Existe um momento da nossa vida aonde chegamos ao ponto de duvidar se conseguiremos prosseguir um obstáculo ou não. Muitas vezes conseguimos sem problemas ou hesitação, nessas horas lembramos tudo que vivemos. A pergunta que lhe vem à cabeça é a seguinte. Você vai sobreviver?

Ao acorda apenas notava uma escuridão. Um barulho estranho vindo de todos os lados me levantei e fiquei sentada no meio de alguma coisa, ao olhar para cima vi o clarão da abertura da caverna e uma mulher gritando, aparentemente estava havendo uma briga lá em cima.

Aliais… Quem eu sou? Onde eu estou?

Out States — Dark Sky

LARA CROFT 11 de Novembro de 1997, 06h30min.

— SOCORRO! Alguém me ajude! — Minha voz ecoou. Tentei me levantar e comecei a tropeçar, não enxergava nada, apenas escutava barulhos estranhos. Eu não sabia de nada, eu comecei a ficar desesperada. Apenas eu tentava lembrar e um branco dava na minha cabeça

Escutei um barulho do rio e decidi seguir, me arrastei de joelhos até a borda do mesmo, não conseguia ver em pé. Minha cabeça doía muito, não lembrava como cheguei ali ou quem seja eu.

Numa tentativa conseguir segurar na parede e me levante quando toquei em algo curioso, notei que tinha diversas patas, eu movi minhas mãos e diversas começaram é subir pela mesma. Ao piscar notei que meus olhos começaram a se acostumar com a escuridão, mesmo vendo algumas coisas embaçadas, eu não queria ver aquilo.

Diversas lacraias subindo sobre minhas pernas, o local estava recheado delas. No rio ossos humanos estavam boiando e alguns foram levados pela correnteza, se antes ninguém me escutou agora iria.

Gritei desesperada tropeçando e caindo de cara na água imunda que o rio levava, ao cair fiquei de cara com um esqueleto, na abertura de seus olhos diversas lacraias começaram a sair.

Comecei a ficar tonta, vomitei duas vezes seguidas. Ao olhar para trás comecei a ter alucinações, um tipo de sombra começou a se criar e correu atrás de min.

Fiquei em pânico e cai na beirada do rio, fiquei em um estado de transe, minhas mãos estavam mais geladas que o próprio gelo. Fechei meus olhos e tampei meus ouvidos por conta dos gritos que eu estava ouvindo, comecei a falar — isso não é real, não é real. — Quando abri meus olhos um tipo de bicho coberto por uma manta negra com olhos negros e uma boca esquelética segurou meu braço, ali mesmo cai e apaguei.

Quando acordei, notei uma luz vinda do outro lado do túnel no qual eu tinha entrado, minha cabeça estava prestes a explodir, meu estomago começou a embrulhar, creio que havia diversos cortes pelo meu corpo, não sentia mais nada além de um tipo de formigamento do pé a cabeça.

Caminhei até o local onde a luz estava vinda. No caminho notei que o rio fluía muito bem no local. No teto notava que ele tinha pedras no formato de uma espada, mas somente a parte afiada, qualquer tipo de grito aquilo poderia cair direito na minha cabeça.

Onde eu estava à disposta a ir para sobreviver. O pior daquilo é a sensação de não lembrar como eu tinha parado ali, pior ainda era nem saber quem eu era, quando finalmente cheguei ao local iluminado. Havia uma tocha, uma mesa de madeira com um livro e uma adaga com algumas moedas, as quais eram bastante antigas. Não me pergunte como eu sabia isso, veio na minha mente como um raio cai em qualquer lugar que ele queira.

A passagem em si era bem pequena, as paredes ásperas e úmidas só me fazia querer me equilibrar. Peguei a adaga e guardei, quando peguei no livro seu titulo me chamou atenção.

— O Limbo — Em um lapide de memoria fiquei meio tonta e me segurei na parede o qual arranho minha mão.

Em um flashback vago, eu estava em um trêm e ele havia parado, a iluminação estava meio azulada, eu abri uma porta vi um corpo e diversas pessoas ao redor do mesmo. Era um vagão diferente do anterior, havia mesas e uma luz amarela clareando tudo, as pessoas eram meio transparentes e nebulosas, quando uma brisa de vento frio vinha do lado de fora do trêm balançava seus corpos como o fogo de uma vela. De repente uma voz ficou ecoando por toda minha cabeça. “Lara Croft se caminha para o Limbo” o Flashback parou muito rápido e eu já estava normal.

Quem era Lara Croft? Talvez… esse seja o meu nome.

A capa do livro tinha uma cor de fundo preta e sua capa era bastante dura. Ao pegar nas primeiras paginas um enorme brilho saiu das primeiras frases do livro me levando para um tipo de dimensão alternativa.

Estava no meio de um apagão, quando uma enorme rachadura apareceu sobre minha face, um brilho saiu dela; um brilho forte e atraente. Eu fui levada até ela caindo á diversos metros do chão, aparentemente estava flutuando. Algo que me deixou com uma pulga atrás da orelha foi o fato de não está com medo daquela situação, tudo bem eu está gritando ainda pelo fato de está caindo nessa brecha, mas eu tinha uma esperança de que tudo iria voltar ao normal.

Finalmente cheguei ao fundo, tinha um rio bastante gelado. Caminhei lentamente, pois não conseguia ver nada, apenas um sopro saiu da minha boca pelo fato de está congelando e uma bola brilhante iluminou todo o local.

Uma enorme caverna com diversos rios ao redor de uma enorme estatua.

Em si não enxergava direito o que havia no teto por está a milhares de metros de onde estava. Sai do rio e segui o caminho até a enorme estatua, havia um caminho ali como se alguém diariamente entrasse aqui.

Depois de uma caminhada cansativa cheguei ao pedestal que a estatua ficava. Uma enorme lapide estava ali; um nome chamado “Darkness” chamou minha atenção. Olhei novamente e notei que a estatua havia mudado da ultima vez que vi. Agora ela tem mais detalhes, o homem que provavelmente se chamava Darkness tinha cabelos até o ombro e vestia um tipo de armadura com um manto negro.

Ao olhar novamente para lapide, o nome O Limbo voltou a chamar minha atenção, ao olhar para os lados escutei pisos rápidos na água, quando me dei conta uma manada de velociraptor, aquilo me deu uma dor de cabeça e um flashback voltou a minha mente, estava em um local bastante verde e notei um dinossauro Rex indo atrás de min e vários desses bichos me seguindo. Ao acorda do flashback estava de volta perto da mesa.

Uma névoa apareceu em minha frente e se formou a bola brilhante que vi na minha visão ou que pelo menos o livro me mostrou, ela fez um tipo de sinal para segui-la. Peguei o livro e a segui, não sabia para onde estava sendo levada, apenas que me sentia mais segura.