– Muito bem, eu vou dizer o que mais eu e Gigan descobrimos. – Expressou Belfrior.

– Certo. – Concordou Ralph. Ele tinha que saber todos os detalhes.

– Nós dois fomos ao centro da cidade e encontramos raptores se juntando por lá. Eu consegui obter informações deles que alguém estava reunindo seguidores.

– Seguidores? – Questionou Ralph. – Isso não é bom. Quem é esse cara?

– Aí é que está. – Belfrior falou com um tom meio desapontado. – Nem os raptores sabiam a quem estavam seguindo. Só estavam obedecendo.

– Mas eles são um porre, mesmo. – Retrucou Mariah. – Nem saber a quem estavam seguindo prova o quanto são burros.

– Pode ser. – Concordou Nesse. – Mas isso impede que alguém roube informações preciosas deles.

– E mais uma coisa. – Gigan tomou a dianteira da conversa. – Eu pude sentir cheiros de anjos lá.

– Cheiro de anjos?

– Nós Querubins temos um olfato apurado e podemos pressentir cheiros de demônios a quilômetros de distância. – Explicou Gigan. – Mas o que eu achei estranho foi que tinha cheiros de anjos misturados com os cheiros de demônios.

– Oh, não. – Questionou Nesse. – Isso com certeza não é uma boa notícia!

– Espere. – Race se manifestara. – Antes de tirarmos conclusões precipitadas, você conseguiu descobrir os tipos de anjos?

– Não. E isso foi o mais estranho. – Respondeu Gigan, indignado.

– Eu já sei o que isso quer dizer. – Concluiu Race, e olhou para Ralph. – Acho que nós teremos algumas complicações dessa vez, capitão.

– Espera... – Aries também questionava. – Race, não me diga que são...

– Sim. – Deduziu Race, e ele não fora o único. – Anjos Caídos.

– Anjos Caídos? – Gigan estava chocado. – Aqui?

– Sim. Eu enfrentei um Querubim ontem. – Respondeu Race. – E ele estava com um raptor. Não sabemos o porquê, mas eles estavam atrás de uma garota. – Race apontara para cima, indicando Isabelle, que se encontrava no segundo andar.

– Então, resumindo. – Ralph tornou a falar. – Estamos lidando com outros anjos?

– Sim, e o pior. – Belfrior falou com desdém. – Eu também senti as auras desses anjos antes de vir para cá, e ele estão se reunindo.

– Não entendo. – O capitão queria pensar em todos os detalhes. – Porque usar anjos malignos? Porque eles estão atrás de Isabelle?

– Acredito que uma coisa é certa. – Mariah acompanhava o raciocínio. – Aqueles caras estavam nos observando. Existe mais alguém que está os mandando para cá.

Ralph não conseguia pensar em outra pessoa além de Slam, um dos integrantes do Quarteto Sombrio. Ele poderia estar envolvido naquilo, mas a sua intenção o dizia que mais alguma coisa não estava batendo.

– Uma coisa nós temos que fazer. – O loiro não iria deixar aqueles caras fazerem o que eles bem entendiam. – Temos que investigar aonde estão esses caras e veremos se eles tem alguma coisa a ver com o Quarteto Sombrio.

– Isso está ficando interessante! – Mariah expressava entusiasmo.

– Pode ser, mas não podemos ir todos nós. – Esclareceu Belfrior.

– Agora que sabemos que esses caras querem a Isabelle por algum motivo, não podemos mais deixá-la ir sozinha. – Ralph soltou um suspiro de angústia.

– É, eu sei. A sua amada precisa de você. – Mariah deixara Ralph vermelho. – Nós já sabemos disso de trás para frente.

– Espera, mas ela... – Belfrior foi interrompido pelo loiro. – Esquece, Belfrior. Antes que esqueça, tem mais alguma coisa que queira falar?

– Ah, sim. Eu quase esqueci. – Belfrior fez uma pausa. – Gabriel enviou um anjo recentemente para cá e chegará daqui há alguns dias.

– E o que isso tem de importante? – Questionara Mariah.

– Tudo! – O garoto já começava a se estressar com ela. – Quanto mais ajuda, melhor!

– Faz sentido, capitão. – Concordou Race, sentado no sofá, acompanhado a sua inseparável espada.

– Mas que tipo de anjo virá?

– Eu não sei. – Respondeu Belfrior. – As notícias são escassas.

Ralph deu uma olhada ao seu redor. Havia ao todo ali três tipos de anjos. Três Ishins, dois Querubins e dois Serafins, o que somava tudo sete anjos.

– Não vai querer começar a investigação logo? – Gigan perguntara ao loiro.

– Melhor não agora. Vamos esperar esse novo integrante. Acredito que essa espera vai nos ajudar para não sermos vigiados.

– Boa idéia, Ralph. – Concordou Nesse. – Então...

– Vamos fazer exatamente o que fazemos no dia-a-dia. – Completou Ralph. – Nada mais.