Ralph chegou no Primeiro Céu. A base da Rebelião de Gabriel continuava a mesma. Tendas camufladas por toda parte, e a maior delas era a enfermaria, onde o loiro estivera lá uma vez por um embate com Slam. E o mais visível era o Templo da Harmonia, onde Gabriel sempre se encontrava lá.

O garoto loiro foi direto para lá. Ele queria ser o mais breve possível com Gabriel. Afinal, o que impedia de Slam bloquear o vórtice de novo?

Gabriel se encontrava meditando.

– Rafael. Então você voltou. – Disse o arcanjo, abrindo os olhos. – Vamos ao relatório.

– Como queira, comandante. – Respondeu Ralph, curvado. – Meu grupo encontramos... Bem, um dos inimigos.

– E porque o seu grupo não está aqui com você?

– Eu pedi para vir sozinho. Tenho muito a lhe dizer.

– Muito bem. Parece que as coisas foram bem agitadas na Haled, então.

– Sim. Eu vou começar pela mundana que estamos protegendo além de minha mãe. – O loiro não gostava de chamar Isabelle de “mundana”, mas era sim que os anjos se dirigiam aos humanos, então ele tinha que fazer o mesmo. – Belfrior, um dos Serafins, descobriu um esconderijo de anjos caídos. – Ralph fez uma pausa, dando a chance de Gabriel falar.

– Encontraram anjos caídos? Naquela parte da Haled? – Questionara o arcanjo.

– Exato, comandante. Nós fomos rapidamente para este esconderijo investigar...

– Encontraram algo lá para encaixarem em algo? – Perguntou o arcanjo, curioso.

– Bem... O pai da mundana... Era o chefe daquele grupo de anjos caídos.

– O quê?! Isso...

O loiro até se surpreendera pela expressão de Gabriel.

– Sim. Este cara se chamava Kimeron. E ele estava me espionando enquanto eu lutava contra o Quarteto Sombrio, porém, um deles ainda estava vivo. E quase não consegui vir pra cá pois ele havia bloqueado o vórtice.

– Entendo. – Gabriel não demonstrava mais tanta calma. – Mandarei um grupo de anjos vigiar o vórtice. Parece que isso será crucial pelo o que virá futuramente.

– O que virá?

– Presumo que ali já não seja mais seguro para os anjos se disfarçarem. Se tem anjos caídos ali, é porque alguém muito poderoso os está controlando.

Controlando. Ralph pensou nesta palavra. Então existe realmente alguém por trás disso.

– Então... O que devemos fazer agora? Quer dizer, ao meu grupo. – Perguntou o loiro.

– Temo que você deva pensar melhor em suas táticas de capitão, Rafael. –Expressou Gabriel, calmo, mas com um tom sério. – Não quero que separe sua equipe, terão que ficar todos juntos de agora em diante.

– Compreendo, comandante. – Concordou o loiro. – Eu já sabia disso, e infelizmente foi da pior maneira.

– Não deixar isso acontecer será a sua tarefa com os seus companheiros. – Disse Gabriel. – Um mal obscuro está se aproximando dali, e todos precisam estar juntos e unidos.

– Entendido!