Lavender Hypnosis escrita por Miss Venomania


Capítulo 14
Vicious Creatures


Notas iniciais do capítulo

Yoooooooh! :3 Sorry pelo atraso do cap D: As muitas injustiças da vida não me permitiram posta-lo e.e Eu não sai de casa nenhum dia durante o carnaval, e depois que acabou, quem ficou doente fui eu e não quem saiu e.e Pode isso, véi? PROCEDE?? ;^; Enfim, aqui está o cap bastante atrasado :3 Espero que gostem! ^.^ AYE!!



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Suspiro para me acalmar, consentindo com a cabeça em seguida. Ele sai pela porta de motorista, abrindo a porta de carona para que eu saia, a mesma coisa que ele faz sempre. Espreguiço-me, tentando retirar uma parte da fatiga do meu corpo, já que provavelmente teríamos que andar bastante até milagrosamente acharmos alguma coisa ou pessoa que possa nos ajudar a sair dessa sina. Ele abre o porta-malas, retirando do mesmo uma lanterna azul relativamente grande. Ele a acende, emitindo uma boa quantidade de luz branca.

– Sinceramente, eu não esperava que alguém como você fosse tão prevenido. – Digo, analisando a lanterna. Ele revira os olhos.

– Você me subestima demais. – Diz, começando a andar em frente. Corro para chegar ao seu lado e acompanhar seu ritmo.

– Não é te subestimar, é tirar conclusões baseadas no que já vi de você!

Uma pequena discussão infantil e relativamente demorada é iniciada entre nós dois enquanto caminhávamos sem rumo pela trilha escura iluminada apenas pela lanterna. Ele argumentava que eu o subestimava e pensava menor dele. Eu contra argumentava dizendo que ele havia me feito pensar assim dele. Eu sempre fui uma pessoa que gosta de criar e alimentar pequenas discussões, é um modo fácil de arrumar algo do que rir mais tarde ou até mesmo na hora. Mas era mais divertido ainda discutir com ele, ver a cara ranzinza dele por estar sem argumentos para defender seu ponto de vista. É raro alguém ganhar uma discussão com uma barraqueira com mestrado e doutorado como Whitney Akane.

– Tá bom, você venceu, ok? Agora pode parar de jogar na cara que, do seu ponto de vista, eu sou um vagabundo imprestável que só sabe beber, vadiar, fazer farra e pegar mulher? –Pede, com tom de voz mais alto que o normal. Eu rio das caras e bocas que ele fazia enquanto praguejava. Parecia até a Jasmine, só que menos politicamente correto.

– Eu nunca disse isso. – Respondo, olhando-o com um sorriso sarcástico.

– Mas você acha isso!

– Um pouco, talvez. – Ele solta um grunhido impaciente. – Mas você não colabora muito para que minha imagem de você mude. Na verdade, voc—

Minha frase é interrompida por um barulho repentino atrás das árvores, algo parecido com passos lentos e sorrateiros. Por reflexo, abrigo-me atrás do loiro, agarrando-o com força pelas costas como um ponto de defesa.

– Pra ser escudo humano eu sirvo, não é? – Pergunta, me olhando sem expressão. Meu olhar ainda possuía certo choque devido ao susto repentino. – Calma, não deve ser nada. No máximo um Rattatta.

–... Esse som foi muito alto para ser um Rattatta!

– Deixa de ser medrosa! Eu vou lá checar.

Antes que ele se aproximasse muito, um Rattatta assustado sai correndo de um arbusto, passando por nós e entrando profundamente na outra parte da floresta, do outro lado da trilha.

– Viu? Eu falei que era só um Ra—

Um rosnado alto ecoa, ficando cada vez mais alto e mais próximo. Agarro Morty com todas as minhas forças. Seja lá o que fosse que estivesse por entre aquele mato, não parecia muito feliz.

– O-O que é isso? – Ele pergunta retoricamente, trêmulo. Um par de olhos vermelhos começa a surgir das sombras. Tornam-se dois pares. Três. Aproximando-se cada vez mais enquanto afastávamos-nos lentamente, tentando não fazer movimentos bruscos. O loiro aponta a lanterna em direção ás criaturas. Uma horda de Mightyenas! As feras noturnas pareciam famintas e sedentas, o que não era nem um pouco agradável em nossa situação.

–... O que a gente faz? – Sussurro ao loiro, tentando manter a calma, mesmo que fosse quase impossível. Fazer movimentos bruscos os deixaria com ainda mais raiva.

– Nós podemos ficar aqui parados e sermos brutalmente esquartejados e devorados, ou correr como se não houvesse amanhã e sermos brutalmente esquartejados e devorados. Qual você prefere?

De início, um pouco de raiva dele surge dentro de mim, mas noto que essa era de fato nossa situação. Além disso, esta era a pior hora para ficar com raiva de alguém.

– Bem... Se for pra morrermos, vamos fazer isso ao menos tentando.

– Certo. No três, corremos para lá. – Ele aponta discretamente para a direção que estávamos andando antes. Consinto com a cabeça, observando as feras se aproximarem, salivando e rosnando, como se estivessem nos dizendo que nosso direito de ultimas palavras tivesse acabado. – Um... Dois... TRÊS!

Corremos em disparada para seja lá qual for a direção que andávamos antes. As hienas nos seguem, latindo e rosnando alto. Algumas lágrimas começavam a surgir em meus olhos e serem levadas para trás com o atrito do vento em meu rosto. Eu querendo ou não, a morte era algo quase que inevitável nessa situação. Havíamos deixado nossas Pokébolas no carro, junto com todo o resto das coisas com exceção da lanterna, então batalhar não era uma opção. As criaturas chegavam cada vez mais perto, eram obviamente muito mais rápidas que nós, então nos alcançariam em breve. Olho em direção á Morty. Ele parecia tão aterrorizado quanto eu.

Sinto um peso súbito sobre minhas costas, me fazendo cair de bruços no chão. Uma das feras malditas havia me alcançado, e me prensava ao chão com suas garras. Sua saliva faminta derramava em meu rosto. Se esse era o fim, a única coisa que eu queria era que fosse rápido. Morty para de correr, olhando em minha direção com um olhar misto de tristeza, medo e fúria.

– Seus demônios!! – Ele diz, quase gritando, chutando o Mightyena que estava sobre mim. Este cai deitado, com um pouco de sangue escorrendo em seu rosto. Outra hiena, com uma cicatriz sobre o olho direito, morde o braço do loiro enquanto estava distraído, arrancando dele um gemido de dor. Ele empurra a mesma para longe. Os outros olham os companheiros machucados, virando-se para nós em seguida, rosnando ainda mais alto.

– Morty... – Tento agradecê-lo enquanto me ajuda a levantar.

– Agradeça depois. – Diz, me puxando pelo pulso para voltarmos a correr.

Não demorou muito para nossos corpos cansados não aguentarem mais correr. A floresta parecia infinita, sem nenhum sinal de civilização. Nosso ritmo foi diminuindo, á medida que as hienas chegavam mais e mais perto.

– Então... Acabou? – Digo em sua direção. As lágrimas escorriam freneticamente em meu rosto. Para minha surpresa, algumas também se formavam em seus olhos.

– Bem... Não. É um novo começo. Se eu for merecedor, quem sabe eu encontre mamãe e papai novamente lá em cima. Ou lá embaixo, seja lá onde estiverem...

O que já estava repleto de lágrimas, agora estava marejado. As lágrimas escorriam por meu rosto descontroladamente, enquanto as feras se aproximavam cada vez mais. Ele me puxa para um abraço apertado, depositando um beijo delicado na minha testa. Consigo sentir o cheiro do sangue que escorria por seu braço. As marcas de dentes podiam ser vistas claramente na camisa.

– Feche seus olhos, assim será mais indolor. – Me adverte, acariciando meus cabelos. Fecho meus olhos firmemente, como me dissera. A respiração das criaturas já conseguia ser sentida bem de perto.

“Pidgeot, Ventania!”

A voz masculina ecoa. Um vento forte passa á nossa frente. Os grunhidos dos Mightyena são ouvidos. Prefiro manter meus olhos fechados. Seja lá o que estivesse acontecendo no momento, meu corpo ainda estava em estado de choque. Os múltiplos passos podem ser ouvidos se afastando, e alguns rosnados também.

“Bom trabalho, Pidgeot. Pode descansar.”

Dessa vez, os passos pareciam estar se aproximando, parando de serem ouvidos quando estava á nossa frente. Um calor reconfortante emanava daquela pessoa, a pessoa que nos salvara.

“Podem abrir os olhos. Os que mordiam já foram embora!”

Abro meus olhos lentamente, enxergando aqueles cabelos azulados que me são tão familiares. Lá estava ele, sorridente, com a mesma expressão determinada de sempre. Meu caro amigo e agora salvador de minha vida, Falkner.

– FALK!!! – Grito, saltando em sua direção, abraçando-o com toda a força possível que me restara. Ele hesita por alguns segundos, mas parece me reconhecer. – MUITO OBRIGADA, MESMO! MEU HERÓI!

– W-Whitney! – Diz meu nome, gaguejando. O calor de seu rosto podia ser sentido até mesmo da altura que fico próxima a ele, com minha cabeça á altura de seu queixo. Ele responde ao abraço, me segurando o mais próximo a si possível. Seus batimentos cardíacos acelerados, juntamente com sua respiração. Eu adorava me deitar em seu tórax para sentir esses dois ritmos que sempre ficavam descompassados quando estava comigo. – O-O que faz aqui?

– Eu estava indo para Mahogany com o Morty, mas nos perdemos e acabamos nessa situação. – Ele levanta uma sobrancelha. Parecia intrigado.

– Morty...?!

– Minha pessoa. – O loiro finalmente se manifesta, aproximando-se de nós dois com um olhar sarcástico. Falkner o fita com certo desdém.

– Ah... Esse Morty. – Diz, soltando-me do abraço, ficando frente á frente com Morty. – O que o ilustre senhorzinho Ecruteak está fazendo aqui, em uma cidade tããão inferior, e não tomando seu vinho branco importado á frente de uma lareira em sua cidadezinha chique e refinada, hm?

O loiro ri alto, com os braços cruzados.

– Por favor, Falkner. Só estou aqui por contratempo. Estava tentando ser cavalheiro com a garota ali, pela qual você parece ter tanto apreço, então abaixe seu tom.

Falkner rosna impaciente em sua direção. O loiro apenas mantém seu sorriso sarcástico irritante de sempre. A situação me parecia extremamente confusa. Pelo visto, eles já se conheciam bem, e não no bom sentido. O rapaz de cabelos azuis anda em minha direção, envolvendo meus ombros com seu braço.

– Vamos, Whitney. Vou te levar pra minha casa para você se acalmar por completo. – Diz, sorrindo. Sorrio de volta. Ele se vira em direção a Morty novamente. – Se a senhoria for vir, faça o favor de ser rápido.

Caminhamos juntos até a saída da floresta, enquanto o loiro nos segue lentamente. Foi um caminho relativamente curto para o que eu esperava, já que esta parecia infinita. Em poucos minutos chegamos á cidade Violet. O clima reconfortante da cidade parece restaurar-me por completo. Apesar de ser bem tarde, as luzes dos postes da cidade ainda estavam acesas, e um cheiro de chocolate quente de fonte desconhecida tomava minhas narinas.


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Notas finais do capítulo

Yaaaaaaaaaaaay, Falknerrr! :3 Espero que tenham gostado! ^.^ Até terça, se o destino me permitir ;_; AYE!!



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