Fita de Seda escrita por moonrian


Capítulo 10
Capítulo 10 - O Dormitório da Lua


Notas iniciais do capítulo

Hellow, my friends o/
Olha o novo capítulo na áreaaa :3
Eu ia terminar ontem, só que houve uns contratempos... Vou contar. Além de sair com minha mãe e ir numa lanchonete chamada "Rock n' Burger" (oq me motivou a ir), eu tava escrevendo na sala, então resolvi colocar num canal que não me distraísse (canal de música, pra me inspirar), e enquanto zapeava, descobri que ia passar A Culpa é das Estrelas. Como eu já li e nunca assisti o filme, acabei adiando o capitulo... Chorei pra caramba :v kkkk Mentira, sou dificil de chorar hehe mas se eu fosse mais sensível, teria chorado u.u
Agora sobre nossas leitoras lindas: está havendo um certo combate sobre com quem Hime vai ficar... Parte quer Hime com Zero e outra parte quer a Hime com Kaname... E eu... Eu sei lá kkkkkkkk Então relaxem meninas, que dependendo de com quem ela ficar, cês vão entender os motivos perfeitamente. (mas eu goxxtu dessa disputa)
Agora chega de blablabla!
*Boa leitura*



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Para uma suposta puritana de uma sociedade detestadora de vampiros, eu estava sendo uma péssima representante, pois naquele instante eu cometia o pecado de matar aula – até já havia defendido os vampiros do ódio injustificado de Zero.

O que eu estava fazendo era extremamente errado, eu sabia, principalmente por eu ser uma monitora, mas a necessidade de saber mais era um sentimento que sobrepujava qualquer pensamento racional. Então, enquanto terminava de comer, decidi que invadiria o território da Night Class, o que comprovava ainda mais que eu não devia ter qualquer escrúpulo ou sanidade mental.

Na noite anterior, havia sido alertada de que meu cheiro era de dar água na boca (no pior sentido), e que um dos morceguinhos estivera subindo pelas paredes com a vontade de cravar os dentes em mim; mas ao contrário do que qualquer garota normal faria, lá estava eu, correndo para os braços da morte por causa da minha curiosidade irremediável.

Eu tinha necessidade de encontrar Kaname Kuran e ter mais respostas para as minhas perguntas não respondidas. Ele era a única pessoa que eu conhecia que sabia algo sobre Lunier, e sendo assim, qualquer informação sobre o povoado era muito importante para o provável retorno de minha memória; e mesmo que ela nunca retornasse, poderia viver entendendo um pouco sobre quem fui.

Tomara um café-da-manhã solitário, e como estava sem Zero para ocupar minha mente com suas palavras ácidas e seu comportamento estranho (lê-se: irritante), fui atormentada por pensamentos incômodos sobre o meu último pesadelo/lembrança e a primeira manhã já sem minha memória, um arrepio mórbido correndo por minha espinha – fez-me até sentir falta de sua companhia nada agradável.

Alcancei a porta do dormitório com um frio na barriga e um aprofundar no estômago. Antes de batê-la, selando minha porcentagem alta de uma morte dolorosa, toquei em Red Promises apenas para me certificar que ainda estava comigo, implorando mentalmente a Deus que o pouco treino que tivera com Zero pudesse ajudar em alguma coisa – ela era minha garantia de 2% de sucesso de sobrevivência, os outros 5% eram deles serem legais e/ou estarem saciados.

Após algumas batidas, um rapaz de cabelos loiros e lisos cobrindo a testa, olhos verdes folha me atendera. Ele era bonito de matar, além de ser tão alto quanto Kaname e Zero; tinha aquele mesmo porte elegante que parecia tão comum a esses rapazes extremamente bonitos da Academia Cross.

Qual o problema desse colégio? Pra que tantos caras bonitos reunidos? É uma afronta aos outros colégios.

Ele me olhou de cima a baixo por um instante, confuso, antes de uma compreensão mesclada com surpresa passar por suas feições.

– Hime Kurosu, não é? – questionou o rapaz.

Fiquei boquiaberta por ele saber quem eu era, minha voz desaparecendo por meio segundo antes de eu me lembrar como se falava.

– Na verdade, é apenas Hime... – corrigi, constrangida – O sobrenome é apenas um empréstimo de Kaien.

Ele balançou a cabeça como se já soubesse.

– E você, quem é? – inqueri, curiosa, percebendo que talvez eu fosse a única aluna da Day Class que não conhecia os nomes dos vampiros.

– Sou Ichijou Takuma – fez uma reverência antiquada – A que devo sua visita inesperada?

Meu coração pulou uma batida, e eu mordi o lábio para me conter, minha parte racional questionando-me se eu realmente seria louca de entrar na toca dos vampiros.

– Desejo ver Kaname Kuran – expliquei, remexendo as mãos, que já suavam frio.

Seus olhos me sondaram de maneira breve antes de assentir e dar um passo para o lado, me dando espaço para entrar.

– Entre, Hime. – Ichijou abriu mais a porta.

Engoli em seco e caminhei para dentro, sentindo um conforto tolo por meu longo cabelo liso e negro estar solto e escondendo meu pescoço – não que um cabelo pudesse me salvar de um ataque inesperado de qualquer um deles.

Mas Red Promises pode, minha razão soprou para mim, me deixando muito consciente da arma escondida em meu blazer.

O Dormitório da Lua era bastante espaçoso, mais parecido com um casarão luxuoso do que um recanto onde alunos de colégio interno eram obrigados a dormir; e ainda mais diferente do que o espaço que minha mente havia criado, com caixões e masmorras, decorados em um estilo gótico – pois é, foi um pensamento muito clichê.

Ichijou me guiou até o pé da esplêndida escada, onde se deteve, virando-se para mim.

– Espere aqui, Hime, irei informa-lo de sua presença.

Balancei a cabeça concordando.

Fiquei parada a observa-lo subir os degraus com muita elegância, questionando mentalmente se todos os vampiros caminhavam de forma tão confiante com seu próprio corpo, ou se eles aprendiam em alguma das aulas. Quando Ichijou saiu do meu campo de visão, senti uma pontada de medo acertar-me o peito ao avaliar o enorme espaço ao meu redor e pesar minha desvantagem de ter um sangue que cheira muito bem numa casa cheia de vampiros – como estar espalhando o cheiro de hambúrguer para pessoas de regime.

Relaxe e respire, Hime! Pelo menos há dois deles que não estão tão declinados a te sugar até a morte.

Mordi o lábio inferior, ignorando o impulso de desistir e fugir, decidida a ter esta conversa com Kaname.

Tentei ignorar a sensação incômoda de perigo e exposição, e fiquei a remexer e beliscar a barra da manga de meu blazer entre o polegar e o indicador, tentando me distrair com qualquer detalhe insignificante.

– Olá? – ouço uma voz feminina dizer a minha esquerda.

Virei-me com um solavanco, e vi uma garota de cabelos castanhos tão longos quanto os meus (os dela muito mais bonitos), e grandes olhos da mesma cor de suas madeixas. Ela estava parada a vários metros de mim, olhando-me com incerteza e simpatia. “Ela sabe que eu estou com medo”, pensei.

A vampira era bastante bonita, mas não da mesma maneira que a Ruka (Lê-se: loira cruel) em seu estilo “modelo da Victoria Secret’s”; a morena tinha feições delicadas como de uma bonequinha e era alguns – quatro ou cinco – centímetros mais baixa que eu.

Boneca que pode estraçalhar meu pescoço em meio segundo...

Contive um arrepio mórbido na espinha e forcei um sorriso em meus lábios, tentando não parecer a covarde que era.

– Oi.

Ela andou cautelosa em minha direção e eu reprimi o impulso de recuar.

– Você é a Hime, não é? – inqueriu com um sorriso simpático, deixando uma distância não muito grande entre nós.

“Controle-se, Hime!”, disse a mim mesma, “Ela está sendo legal com você”.

– É engraçado como todo mundo parece me reconhecer... – comentei com um tom que pareceu convicentemente humorado.

Ela riu e apontou para o meu braço, e quando espiei, vi a braçadeira de monitora que Kaien havia me dado em meu primeiro dia.

Oh, Deus, é claro!

Eu ri, constrangida, e quase bati em minha testa com minha própria tolice.

– Como fui me esquecer disso? – disse, voltando-me para ela e sentindo meus músculos relaxarem, já não tão temerosa. Se ela quisesse, já teria me matado, certo? – E você, como se chama?

– Eu sou Yuuki Kuran. – ela se curvou rapidamente.

Não pude conter minha surpresa e animação com aquela revelação.

– Você é irmã do Kaname Kuran! – exclamei, tão escandalosa quanto Kaien.

Ela riu nervosamente, e ambas coramos com a minha cena. Tinha como eu me envergonhar ainda mais?

– Sim, eu sou – ela se remexeu, parecendo incomodada.

Enquanto olhava para seu delicado rosto, remoía uma questão em minha mente desde a noite passada, algo que eu lera em um dos livros que Kaien me emprestara – sem Zero e com Kaien ocupado, estava com bastante tempo para me dedicar aos meus estudos sobre os vampiros.

Como minha curiosidade era maior do que meu bom-senso, meu desejo por saber descartou as poucas conclusões que conseguira alcançar sob o incômodo de minhas dúvidas, e acabei por permitir que eu proferisse as palavras.

– Li em um livro que é muito comum entre os vampiros de Sangue-Puro se casar com os irmãos... Então, você e Kaname... – minha voz minguou assim que percebi minha ousadia, enquanto o rosto de Yuuki ganhava um tom de vermelho vivo.

Minha ficha sobre o que fizera caíra sobre mim como um balde de água fria. Senti minhas bochechas enrubescerem, e eu me estapeei mentalmente ao pensar no que eu havia acabado de comentar, intrometendo-me na intimidade da desconhecida.

Se arrependimento matasse...

– Oh, nã-ão... – gaguejou a vampira, rindo nervosamente – Eu e… ahm… Kaname não temos nada.

Eu balancei a cabeça rapidamente e desviei o olhar para outro ponto qualquer, desconfortável com a situação que eu criara. Mordi o lábio inferior e soltei um suspiro, pensando que o chão poderia me engolir naquele instante para não ter que recordar a tremenda besteira que eu havia cometido.

“Sua curiosidade é seu maior pecado, Hime”, ouvi uma voz masculina ressoar em minha mente, como uma lembrança.

Meu coração tropeçou uma batida, e superando o choque inicial tentei forçar minha mente a me dar qualquer informação sobre o dono dessa voz, mas não recebi nenhuma informação, para minha frustração.

Decidi que o melhor era arrastar a questão para o fundo de minha mente, voltando para resolver o problema que eu havia causado. Arrisquei um olhar para Yuuki, percebendo que ela estava constrangida e desconfortável.

Estava prestes a fazer um pedido de desculpas quando vi Aidou Hanabusa caminhando até nós com um sorriso animado – e só então eu entendi porque as garotas eram tão fascinadas por eles. Em minha opinião, Aidou não era o morceguinho mais bonito do Dormitório da Lua, mas era inegável que o rapaz era revoltantemente lindo, e eu digo revoltante porque o miserável não tinha sequer um detalhe imperfeito, como todos os outros. Ele mais parecia um anjo, com aqueles cabelos loiros ondulados e os traços faciais suaves; mas o que mais me chamou atenção nele foram os brilhantes olhos de um azul profundo.

Olha-lo fez minhas entranhas se apertarem com a tensão ao lembrar-me do que Ruka havia dito sobre ele estar descontrolado com o meu aroma.

– Então essa é a nossa Guardiã? – ele fez a pergunta retórica – Olá, Hime!

– Olá, Aidou – e forcei um sorriso.

Aidou era como um raio de sol, demasiadamente bonito e vivaz.

– Ora, vejo que já sabe meu nome – comentou com um olhar maliciosamente acusatório.

Eu dou de ombros, não deixando de notar que Aidou era muito consciente de sua aparência e que ele acreditava que eu era mais uma de seu fã-clube.

– É impossível não saber quando sou a pessoa quem tenta conter as jovens que você provoca. – declaro com humor – Elas quase me estouram os tímpanos gritando seu nome.

Aidou e Yuuki riem, um por autossatisfação e a outra por achar a confissão engraçada.

– Mas e você, Hime? – ele inqueri, com um sorriso provocativo.

Eu olho pra ele com uma sobrancelha arqueada em desdém.

– Você não faz meu tipo, Aidou Hanabusa – confesso, tentando conter o riso.

Ele leva as mãos ao peito em exagerado drama, fazendo biquinho.

– Acaba de me partir o coração – reclama.

Yuuki cai na gargalhada e eu rio suavemente, revirando os olhos para ele.

Ouvimos passos na escada e todos nos viramos para ver que Kaname as descia; Aidou mudando toda a expressão corporal e o jeito brincalhão para uma postura mais séria e respeitosa – e Yuuki também, mas foi impossível não notar que nos olhos dela havia uma admiração ardente por ele.

Caramba, ela é apaixonada por ele...

Não pude conter a careta de dissabor com aquela conclusão; pelo menos para mim, que tinha uma opinião muito bem formulada sobre como deveria ser uma relação entre irmãos. Mas levando em conta que a criação no mundo vampírico devia ser muito diferente da minha, uma humana supostamente puritana, mantive minha mente aberta.

Kaname caminhou até mim com um pequeno sorriso educado.

– Olá, Hime – ele me cumprimenta, sua voz era aveludada – É bom vê-la novamente.

Eu sorrio um pouco tímida e o cumprimento.

– Obrigada. Estava precisando conversar com você sobre algumas coisas...

Ele assente em compreensão, uma expressão profissional, e seus orbes castanhos avermelhados vagam por cada rosto presente no recinto, parados as minhas costas, e então volta sua atenção para mim.

– Gostaria de conversar em meu escritório?

Eu balanço a cabeça, concordando, afinal era um assunto particular que eu não desejava tratar na frente dos outros.

– Certo, siga-me.

Kaname se vira e caminha de volta para a escada com a elegância de um dançarino de valsa. Eu aceno uma despedida breve para Yuuki e Aidou antes de segui-lo para o andar de cima, e não era muito fácil acompanha-lo. Entramos por um corredor formidável com itens decorativos aparentemente caros, passando por várias portas que eu supus serem os quartos antes de alcançar a entrada de um recinto, guardada por enormes portas duplas lapidadas.

Kaname girou uma das maçanetas e empurrou a porta, e o cheiro dos livros me recepcionou com uma carícia. O líder afastou-se da entrada e gesticulou para que eu entrasse primeiro, um gesto cavalheiresco não muito comum – pelo menos não com Mitsuo e Zero, os únicos rapazes com quem eu converso.

Assenti em agradecimento e passei por ele, entrando em seu escritório bem iluminado com a luz natural graças as grandes janelas – o espaço se assemelhava com o de Kaien.

Kaname se sentou na poltrona de couro atrás da escrivaninha e indicou uma das cadeiras, pedindo que eu me sentasse. Sentei-me de frente para ele e cruzei minhas pernas, colocando minhas mãos sobre minhas pernas e tentando soar corajosa e profissional, quando eu estava tensa e com um iceberg no estômago, as mãos suando frio.

– Você é realmente uma garota corajosa, Hime – ele disse com leve admiração, cortando o silêncio. – Outra em sua posição, vítima de um ataque da escória Nível-E e consciente de seu próprio cheiro, não se arriscaria a vir.

Eu dei de ombros timidamente.

– Eu não me lembro do ataque da “escória Nível-E” – fiz aspas no ar –, então não conta como ponto de coragem.

– Mas se lembra dos resultados. – insistiu.

Um arrepio gélido me atravessou a espinha ao lembrar-me dos corpos estraçalhados e gemidos. Sacudi a cabeça, livrando-me daquelas imagens.

– Eu só aparento estar calma – confessei – Na verdade, eu estou morrendo de medo.

Seus lábios se repuxaram apenas de um lado.

– Posso sentir o cheiro do seu medo no ar, Hime, mas enfrenta-lo é um feito corajoso. – ele apoiou os braços em sua escrivaninha – E então, sobre o que quer conversar?

Ergui o queixo, esperando que isso me fizesse parecer determinada e profissional.

– Quero que me conte tudo o que sabe sobre Lunier.

Kaname não pareceu se surpreender com meu pedido, aparentemente ele já esperava por essa pergunta.

Ele se levantou e caminhou casualmente até uma das grandes janelas, por onde a luz solar atravessava, e apoiou um dos ombros ao lado da mesma, olhando a vista.

– Eu sei o que qualquer vampiro sabe, Hime. Lunier era uma aldeia de puritanos que expulsou os vampiros de seu território há muito tempo, e qualquer um da espécie que se atrevesse a entrar seria caçado e queimado. Eles acreditavam que descendemos de uma linhagem de homens castigados pela deusa da Lua a nos tornarmos demônios bebedores de sangue.

Ergui-me e caminhei para mais perto, como se tal coisa pudesse me fazer ouvi-lo e entende-lo melhor.

– Pensei que eles eram Cristãos. – comentei.

Kaname voltou seus olhos para mim, a claridade desbotou as matizes castanhas de seus olhos, deixando seus orbes com uma cor vermelha escura sinistra. Meu estômago afundou com aquela prova indiscutível do predador que ele era.

– Ah, não. O modo de vida deles é chamado de “Puritano” por nós, os… demônios – ele conteve um sorriso – Eles são politeístas, entende? Adoram principalmente os deuses do Sol e da Lua, que são os principais de sua crença arcaica.

Eu balancei a cabeça, compreendendo, e me perdi em meus próprios questionamentos.

Não era segredo que minha perda de memória só havia afetado as informações sobre mim, mas detalhes do mundo e de minhas crenças não haviam sido perdidos. Sendo assim, se eu era realmente um membro daquela sociedade, por que eu considerava os deuses citados como “pagãos”?

– Conte-me mais – pedi.

Ele sacudiu a cabeça para mim e voltou a observar a paisagem.

– Não tem muito que contar, Hime, pois isso é tudo o que sei. – explicou calmamente – Eles eram bastante reclusos, não permitiam forasteiros; eram como uma sociedade secreta. As informações que busca… só você as tem. – voltou a sua atenção para mim, com pesar – Sinto muito.

Soltei um suspiro frustrado e decepcionado, e dei de ombros, sorrindo.

– Não tem pelo que se desculpar, o que você sabe é de grande ajuda. Muito obrigada.

No fim das contas, lembrar sempre seria tarefa minha, ele não precisava se culpar.

– Era só isso? – inqueriu.

Balanço a cabeça, concordando.

Ele se virou e deu alguns passos para longe da janela, os olhos voltando a ser castanhos avermelhados.

– Irei acompanha-la até a porta...

– Espere – o interrompi, lembrando-me de um dos motivos de eu ter vindo atrás dele – Queria saber por que você disse para eu tomar cuidado com o Zero.

Seus olhos analisaram os meus por uns instantes, tão penetrantes que pareceram me desnudar a alma. O sangue subiu ardente para minhas bochechas, e mesmo que eu quisesse desviar, seu olhar me prendia.

O que ele está procurando?

Ele sorriu sardônico por algum detalhe que eu desconhecia.

– Você não sabe... – declarou – Típico de Kaien querer esconder o perigo que o afilhado representa.

Franzi o cenho, confusa e incrédula.

Eu conhecia bem o Zero, e sabia que ele era desagradável, amargo, irascível e mal-educado, mas perigoso? Eu duvidava...

– O que quer dizer com isso?

Será que há mais de um sentido para a palavra “perigoso”?

Ele soltou um suspiro e olhou ao redor do escritório, como se buscasse as palavras certas.

– Pergunte para um dos dois, Hime, isso não é assunto meu. – assentiu em direção a porta – Venha, vou te acompanhar até em casa.


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Notas finais do capítulo

uuh, Hime pertencente a uma sociedade secreta, puritana e "Vampire Haters"? 'o'
Será que nossa mocinha finalmente descobrirá q Zero é um Nível-E?
E vocês? Oq acharam? Não se esqueçam dos meus reviews!!! hehehe
E até a próxima, amores