Lavender Hypnosis escrita por Miss Venomania


Capítulo 18
Knowledge


Notas iniciais do capítulo

Yooooooooooooooooooh cupcakes! :3 Tudo bem com vocês? *w* Aqui está mais um cap ^.^ Demorou um pouco, mas saiu! Peço que leiam as notas finais, são importantes :3 Espero que gostem ^.^ Beijos e queijos! AYE!!



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Ponho minhas malas sobre a cama. Primeiro abro a de alças, retirando boa parte de minhas roupas de dentro da mesma. Não tenho muita paciência para desfazer malas e redobrar roupa por roupa, então simplesmente dobro as primeiras quatro e o resto simplesmente jogo com desleixo por cima da cama. Impaciente comigo mesma e meu paradoxo mental, saio do quarto para explorar o resto da casa. Da porta á esquerda do meu quarto, a terceira mais próxima á escada, vinha um som molhado de chuveiro, então presumi que fosse onde o loiro estivesse tomando banho. Abro a porta á direita, entrando em um quarto que parecia alguma dimensão alternativa bizarra comparado ao resto da casa. Uma fumaça estranha e com cheiro forte invade minhas narinas, fazendo-me tossir e lacrimejar. Enquanto os outros aposentos (ou pelo menos a parte que cheguei a ver) eram de cores claras e sem muito destaque, este quarto possui paredes violetas, vários pôsteres e recortes de jornal espalhados pelas paredes, uma tevê na parede, acima de uma estante baixa preta com roupas amassadas transbordando pelas gavetas. No canto, um notebook jogado em uma escrivaninha repleta de latas de cerveja e garrafas de vodka vazias. Um frigobar vazio aberto ao lado da cama de casal branca de cobertas roxas completamente desorganizadas, e um colchão inflável cheio de ar repousado no chão. Aproximo-me da cama, notando que tanto a mesma quanto o colchão possuíam revistas estranhas espalhadas sobre si. Sinto que não deveria tocar nelas, mas minha curiosidade fala mais alto. Abro uma delas, e, apesar de (ou talvez, principalmente por) possuir algumas páginas grudadas, dava pra notar bem do que se tratava. Nojo... Só... Nojo! Não sabia que o Morty via essas coisas...! Mas já é de se esperar, coisa de garoto. Jogo a revista novamente sobre a cama, esfregando meus dedos na coberta na tentativa de livra-los daquela coisa nojenta.

– Rosada? – Ouço-o chamar-me do lado de fora. Escuto seus passos vindo em direção ao quarto. Arregalo os olhos e imediatamente corro para fora, mantendo-me de pé em frente á porta e fechando-a atrás de mim. Ele me observa com uma sobrancelha erguida.

–... Me chamou? – Pergunto, tentando disfarçar o constrangimento. Minhas bochechas devem estar vermelhas como tomates. Ele ri de modo fofo. Seus cabelos molhados pingavam levemente sobre a camisa roxa com estampa dos olhos e sorriso assustadores de um Gengar, que combinava com a bermuda branca. Como as mangas da camisa não são longas, a mordida em seu braço fica clara e visível, já que havia retirado o curativo para o banho.

– Surpresa com meu quarto de badernas? – Ele abre a porta novamente, entrando no quarto. Sigo-o, meio sem jeito. Ele traga a fumaça que tomava conta do cômodo com certa força, como se adorasse o cheiro. – Este é o quarto em que eu e o Eusine dormimos quando ele vem ficar por aqui e estamos a fim de dar uma zoada. É tipo um quarto do foda-se! Aqui fazemos o que quisermos, quando quisermos! Acredite, já rolou cada bagulho louco aqui.

– Percebi... – Digo, apontando para as revistas espalhadas. Ele pega uma, abrindo em uma das páginas grudadas e rindo.

– Isto aqui não é nada comparado ao que a gente já fez! Mas estas revistas já viraram recordação. – Ele me mostra a página em que tinha aberto. Nesta, uma garota loira de cabelos curtos e headphones posava de topless. Lanço-o um olhar de nojo. – Cada uma dessas páginas grudadas tem uma história.

– Prefiro nem comentar... – Afasto a revista. Ele ri baixo. – Não imaginei que você precisasse desse tipo de revista.

– Ei, eu não uso mais estas coisas desde os dezesseis anos, tá? Eu sou Morty Matsuba! Quando eu quero prazer, eu consigo facilmente alguma mulher que queira me dar. O Eusine que é carente e usa minhas revistas, e como ele dormiu aqui esses dias antes de irmos para Goldenrod, manteve a rotina.

– Sei... Agora podemos parar de falar de suas intimidades com o Eusine e suas revistas nojentas e irmos passear? – Pergunto, cruzando os braços. Ele ri.

– Claro!

Sorrio de canto. Saímos do quarto e descemos as escadas lado a lado. Ele abre a porta para que eu saia, e assim o faço, olhando novamente em volta da cidade.

– Aonde vamos primeiro? – Pergunto animada, olhando em sua direção.

– Vamos ao teatro das dançarinas de Kimono. – Responde, fechando a porta atrás de si. Ele estende o braço esquerdo para mim, que rapidamente preencho com o meu direito.

– Nossa! Não tem esse tipo de coisa em Goldenrod. – Digo um pouco surpresa. Ele ri curta e debochadamente.

– Ecruteak é cultura, rosada!- Afirma, com o nariz empinado. Reviro os olhos, com um pequeno sorriso de canto. Caminhamos lado a lado pela cidade consideravelmente movimentada. Alguns Pokémon ajudavam adultos e crianças a decorar as ruas com serpentinas azuis ciano, azul marinho e brancas. Vez ou outra algum cidadão acenava em sua direção com um sorriso no rosto. Ele acenava de volta, também sorridente. Aparentemente ele não temia ser reconhecido em sua própria cidade. Dentro de alguns instantes, chegamos a um aposento grande que aparentava ter dois andares, de paredes vermelhas e telhado verde, possuía um ar bem oriental em sua arquitetura.

– É aqui! – Diz, soltando meu braço e abrindo o par de portas francesas com um desenho de uma ave belíssima em cada uma. Dentro, podiam ser vistas várias pessoas ajoelhadas em almofadas douradas, olhando fixamente em direção ao palco decorado. Neste, cinco dançarinas idênticas ás que eu vira quando íamos á casa do loiro bailavam suavemente em sincronia. Entramos em silêncio, observando a dança em um canto do teatro. As luzes do palco iluminavam cada uma delas com tons vermelhos alaranjados, em contraste com os adornos verdes no fundo. A paixão que elas colocavam em cada movimento fazia a apresentação ainda mais encantadora e charmosa, como se contassem uma história em cada passo.

Após pouco tempo, as dançarinas cessam a coreografia e reverenciam em agradecimento, recebendo aplausos de todos os que estavam presentes.

– Elas são muito talentosas. – Afirmo, enquanto os espectadores saiam pelas portas do teatro. O loiro consente com a cabeça. As garotas conversam animadamente entre si no palco.

– Bela apresentação, garotas! – Morty se aproxima quando todos os outros já haviam saído, aplaudindo com um sorriso no rosto. Ao avista-lo, todas sorriem igualmente. – Lindas como sempre.

– Senhor Matsuba!! – Uma das garotas desce do palco para abraça-lo. Ele retribui, rindo discretamente.

– Já te disse para não me chamar assim, Naoko. Chame-me somente de Morty.

– Perdão, Senhor Morty. – Não consigo evitar rir um pouco, levando a mão á boca para que não notassem. Ele revira os olhos, com um sorriso de canto, desfazendo o abraço.

– Estávamos com saudades, Morty! – Outra delas diz, descendo juntamente com as restantes e também o abraçando. – Por onde esteve?

– Fui para o festival de Goldenrod. Como eu esperava, não teve nada de muito interessante, mas conheci alguém que quero apresentar-lhes. – Ele faz sinal para que eu me aproximasse, olhando em minha direção. Assim o faço, meio sem jeito. Ele põe a mão sobre meu ombro. – Garotas, esta é Whitney Akane, líder do ginásio de Goldenrod.

Elas soltam um gritinho agudo em conjunto, com um sorriso de puro ânimo no rosto. Surpreendo-me levemente, mas Morty parece acostumado com isso, revirando os olhos em reprovação. Aproximam-se de mim, e duas delas pegam minhas mãos, segurando firmemente entre as suas.

– Você é aquela garota que eu e a Naoko vimos passar pela rua ao lado dele!

– Vocês são namorados?

– Quero ser a madrinha do casamento.

– Nada disso, eu vou ser a madrinha!

– Parem com isso vocês duas!

Minhas bochechas ardem enquanto elas discutem entre si sobre quem vai ser a madrinha de um casamento que nem vai existir. Olho em direção ao loiro, com um pouco de pânico. Noto que ele também está um pouco corado.

– Não somos namorados, nem muito menos vamos nos casar, ok? – Diz, tentando acalmar o surto delas. Por alguma razão, suas palavras doeram em mim como uma faca. Elas o olham nos olhos, com dúvida, soltando minhas mãos.

– Awn, que pena... Já tinham virado meu casal favorito.

– Que pena mesmo. Talvez ela colocasse juízo em você!

– Perdão pela inconveniência, Senhor Morty!

Suas personalidades eram bem diferentes, mas isto parecia agir como um elo que as conectava. Uma era mais submissa, outra mais romântica, uma mais séria, e assim por diante. Ele limpa a garganta, na tentativa de chamar a atenção delas, que finalmente param de murmurar entre si,

– Rosada, estas são Naoko, Sayo, Zuki, Kuni e Miki. – Diz, apontando com o palmo para cada uma pelo respectivo nome. – Elas são conhecidas como As Dançarinas de Kimono, e são responsáveis por cuidar da torre do sino enquanto estou fora.

– É um prazer conhecê-la, senhorita! – A que parecia ser Naoko diz, com um sorriso. Ela parecia ser a mais doce das cinco.

– Eu gostaria que tomassem conta dessa desmioladinha aqui enquanto eu resolvo uns assuntos. – O loiro pede, bagunçando meus cabelos. Olho-o com reprovação, mas ele não parece se importar. Elas sorriem animadamente. – Poderiam dar conta disso?

– Claro! Seria um prazer! – Kuni responde, entrelaçando seus dedos e sorrindo de orelha a orelha.

– Certo, então. Divirtam-se! – Antes que ele pudesse se afastar em direção á porta, o seguro pela camisa. Ele vira levemente a cabeça, com uma sobrancelha erguida e face séria.

– Aonde você vai? – Pergunto. Soa mais dependente, mimado e “Ai, por favor, não se vá!Vou morrer de saudades!” do que eu desejava. Ele sorri de canto.

– Vou arrumar umas coisas. Se eu não voltar até as seis da tarde, procure por mim na torre do sino! – Solta a camisa sem muito esforço, voltando a andar em direção á porta. Observo-o sair, com uma cara de paisagem. – Sayonara!

As portas se fecham, acabando com resto de visão que eu tinha dele. Uma das garotas se aproxima por trás e põe a mão macia sobre meu ombro.

– Ele é sempre assim, sempre tem algum compromisso desconhecido. – Diz Sayo, com voz de desaprovação.

– Mas não se preocupe! Não temos mais apresentações agendadas para hoje, então podemos te fazer companhia a tarde toda. – Miki saltita animadamente, puxando-me sem muita força pelo braço em direção ao palco. – Venha conosco!

Subimos juntas os poucos degraus que levavam ao palco. Lá, Miki abaixa uma escada embutida no teto, que levava ao que parecia ser um sótão do teatro, fazendo-me sinal para subir. Com certo cuidado subo as escadas, chegando a uma área quase vazia de paredes vermelhas alaranjadas e telhado alto verde, com apenas um pequeno forno elétrico e um armário baixo de madeira com algumas gavetas. Uma enorme janela que ocupava toda a fronte do cômodo dava visão para o lado norte da cidade, onde ficavam as duas torres. O chão de madeira produzia alguns rangidos finos com movimentos bruscos. Uma por uma, as garotas vão subindo as escadas. Naoko pega uma esteira de palha enrolada no canto do aposento, estendendo-a sobre o chão, ajoelhando-se sobre a mesma em seguida.

– Sinta-se á vontade, senhorita! – Diz, convidando-me para juntar-me á elas, enquanto as outras também se ajoelham. Posiciono-me meio sem jeito entre Sayo e Naoko, recebendo um sorriso da que me convidara.

– Vou preparar um chá! – Kuni levanta-se, indo em direção ao armário e pegando seis xícaras e posicionando sobre uma bandeja de madeira. – Alguma preferência de sabor, senhorita Whitney?

– Não. – Respondo de modo direto. A verdade é que não gosto muito de chás, mas aceitei para não parecer indelicada.

– É sua primeira vez aqui em Ecruteak? – Miki pergunta, olhando em minha direção com um sorriso alegre.

– Sim. Nunca tive muita chance de sair de Goldenrod para algum lugar distante, exceto Olivine e Violet.

– Mas Violet é tão perto daqui! – Zuki afirma.

– É, mas sei lá... Pra ser sincera, nunca tive muito interesse em vir aqui!

– Como não? – Sayo parece meio surpresa e indignada. – É a cidade mais rica em história, empatada com a cidade Celestic em Sinnoh! Um dos maiores orgulhos de Johto!

– Nunca fui muito interessada em história. – O olhar duvidoso delas me fazia sentir meio repreendida.

Sayo parece ter um impulso de ânimo, começando a contar-me sobre todas as histórias e mitos que rodeavam Ecruteak. Contou-me sobre a lenda marinha chamada Lugia, que nos primórdios residia em uma das torres ao norte, a que atualmente estava destroçada. Este havia criado três lendas para acompanha-lo: Articuno, Zapdos e Moltres. Havia também a lenda dos ares, Ho-Oh, que residia na bela torre do sino e também criara três lendas: Suicune, Raikou e Entei. Não consegui evitar me lembrar de Eusine nessa parte. As duas lendas maiores viviam em confronto, e então Ho-Oh comandou suas criações para destruírem a torre de Lugia, que um dia fora bela como a do sino. Raikou invocou uma tempestade de trovões sobre a torre, e os raios causaram um incêndio alimentado pelas chamas de Entei. Suicune, no entanto, decidiu não contribuir na destruição dos irmãos e do criador, invocando as águas para que cessassem o fogo sobre a mesma. Exilado dos cuidados de Ho-Oh, Suicune vaga por Johto á procura de um humano que entenda seus ideais e tenha coração puro, assim como Ho-Oh procura um humano digno de receber suas bênçãos e repartir sua força. Ela explicou que este era o objetivo de Eusine, ser reconhecido pelo cão lendário como merecedor de sua confiança, assim como era o objetivo de Morty ser reconhecido pela ave como digno de seus dotes. Para isso ele treinava até hoje e desejava ser o melhor em tudo que fazia, mas nenhum dos dois parecia ter tido sucesso por seus devidos motivos.


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Notas finais do capítulo

YAAAAY!! Então, o que eu ia dizer é que estamos nos aproximando cada vez mais do grande momento de nosso shipp =^.^= Eu sei que vocês já devem estar tipo "MEU DEUS VEI, SÓ FAZ ELE PEGAR A MINA LOGO E ACABA COM ISSO, QUE ENROLAÇÃO DA DESGRAÇA, MULHER!! VOU TE ASSASSINAR E DECAPITAR SUA FAMÍLIA!!". Não precisam mentir, eu sei que vocês estão assim ;_; E eu peço desculpas, mas foi o modo que achei melhor para expressar a história ^.^ Enfim, não vou deixar vocês esperando muito mais tempo :3 Daqui a talvez um ou dois caps, porque ainda tem toda uma explicação de backstory que deve durar mais ou menos um cap :3 Ou talvez eu junte os dois e faça um super cap gigante, não sei ainda u.u' Mas é isso, espero que tenham gostado ^.^ Deixem reviews dizendo o que acharam, não custa nada :3 AYE!!



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