Romeo And Cinderella escrita por Kayme phb


Capítulo 8
Loucuras? Bebidas a Parte.


Notas iniciais do capítulo

Eu não sabia.
EU JURO QUE EU NÃO SABIA ;-;
Eu pensei que tinha postado este capítulo a uma semana. Ai eu fui conferir e... Cade? 'u'
Minha mente e espirito realmente foram enganadas. E eu realmente sinto muitíssimo por este atraso.
...
Não sei mais o que falar. Sem mais delongas, boa leitura!



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Rin. Pov

Durante o percurso, conversando qualquer coisa que vinha em nossas mentes. Não demorou muito para chegarmos lá. Olhando através da janela de vidro, vi um estabelecimento não muito diferente de outros por ali. Podia ver alguns adultos no lado de fora, seus rostos estavam vermelhos e pareciam conversar coisas paralelas ou talvez sem sentido.

Minha mente estava em erro, mas o letreiro em vermelho dizendo “Sakine’s Bar” não mentia em nada.

— Miku. – Chamei pela azulada.

— Sim? – Sua voz estava nervosa, não olhei para ela por que estava focada no lugar.

Com expressão um tanto incrédula, usei meu dedo indicador para apontar para o estabelecimento, encostando o mesmo na janela do carro.

— Explique isso. – cutuquei a janela diversas vezes.

— Ah, bem... – Pareceu escolher as palavras. – É uma janela de vidro.

— Miku! – Agora olhei para ela com uma expressão raivosa.

— Desculpe! – Encolheu-se um pouco. – Bem, se estava falando do estabelecimento... É o bar prefiro de nossa professora. Ah! O irmão dela é dono também.

— Então por que raios estamos aqui?! – Acabei por me exaltar um pouco.

— Não me culpe! – Virou-se totalmente da cadeira para olhar para mim. – Ela marcou o encontro aqui! Não é como se eu simplesmente pudesse discutir com ela!

— Certo, mas... – Cruzei meus braços. – Como vamos entrar?

— Relaxa! Eu já vim aqui um montão de vezes! – Ela convencida. Quando percebeu o tipo de olhar que eu e Luka estávamos dando para ela, se explicou: - Acompanhando pessoas, não para encher a cara!

— Acho melhor sairmos agora. – Luka se pronunciou. Após concordarmos saímos do carro.

Fiquei encarando o estabelecimento por alguns segundos quando vozes conhecidas chamarem meu nome. Logo vi Neru, IA e Kaito com o mesmo estilo de roupas que eu e Miku.

— Rin, Miku! Finalmente chegaram! – Neru cruzou os braços.

— Foi mal, a gente acabou por demorar demais por conta do meu cabelo. – Miku se desculpou por nós duas.

— Você não segue meu conselho e corta de uma vez... – Neru começou a mexer em seu celular novamente.

— Nunca! – Miku abraçou seu cabelo como se fosse sua coisa mais preciosa no mundo.

E deve ser. Ri com o meu próprio pensamento.

— Rin, você está... – Kaito se aproximou para me saldar até me olhar dos pés a cabeça. – Rin! Que bom te ver! – Simplesmente deixou a frase morrer.

— Há há há. – Ri com ironia. – Eu sei! Eu não costumo usar isso! Pode falar mal à vontade.

Cruzei meus braços e franzi as sobrancelhas esperando as risadas. Inesperadamente, colocou a mão em minha cabeça e começou a acariciar ali. Acabei por corar, ele apenas disse:

— Não importa que roupa esteja usando, se continuar sendo a Rin está tudo bem. – Ele riu.

Pensei em dizer alguma coisa quando ouvi alguns gritos indignados de certa azulada. Viramos nossas cabeças e vimos Miku quase fazendo um escândalo.

— A entrada de menores é proibida. – Um homem de terno bem mais alto que Miku a impedia de entrar no estabelecimento.

— O senhor precipício, você por acaso sabe com quem está falando? – Miku tirou seus óculos escuros como se fosse alguém importante da sociedade. Espera... Quando foi que ela pegou esses óculos?

Uma baixinha qualquer de cabelo azul. – Respondeu ainda mantendo a autoridade.

— Errado! Você não vê uma pessoa de cabelo azul todo dia, então nada de ‘qualquer’! – Miku se exaltou.

— Não se preocupe Robert. Conheço esse pessoal. – Um homem adulto moreno apareceu. Ele usava roupas formais e era mais baixo que o ‘Robert’.

— Meito! – A azulada sorriu.

— Vamos ver os nomes... Miku, IA, Neru, Kaito e... Len? Por que está vestido de menina? – Os olhos do moreno focaram em mim.

— Você já bebeu Meito? Está aqui é a Kagamine Rin. É a primeira vez que ela vem aqui. – Miku caminhou até mim e segurou meus ombros, me apresentando para ele.

— Oh, cometi um erro. – Ele sorriu novamente. – Desculpe os modos. Meu nome é Sakine Meito. Sou o dono do estabelecimento. Kagamine Rin, não é?

— Sim. Prazer em conhecê-lo. – Estendi minha mão em gesto para cumprimenta-lo, porém após segura-la, ele depositou um beijo na mesma.

— O prazer é todo meu. – Ele sorriu de forma um tanto sedutora.

— Pare com esses gestos estranhos Meito-kun. Ela é bem mais nova. – Foi quando Luka se aproximou de mim.

— Luka-chan! – Ele riu de uma forma bem mais alegre e boba. – Qual o problema? Eu reconheço jovens lindas quando vejo uma. – Falou.

— Calma, calma, calma. – Miku se intrometeu. – Vocês se conhecem? Tipo, na maior intimidade?

— Bem, Luka-chan costumava vir aqui, uma cliente maravilhosa. Além de que...

— Somos amigos de longa data. – A mulher de cabelos castanhos saiu do bar. Usava um vestido vermelho que destacava sua cintura com um decote bem... Provocante. – Há quanto tempo eu não te vejo, Luka! – Ela sorriu se aproximando da rosada.

— Digo o mesmo. – Luka sorriu.

Logo começaram uma conversa sobre “os bons e velhos tempos”. Só foi o tempo de eu me aproximar de Miku e começar a falar:

— Miku, todos estão vestidos formalmente. Por que só nós estamos parecendo adolescentes sem causa?

— Eu também ia perguntar isso. – Falou Kaito entrando na conversar.

— Certo, eu vou explicar. Isso é um ritual de passagem. Vocês dois vão ter que participar. – Falou se referindo a mim e a Kaito.

— O que?! – Eu e Kaito falamos em uníssono.

— Como assim ritual de passagem? – Perguntei um tanto temerosa.

— Se acalmem. – Neru falou. – Todos nós já passamos por isso.

— Ok. – Kaito pareceu se acalmar. – Nos explique o que seria esse ritual de passagem.

— Esse bar tem uma área de apresentações. Normalmente Meito contrata alguém aqui e ali para tocar e cantar. Mais dessa vez, vocês dois vão fazer a apresentação. E o estilo de música: Rock.

— Rock? Em um bar? – Eu tive que discordar.

— E é por isso que o piano está livre para uso. Não Kaito, sem violinos. – Miku bastou olhar para ele para descobrir o que queria perguntar.

— Droga! – Ele pareceu choramingar.

— Mas e a música? – Perguntei.

— Qualquer uma que vocês tenham praticado no clube. Que nós compomos, qualquer uma, logicamente, estilo rock. – Foi o que ela disse.

— Agora, estou nervosa. – Comentei sentindo minhas mãos ficarem frias.

— Vai dar tudo certo. Eu mesma fiquei morrendo de medo na hora. – IA me acalmou.

— Então, já contou para eles? – Meiko se aproximou e perguntou.

— Acabei de fazer isso. – Miku responde.

— Sem mais delongas, - Meiko começou juntando suas mãos. – vamos começar!

***

Ok, o fato de minhas pernas começarem a tremer indicou muito bem que eu não conseguiria fazer isto. Após chegar a dois metros de distância, achei que eu iria desmaiar.

— Vamos lá, Rin! Força! – Miku tentava me encorajar enquanto tentava me fazer subir no palco.

— Não! Isto é impossível para mim! – Falei enquanto tentava ficar o máximo de tempo fora dele.

— Seja um pouco mais corajosa! Eu não fiz todo esse drama! – Miku falou pondo as mãos na cintura.

— E o que eu tenho a ver com isso? Você não pode me obrigar!

— Sim, eu posso!

Logo eu e ela começamos uma pequena briga a dois metros do palco. Estava tão concentrada em me segurar em algo para me manter ali que acabei puxando algo azul... Cheio de fios. Quando percebi alguns fios de cabelo azul estavam em minhas mãos. O rosto do dono deles ficou sombrio.

— Oh. - ela começou. - Se você não vai por bem... Vai por mal.

Em um milésimo de segundos, ela praticamente me jogou em cima do palco.  O que atraiu vários olhares alheios em mim. Mesmo que se eu tentasse sair dali, uma fera de cabelos azuis iria me pegar. Morrer de vergonha ou morrer pelas garras de uma fera indomável?

Escolha difícil.

Nota: nunca arrancar (mesmo que sem querer) qualquer fio de cabelo da Miku.

Eu não sabia direito o que fazer. Levantei-me do chão e andei até o microfone. Dei dois toques nele com as pontas de meus dedos para ver se estava ligado, no final estava. Aproximei minha boca deste o que fez minha garganta secar por um momento. Vamos lá, Rin! Controle-se!

— Eu vou tentar tocar alguma coisa... – Foram as únicas palavras que consegui emitir.

Consegui ouvir alguns murmurinhos entres os adultos do local. Tentando ao máximo ignorar isto, me perguntei que tipo de instrumento deveria usar. Guitarra? Não, acho que não deveria arriscar... Foi quando me lembrei de que o piano estava disponível.

Com alguns passos apressados, fui em direção ao piano. Sentei na cadeira ali presente e olhei para as teclas. Respirei fundo. Antes que eu pudesse tocar algo, ouvi Meito chamar um garçom. O mesmo depois de ouvir alguma ordem dada por seu chefe andou até o palco e ajustou o microfone na minha frente. Depois de agradecer eu percebi o que eles queriam que eu fizesse.

Eu teria que cantar.

Na frente de toda aquela gente.

Respirei fundo novamente. Minhas mãos tremeram. Com muito esforço, consegui tocar as primeiras notas da música que havia escolhido mentalmente. Comecei cantando fracamente as primeiras partes.

Um até breve para o tempo ruim.

O guarda chuva que me protegia me abandonou.

Sem se dar conta que o verão se aproxima

Eu perguntei: “Onde eu estou e quem eu sou?”

Quem compôs está música foi Len. Me lembrei disso enquanto tocava as teclas do piano. Me lembrei quando o ouvi apresentando está música para nós. Ele tocava enquanto Miku cantava, foi simplesmente incrível. Mesmo não tocando da mesma forma que ele, tentei passar toda a força e delicadeza que ele conseguiu com as escolhas precisas das notas.

Logo, toquei notas mais sutis e delicadas.

Por que eu permaneci estagnada?

Por que eu continuei a negar?

Me dediquei as palavras como nunca, pensando em mim mesma, pensando em tudo, tentando transmitir meus sentimentos angustiados. Não consegui negar, de certa forma eu me coloquei na música. Então eu comecei a vacilar, por um momento pensei que minha voz cessaria e que minhas mãos congelariam.

Foi ai que ouvi uma guitarra.

Foi o que me deu ritmo para continuar. As palavras simplesmente voaram de minha garganta, me concentrei nas notas em que tocava enquanto uma guitarra me acompanhava.

antes que o amanhecer te alcance

Vamos gritar minha música em seu ápice.

Como se estivesse obedecendo a música, foi isso que fiz.

Canção do Paraíso.

***

— Eu não precisava de ajuda! – Bati minhas mãos na mesa infantilmente.

— Ah, precisava sim. – Disse Kagene-san enquanto misturava sua bebida com um canudo.

— Vocês querem parar de brigar? – Miku cruzou os braços olhando emburrada para nós dois.

— Eu não estou brigando, foi a princesinha que começou a falar um pouco alto demais. – Falava com indiferença olhando para mim.

—... Foi você que começou a provocar. – Fiz bico.

Riu soprado com um sorriso sarcástico.

— Afinal, você estava tocando de um jeito muito ousado. E por azar, você não conseguiu acompanhar o próprio ritmo. O que aconteceu? Empolgou-se demais?

— Não é da sua conta. – desviei o olhar.

— Oh, que princesinha rebelde. – Bebeu um gole de sua bebida. – Estava na cara que você não conseguiria tocar como eu.

— O que?! Pois saiba que eu sempre toquei piano! – me exaltei. – Isso foi apenas um deslize.

— Um deslize feio, sabe? Não, um deslize horroroso.

— O que você veio fazer aqui!? Pensei que não viria! – Cruzei os braços.

— Mudei de ideia.

— Para a minha desgraça. – Sussurrei para mim mesma.

— Por que brigar, gente? Bebam e se divirtam! – Meiko apareceu com um rosto um tanto corado. – Por que não bebe isso, Rin? Vai te esfriar.

Estava tão nervosa que acabei bebendo sem analisar o que era a substância.

— Acho que nada vai esfriar essa princesinha nervosa. – Kagene-san comentou.

Então continuamos brigando por qualquer coisa que falávamos. Acabamos aceitando qualquer coisa que nos ofereciam para beber. Chegou um momento que não conseguíamos nem entender o que falávamos. Até Kagene-san falar:

— Você... – Ele se aproximou. – Tá com cheiro de cachaça.

— Sai de perto de mim... – Usei minha mão para empurrar sua cabeça. – Ei, - Olhei para seu rosto. – por que você tá tão corado?

— Eu... – Se levantou.  – Eu... – Tentou falar alguma coisa.

Então ele caiu completamente desacordado no chão. Eu como uma pessoa muito preocupada, me levantei cambaleante e fui até ele. Agachei-me e virei seu rosto para mim

— Ei! – O chamei. – Você o que? – Continuou desmaiado. Ele parecia tão calmo e tranquilo.

Meu tapa ressoou pelo local.

Felizmente, ele acordou.

— Ah! – gritou em resposta do meu tapa. – Sua bruta.

— Me responde, seu sem-graça. Você o que?

— Ah, - ele pareceu se lembrar. – Eu acho que... Você está embriagada.

— Que?! Claro que não! Eu estou perfeitamente bem! – Minha voz estava enrolada.

Foi quando eu avistei um ser de cabelo azul. Cambaleante, fui até ela.

— Hey Miku! – Me apoiei nela. – Eu pareço estar embriagada?

— Claro que não! – Ela sorriu. Seu rosto estava vermelho e eu sentia cheiro de licor. – Mas me responde...

— Que foi?

— Você também tá vendo um duende ali? – Ela apontou para um canto aleatório. Olhei para onde ela apontava.

—... Não. – Respondi.

— Mas ele tá ali! – Ela apontou novamente. – Eu tô vendo. Eu não tô ficando maluca não, né? – Parecia fazer a pergunta para si mesma.

— Eu... Não sei? – Comentei.

— Quem sabe? – Ela olhou pra mim. – Eu vou falar com aquele duende.

— Vai lá, vai. – Dei uns tapinhas nas costas de Miku antes de ela sair.

— Hey, Rin. Você está bem? – Foi Kaito que me perguntou.

— Eu tô ótima! – Levantei meus braços e sorri. – Por que não estaria?

— Acho que você está bêbada.

— Impressão sua. – Segurei seu braço. – Vamos lá fora, preciso de um ar.

E eu nem imaginava o que iria acontecer naquela noite.


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Notas finais do capítulo

Eu realmente estou viciada em Tengaku. 'w' Até o próximo capítulo!



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