já enchendo a cara de álcool u-u' Eu ia colocar a conversa inteira deles nesse cap,mas ia ficar longo pakas, então deixa pro próximo :B Espero que tenham gostado, digam-me nos comments o que estão achando da fic plz >.< Baaaaaaai!



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