Uma forte ventania tomou conta da fábrica. Ralph liberara uma divindade de anjos: a Desmaterialização. Onde um anjo libera as suas asas em um plano fino. E ainda pode usar melhor os seus poderes. No caso de Ralph, usar melhor seu poder de vento.

Mas Ralph foi tomado por uma raiva tão intensa que mal notou no que estava fazendo. Ele se sentia estranho, como se já tivesse feito aquilo antes, sentia as asas batendo nas costas e uma sensação de leveza no corpo.

Kleber havia se desequilibrado e caído no chão. Estava assustado, mas não detido. Aquilo tinha tomado um rumo inesperado para ele. O que para ele não era bom.

– Droga! Eu fiz besteira! – Kleber amaldiçoava a ele mesmo. – Isso não é bom.

– AAAAAHHHHHHHHH!!!! – Ralph ainda gritava de raiva. Até que ele parou. Seus olhos pararam de chorar, e agora prestava atenção em Kleber.

– Mesmo que ele tenha de desmaterializado, eu ainda posso detê-lo. – Comentou Kleber, confiante. – Vou acabar logo com isso.

Kleber avançou com destreza, mas Ralph foi mais rápido e escapou do golpe de Kleber levantando voo e planando atrás de Kleber.

– Incrível, ele já parece treinado. – Comentou Nesse, surpreso.

– Eu também tô surpresa. – Desabafou Mariah.

Kleber tentou acertar Ralph novamente com um soco, mas Ralph segurou o golpe com a mão, parando-o facilmente.

– O quê?! Mas como... – Kleber estava surpreendido, mesmo com a sua força ele era inútil, e mal conseguiu completar a frase pois Ralph deu-lhe um chute no tórax com tanta força que ele engasgou sangue.

– Droga, maldito! – Reclamava Kleber, tentando recuperar o fôlego. – Isso não vai te salvar!

– Isso também não. – Disse Ralph irritando, mas com calma na voz. – Você não merece ser chamado de anjo, Kleber. Não mais.

– Tô começando a gostar desse garoto. – Mariah fez um comentário surpresa com o que ouvira de Ralph.

Ralph deu uma consecutiva de socos no peito de Kleber, que expeliu mais sangue na boca. Ralph ainda continuou sem deixar Kleber se defender, atirou-o para longe com uma rajada de vento. Ele já não dava braçadas, mas sim leves movimentos com o braço.

– Eu achei que ele não sabia usar os poderes! – Retrucou Kleber, atordoado, tentando se levantar. – Meleca, assim vou acabar morrendo.

– Com certeza! – Ralph apareceu de repente atrás de Kleber e deu outro chute nas costas, se movendo rapidamente, foi atacando Kleber em várias direções em que ele era arremessado pelos golpes de Ralph.

– P – Pare! – Gemia Kleber, sentindo muita dor no corpo. – E – Eu vou embora! Eu juro!

– Devia ter feito isso ANTES! – berrou Ralph dando um grande soco na cara de Kleber que afundou no chão.

– INCRÍVEL! – disse Mariah e Nesse ao mesmo tempo.

– Senhor, eu estou aqui. – Disse Slace naquele lugar escuro onde Kleber antes esteve. Havia escapado dos dois anjos e retornado assim como o Mestre mandou.

– Estou aqui, Slace. – Respondeu a entidade que se mesclava à escuridão. – Ótimo trabalho, já Kleber nem tanto.

– O que quer dizer, Mestre? – Slace parecia confuso. Afinal, quando ele estava lá com Kleber as coisas estavam indo bem. – O que houve com Kleber?

– Isso não lhe interessa mais, Slace. – O Mestre parecia indiferente com Slace. – Ele já não é mais integrante do Quarteto Sombrio.

Slace sentiu um mal pressentimento.

– Isso quer dizer...

– Sim, Kleber será morto. E será a sua vez de agir. – Respondeu o Mestre sem expressar nada, para ele, Kleber era apenas um servo, que era descartável.