Lavender Hypnosis escrita por Miss Venomania


Capítulo 16
Childhood blues


Notas iniciais do capítulo

Yoooooooh! :3 Novo cap ^.^ Título inspirado na música Childhood Blues, da Gumi Megpoid :3 Please Please Please leiam as notas finais, são importantes :3 Espero que gostem! AYE!!



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Acordo lentamente, mantendo meus olhos fechados. Minhas pálpebras pesadas me indicam que eu havia dormido menos do que deveria normalmente. Um pequeno feixe de claridade incomodava meus olhos, mesmo fechados. Quando finalmente abro-os, com um pouco de dificuldade, noto que o quarto estava bastante iluminado, me pondo a crer que já era bem tarde da manhã. Sento-me na cama, espreguiçando-me e bocejando, olhando em volta com orbes semicerradas.

– Olha só quem finalmente acordou! – Ouço a voz dizer. Falkner sai do banheiro da suíte, enxugando os visivelmente molhados cabelos azuis com uma toalha branca. Ele usava roupas mais soltas que o normal, apenas uma camisa branca e bermudas azuis escuras.

– Bom dia, Falk! – Digo, levantando-me da cama e sorrindo em sua direção.

– Bom dia! – Responde, pondo a toalha no ombro e arrumando os cabelos com as mãos. – Dormiu bem em minha cama, que você e o filhinho da mamãe invadiram?

Arregalo os olhos. Havia me esquecido completamente que estávamos dormindo em sua cama sem permissão. Ele ri discretamente.

– Desculpa... Eu nem me toquei.

– Relaxe, eu só queria ver sua reação. – Ele vem em minha direção, dando-me um abraço apertado. Seus cabelos molhados em contato direto com meu rosto davam uma sensação estranha, porém agradável; Um delicioso perfume de pinheiros era exalado dos mesmos. – Eu passei maior parte da noite fora, treinando na floresta.

– Hm. – Murmuro, separando-me do abraço após alguns segundos. Uma parte de mim se perguntava como ele conseguia manter a aparência tão boa e disposta passando noites em claro assim. – Onde está o Morty?

– Deve estar no andar de baixo revirando a cozinha procurando algo para comer.

Despeço-me do azulado com um beijo na bochecha, descendo rapidamente as escadas. Por alguma razão, eu desejava profundamente ver o loiro e relembrar das palavras que dissera noite passada. A cozinha ficava pouco atrás das escadas, um par de portas brancas com aberturas redondas á altura dos olhos demarcava a entrada do cômodo sempre limpo e bem equipado. Eu adoro a cozinha do Falk, sempre há o que comer aqui. E, quando quero inovar, peço (ou obrigo) ao Falk para me fazer alguma comida nova, ele cozinha muito bem. Ao abrir as portas, vejo Morty encostado na bancada, tomando curtos goles em uma caneca de café quente. Caminho saltitante em sua direção, com um sorriso no rosto. Ele sorri de volta.

– Bom dia! – Cumprimento-o, animada. Noto que ainda estava sem camisa, devido ao curativo que fiz ontem. Novamente, um pouco de calor surge em minhas bochechas.

– Bom dia, rosada. – Toma mais um gole de seu café. - Dormiu bem?

Yep!

– Ótimo! Assim não vai ficar me perturbando durante a virada de ano dizendo que está com sono.

Arregalo os olhos em surpresa. Havia me esquecido completamente do réveillon. De fato, eu dormi bem, mas dormi pouco, um pouco que talvez não seja suficiente para manter-me acordada. Não contaria isso ao loiro, obviamente. Ele me julgaria até não poder mais.

– Nem me lembrava de que hoje era o último dia do ano! – Digo, levando a mão á cabeça. Ele ri.

– Bem, eu já tenho coisas planejadas para a virada. O problema vai ser chegar a Ecruteak em tempo hábil. – Dá de ombros, tomando o ultimo gole do café.

– Eu posso pedir para o Falk nos emprestar seus Pidgeots. – Sugiro, acompanhando-o enquanto contorna a bancada para abrir a geladeira e procurar por algo que eu não sabia ao certo o que era. – Isto é, se o senhor estiver curado de seu medo de altura.

Ele ri.

– Claro que estou! E vou provar isso para você hoje.

Uma pequena curiosidade surge em mim. Ergo uma sobrancelha, e ele exibe um sorriso sarcástico. Como se tivesse previsto, Falkner entra pelas portas da cozinha, trazendo consigo a camisa e o cachecol do loiro.

– Ô Matsuba, dá pra você vestir sua camisa, por favor? – Joga as roupas para o loiro. Ele pega-as, meio sem jeito, olhando para Falkner com desdém. – Não aguento mais te ver assim.

– Eu não aguento mais te ver de qualquer jeito, Hayato. – Responde, chamando-o pelo sobrenome que eu nem sabia que Morty conhecia. Veste a camisa e coloca o cachecol, rearrumando os cabelos em seguida.

– Quer comer alguma coisa, Whitney? – O azulado pergunta, sorrindo.

– Quero aquela salada de frutas maravilhosa que você fez pra mim uma vez! – Sorrio animadamente em sua direção. Ele consente com a cabeça, pegando vários tipos de frutas em uma cesta na bancada. Morty solta um grunhido longo e impaciente.

– Não tem nenhuma bebida aqui não, passarinha?

– Eu estou em abstinência de bebida em prol do meu treinamento, Ecruteak. – Responde, sem tirar o foco da maçã que descascava. O loiro revira os olhos. – Além disso, mesmo eu não ligando a mínima para o que você faz com sua vida miserável, não acha que está muito cedo pra encher a cara? Lá em sua cidadezinha tem muita bebida na virada de ano.

– Nunca é muito cedo ou muito tarde para uma latinha gelada. – Encosta-se à bancada novamente, cruzando os braços. – E como sabe disso sobre Ecruteak?

– Já passei o réveillon lá várias vezes. – Morty parece tão surpreso quanto eu. – Apesar de eu não gostar muito do povo de lá de modo generalizado, é uma cidade bonita. Talvez eu vá pra lá esse ano de novo.

– Quanta ironia do destino! – O loiro diz, deitando a cabeça para trás e suspirando.

– Por falar em Ecruteak, será que tem como nos emprestar algum dos seus Pokémon voadores para irmos para lá mais rápido? – Pergunto, finalmente me manifestando novamente. Ele olha em minha direção com os olhos arregalados.

– Como assim? Achei que vocês estavam indo a Mahogany.

– E estávamos, mas já perdi a conferência mesmo, então não adianta em mais nada. E fizemos uma aposta durante o Pokéathlon, e, como eu perdi, vou passar o réveillon com ele.

A surpresa e um pouco de pânico de Falkner era exibida claramente em seus olhos, enquanto que o olhar sarcástico provocante de Morty podia ser sentido mesmo de costas para ele.

– B-Bem... Claro que posso emprestar. – Diz, entregando-me a tigela com a salada de frutas. Pego uma colher e ponho-me a comer. Estava deliciosa como sempre! – O Pidgeot e o Staraptor estão descansando á frente da Torre Bellsprout.

– Obrigada, Falk! – Agradeço, levando mais uma colher das frutas á boca e sorrindo. Ele sorri de volta, meio encabulado. – Já que você vai lá para a virada mais tarde, poderia ir com o carro de Morty! Te pago o dinheiro pela gasolina depois.

–O-Ok.

– Que sorrisinho mais sem graça, Falkner! Ficar perto da Whitney te afeta tanto assim? – O loiro pergunta com um tom sarcástico perturbador. Falkner olha em sua direção, com um avermelhamento nas bochechas que eu não tenho certeza se é vergonha ou raiva.

– O que está insinuando, Ecruteak?

– Nada, cara. Só dizendo que você parece meio... Inseguro. Digamos assim. Alguma razão em específico para isso?

As bochechas de Falk ficam completamente vermelhas, enquanto o loiro se aproxima durante suas palavras provocantes, fitando-o com olhos semicerrados. Lanço um olhar de reprovação para Morty, mas ele não parece notar.

– N-Não sei do que está falando.

O nativo de Ecruteak solta uma gargalhada escandalosa.

– Para com isso, Morty! – Digo, quase ordenando, mandando olhar gelado em sua direção. Ele para de rir, mas mantém o sorriso de canto.

– Ok, ok. Perdão, passarinha. – Ele contorna a bancada novamente, andando em direção á saída da cozinha. – Vou esperar vocês lá na frente da torrezinha sei lá o que.

O assistimos se afastar até a saída do ginásio pelas duas aberturas das portas. Viro-me novamente para Falkner. Ele parecia transbordar de raiva.

– Não liga pra ele. Aparentemente ele sente prazer em ser chato e inconveniente.

– É, eu sei disso mais do que qualquer um! – Responde, enquanto caminho em direção á pia para lavar a tigela na qual comia a salada de frutas. A raiva em seu olhar se torna penitencia. –... Você tem certeza quanto a passar o réveillon com ele?

– Falk, você sabe muito bem que desde que éramos crianças tratávamos apostas como coisas sérias! – Olho em sua direção, com sarcasmo e um sorriso de canto. Acho que este hábito do loiro está me contaminando. – Lembro-me muito bem de quando tive que enfiar a cabeça na boca de um Weepinbell porque você tinha apostado comigo que você tiraria nota máxima naquela prova do colégio.

Ele ri alto.

– Ou quando tive que me vestir de garota e dizer aos meus pais que estava duvidando de minha sexualidade, porque apostei que você não conseguiria cavalgar em um Tauros selvagem por quinze segundos sem levar uma chifrada! Lembra?

– Claro que lembro! Você ficou lindo como uma menina!

Rimos juntos escandalosamente. Como amigos de quase a vida inteira, passamos por muitos momentos engraçados e inesquecíveis juntos. O Falk é do tipo de amigo que pretendo preservar para sempre, sei que posso contar com ele para tudo, e ele pode contar comigo também. Nosso quarteto de amizade, formado por mim, Falk, Jasmine e Erika (que aos poucos está se tornando quinteto com a aproximação de Bugsy) sempre foi unido, e raramente discutimos ou brigamos.

– Bons tempos.

– Sim. Mas apesar de termos crescido, a fidelidade ás apostas e promessas continua! – Digo, guardando a tigela lavada na gaveta da estante de cozinha. Ele suspira.

– Ok. – Responde, derrotado. - Mas se ele fizer alguma coisa que te desagradar, pode me avisar que eu acabo com a raça daquele imprestável!

– Ok, papai! – Respondo, sarcástica. Ele solta um grunhido parecido com um gemido, ficando completamente vermelho e com um sorriso acanhado, como se minhas palavras o tivessem afetado bastante em um sentido meio bizarro. Rio baixo, dando-lhe um beijo carinhoso na bochecha.- Vou indo logo, ele já deve estar impaciente.

Faço um carinho leve em seus cabelos. Ele sorri.

Bye bye!

– Até mais. Se cuida!


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Notas finais do capítulo

Yaaaaaaay! Então, cupcakes: Como podem ter notado, está bem complicado manter o horário de posts que eu programei, já que agora minha semanas estão sendo lotadas e incrivelmente cansativas, e também porque estou com um bloqueio criativo pra essa fanfic ;_; então quero postar menos constantemente para ter mais tempo de finaliza-la e não deixa-la pendente mais tarde ^.^ Então, agora, os posts serão quando uma disponibilidade surgir, que provavelmente será nos sábados ( Repito, PROVAVELMENTE ;_; ) Enfim, é isso! Até mais, cupcakes! :3 AYE!!



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