Lavender Hypnosis escrita por Miss Venomania


Capítulo 17
Home sweet home


Notas iniciais do capítulo

Yooooooh!! :3 Como vão, cupcakes? *w* Novo cap! :3 Espero que gostem ^.^ AYE!!



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Ando com certa rapidez em direção á porta da cozinha, abrindo-a sem muita força. Alguns treinadores do ginásio conversavam animadamente ao lado de seus Pidgeys e Spearows, acenando para mim quando passo por eles. Sorrio em direção á eles, acenando de volta. Ao sair pelas portas do ginásio, um aroma delicioso toma conta de minhas narinas, algo refrescante, como a primeira pétala desabrochada da primeira flor da primavera. Ao lado da porta, vejo o carro do loiro estacionado. Pelo visto, Falkner não tinha aprontado nenhuma com o mesmo. Contorno o ginásio, indo em direção á ponte que unia a torre Bellsprout com o resto da cidade. Estes ficavam separados por um pequeno rio de correnteza fraca, conhecido por ser repleto de Pokémon selvagens. De longe consigo avistar o loiro olhando com certa dúvida para o par de aves adormecidas em frente á torre.

– Qual a razão dessa cara de paisagem, Ecruteak? – Pergunto, me aproximando. Ele me fita, mantendo a mesma face inexpressiva.

– Eu estava pensando: Será que eu devo confiar no Falkner com meu carro nesse tempo? E será que ele treinou essas aves para me matar ou sei lá? – Pergunta, andando em círculos. Não consigo evitar rir um pouco.

– Não é como se o Falk fosse algum tipo de psicopata. Ele é um cara legal!– Digo, segurando-o pelo ombro para que parasse de agir feito louco.

– Um cara legal que me considera seu arqui-inimigo! – Argumenta como se fosse óbvio, que de fato é. Reviro os olhos, ajoelhando-me em frente aos grandes pássaros, passando levemente as mãos sobre suas penas da nuca. Eles abrem os olhos lentamente, ainda sonolentos.

– Pidgeot, Staraptor! Quanto tempo que não nos vemos!

Ao me ver, os Pokémon imediatamente se levantam, vindo em minha direção animadamente, emitindo grunhidos de felicidade. Abraço-os com bastante carinho. Eu tenho um grande apreço por eles, quando conheci o Falk ele tinha acabado de ganhar o Pidgeot, que ainda era um Pidgey. E, algum tempo depois, o ajudei a capturar um Starly, que ele treinou bastante e virou um forte Staraptor.

– É bom ver vocês novamente, amigos! – Sorrio para eles. Morty revira os olhos. Viro-me novamente em sua direção. – Em qual dos dois você quer ir?

– No que for mais seguro.

– Bem, não tem um mais seguro que o outro... – Respondo, olhando-o com certo desdém. Ele parecia um covarde falando desse jeito. – Mas o Staraptor aguenta mais peso, se é com isso que está preocupado.

– Não, não é com isso. Mas acho que assim tem menos chances de ele me derrubar involuntariamente. – Aproxima-se lentamente da ave de penas pretas, acariciando-lhe a cabeça. Esta hesita por instantes, mas logo se rende ao carinho. Morty sorri de canto. – Quer pegar alguma coisa no carro antes de irmos?

Consinto com a cabeça. Ele me entrega a chave, continuando a fazer carinho no pássaro. Corro novamente em direção ao carro. Lá, abro o porta malas e retiro minhas bagagens. Pego também a lanterna, pois nunca se sabe quando se pode precisar, como precisamos ontem. Quando retorno á torre, vejo o loiro acompanhando-me com os olhos. Devolvo-lhe a chave, que ele guarda no bolso.

– Em quanto tempo devemos chegar a Ecruteak? – Pergunto, subindo no Pidgeot.

– Provavelmente em meia hora. É muito mais rápido voando, obviamente.

Sorrio maliciosamente em sua direção. Ele ergue uma sobrancelha.

– Corrida declarada! – Grito, comandando o Pidgeot para levantar voo e ir o mais rápido possível. Olho para trás, vendo novamente a hilária cara de paisagem dele.

– Ah, então é uma corrida que você quer? – Pergunta, com um sorriso malicioso, comandando o Staraptor para levantar voo também. – Uma corrida você terá!

Rio, mostrando-lhe a língua em seguida e simplesmente ignorando-o enquanto clamava que eu estava trapaceando por ter iniciado antes que ele. Fecho meus olhos, sentindo o vento fresco em meu rosto. O loiro, que estava pouco atrás de mim, se cala após poucos segundos. Seguimos o resto do caminho em silêncio, apenas sentindo a brisa.

Dentro de alguns minutos consigo avistar Ecruteak ao longe. Como eu nunca a havia visitado, estava curiosa para ver como era. Vejo duas grandes torres separadas ao norte da cidade. Uma estava linda, decorada com serpentinas vermelhas, verdes e douradas. A outra aparentava não ser frequentada há anos, parecia até mesmo estar queimada.

– Alguma recomendação de local para aterrissarmos, rosada? – O loiro pergunta, quebrando o silêncio.

– É você que conhece tudo sobre a cidade, loirinho. Eu sou apenas sua acompanhante.

Ele revira os olhos, com um sorriso sarcástico de canto.

–Siga-me, então. – Ele comanda o Staraptor para pousar. Sigo-o como havia pedido. Aos poucos nos aproximamos do solo, fazendo com que eu pudesse ver a cidade ainda mais claramente. Pousamos sem muitas dificuldades em frente ao ginásio.

– Obrigada, Pidgeot e Staraptor! – Agradeço, acariciando-os a cabeça. Eles grunhem animadamente, alcançando voo e tomando seu rumo de volta á Violet. Viro meu olhar em direção ao loiro, que mantinha os olhos fechados e um sorriso no rosto. Encheu os pulmões o máximo que conseguiu e liberou o ar com força em seguida.

– Ah, minha amada Ecruteak. Estava com saudades de você! – Abre os braços, como se a brisa fresca o atingisse como um abraço caloroso de retorno. Conversava com a cidade como se fosse uma amante distante. Eu reviro os olhos, com um sorriso sarcástico.

– E você ainda reclama da devoção do Eusine pelo Suicune... – Digo, rindo discretamente. – Pelo menos ele é fissurado por algo que tem uma presença física, que pode ser tocada e sentida.

Ele me olha nos olhos, com uma sobrancelha erguida e olhar de reprovação.

– Nem faça uma comparação dessas! A cidade também pode ser sentida. – Afirma, pondo a mão na parede do ginásio e fazendo movimentos repetitivos, como se a acariciasse. – Vê?

– Não, senhor! As estruturas podem ser sentidas, a cidade em seu conceito próprio não!

Ele revira os olhos, impaciente.

– Não seja estraga prazeres! – Pede, me puxando pelo pulso. – Vem, vou te levar lá pra casa pra você ficar mais á vontade.

Ergo uma sobrancelha, um pouco curiosa.

– Achei que você morasse no ginásio como eu e o Falk.

– Nem. Gosto de ter minha privacidade! – Argumenta, com o nariz empinado. Sorrio de canto. Mas ele tinha razão, uma das grandes desvantagens de morar no ginásio é a falta de privacidade. A qualquer momento, um treinador do ginásio pode subir e bater na sua porta, ou até mesmo entrar sem permissão, mas como não passo muito tempo em meu quarto e como não queria mais morar com meus pais ou com meu avô na fazenda de Miltanks, decidi optar por isso.

Enquanto era descuidadamente arrastada pelo pulso, aproveito para olhar ao redor e conhecer de relance a cidade antes de explora-la a fundo. De fato, uma cidade muito bonita. As ruas estavam decoradas com lanternas orientais vermelhas com silhuetas diferenciadas á sua frente. Algumas possuíam silhuetas de pena, outras de algo parecido com um sino, e outras tinham algumas silhuetas de Pokémon ou de uma simbologia de ar, água, fogo ou raio. Alguns cidadãos olhavam-nos com certa curiosidade e um pouco de surpresa. Duas mulheres em particular me chamaram a atenção. Elas usavam vestidos iguais, vermelhos longos com detalhes verdes, bem parecidos com o da Erika. Seus cabelos pretos adornados por uma tiara decorada com Pokébolas eram exatamente idênticos. Na verdade, elas eram absolutamente idênticas em tudo. Elas nos observavam com sorrisos alegres no rosto. Em pouco tempo, chegamos á uma casa relativamente grande. Bem alta e espaçosa, de paredes brancas com um leve tom turquesa desbotada e várias janelas. Morty pega uma chave prateada no bolso e caminha em direção á porta, destrancando-a e abrindo-a, fazendo sinal para eu entrar.

Mi casa es su casa! – Diz, enquanto olho para o interior da casa, boquiaberta. Esta parecia ainda maior por dentro.

– Você... Mora sozinho aqui nessa... Mansão? – Pergunto, entrando e olhando o interior da mesma. Ele ri disfarçadamente, com o ego um pouco inflado.

– Não é uma mansão, é a casa simplezinha que comprei com o dinheiro que herdei mais cedo de meus pais. – Afirma, fingindo olhar as unhas. Definitivamente, seu ego estava mais inchado que um Snorlax. – E não sei se posso mais afirmar que moro sozinho, pois o Eusine está sempre vadiando por aqui quando não está atrás do Suicune. Ele é meio que a praga da casa.

Rio discretamente, olhando em volta. A sala da casa era imensa, com um par de sofás brancos virados em direção á uma grande televisão, com uma pequena mesa de café entre os mesmos. Um pequeno corredor no canto levava a mais aposentos, enquanto o enorme lustre iluminava uma mesa de centro de madeira pura, com algumas cadeiras postas em volta da mesma, também feitas de madeira. Uma escada de degraus brancos cobertos de madeira mais clara que a da mesa e corrimão metálico, que levava ao segundo andar, era posicionada no canto direito da sala.

– Vem comigo, vou te levar ao quarto. – Diz, pondo a mão em meu ombro. Olho em sua direção, com uma sobrancelha erguida e um sorriso sarcástico. – Sem safadezas, claro!

– É bom mesmo, loirinho! – Respondo. Rimos baixo juntos. Subimos as escadas em uníssono. Já que minhas bagagens não estavam muito pesadas, foi fácil trazê-las até aqui. No segundo andar havia uma ampla área com várias portas de madeira fechadas. Ele abre uma delas, a segunda mais próxima á escada. Por dentro, havia uma bela cama de casal branca com edredom e travesseiros bege, uma tevê na parede acima de uma estante baixa branca com algumas gavetas, um criado mudo com um abajur também branco e bege, e uma bela janela alta com suas cortinas brancas abertas. As luzes do quarto eram emitidas por luminárias acima da cama, acima da tevê e pelo próprio abajur. Uma porta branca discreta no canto direito, que aparentava ser um banheiro de suíte.

– Pode pôr suas coisas onde quiser. Meu quarto é aqui do lado, então se precisar de alguma coisa é só chamar. – Diz, acariciando meus cabelos com certo cuidado.

– Ok! – Quando ele ia sair do quarto, o seguro pelo pulso. Ele parece meio surpreso. – Antes de ir, você tem que me prometer que depois vai me levar pra conhecer sua tão amada cidade.

Ele ri discretamente.

– Eu vou tomar um banho, assim que você terminar de arrumar suas coisas te levo pra conhecer a cidade, ok?

Consinto com a cabeça. Ele sai do quarto, fechando a porta sem muita força.


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Notas finais do capítulo

Yaaaaaaaay! :3 Espero que tenham gostado ^.^ Nos vemos no próximo cap, que não tem uma data específica pra ser lançado, mas vou tentar não atrasa-lo muito :3 AYE!!



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