Lost in Paradise escrita por Drylaine


Capítulo 32
Meus últimos dias na Terra


Notas iniciais do capítulo

 Olá pessoal! Devo confessar que esse penúltimo capítulo foi um dos mais difíceis que eu já tive que escrever, só perde pro último capitulo. Aliás, nunca imaginei que a finalização dessa história fosse ser tão complicada e me daria tantas dores de cabeça. Mas, vamos lá. Ah fiz outro vídeo dessa vez com Defan e Sarah, o link tá no meio do texto.

Nos vemos nas notas finais!



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Damon

Nós voltamos pra casa, exaustos e cheios de angustia, sabendo que jamais iríamos esquecer todo o terror que vivenciamos dentro da igreja de Mystic Falls, pois as consequências daquela tarde aterrorizante continuariam a nos causar muitos outros problemas, como o caso do coma repentino de Bonnie Bennett... Foi tanta magia usada pra enfrentar Kai que seu corpo não aguentou e Bonnie acabou numa espécie de coma. Eu até tentei dar o meu sangue pra curá-la, mas de nada adiantou. Passamos semanas, tentando achar alguma forma de trazê-la de volta. Todos se reunião em minha casa e passavam horas lendo e relendo livros e até o grimório de Emily, mas foi Abby quem conseguiu nos dar alguma explicação plausível.

"Ela ainda está aqui, eu posso sentir. Mas há algo que a impede de voltar." O que nos surpreendeu foi que a vampira Bennett ainda possuía uma grande força psíquica e podia sentir forças ocultas e, por isso ela conseguia sentir a presença muito forte da filha entre nós. "É como se Bonnie estivesse presa entre dois mundos. Seu corpo está aqui, mas sua alma está presa lá."

"Deixa eu adivinhar... A alma dela está presa com Kai?" Inquiri com escárnio. Mas, a parte pior ainda estava por vir.

"É provável que a ligação de sangue que ela possui com Kai, está lhe segurando lá. E a única forma dela se libertar... É se Kai deixa-la."

"Que dizer que todo o nosso plano não valeu de nada?! E que todo o poder que Bonnie tem como bruxa Bennett, já não faz diferença?" Lucy ironizava. "No final, o destino dela ainda estará nas mãos daquele psicopata!" E ela tinha razão.

A pior parte é que mesmo com Kai sendo preso de novo em outro, sei lá... mundo prisão! Ele ainda conseguiu nos vencer. Ele ainda conseguiu levá-la com ele. Me deixando aqui sem ela, com um enorme vazio no peito.

"Hoje marca o dia em que Bonnie Bennett passará a pertencer exclusivamente a mim. Bonnie será minha até o fim dos seus dias." O seu riso doentio ainda ecoava na minha cabeça. "Bonnie irá me pertencer pra sempre." Eu quis tanto poder destruir com a sua postura triunfante, queria mata-lo lentamente da forma mais dolorosa possível, mas eu não podia.

"Eu sei que não será fácil, mas Bonnie vai precisar que você mantenha o controle e não faça nenhuma loucura." Dizia Abby se sentando ao meu lado no sofá da sala. "Eu ainda não gosto de você. E ainda acho que ela merecia algo melhor." Eu arqueei as sobrancelhas, entediado com seus sermões. "Mas é como dizem, ninguém escolhe por quem se apaixonar. E o amor acontece quando menos se espera." Ela parou de falar e confrontou os meus olhos sem vacilar nenhum momento. "Então, eu espero que você tente honrar esse amor." Ela se levantou pra ir embora, mas antes que ela saísse, também decidi lhe confrontar.

"E você Abby..." Ela parou e voltou a se virar pra mim, parecendo confusa. "Você vai tentar parar de fugir?"

"Eu ainda estou aqui, não estou?" Ela soltou um suspiro antes de continuar a falar. "Eu não vou fugir. Vou ficar porque fiz uma promessa a Bonnie."

"Que promessa?" Perguntei muito curioso.

"Não importava o que acontecesse na igreja, Bonnie pediu pra que eu ficasse e cuidasse de Sarah." Isso me deixou tão surpreso. "E eu vou cumprir. Vou ficar e cuidar de sua prima, até que ela esteja pronta pra seguir com a sua nova vida de vampira. E também estou fazendo isso por Bonnie." Fiquei refletindo sobre suas palavras.

"Obrigado Abby, por ficar. Sei que isto significa muito pra sua filha." Eu disse com sinceridade antes que ela saísse.

Entre eu e Abby ainda havia muito ressentimento, nós estávamos longe de sermos amigos, mas decidimos fazer isto por Bonnie.

Quando fui deixado sozinho, decidi ir até meu quarto onde o corpo de Bonnie estava. Eu tive que brigar com todo mundo pra mantê-la comigo. Eu a queria em meu quarto e sobre a minha cama, pois pra mim lá seria o lugar mais seguro do mundo. Eu decidi que eu estaria com ela o tempo todo, mesmo que isso parecesse loucura. E sozinho com Bonnie dando uma de bela adormecida, eu voltei a me perder em meus próprios pensamentos, desejando saber onde ela estava.

 

 

Bonnie

"Ah meu Deus! Eu morri?!" Gritei comigo mesma desesperada olhando para o meu corpo inconsciente nos braços de Damon. Eu já não podia mais sentir o seu toque, nem seu cheiro e nem entender o que eles falavam. "Ah, de novo não... De novo não..." Sibilei sem parar. Eu estava tendo uma experiência fora do corpo. Tudo o que poderia pensar era que aquilo parecia um déjà vu, como três anos atrás, quando morri e virei um fantasma vagando por Mystic Falls, sem que ninguém pudesse me ver ou me ouvir.

Agora não havia mais Qetsiyah, ou o Outro Lado ou a chance de virar uma Ancora e voltar para o mundo dos vivos. Agora a minha vida estava nas mãos do destino que poderia decidir me manter ainda aqui presa entre dois mundos: Entre onde está Damon e meus amigos e entre onde aprisionei Kai. Mas, tecnicamente, eu na verdade já não pertencia mais a nenhum deles. E logo, eu sabia que o destino iria me fazer desaparecer, como se nunca tivesse existido.

Eu acho que o meu destino não poderia ser o mais triste.

Dividida entre dois mundos, tudo o que podia fazer era ser como uma mera telespectadora, assistindo como a vida continuava em movimento em Mystic Falls. Quando me dei conta já havia se passado um ano presa nesse limbo, enquanto meus amigos junto com Abby e Lucy, ainda tentavam lutar pra me trazer de volta. E saber que eles ainda estavam lutando por mim era bastante reconfortante. Mas principalmente, o que me dava um pouco de paz, era saber que na minha ausência eles passaram a ficar mais unidos, mesmo quando ainda houvesse diferenças, como entre minha mãe e Damon. Por mim eles até deixaram suas diferenças de lado e isso era tudo o que me importava.

Às vezes também era tão difícil estar aqui, tão perto e, ao mesmo tempo, tão distante. Sabendo que dessa vez, eu não sabia como voltar. Eu era apenas uma alma sem seu corpo, que logo irá sucumbir e desaparecer. Até que nenhum deles, nem Damon, irá se lembrar de mim.

 

 

Damon

Quando dei por mim as semanas seguintes, logo, tornaram-se meses angustiantes e solitários e eu fui perdendo a noção do tempo até que o coma da bruxinha Bennett completasse um ano. Um ano sem vê-la abrir aqueles olhos verdes cheios de teimosia. Um ano sem escutar a sua voz melodiosa reclamando de tudo. Um ano sem poder senti-la aqui. Que dizer, quando eu estava no silêncio do meu quarto cuidando dela, enquanto ela continuava bancando a Bela adormecida, às vezes, eu podia sentir uma presença forte e poderosa por perto, seu cheiro ainda se impregnava em mim como se ela nunca tivesse me deixado. Ás vezes, eu tinha a impressão de ouvir ela sussurrar o meu nome ou sorrir pra mim. Mas, tudo parecia um sonho ou uma doce ilusão que a minha própria mente criava pra me consolar.

Mesmo sem ela aqui, eu fiz uma promessa a mim mesmo que nunca iria desistir dela. Então, continuei procurando alguma brecha pra romper com a linha temporal que separava o corpo da bruxa de sua alma. No entanto, enquanto o tempo passava minha determinação também foi se esvaindo, ao descobrir que um corpo não pode existir por muito tempo sem a sua alma, pois aos poucos o corpo enfraquece até morrer por completo. E se o corpo morre sem a sua alma, a sua alma, então, acabará sendo perdida pra sempre. E, assim, Bonnie vagaria sem rumo e sem paz, como um fantasma sem memória de quem foi um dia. Como se caísse no completo esquecimento.

"Será como se Bonnie Bennett, nunca tivesse existido." Murmurou Davina, causando um alvoroço sinistro entre nós.

"Mas se a alma da Bonnie vai desaparecer aos poucos. O que acontecerá com Kai?" Ouvi uma das Bennetts questionarem Davina e Freya Mikaelson, que estavam de passagem por Mystic Falls, visitando Bonnie e tentando nos ajudar.

"A minha teoria é que se a Bonnie não existir mais, logicamente, a ligação de sangue entre ela e o outro bruxo, também não existirá!" Ouvi Freya responder, me fazendo sentir uma agonia tão grande.

"O corpo da Bonnie ainda está sendo preservado por causa da magia que colocamos nela." Continuava Davina. "Portanto, essa magia só servirá pra adiar o inevitável e prolongar o sofrimento de vocês." E ela continuou a destruir qualquer resquício de esperança.

Ao descobrir sobre tudo isso, eu passei a me isolar de todos e até se esquecer de se alimentar. Sem sangue em meu organismo, comecei a ganhar uma aparência de um vampiro que está em processo de dessecação. Eu havia decidido que sem ela não dava pra continuar. Mas, é óbvio que essa ideia não seria aceita pelos outros. Assim, além da gangue de Mystic Falls passarem a se revezar pra cuidar de Bonnie, eles também passaram a tentar bancar a minha babá. Entretanto, por mais que eles se esforçassem pra me manter na linha, sem Bonnie ao meu lado eu estava a um passo de perder a minha própria sanidade.

Como eu poderia existir num mundo onde Bonnie nunca existiu? Nem as lembranças dela estariam mais lá. Seria como se Damon e Bonnie nunca tivessem se conhecido e vivido todas as suas aventuras juntos... É pensando sobre isso que decidi que estava na hora de beber aquele Bourbon...

"O Bourbon do suicídio, lembra Bonnie?" Murmurei olhando para o corpo inconsciente de Bonnie, desejando que houvesse resposta. O Bourbon do suicídio tinha sido ideia minha, pensei depois de ver o Guarda-Costas pela milionésima vez. "Você pode me ouvir aí do outro lado?" Recebi como resposta mais um pouco de silêncio. "Ah, faz isso mesmo... me ignora!" Decepcionado, abri a garrafa e bebi direto do gargalo. "Um brinde a você passarinho! Um brinde a morte!" E o seu silêncio era ensurdecedor.

Porém enquanto me afogava naquele Bourbon do suicídio, eu me peguei pensando em como a ausência da bruxinha pesava sobre mim. Especialmente, porque na sua ausência um fantasma do meu passado passou a se tornar presente em minha vida...

"Você tem que parar de querer controlar os meus passos." Ouvi ela entrar em casa enfurecida, mais uma vez discutindo com Stefan.

Sarah agora era uma presença constante e um lembrete cruel do meu próprio passado obscuro. Um passado que hoje eu me envergonho tanto e, sobretudo, um passado que eu ainda não estava pronto para enfrentar.

"Você tem que parar de continuar controlando a minha vida como se fosse um Deus. Eu quero poder tomar as minhas decisões, mas você continua a tentar me tirar esse direito. Assim como me tirou o direito de decidir, se eu queria viver ou morrer."

Então há um ano (após aquela tarde trágica na igreja de Mystic Falls) e ao retornar pra mansão eu descobri que meu irmão acabou forçando Sarah a virar vampira contra a sua vontade. Exatamente, como ele havia feito comigo, há mais de um século.

"Tudo o que estou tentando fazer é te proteger."

"Não! Você está sendo um maldito egoísta!" Eu continuei trancado em meu quarto, apenas ouvindo suas discussões lá em baixo e concordando silenciosamente com cada coisa que Sarah dizia. "Como você pode me proteger me arrastando pra dentro do seu mundo sobrenatural. Sem me deixar escolher se queria ou não fazer parte disso?!"

"Sim, você tem razão. Eu fui um egoísta, porque eu estava desesperado com a ideia de te perder."

E a ironia disso, é que meu irmão também usou do mesmo argumento comigo, quando eu passei da transição para vampiro. Mas, eu não tinha o direito de julga-lo, porque ao longo da minha imortalidade, tenho tomado decisões que também machucaram muitas pessoas.

"Sarah, eu te amo e..."

"Como eu vou acreditar nas suas palavras, ou confiar em você depois de descobrir que toda a minha vida foi uma mentira? 18 anos tendo uma vida manipulada por você." Eu podia ouvia-la chorar.

"Sarah me deixa tentar consertar as coisas entre nós? Você é uma parte tão importante pra mim..."

"Então, me deixe ir pra casa! Me deixa voltar pra minha família, sem você por perto." Enquanto continuava ouvindo eles, eu bebia meu Bourbon me sentindo mais depressivo.

"Não! A sua casa agora é aqui. E a sua família, somos nós." Stefan só estava piorando a situação.

"Você, Damon e o seu grupo incestuoso, nunca serão a minha família. E Mystic Falls nunca será a minha casa." Uau, agora ela estava pegando pesado. "Eu só quero que você saiba, que enquanto eu estiver presa aqui com vocês, eu vou infernizar as suas vidas." Eu ri ao reconhecer as suas palavras.

Por ironia do destino, a jovem vampira recém-nascida, parecia a versão feminina do velho Damon. Aquele Damon sádico e vingativo que jurou fazer da vida de Stefan, uma eternidade de miséria. E agora eu estou sentindo um pedaço dessa miséria toda. Agora eu estou sentindo o gosto do meu próprio veneno.

Talvez, todo o mal que eu fiz no passado, estava sendo cobrado agora. E foi por isso que Bonnie e qualquer pedaço de felicidade foram tirados de mim.

"Você tem que parar de se lamentar e fazer alguma coisa! Você me prometeu Damon, que ia me esperar e que ia ser forte." De repente ouvi a voz da bruxinha me repreendendo tão nitidamente, quase me fazendo engasgar com a bebida. Eu olhei para o corpo inconsciente sobre a cama, já achando que tinha perdido a minha mente.

 

 

 

Bonnie

A cada dia que passamos longe um do outro, eu podia perceber como o vampiro estava se autodestruindo. Ele já não se alimentava como antes, também passou a se isolar de todos e voltar a ser aquele cabeçudo pessimista, querendo morrer pouco a pouco. Querendo dar um fim a sua dor. E isso me assustava.

"O Bourbon do suicídio, lembra Bonnie?" Ouvi ele murmurar enquanto pegava o Bourbon mais antigo da casa. Eu sorri triste com a lembrança. Fizemos um pacto de que quando não suportássemos nem mais um dia sozinhos naquele Mundo Prisão em 94, íamos beber a garrafa inteira e depois... se matar!"Você pode me ouvir aí do outro lado?"

"Sim Damon. Eu posso te ouvir. Mas, é você que não pode. E isso dói." Eu dizia sabendo que ele não podia me ouvir, mesmo estando tão perto.

"Um brinde a você passarinho! Um brinde a morte!" Ele me respondeu após beber um pouco da bebida.

Não, não... Eu não podia deixa-lo se destruir assim. Eu não podia deixar que Damon desistisse da sua vida. E meu maior desejo era que ele vivesse a sua vida, mesmo que fosse longe de mim.

"Você tem que parar de se lamentar e fazer alguma coisa!" Eu gritei com toda raiva que possuía. "Você me prometeu Damon, que ia me esperar e que ia ser forte." Ele me olhou... Que dizer, olhou para o meu corpo inconsciente sobre a sua cama.

"O que é isso?" Sua expressão era de quem estava chocado. "Você quer me deixar louco?! Me fala Bonnie!" Então, ele se sentou ao lado da cama perto do meu corpo inconsciente, me deixando tão esperançosa por sentir um simples toque seu.

Eu não podia acreditar... Então, ele me ouviu?! Por um instante, o simples pensamento me fez sorrir como uma boba.

"Você tem ideia do que vai me acontecer se você morrer? Se você me deixar aqui sozinho, hein?!" Ele parecia tão frágil naquele momento. "Anos de culpa. Uma culpa paralisante e egoísta. Pra não falar no ressentimento que eu sentiria se fosse forçado a arranjar outro companheiro de copo. Então, por que você não volta?!" Eu fechei os meus olhos, enquanto ouvia os seus murmúrios angustiados, desejando desesperadamente que eu pudesse sentir o seu toque. Eu queria sentir o toque de suas mãos em mim, o toque dos seus lábios sobre os meus e me aconchegar no conforto do seu abraço. "Por favor, Bonnie! Se você pode me ouvir, apenas me dê um sinal."

Mas, nesse instante, Sarah e Stefan apareceram e nos interrompeu.

Silenciosamente, eu fiz a única coisa que eu podia fazer: apenas observa-los de longe, sem poder afetar as suas vidas.

 

 

 

Damon

"O que é isso? Você quer me deixar louco?! Me fala Bonnie!" Me sentei ao seu lado na cama e segurei a sua mão entre as minhas. "Você tem ideia do que vai me acontecer se você morrer? Se você me deixar aqui sozinho, hein?!" Soltei um suspiro triste. "Anos de culpa. Uma culpa paralisante e egoísta. Pra não falar no ressentimento que eu sentiria se fosse forçado a arranjar outro companheiro de copo." Apertei a sua mão suavemente ao pensar sobre tudo isso. "Então, por que você não volta?!" Eu já estava lhe suplicando. "Por favor, Bonnie! Se você pode me ouvir, apenas me dê um sinal."

"O tempo passa e ela continua mais morta do que viva." De repente Sarah explodiu pela porta, entrando no meu quarto sem ser convidada. "Você já se perguntou se ela quer realmente voltar?"

"Sarah agora não. Sai!" Rosnei sem paciência para os seus joguinhos. Frustrado, afastei minhas mãos de Bonnie, agarrando novamente a garrafa de Bourbon.

"O que está acontecendo?" Meu querido irmão também decidiu invadir o meu quarto.

"Parece que Damon estava tentando se comunicar com a Bonnie, mas ela o deixou no vácuo, mais uma vez." Eu e Stefan olhamos perplexos para a vampira recém-nascida que deu de ombros, enquanto descaradamente roubava o meu Bourbon e bebia sem hesitar.

"Ei!" Irritado, decidi retirar a minha garrafa das suas mãos. "A garrafa é minha e não tô a fim de compartilhar!" Ela estreitou os olhos descontente com a minha reação, mas decidiu continuar com as suas ladainhas.

"Sabe, eu não posso sentir a Bonnie, mas às vezes... eu posso ouvir a sua voz a noite. Como uma assombração que invade os meus sonhos." E ela cruzou os braços e deu um sorriso inocente.

"O que ela te disse?" Meu irmão decidiu lhe questionar curioso. A jovem nos olhou pensativa me deixando cada vez mais agoniado.

"Ah, ela me disse que não é tão ruim estar do outro lado. Porque pelo menos lá, ela já não tem que viver se arriscando pra salvar o traseiro de todo mundo." Eu fechei os meus olhos tentando controlar a minha raiva. "Ela decidiu tirar umas férias e se divertir um pouco. Longe dessa cidade maldita e desse grupo idiota de amigos que ela tem."

"Sarah, para!" Stefan tentou repreende-la e tira-la do quarto, mas a garota riu cinicamente lhe ignorando e olhou pra mim me desafiando.

"Aliás, ela deve estar agora rindo de nós e curtindo a companhia de Kai. E pensando em como você é patético, covarde e egoísta demais, para merecê-la." Já não conseguia mais me controlar e tentei ataca-la, mas Stefan se pós entre nós.

"Garota, não faz me arrepender de ter salvado a sua vida!" Stefan me segurou firme me impedindo de tocar nela. "Nós nem deveríamos ter voltado pra salvar você." Eu disse furioso ao me lembrar que Bonnie só voltou pra Mystic Falls pra impedir Kai e salvar Sarah. "Talvez, você nem valesse a pena!" Só depois que disse aquelas palavras, que me dei conta do que havia dito e me senti horrível.

"Você?! Você não me salvou!" Agora nós estávamos ofegantes, nos fuzilando com olhos selvagens. "Você me condenou, desde o dia que nasci." Seu olhar ressentido e cheio de ódio era perturbador. "Você não apenas matou os meus pais. Você também matou os meus sonhos e qualquer chance de uma vida normal." Desviei os meus olhos e me desvencilhar de Stefan, lhe dando as costas.

"Parem com isso! Assim, vocês dois só vão se machucar mais." Stefan parou no meio do quarto tentando intermediar a nossa discussão, enquanto eu e Sarah permanecemos cada um em seu canto.

"Você nem percebe o quanto é parecida comigo." Eu disse ainda de costas para eles e continuei com os meus argumentos. "Você tá a imagem e semelhança do velho Damon."

"O quê?! Eu não sou igual a você!" Ela rosnava indignada me fazendo rir.

"É eu também fiquei revoltado. Eu fui transformado contra a minha vontade e tive que aprender a me readaptar." Até que tomei coragem de olhar de volta pra ela que estava se preparando pra sair do quarto. "E todo o meu ressentimento se transformou em ódio." Ela paralisou tensa no meio do caminho. "E esse ódio, logo, se transformou em brutalidade. E eu passei a manipular, a machucar e a matar sem remorso." Eu olhei entre Sarah e Stefan e depois para Bonnie que descansava serenamente sobre a cama, enquanto eu criava coragem para enfrentar o meu passado. "Até que um dia eu cometi a pior coisa da minha vida... Eu matei uma mulher grávida. E foi aí que percebi que havia virado um monstro." Sarah olhou pra mim com seus olhos negros cheios de amargura. "Quanto tempo você acha que vai levar até você se tornar um monstro... Um monstro como eu?"

Um silêncio perturbador caiu sobre nós até que, inesperadamente, uma Sarah transtornada jogou seu anel de luz no chão, enquanto Stefan gritava tentando impedi-la. Porém, ela furiosamente jogou o corpo dele pra fora do seu caminho e, como um flash, correu na direção da janela do quarto. Foi por um milésimo de segundos, mas fui eu quem conseguiu chegar até ela mais rápido e puxa-la em meus braços, caindo com ela no chão e conseguindo proteger o seu corpo de queimar sob a luz do sol.

 

https://youtu.be/tTSQsMvnGdg

 

"Para! Você quer se matar?!" Eu gritei completamente assustado e irado, tentando segura-la.

"Não. Eu não vou ser um monstro!" Ela continuava a se debater em meus braços até que conseguiu se soltar de mim e acabar presa nos braços de Stefan que a manteve o mais longe possível da janela. "Por que não me deixa acabar com isso?! Eu preciso acabar com toda essa fúria, dor e tristeza sem fim!" Stefan instintivamente a abraçou, tentando acalma-la enquanto trocamos um olhar triste.

Ali diante dela, me senti triste ao me dar conta que Sarah se sentia confusa, com medo e perdida, assim como eu me sentia perdido sem Bonnie...

"Stefan e Sarah vão precisar de você. Você não pode abandona-los agora. Principalmente, Sarah. Ela não vai conseguir passar por tudo isso sem você." Lembrar de suas palavras e das promessas que fiz, me fez perceber que eu não poderia perder as esperanças. Que Bonnie tinha razão. Agora eu tinha que ser forte por Stefan e por Sarah.

"Você tem razão. Não valeu a pena me salvar." Então, me aproximei com cautela e ergui suavemente o queixo de Sarah fazendo ela me olhar.

"Sarah, a sua vida vale muito pra mim." Eu estava decidido a mostrar para a garota o quanto importante ela era pra nós. "Tanto, que foi por isso que Bonnie decidiu voltar comigo. Ela te salvou porque sabia o quanto você significava pra mim. E Kai também sabia o quanto você significava pra todos nós." Eu dizia tentando enxugar as suas lágrimas.

"Kai sabia que se algo acontecesse com você, todos iriam sofrer. Assim como estamos sofrendo por Bonnie." Meu irmão dizia emocionado ainda segurando firme Sarah em seus braços.

"Sabe o dia em que matei Gail..." Minha voz ficou embargada e eu me senti mais nervoso. "Eu pensei que havia selado o meu destino, como um assassino sem redenção." Sarah me olhou meio assustada e melancólica. "Mas, quando te conheci, foi o dia em que também descobri que milagres existem. E olha que eu não sou um cara de muita fé." Eles nem imaginavam como era difícil derramar o meu coração assim, deixando minhas emoções tomarem conta, mas era também tão libertador. "Você é um milagre Sarah e nem sabe disso. É isso que me fez perceber que ainda havia esperança pra nós. Que ainda há salvação pra todos nós." Eu já estava soando como Bonnie, mas eu nem me importava.

"Damon tem razão. Ainda há uma chance pra nós três tentarmos recomeçar. Talvez, não será fácil, mas..." Stefan parou de falar e olhou pra nós parecendo tão aliviado por aquele momento. "Mas, eu acho que vale a pena tentar. O que estou te pedindo é uma segunda chance de recomeçarmos do zero. Nós três, como uma família." Ele acariciou o seu rosto e beijou sua testa com ternura. "Se não der certo, eu te prometo que deixarei você partir e não ficarei no seu caminho." Eles pararam por um instante se olhando tão intensamente. Eu sei que Stefan por mais que sofresse, iria deixá-la livre pra seguir o seu rumo, mesmo que seu coração apaixonado estivesse lhe implorando pra ela ficar.

"Eu não sei se estou pronta pra te perdoar, Damon. Ou pra tentar vê-los como minha família, Stefan. Ainda é tudo tão difícil." Eu e Stefan trocamos um olhar sabendo que não podíamos mais força-la a estar aqui. Sem dar a ela a chance de fazer as suas próprias escolhas, como até mesmo ir embora.

"Tudo bem, Sarah. Quando você estiver pronta pra me perdoar, eu estarei aqui te esperando." Eu disse paciente enquanto lhe entregava o seu anel de luz.

Agora nós tínhamos toda eternidade pra reconstruir essa família e consertar os nossos erros.

 

 

 

Bonnie

"Onde você esteve?" Eu podia ouvir Kai me chamando, todo mal-humorado.

"Eu estava fazendo uma visitinha no Lado dos vivos." Falei irônica. "Um lugar onde você nunca mais vai voltar." Joguei na cara dele me sentindo triunfante.

"Ah, foi ver seu precioso vampiro?" Ele parou ali numa postura petulante. "Mas, como é estar lá tão perto dele e não poder tocá-lo?" A resposta era simples.

"Deve ser o mesmo que você sente por não poder me tocar, mesmo eu estando aqui na sua frente." Eu disse percebendo seu olhar ficar sombrio.

Uh, mais um ponto pra Bonnie!

Kai podia me ver, me ouvir, mas assim como os outros, também não podia me tocar.

"E dai?! Querendo ou não, você ainda está presa aqui comigo. E pelo tempo que estivemos aqui, posso garantir que nem você tem poder pra voltar, não é?" Eu não lhe respondi, apenas fechei meu cenho desanimada e sabendo que ele tinha razão. "Você fez isso com a gente. Você tentou me ferrar e, no fim, também se ferrou. Ah, o gosto da vingança é tão bom!" Nessa hora um relâmpago riscou o céu furioso nos avisando que era hora do jantar.

"Acho que é hora do jantar." Eu disse sarcástica, sabendo que isso o faria desesperado. "Ah, o gosto da vingança é tão bom!" Eu repeti as suas próprias palavras cruéis, enquanto uma tempestade já se formava sobre nós.

"Hahaha... você acha as suas piadas divertidas?" Seu riso era forçado e com desdém.

"Você tem razão. Humor sádico é coisa sua." Trocamos um sorriso nem um pouco amigável e, com desgosto, retornamos pra sua casa onde uma enorme mesa de jantar nos esperava.

Ao descobrir sobre sua nova prisão, Kai não ficou nada feliz. E o que havia quase o confortado, era a ideia de que eu havia sido arrastada com ele pra esta prisão e estaria condenada a viver ao seu lado eternamente, (a menos que eu o ajudasse a sair, é claro). Só que para a sua infelicidade eu já não tinha mais poder pra isso. Na verdade a chave para a sua própria liberdade, agora era ele mesmo. Afinal, a sua nova prisão, nada mais era do que o reflexo da sua própria mente conturbada.

E, era durante as noites que essa nova prisão se tornava o seu pior pesadelo, quando Kai tinha que dividir a enorme mesa de jantar com as suas vítimas. Todas as pessoas que ele havia matado, começando pelos irmãos pequenos, depois por sua irmã gêmea Josette e tinha alguns desconhecidos também, até chegar em Sarah.

Na verdade aquele jantar era mais como uma sala de tribunal, onde Kai passava por um julgamento, tendo que confrontar não apenas os seus crimes, como também os seus próprios medos e inseguranças durante toda a sua vida. Para tornar isso ainda mais sinistro, o tribunal improvisado tinha o seu próprio juiz, que aqui na real era a minha avó, Sheila Bennett.

Sheila sempre se sentava na ponta esquerda da mesa e Kai na extremidade oposta, assim colocando ambos de frente para o outro. Eu sempre escolhia se sentar o mais próximo de vovó e ficava ali em silencio, apenas ouvindo o seu julgamento começar... Ops! Eu quis dizer: o jantar começar!

Era inusitado aquele cenário, onde cada uma das suas vitimas iriam confronta-lo num embate difícil, no qual sempre era lhe questionado os seus motivos para sempre querer matar sem remorso. Para sempre preferir a vingança do que o perdão.

"Eu sou um psicopata. Eu mato por prazer. Sou um sádico assumido."  Kai sempre responderia ou com sarcasmo e indiferença. "Eles sempre me tratavam como lixo, eles mereciam morrer." Mas também havia ressentimento e fúria. "Todos vocês mereciam morrer." Aqueles sentimentos que Kai nunca parecia capaz de superar. Não importa quanto tempo passasse preso nesse lugar.

"Por que você me odeia tanto, Kai?" Ao ser questionado, Kai olhou para Sheila com um olhar tão frio.

"Por que você mentiu pra mim. Você me fez confiar em você e depois me traiu."

"E você também mentiu Kai... Mentiu para Bonnie e fez ela confiar em você, pra depois apunhala-la." Houve uma breve pausa entre eles. "Ela ainda carrega a marca da sua traição." As palavras de vovó pairavam entre eu e Kai como um lembrete perverso. "Mas, a pior mentira de todas, foi às mentiras que você tem cultivado pra si mesmo."

"O quê? Do que você está falando?" Ele parecia tão genuinamente confuso. Algo sobre as palavras de vovó também me deixaram confusa.

"Você sabe Kai. No fundo você sabe! Você prefere mentir pra si mesmo, pra não admitir os seus reais sentimentos."

"Os meus reais sentimentos?!" Mas, as afirmações de Sheila só fizeram ele soltar uma gargalhada insana. "Isso tudo é uma grande bobagem. Assim como este jantar. Assim como esta merda de prisão!" Então, ele se levantou pronto pra nos dar as costas, mais uma vez.

"Ah, então o perverso Kai Parker, vai preferir fugir mais uma vez?" Kai parou seu trajeto sem ousar nos olhar. "Parece que dentre tantos defeitos, Malachai Parker também é um covarde." Mesmo de costas pra mim, percebi que ele estava com raiva, abrindo e fechando as mãos em punhos. "E a sua covardia, vai fazer você perdê-la de novo." Eu me sentia conturbada também sobre os sermões de vovó. "Seu tempo está se esgotando. Ou você admite os seus sentimentos, enquanto ela ainda está aqui com você. Ou será tarde demais e você vai perder a chance."

"Pare com isso!" De repente Kai se voltou contra mim. "Faz ela parar de falar, agora!" Ele vociferou e batei na mesa, fazendo-a tremer e todos ali lhe olharem com medo.

"Covarde! Você vai perdê-la! Vai perdê-la pra sempre!" Subitamente, todos começaram a repetir sem parar. "Você não pode segurá-la mais. O tempo está se esgotando..." E os seus sussurros continuavam ecoando, fazendo daquele cenário ainda mais perturbador. "Quando ela partir você estará sozinho de novo... E de novo. E de novo..."

"Parem!" Mas, as vozes não paravam. Eles pareciam querer sufoca-lo.

"Você deve deixa-la voltar pra casa. Para o lugar aonde ela pertence."

"Não. Não. Não!" Ele olhou pra mim choramingando. "Ela me pertence." Então, percebi o quanto sombrio e louco ele parecia.

"De uma forma ou de outra... você vai perdê-la. Logo, ela vai desaparecer completamente. E você só terá como companhia, a solidão pela eternidade." Nos olhamos intensamente, até que Kai nos deu as costas e saiu, deixando um silêncio ensurdecedor cair ali.

O bruxo nem percebia que ele estava brigando com a sua própria mente.

****

Eu decidi sair pela noite atrás dele. E não demorei muito para encontra-lo parado no meio da chuva que caia sem parar, molhando suas roupas e cabelo. Kai estava olhando para o céu negro sem se importar com as gotas que molhavam a sua face. De repente decidi fazer o mesmo, olhei para o céu e deixei várias gotas d' água cair sobre mim, depois abri as mãos e comecei a rodar como se tivesse dançando no meio da chuva.

"O que você está fazendo?" Ouvi Kai me questionar. Nem precisei lhe olhar pra saber que ele me achava louca.

"Estou tentando aproveitar meus últimos momentos na Terra." Fechei meus olhos e abri a boca tentando sentir o gosta da chuva. Tentando aproveitar mais daquele momento, mas o ato só me fez mais triste e tão frustrada.

"Sério?!" Eu parei olhando pra ele que possuía uma expressão carrancuda em seu rosto bonito. Nos olhamos em silencio, até que resolvi desabafar pela ultima vez.

"Se eu te falasse que esse pode ser o nosso ultimo momento juntos. O que você faria?"

"Eu acho que você tá cada vez mais louca." E ele riu de mim com sarcasmo até que percebeu que eu estava falando sério. "Eu já disse... Você está presa comigo e não tem como você voltar." Ele deu alguns passos mais perto de mim. "Seu lugar é aqui, presa nessa prisão idiota que você mesmo criou."

"Eu já vivo numa prisão. E não é a mesma sua!"

"O quê?"

"Eu sinto que estou no limbo. Meu corpo e minha alma foram separados e eu fico vagando por ai como um fantasma. Ainda mais vestida assim, nessa roupa." Eu vagava por aí como naquele dia do casamento, ainda vestida de noiva.

"É. Você parece a noiva cadáver. Mas, eu ainda te acho uma noiva cadáver muito sexy." Ah! Eu queria tanto poder dar um murro na sua cara de pau, mas nem isso eu podia. "O papo está divertido, mas aqui tá um frio e..."

"Eu daria tudo pra poder sentir isso... O frio! Ou a chuva molhando a minha roupa, ou até o gosto ruim da sua comida. Mas, eu não posso sentir nada disso. Eu nem posso sentir o gosto salgado das minhas próprias lágrimas!" Eu lhe confrontei furiosa, sem lhe dar a chance de fugir de mim. "Eu queria poder sentir todas essas coisas. Cada gosto, cada sensação boa ou ruim e poder tocar e ser tocada." E, a sua indiferença começou a causar uma grande frustração em mim. "Agora você ainda pode me ver, mas até quando?"

"Você diz que está num lugar pior que o meu. Mas você ainda pode vagar livremente por aí e ir até Mystic Falls ver seus amigos e ver Damon." E, num raro momento, ele me olhou sem sarcasmo ou frieza. "E isso deveria ser reconfortante. Porque apesar de não poder ser tocada, você ainda os tem. Você não está sozinha." Agora seus azuis estavam melancólicos.

"Você tem razão. É bom saber que há pessoas lá fora que ainda sentem a minha falta. Que me amam e que não esqueceram de mim. Mas logo eles irão me esquecer. Logo, Bonnie Bennett, será nada na vida deles..."

"Não! Isso que você está falando não faz sentido." Ele tentou me tocar, mas não conseguia, o que fez a sua face se contorcer em desagrado.

Nessa hora ouvimos um trovão retumbar furioso no céu, junto com uma névoa forte que, inexplicavelmente, dominou tudo ao nosso redor. Isso durou alguns segundos, até que de dentro daquela névoa, surgisse a presença de alguém inesperado...

"Olá Kai! Vim lhe fazer uma proposta irrecusável." Damon estava ali, real, impecável, com seu sorriso arrogante e com aqueles seus azuis, cheios de uma indomável determinação.

{Continua...}

 


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Notas finais do capítulo


O mais legal aqui é q nesse cap tem várias cenas aleatórias de Bamon que eu peguei emprestado da série e mudei um pouco o contexto e ainda sim acabou se encaixando com a própria trama, por mais maluca que a minha história pareça.

Agora reflitam comigo: nessa guerra entre Kai e Damon, eles sem querer acabaram dividindo a Bonnie ao meio e cada um ficou com uma parte dela. Só que Bonnie só pode existir se essas duas partes (corpo e alma) se tornarem de novo um só. Ou seja, alguém vai ter que ceder.

O próximo cap será a nossa despedida da trama ATÉ QUE ENFIM! E saberemos qual será o final do Kai, de Damon e de Bonnie. Então, até lá e FELIZ 2018



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