Lavender Hypnosis escrita por Miss Venomania


Capítulo 10
Acrophobia


Notas iniciais do capítulo

Yoooooooooh!! :3 Mais um cap! Desta vez, o título do cap é uma referência ao medo tratado no capítulo, que é o medo de altura que o Morty tem ^.^ Vou esclarecer várias coisas sobre a fanfic nas notas finais, então, leiam-nas, plox :B Espero que gostem! AYE!



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– Você... Tem medo de altura?

– Sim, eu tenho! Vai me zoar por causa disso agora ou depois? Ou talvez agora E depois?! – Seu olhar finalmente é erguido do chão, virando-se em minha direção, com um pouco de raiva. Seus olhos se encontraram com os meus, seu violeta parecia ter se tornado mais escuro, um tom roxo triste e sem vida. Não demonstro expressão, nem digo uma palavra. – Essa fobia me afeta mais do que você pensa...

– Eu não vou zoar você. – Digo firmemente. Ele ergue as sobrancelhas, como se estivesse surpreso, a expressão de raiva some de sua face. – Eu entendo como se sente, e não vou te forçar a fazer algo que vai te fazer se sentir desconfortável. Mas se quiser eu posso te ajudar a superar esse medo, isto é, se confiar em mim.

O loiro parece hesitante. Seu olhar parece se desnortear por alguns segundos. Ele morde o lábio inferior e abaixa a cabeça, tentando esconder seu rosto corado.

– E-Eu... Não sei se é uma boa ideia...

– Confia em mim? – Após as três palavras saírem de minha boca, seu olhar parece retornar ao seu rumo, fitando-me com um sorriso calmo no rosto.

– Confio!

Um sorriso de orelha a orelha é estampado em meus lábios. Puxo-o pelo braço, indo rapidamente até o parque de diversões. Este não fica muito distante do estádio do Pokéathlon, talvez a uns cinco minutos de caminhada. A roda gigante e o topo da montanha russa podiam ser vistos de longe. Não chamavam muita atenção, pois as luzes ainda não estavam acesas, visto que só acendiam no final da tarde. O parque era aberto ao público, sem custo de entrada, então passamos pelo arco colorido, com imagens de um Pikachu e um Pichu brincando em neon enfeitando-o, que delineava a entrada do parque de diversões.

– Em qual quer ir primeiro? – Pergunto a Morty, que parecia um pouco assustado só de ver a altura das atrações. Folgava um pouco a gola da camisa no pescoço, engolindo em seco.

–... Mudei de ideia! Vamos a algum mais inofensivo. – Vira-se de costas, indo na direção oposta da roda gigante. O seguro pelas duas pontas do cachecol roxo e preto antes que pudesse se afastar muito.

– Largue de ser frouxo! – Digo, quase ordenando. O loiro faz um grunhido mimado e choroso. - Não me diga que o ‘grande e poderoso’ Morty Matsuba vai ficar com medinho de encarar uma roda gigante e ir brincar com as criancinhas no carrossel, pelo amor de Arceus.

–... Tem razão. – Diz, voltando ao meu lado e arrumando o cachecol. Dou uma risada baixa, bagunçando levemente seus fios dourados com a mão.

– Bom menino! – Provoco, fazendo referencia ao modo como me tratara mais cedo. Um sorriso fraco surge em seu rosto em meio ao olhar de autopiedade. – Você vai gostar, é muito lindo lá em cima.

Entro no final da fila da roda gigante, puxando o loiro ao meu lado pelo braço. A fila estava curta, umas dez pessoas, doze contando conosco, e como cabem duas pessoas em cada cabine daria para irmos na primeira leva. Após poucos minutos as pessoas começam a sair lentamente das cabines, dando espaço para as que estavam na fila. Noto que todas as duplas que saiam pareciam ser casais, o que criaria um clima estranho se meu companheiro também notasse. Finalmente chega nossa vez de entrar na cabine. Olho em direção ao nativo de Ecruteak. Seus olhos arregalados e o suor frio escorrendo por seu rosto me fizeram sentir ainda mais penitente, e me questionei momentaneamente se havia feito a escolha certa o trazendo até aqui.

– Não precisa ter medo. Vai ficar tudo bem, ok?

Entro na cabine, sentando-me e trazendo-o para dentro pelo braço, sem usar muita força. O loiro deita a cabeça no encosto da poltrona vermelha de couro, levando a mão á cabeça e respirando de modo descompassado, como se estivesse prestes a desmaiar.

–... Eu quero sair daqui!... Esse troço vai me matar! – Diz entre respirações ofegantes. Não consigo evitar rir um pouco de sua situação, apesar de ter uma enorme vontade de reconforta-lo. Inclino-me para fechar a porta da cabine ao seu lado. Como não havia mais pessoas na fila, a roda gigante começaria a girar em questão de segundos.

– Vai ficar tudo bem. – Tento acalma-lo, mas parece ser em vão.

A máquina começa a se movimentar, fazendo com que o impulso nos fizesse inclinar um pouco mais nas poltronas. Olho em direção ao loiro. Estava pálido, sua boca em um gesto como se quisesse gritar, mas não conseguia emitir nada além de um rangido fino vindo da garganta. Em pouco tempo estaríamos chegando ao ponto mais alto, de onde teríamos uma visão linda através das paredes transparentes da cabine.

– Já tentou olhar pela janela? – Pergunto a Morty, que agora estava com as pernas na poltrona, envolvendo-as com os braços, como uma criancinha indefesa.

– Se você quer me matar, é mais fácil e menos doloroso se atirar em mim com um revolver, não me trazer pra uma coisa como essas e ainda querer que eu olhe pela janela! – Dou uma risada mais alta do que deveria. Morty solta um grunhido impaciente.

– Eu não quero te matar. Eu gosto de você. – Acaricio levemente seus fios loiros novamente, olhando-o nos olhos com compaixão. Isso pareceu acalma-lo um pouco. – Além disso, se você morrer, quem vai me levar a Mahogany?

–... Não sei o que as pessoas veem de diversão numa máquina assassina como essa.

– Você está deixando tanto seu medo tomar conta de você que nem reparou na vista linda que temos daqui.

Aponto na direção norte da cabine, a parte completamente transparente. Ele ergue seu olhar em direção ao meu sinal, e parece esquecer-se do desespero quando põe os olhos na paisagem maravilhosa. O sol brilhava imponentemente, iluminando todo o parque nacional. Algumas hordas de Pidgeys e Pidgeottos pairavam sobre os céus azuis, que começavam a adquirir uma coloração alaranjada e violeta com a chegada da tarde, e uma música animadora ecoava por todo o parque de diversões. Era realmente um cenário magnífico.

–... Nossa...

– Eu te disse que era lindo aqui.

Após isso, um silêncio permanece entre nós. Mas não um silêncio devastador e desconfortável; Um silêncio reconfortante, que dizia muito mais do que qualquer palavra. Não conseguia retirar meu olhar da expressão de alegria de Morty, os belos jardins de violetas dos seus orbes brilhavam, alegrando meus jardins de rosas. Sinto-me corar enquanto um calor surge em meu corpo. Um calor de quando você retorna a algum lugar que te marcou, ou quando reencontra alguém muito especial, como uma onda de vibrações boas subindo por seu corpo e te arrepiando por inteiro. Deito minha cabeça em seu ombro, sem tirar o olhar da vista que tínhamos ao norte.

– Rosada...

– Hm?

– Obrigado.

Seu olhar se encontra com o meu em um momento de coincidência. E, novamente, a hipnose daqueles olhos me prendeu. Mas dessa vez eu não tinha forças para fugir de qualquer movimento que ele fosse tentar, ou para sequer me mover. Ou eu tinha forças, mas não queria usa-las. Minha mente nunca foi completamente lúcida, mas desde que conheci esse rapaz pareço ter perdido totalmente o controle de mim mesma. Minhas bochechas ardiam mais do que deveriam com o clima estranho entre nós. Talvez agora seja a hora certa pra... Tomar uma atitude. O loiro dá três piscadas seguidas, como se acordasse de uma hipnose criada por ele mesmo, e desvia o olhar com uma expressão triste em seu rosto. Por alguma razão, isso me afetou.

– Acho que depois daqui, seria melhor irmos logo ao estádio do Pokéathlon para pegarmos um bom lugar na arquibancada. – Diz, com a mão na nuca, como se estivesse incomodado com algo. Consinto com a cabeça.

Não muito tempo depois a nossa cabine estava se aproximando do solo novamente. Morty abre a porta ao seu lado, cambaleando para fora da cabina como se estivesse lá há horas. Saio da mesma em seguida, espreguiçando-me levemente.

– Não foi tão ruim quanto eu pensei que fosse ser. – Ouço-o dizer, com as duas mãos atrás da cabeça inclinada, como suporte.

– Eu te disse que ia ser legal. Medos como esse são psicológicos. – Digo, sorrindo em sua direção.

– Eu sei. Eu sempre achei essa fobia meio estúpida e sem nexo. – Sua voz recebe um tom mais sério e pensativo, como se estivesse falando seus pensamentos mais profundos. – Afinal, ninguém tem realmente medo de altura, e sim medo de cair. Ou medo do escuro, mas sim do que pode ter nele. Entende?

– Entendo e concordo.

Ele ri baixo, apertando minha bochecha sem muita força, como se o que eu tivesse acabado de dizer fosse muito fofo. Ele pega seu Pokégear, olhando as horas na tela.

– Falta meia hora para as finais. O estádio já deve estar lotado a essa hora.

– Não faço questão de pegar um lugar muito próximo do campo. Prefiro assistir de longe, das arquibancadas do meio ou até mesmo do topo.

– Bem, do jeito que esse lugar está cheio de fãs esbanjando animação para ver as finais, se não formos logo não vai sobrar lugar nem no camarim.

– Então o que estamos fazendo esperando aqui? Vamos logo! – Puxo-o pelo pulso, correndo em direção ao estádio. Dava pra ver de longe a multidão aglomerada nas portas, gritando e pulando, segurando placas de encorajamento aos competidores. Apesar de já estarem abertas há horas, as entradas parecem ter sido completamente dominadas por fãs loucos nos últimos minutos antes da competição.


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Notas finais do capítulo

Yaaaaaaaay! :3 Então, alguns esclarecimentos: P.S.: PODE CONTER SPOILERS

P- Quando eles vão se beijar e acabar com isso logo, disgrama?!
R- Então, eu sinto que se eles se beijarem o enredo da história, que se refere a como eles se apaixonam aos poucos, vai ser comprometido, então já tenho uma ordem cronológica pra todos os eventos ^.^ Vai rolar algumas coisas antes do romance completo deles, até porque é um romance com um pouco de aventura, então daqui a mais ou menos uns 5 caps do mesmo tamanho que esse role algo :3 ( E também porque já tenho tudo escrito, e a cena de beijo deles tá fofa, então vale a pena esperar >.< Sejam pacientes, cupcakes! :3 )

P- Rola sexo nessa fanfic?! WE WANT SEX!!!
R- Num sei u-U

P- Quantas cenas de sexo?
R- NUM SEI! U.U

P- Cadê o Falkner? Você não disse que ia shippar ele e a Whitney também?
R- Sim, eu disse! E vou! Mas não agora :3 Falk tá ocupado Falkerizando por aí, mas a entrada dele vai ser triunfal e ele vai ser um personagem chave pra a história.

P- Quantos caps você ainda tem em média pra essa fanfic?
R- Não sei exatamente, eu já tenho pré escrito 3/4 da história e tem quase 40.000 palavras, contando com o que já publiquei, então tirem conclusões daí. ;_; Sim, é uma baita long-fic! Please, bear with me! ;^;

P- Por que logo Acrofobia e não algum outro medo mais, digamos assim, tenso?
R- Vocês vão ver mais cedo ou mais tarde!

Eu sei, é uma fanfic com vários mistérios ;^; Mas eu sou assim! Eu jogo Five Nights at Freddy's, pow. Aprendi a por mistério em minhas histórias que nem o Scott Cawthon coloca em seus jogos. xB

Enfim, era isso :3 Espero que os esclarecimentos tenham ajudado, e espero também que tenham curtido o cap! Quinta-feira tem mais! AYE!!!



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