Além das Dunas Brancas escrita por Shalashaska


Capítulo 17
O Olho de Vidro


Notas iniciais do capítulo

Olá, minhas queridas e queridos. Como vão vocês?
Não demorei tanto quanto antes, mas fico feliz em dizer que aqui vai mais um capítulo, outro já está engatilhado e em fase de revisão! A história está se desenrolando num ritmo lento, mas a ambientação é necessária. A ação em outro foco da narrativa e algumas coisas que virão depois compensarão o período calmo demais desses capítulos ^^
Tenho me esforçado para escrever e manter a qualidade do trabalho; vi que houve um estouro de visualizações após a publicação de "As Duas Vozes" e somente um comentário. Não é uma exigência, mas gostaria que vocês se manifestassem mais, sabe? Não precisa ser algo imenso, não precisa ser algo detalhado. Só.... só alguma coisa. Só pra me animar um pouco =/
Enfim, muitos beijos para todos. Entendo que a agenda de todo mundo é lotada - eu sei disso, vivo isso - mas deem um alô. Juro que respondo



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Raed ainda sentia estar fora do corpo quando seus olhos abriram-se meio zonzos e débeis; encarando os belos tramos da abóbada. Por um momento, por um único e breve momento, ele não soube onde estava ou o porquê ter vindo; e por um único e breve momento, ele sentiu paz. Ao recordar tudo o que vivera até ali, desejou até o fim da sua alma que aquele sentimento falso e temporário durasse a eternidade.

A ilusão nunca fora tão perfeita.

Mas, aquele momento se esvaneceu e o jovem já havia levantado seu tronco e cambaleava pela alva construção, querendo sair antes que viessem mais luzes e raios que pudessem lhe gravar mil e uma figuras na pele e cantar mais músicas sem sentido. Tropeçou e quase caiu logo no final da escadaria, chutando sem nem ver uma bolsa surrada.

“Que conveniente.” Sorriu ele sem achar graça, com o quente desejo de realmente chutar seus pertences; ou o que sobrara deles. Pegou a alça de couro gasto e transpassou-a no corpo, mal sentindo o peso do mapa e seu pequeno estojo de ferramentas e facas, embora fosse justamente a leveza lhe trouxesse certo desespero. Como sobreviveriam a uma longa jornada neste novo ambiente deveras estranho e de clima ameno; como defenderiam-se de animais ou o que quer que viesse pela frente?

Continuava a caminhar sem dar grande atenção no que havia a sua volta, até que algo a metros adiante o obrigou a parar igual a uma parede invisível faria, caso de súbito surgisse na frente da ponta de seu nariz.

Alethia estava deitada na grama, ao lado de um dos vários monólitos escuros; este trincado do centro até suas bordas. Seu rosto estava parcialmente descoberto pelo manto e não havia uma aura calma envolta de seu corpo novo e frágil, somente lascas de pedra e poeira.

As pernas dele se moveram depressa, sua carne mal sentiu o impacto do chão e da grama quando ajoelhou-se de forma qualquer próximo ao corpo da gênio. Seus dedos tremeram no ar, porém não encostavam no tecido sobre ela, sobre o manto rasgado e sujo que lhe cobria. As costas da gênio subiam e desciam, suas costelas guardavam seus pulmões cheios de ar; em resumo, respirava calma como se repousasse pela primeira vez em éons de existência, por mais que Raed bem soubesse que o doce descanso era fruto de dor: haviam rasgos na pele de suas pernas até as coxas. Havia ferimentos e marcas de terra maculando o lilás uniforme de sua tez, fatos que ele jamais associara à sua gênio. Alethia sempre fora uma criatura acima dos conceitos de fragilidade e força física, e agora... Agora, Raed lhe trouxera às amarguras da vida sólida.

Engoliu em seco, retirando o cinza de seus olhos do corpo dela. Não seria capaz de compensar estes erros no futuro e nem sabia onda a gênio estaria quando atravessassem o tempo para onze anos atrás, mas ao menos ela seria poupada de conhecer as falhas humanas e a podridão que as cercam.
Alethia seria poupada de conhecê-lo.

“Ela ficará bem.” Era o que o viajante repetia a si mesmo, fazendo destas palavras uma espécie de mantra e feitiço; uma promessa incerta de ladrão.
Ordenou que sua mão tocasse seu ombro e também obrigou suas pupilas a encararem apenas o vulto que ainda era o seu rosto desconhecido, porém seus dedos foram agarrados por frias estalactites. Seu coração descompassou dentro do peito.

– Amo? – A gênio erguera-se sem preocupar-se com as dobras e rasgos de seu manto; cujas fendas Raed teve a decência de desviar rapidamente sua atenção. – Estás ferido?

– Pelos deuses, Alethia! – Ele soltou uma risada incontida, embora curta,contemplando uma rocha igual a todas as outras no lado oposto do campo como se esta possuísse beleza distinta. – Não brinque comigo. – Pediu ele, ainda de rosto virado e satisfeito por ela não poder notar uma gota de suor que escorria de sua têmpora.

A confusão inundara os pensamentos de sua serva, cujos ouvidos quase arderam ao sentir o toque quase gentil de suas palavras; um tom desafinado de desculpas. Aquilo parecia deslocado na ocasião e na pessoa em questão, tanto que ela decidiu ignorá-lo.

– Não estou para brincadeiras, sabes disso. – Ela apertou as mãos dele com as suas, sem a consciência de suas garras púrpuras. – Foi o senhor que entrou naquele templo nefasto e foi aprisionado pela tempestade. Veja só o lhe fizeram!

A gênio encostou as pontas de suas unhas na cicatriz recém-aberta dele, virando a palma para cima e para baixo e observando cada poro de sua pele bronze de Sol. O que seria a imagem marcada, tão simples e tão agourenta, a qual lembrava uma ave? O que aquilo significava para a jornada? Ela não sabia. Era uma gênio, porém como todos os gênios e a maioria das criaturas, ela não sabia de tudo... Embora o que soubesse e podia imaginar lhe perturbasse.

– Estou vendo... – Respondeu ele, num tom distante. - Estou vendo.

Por debaixo da escuridão do capuz, Alethia percebeu que Raed encarava não sua própria marca de outro mundo, mas para seus dedos pontiagudos de ametista e para seus braceletes prateados em cada pulso. De imediato soltou a mão do mestre e recolheu as suas para dentro das vestes, lembrando-se de repente do que aquilo representaria para o amo:

Alethia era uma criatura agora, no meio do caminho entre o etéreo e o mortal. Uma besta, igual quando rosnara e arranhara a muralha de vento; e sendo uma besta poderia ser tratada como tal. Já fora tratada assim, não por Raed, mas...

Mas ainda doía. E ao preparar-se para o pior, ele disse:

– Você é que está ferida. O que você aconteceu aqui fora?

– Minhas condições são desprezíveis agora. – A voz dela tomou o eco espectral e resgatando toda a força ancestral que existia dentro de si, a forma sólida de Alethia desintegrou-se. As brumas roxas tremularam o manto sujo, que antes deitado sobre seu corpo também estendido, agora se levantava no ar feito um fantasma. Uma vez que o tecido cobria a visão de ladrão, ele não pode ver a carne surgindo aos poucos, nem as veias, ossos ou pele. Viu apenas a silhueta já de pé e envolta pelo capuz marrom. – Completamente irrelevantes.

Em seguida, seus joelhos de carne nova falsearam e quase lhe obrigaram a beijar o chão. A sorte é que encontrara o ombro de Raed para se apoiar.

– Dê cá seu braço. – Ele puxou-a e passou o braço dela pelo seu pescoço, surpreso por não ouvir grunhidos de protesto, no entanto talvez ela entendesse que somente queria ajudá-la andar pelo campo e subir as escadarias de pedras. Sorriu meio de lado por um pensamento bobo que lhe viera à cabeça, mas decidiu não contar a ela, cujas garras lhe abririam um talo feio no rosto devido à sua insolência. – Vamos para a Catedral onde estávamos. Não há mais nada aqui.

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Ambos arfavam ao chegarem no último passo, logo encarando a imensa figura da Catedral abandonada. Talvez fosse a fadiga e o intenso resfolegar do peito, ou talvez de fato a construção fosse espantosa o bastante para sugar o ar do par de pulmões abaixo de si, mas, independente da razão, Alethia odiou os próprios ossos que mal pareciam sustentá-la da forma adequada. A ajuda de seu amo fora mais do que bem vinda, embora deveras vergonhosa por passar a imagem de tola e fraca, um embaraço sem tamanho e sem nome por mais que fosse verdadeiro: caso os braços de seu mestre não estivessem ali, um segurando sua mão do braço apoiado em seu pescoço e o outro guiando sua cintura, ela teria parado a caminhada e enrodilhado-se nos mantos para passar o resto da tarde e a noite inteira lá fora.

– Nada como chegar a mais um templo antigo e sombrio. – Sorriu ele, soltando um suspiro cansado. Ainda não havia comida, mal havia água... E tinha gasto tanto dinheiro em suprimentos para a viagem, gasto tanta energia e tempo. Raed grunhiu baixo uma série de xingamentos, dando mais um punhado de passos para frente. – Lar, doce lar.

Ele esperou alguma repreensão por parte de Alethia, no entanto só recebeu silêncio do manto escuro, que mais era uma mortalha cobrindo um corpo de cor fantasmagórica. Em seguida, a gênio desenlaçou seu braço esquerdo dele e fraquejou ao andar descalça pelo pavimento irregular de pedras há muito rachadas, e pôs-se a encarar os ramos de trepadeiras que circundavam os arcos da entrada e serpenteavam o breve lance de degraus que levavam até os portais. Não estavam por onde saíram para justamente absorver mais da paisagem e estabelecer melhor a geografia do novo local, que descortinava cada vez mais surpresas.

A sala invadida por romãs, na qual o ladrão despertara no entardecer anterior, ficava mais aos fundos da Catedral, e as salas por ali pareciam mais de uso diário e doméstico do que para os fiéis, com uma escada que levara outro patamar que não chegaram a explorar. Do lado de fora, enquanto contornavam a construção dos fundos para frente, do extremo oriental para a fachada ocidental, observaram mais arcos e botareis, flores esculpidas em mísulas e telhados pontiagudos com pináculos não tão bem decorados quanto à Nova Ruína branca.
Aos olhos cinzas de Raed, a aparência angular das paredes e breves imagens circulares nos arcos contribuíram para que ele chegasse a verídica conclusão de que a Catedral era secular, anterior ao alvo templo em que recebera a nova marca em sua mão.
Tudo era bem reto e formal, sem as dúzias e dúzias de cogulhos e floretes nos arcos que davam à Ruína seu tom místico e flamejante.
Mas havia uma rosácea enorme na face frontal desta edificação, com sua geometria perfeita e complexa, cada uma das cálidas cores do vitral absorvendo a luz morna do entardecer e simultaneamente refletindo-a. Era um olho ancestral ladeado por duas torres, e devido aos lampejos do vidro, parecia piscar de tempos em tempos.

– Bom, o Sol já se deita novamente. – Ele murmurou para preencher o som do silêncio, desta vez incômodo aos seus ouvidos sob a vigilância atenta da rosa de pedra. – Acenderemos fogo, comeremos o resto de areia em nossas roupas e é provável que recordemos fatos e as mais épicas lendas.

“E então, morreremos. Morreremos de fome e loucura.” Disse apenas mentalmente, sentindo o vazio em seu estômago e o coração acelerar-se diante da mera menção a uma conversa em volta de uma fogueira. Assim como mexia nos galhos e agitava a brasa, lembranças vinham à tona junto às fagulhas e queimavam o ar. Foi assim com ele e Kadar, fora assim com ele e outros estranhos há anos, e não havia dúvidas que assim seria mais uma vez.

O capuz de Alethia apenas se inclinou, demonstrando certa desconfiança no tom áspero dele, de falso humor.

– Como você mesmo disse, nós dois não somos duas aves tagarelas, mas hoje você está particularmente falante. – Ela virou-se de volta e aproximou-se mais da Catedral, deixando que o vento trouxesse e levasse as palavras soltas. – Aqueles raios todos fritaram tua cabeça?

Mais uma risada cáustica bruxuleou pela tarde, estremecendo a aura pesada que a construção impunha. O mortal apressou-se em ir até sua gênio, para também saborear de sua voz igualmente ácida, e a observou passar as pontas dos dedos pela traceria da coluna e acariciar as folhas pequeninas e de intenso verde. Não era mais a ametista dura e afiada, e sim um dedo normal de carne macia e lilás.
A porta dupla estava aberta há muito tempo, muito antes que Raed pudesse ter um doce espasmo no ventre de sua mãe, e entrada convidou tanto a brisa quanto os estranhos a atravessarem-na. Todos entraram.

O pé direito era alto e puxava o olhar de quem entrava assim como a ressaca do mar abraça o que há na areia, mas a despeito da solene beleza das janelas e os fios de luz coloridos que as atravessavam, Raed sentiu um arrepio na base da coluna. Perscrutou o lugar com os olhos inquietos de um gato acuado, encarando as figuras entalhadas e mortas nos capitéis de mais colunas e nas mísulas laterais, nos pequenos quadros com passagens míticas sobre martírio e salvação. O caminho era reto, um corredor ladeado por dezenas de fileiras de banquetas de madeira escura e apodrecida, sobre o ornamentado chão que no passado deveria ser reluzente; agora coberto com um véu espesso de pó e folhas secas. Havia também poeira no ar, tanto que o ladrão chegou a imaginar que entrara numa atmosfera completamente diferente, etérea e sufocante.

– Olhe só. – Alethia não fora seduzida pela decoração superior, atraindo então o olhar de seu amo para detalhes curiosos, como o local em que apontava. – Um pequeno pedestal com um pouco d’água... e lá, uma plataforma com cera derretida. Parece até que mil velas foram acesas.

A garganta de Raed secou sem motivo aparente e conforme seus pés adentravam o templo de outro povo e de outros deuses, algo dentro de si também se remexia, o quê ele não soube dizer. Sua calmaria era gélida, pisando no limiar entre a serenidade e uma combustão nervosa, no entanto não deixou que o controle sobre si escapasse junto a sua respiração afobada. Culpou o esforço físico e cansaço; xingou também o outro templo com seu coro assombrado.
Tais heresias em solo santo demoraram pouco e extinguiram-se assim que a abside conquistou afinal as pupilas dilatadas do ladrão. Caminhou vagaroso pelo corredor como se a qualquer momento o chão pudesse rachar, pernas hesitantes e olhos fixos na tríade de painéis à frente e no raredo, contemplando as pinturas maculadas pelo passar dos anos e o passar dos forasteiros.

Nas imagens do retábulo, o brilho azul do céu era tingido pelo branco das nuvens e três figuras exibiam sua santidade; cada uma em seu respectivo painel. A da esquerda repousava uma mão sobre o coração e a outra palma estava aberta, num aceno lento. Suas roupas eram mantos finos, com fios de ouro serpenteando o tecido ocre e seu cabelo caindo em cascatas castanhas sobre os ombros. Sua pele era alva e a identidade de seu rosto fora para sempre ocultada quando alguém rasgara a tela na faixa que ia de seus olhos até a fim do nariz, ou melhor, quando alguém martelara a parede do afresco com um cinzel até que sobrasse nada mais do que gesso velho e a alvenaria do fundo.
Já a figura da direita era um homem, quase com os mesmos gestos da outra: uma mão no peito e a outra num aceno, entretanto, sua palma à mostra exibia o sangrar de um coração realista esboçado rudemente em tinta carmim, por cima da pintura original. Gotas escorreram na parede, vindo do coração, do par de chifres e do risco em seu pescoço que também fizeram questão de delinear. Raed desviou os olhos daquele suposto santo que de certo não escutara as preces de alguém, pois a tinta tracejava lágrimas de sangue sobre sua face bondosa.

– Eu sinto como se estivesse pisando em ossos. – A acústica do lugar a fazia quase recuperar seu tom espectral e infinito, de modo que a breve reclamação de Alethia ressoasse por cada gravura entalhada na Catedral. Com as pernas ainda enfraquecidas, tomava cuidado para não se ferir ao caminhar por entre os bancos, onde fagulhas de madeira e por vezes lascas de algum objeto indistinto estalavam sob seus pés nus.

– Minha gênio, minha gênio... – Ele respondeu num tom cansado, por mais que suas palavras escorressem de seus lábios como uma cantiga boba de criança. Estava longe, mas sabia que ela o tinha escutado. De alguma forma, ela sempre o escutava. – Nunca lhe pedi nada mais que sua lealdade, nada essencialmente material, mas hoje tenho outro anseio: eu desejo saber. Desejo saber o que houve neste templo, por mais que isso devaste o que sobrou de mim.

– Amo, meu amo... – Houve uma pausa, porém agora ela apressara-se em ficar perto de seu mestre, quase alcançando o altar. – Sobre isso, tenho a benção da ignorância. Não sou deste mundo, assim como tu, e minha existência jamais passou além das Dunas Brancas. Mas uma coisa é certa, Raed: estamos sim, pisando em ossos.

A figura do centro era a maior, sua auréola dourada e cintilante mais nobre do que a dos outros dois, que portavam seus anéis pequenos de ouro iguais coroas de metal gasto. A despeito da luz transbordante da aura da imagem, sua silhueta por inteiro fora recortada. Não havia nada ali, não havia mais o deus central que atenderia as mais desesperadas súplicas. Havia apenas sua ausência, a qual nenhuma rosácea, estátua, promessa ou a tinta negra que ali pintaram poderia realmente preencher.

O caçador de recompensas estendeu a mão para a sua serva, auxiliando-a a subir os finos degraus para o altar. Ele não compreendia como construíram tal edifício com inúmeros detalhes e de tamanha altura, e entendeu menos ainda a razão por trás de tanta violência à Catedral. Por que haviam rasgado, recortado e pintado as figuras da forma que fizeram? Onde conseguiram tinta? Como alcançaram a imagem inteira do centro, sendo que era grande e alta, muito longe dos braços?

Do altar de mármore, não existia muito a que saquear. Pegaram um par de castiçais, que poderiam servir tanto de suporte para velas quanto como armas pesadas de prata; enfiaram alguns tocos de cera velha com um pouco de pavio na bolsa e por fim rapinaram um cálice. Antes de passarem para as próximas áreas da Catedral, o ladrão tomou a taça incrustada de rubis e a encheu d’água da pia batismal; a qual estava pela metade devido a chuva que caíra, e fez do gesto profano de beber dali seu estranho e apropriado batismo.

Raed era adepto a deuses que se foram; as Ruínas eram seu templo.


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Notas finais do capítulo

E então? Perguntas, críticas, sugestões ou correções? Sinta-se à vontade!
Espero que tenham gostado. Muitos beijos, e até a próxima!



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