– Então... O que o comandante quer que eu faça agora? – O loiro queria encontrar alguma maneira de contornar aquela situação. Forte ele sabia que ele era, mas se o assunto era enfrentar um exército, então era outra história.

– Bem... – Gabriel estava pensativo. – Ah... Eu já sei do que você está precisando. E isso pode te ajudar muito.

– Jura? – Ralph ficou empolgado. – Então o que é?

– Garanto que irá gostar. – Expressou o arcanjo. – Estava pensando nesse assunto antes de você chegar. E eu mandei um anjo pegar uma coisa para mim.

– Uma coisa?

No mesmo instante, um anjo entrou no Templo segurando uma caixa. Não era uma caixa grande, aparentava ter uns 50 centímetros de comprimento e era estreita, mas larga.

– Rafael. Todo anjo... Precisa ter uma arma para ajudá-lo em suas batalhas. – Disse Gabriel, se levantando e seguindo para o lado do anjo que segurava a caixa.

– U – Uma arma... – Ralph sentia empolgação, ansiedade ao mesmo tempo. Nunca imaginara que iria ganhar uma arma, nem mesmo usá-la.

– Nós anjos, usamos armas brancas, mas que expressam nosso espírito de luta. – Gabriel destravou a caixa e a abriu. O que estava ali era uma autêntica espada angelical. Ela era brilhante do cabo até a lâmina, com contornos dourados no cabo e mostrando uma folha prateada que reluzia ao brilho do templo. Só a sua aparência mostrava poder. – Eu lhe apresento a Vingadora Indomável.

– Seu nome... É Vingadora Indomável? – Questionou o loiro. – Não sabia que espadas tinham nomes.

– Você deve saber que uma espada angelical carrega uma aura de batalha, que anseia por lutas. Ele é como o seu parceiro, e por isso ele precisa de um nome. Todas as armas empunhadas por anjos têm um nome. – Explicou Gabriel. – Mas essa espada tem um valor ainda mais especial.

– Um valor mais especial? E qual seria?

– Esta espada era de seu pai. – A resposta de Gabriel surpreendeu o loiro. Ele ficou sem palavras para descrever o que sentia naquele momento.

– E – Eu... Como...

– Isso não importa. – Antecipou o arcanjo. – Este é um presente dado de seu pai para você, Rafael. E é o seu dever continuar o rumo das linhas de batalha com esta espada.

– Não sei o que dizer...

O loiro se aproximou e tocou o cabo da espada, ele demonstrava cuidado e gentileza ao empunhá-la as suas mãos. Mas o encanto, a empolgação e o cuidado se transformaram em um susto enorme. A espada do nada ficara tão pesada que Ralph não conseguiu mantê-la nos braços e ela parou no chão. O loiro tentou empunhá-la novamente, mas ela não se movia, era pesada demais.

– Bem... Acho que você terá que se acostumar com ela. – Expressou Gabriel, surpreso. – Parece que você terá que aprender a saber empunhar essa espada.

– Saber como empunhar essa espada? Mas eu pensei...

– Como eu disse: Esta é uma arma angelical. Ela é diferente das armas mundanas, Rafael. – Repetiu o arcanjo. – Sugiro que fique aqui até saber como manuseá-la, acho que isso será muito útil para você.

– Entendo... Eu agradeço, comandante.

– Suspeitei que isso aconteceria, então eu chamei um mestre para ajudá-lo.

– Um... Mestre?

– Ele já deve estar chegando.

Uma figura aparecera na entrada no templo.

– Aqui estou, comandante Gabriel.

– O quê?! Mas o que... – Ralph não acreditava no que estava vendo.