Tenshi no Tamashi escrita por AoiTakashiro


Capítulo 152
Capítulo 152 - Você é Capaz...


Notas iniciais do capítulo

YOHOOOOOOOOOOOOOOOO!!!!!!!!!! Devido ao capítulo anterior ter atraído a atenção de tanta gente, alegro a sua tarde de quarta com este capítulo que está tão bom quanto! Aproveitem ;D



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Aquela parecia ser uma madrugada sem fim. A aflição tomou conta de todos. Mariah estava desaparecida, e eles possuíam muita pouca informação do inimigo. O embate que eles travaram anteriormente não servira de nada, foram somente distrações para que virassem os alvos.

Na sala de estar, eles tentavam fazer o mínimo de silêncio possível, o que deixava tudo ainda mais sufocante.

— Você está bem, Ralph?

O loiro olhou de relance para Jack, que em seu rosto só mostrava apreensão.

— Conto os detalhes mais tarde. Estou mais preocupado é com a situação atual.

— Iscas, hein? – Murmurou Belfrior. – Isso é um caso sério.

Ouviram passos descendo das escadas. Era Race e Fred.

— Como foi a missão? – Perguntou o irmão mais velho.

— Percebemos agora que o que fizemos foi um erro. – Esclareceu o loiro. – Mariah está desaparecida!

— Você chegou em boa hora. Temos algumas perguntas para você, Fred. – Disse o Serafim.

Fred engoliu em seco.

Todos se acomodaram nos sofás. Nesse fora ao banheiro para se cuidar melhor, era o que mais fora ferido. Jack estava sentindo tanta aflição para saber os detalhes de Ralph, que não conseguira ficar na sala, e foi para fora respirar um pouco. Race preferiu não participar do debate e foi se deitar. Os outros não conseguiam nem se imaginar fazendo isso.

— Um ser sombrio com uma espécie de crânio na cabeça? – Analisou Fred. – Não. Nunca soube de nada sobre quem possa ser esse cara.

— Ai, voltamos à estaca zero! – Bufou Ralph, coçando a nuca.

— Ele é quem parecia estar mandando nos Raptores. – Explicou Gigan. – Além disso, não possuía aura, o que o deixa ainda mais misterioso.

— Achei que eram os Generais da Morte que estavam atacando... – Expressou o Serafim.

— Espere... Você não disse que era Sete Generais da Morte, Fred? – Disse o loiro. – Nós vencemos três deles hoje, e eu venci outro no Sheol para te salvar. Ou seja, era para ter somente mais três deles para vencermos.

— Poderia ser... Mais um deles? – Completou o irmão mais velho.

— Mas ele é misterioso demais... – Suspirou o Querubim robusto. – Se for isso, então...

— Ele é uma arma secreta deles. – Concluiu Belfrior.

— Arma? – Questionou o loiro.

— Se partimos do princípio de que ele não possua aura, ele não é um anjo. E se for isso, também não é um demônio.

— E agora? O que eles querem com a Mariah?! – Exaltou o loiro.

— Ela deve estar incapacitada. – Notou Nesse, que acabara de chegar à sala. Seu corpo estava todo coberto por ataduras, uma ou outra estava coberta por sangue. – Ela deve ter exagerado na luta dela...

— De qualquer forma, vamos ter que procurar pela aura dela se quisermos encontrá-la. – Disse o Serafim.

— Quem ainda consegue se mexer? – Ralph perguntou a todos. A pergunta gerou surpresa.

— Ralph! Todos estão cansados para fazer isso! – Questionou Fred, segurando o irmão que já se levantava.

— Não posso deixar que façam o que quiserem! Se eu não agir agora, eu me arrependerei por não ajudar um companheiro!

— Seu cabeça oca...

— Eu posso. – Gigan se levantou. – Vamos nós dois.

Sem nenhuma resistência, os dois anjos saíram percorrendo todas as cidades voando. Ralph estava deveras cansado, a viagem tinha lhe tirado muita energia, e pela noite, a escuridão cansava seus olhos, mas ele se recusava a voltar e descansar. Pois somente ele e Nesse sabiam que Mariah estava sofrendo um lapso emocional. Eles podiam sentir, que a luta dela fora a pior de todas.

Mesmo estando determinado a continuar, o loiro já estava caindo no alto do céu por causa do cansaço, quando alguém o segurou.

— Não seja presunçoso, seu idiota. Eu também estou aqui. – Era Fred. – Vamos. Eu vou com você.

Ralph sorriu de alegria e alívio.

***

O dia amanhecera, e nada fora encontrado. Os três anjos procuraram por todas as redondezas, mas nada. Quando voltaram, o loiro enfim percebeu a gravidade da situação. Tanto ele quanto todos estavam acabados. Fisicamente e psicologicamente. Levaria pelo menos dois ou três dias para que todos se recuperassem totalmente, até ele mesmo. Ele suspirava de cansaço, mas ainda mais de incompreensão, estava aflito, sem ideias.

— DROGA! – Socava o chão inúmeras vezes, o que chamou a atenção de Isabelle. Ela não sabia exatamente o que o estava magoando, mas sentia que a situação era grave. Porém, também sabia que nada poderia fazer. Afinal, Ralph era misterioso demais e ela não conseguia descobrir seus pensamentos e ações.

No quarto de Áries, Race e Belfrior foram ver como ela estava.

— Desculpe-me, eu acabei desmaiando logo no meio da missão. – Arrependia-se a Serafim, ainda deitada na cama.

— Nem, acho que até eu queria estar no seu lugar agora. – Expressou o Querubim. – Sinceramente, ontem eu cheguei ao meu limite, físico e psicológico.

— Não fora o único. Estamos todos tentando entender quem está comandando os Raptores. – Explicou Belfrior.

— Quem está comandando os Raptores?

— Ah, é. Você estava desmaiada quando fomos ver as Torres. – Lembrou-se o Querubim. – Descobrimos uma figura bem bizarra que não sabemos se é anjo ou demônio.

— Posso não ajudar, mas queria estar por dentro do assunto. – Pediu a Serafim. – Me mostre à imagem dele.

Em segundos, Belfrior lhe enviou a imagem de Pressark para sua mente, e no mesmo instante, ela se arrepiou.

— O que foi?! – Disse Race, preocupado.

— P - Posso sentir... Que há uma grande energia maligna vindo dele! – Disse a Serafim, ainda tremendo. – Há poucos dias, eu sei que já havia sentido essa energia antes, e ela aos poucos aumentava cada vez mais!

Tanto o Querubim quanto o Serafim não conseguiam dizer nada.

Race saiu correndo pela casa toda a carregando e gritando que tinha a melhor parceira de todas.

— ÁRIES, VOCÊ É FODA DEMAIS!

Ela estava sem reação.

A exaltação chamou a atenção de todos os anjos que estavam ali presentes.

— O que está acontecendo? – Questionou Fred.

— Áries pode saber onde a Mariah está se ela pressentir a energia do cara sinistro! – Exaltou-se Race. – Ela consegue sentir a energia dele!

Agora era Fred que estava sem palavras...

— Onde está Ralph? Precisamos dizer isso a ele. – Disse Belfrior.

— Ele está na floresta. Disse que precisava dizer algo importante para Jack.

Áries continuava em dúvida, estava completamente assustada pela reação de todos.

***

Ralph contemplava as árvores ao seu redor. Precisava se acalmar de tudo o que havia acontecido. Mas não se esquecera da promessa que fizera a Jack. Antes que começassem a agir novamente, seria muito bom que esclarecesse tudo de uma vez.

— Jack... Eu não o matei.

O garoto ficou surpreso durante alguns instantes, mas depois voltou a cara de sempre.

— Sei...

— Você se lembra do que me contou?

— Sobre o meu passado? – Os cabelos do garoto se moviam constantemente pelo vento. – Eu realmente sofri por causa dele. Por isso eu queria que estivesse morto o quanto antes.

— Certo... – A franja do loiro esvoaçava por entre seus olhos. – Isso não é algo que você realmente queria fazer?

Os olhos de Jack se arregalam com a surpresa.

O loiro lhe estendeu o punho.

— Jack, isso é uma escolha sua. Se quiser matá-lo, faça. Se for o seu desejo, então o cumpra. Se for uma ameaça, é o nosso dever eliminá-lo, mas cada um de nós têm nossos inimigos, por isso temos que enfrentá-los, para mostrá-los a nossa força! – Ele estendeu seu sorriso. – Você entendeu?

— Sim. – Jack não ficou mais cabisbaixo. – Quando eu sentir que estarei pronto, eu o enfrentarei novamente! – Ele socou o punho do loiro. E de repente sentiu algo estranho, mas fora algo tão instantâneo que resolveu ignorar. Os dois resolveram retornar para o esconderijo, mas encontraram uma pessoa no meio do caminho.

Isabelle.

— Jack, eu quero conversar um pouco com o Ralph a sós, tudo bem? – Pediu a garota. Os dois garotos se entreolharam e logo Jack tomara a dianteira e seguiu o seu rumo. O coração do loiro palpitava cada vez mais rápido.

— O que houve? – Perguntou o loiro, desviando o olhar ainda envergonhado.

— Eu...queria saber se ainda não posso saber o que está acontecendo. – Disse, com uma expressão serena de calma.

Ralph ficou surpreso, mesmo com toda aquela tensão sentiu que ouvir a voz dela o acalmava. Seu desejo era explicar tudo o que estava acontecendo. Desabar tudo de uma vez. Mas não podia, nem mesmo naquela situação.

— N – Não posso dizer. Desculpe. – Ele virara ainda mais o rosto. Triste por ter que escolher essa opção.

A garota caminhou mais para perto. A cada passo o coração dele batia ainda mais rápido. Parecia que iria explodir. Por fim, ela estava bem a sua frente, e suavemente colocou suas mãos sobre o rosto dele e virou sua cabeça para ela.

Já havia muito tempo em que ele não a via de tão perto.

— Ralph, uma vez você me consolou por algo que tinha feito. – Ela disse suavemente. – E por ser tão misterioso, eu quis me afastar e fiquei com raiva de você. Mas, por ser tão misterioso, foi o único que esteve tão perto de mim me horas tão difíceis. – Seu sorriso o cativava. Em dado momento, ela encostou sua testa na dele, aproximando ainda mais os rostos. – Eu sempre estarei aqui. Portanto, eu confio em você. E eu sei que você confia em si mesmo. Você mudou muito desde que nos conhecemos, e eu posso dizer que não há nenhuma outra pessoa mais esperançosa que você!

— Isabelle...

— Não se desespere, por mais que a situação seja difícil. Você é um exemplo de pessoa que é capaz de encontrar a esperança no canto mais escuro do mundo. – Os dois ficaram em silêncio durante vários minutos, e a tensão toda desapareceu. Era a primeira vez que aquilo acontecia. Da última vez fora algo sem pensar, mas agora... Era algo totalmente diferente. Ela se afastou dele, acenou e voltou para o esconderijo. O loiro ficou mais algum tempo a pensar em tudo o que aconteceu, e lembrou-se das palavras que ela tinha lhe dito.

Você é capaz de encontrar a e esperança no canto mais escuro do mundo.

Ele estava determinado novamente!

Voltou para o esconderijo, e notou que todos estavam eufóricos.

— O que aconteceu? Que agitação é essa?

— Depois de tanta confusão, finalmente tivemos uma notícia boa! – Expressou Nesse.

Depois de todos os detalhes contados, Ralph não conteve de sorrir. Era aquilo! Ele não tinha o porquê de se desesperar, pois não estava mais sozinho. Seus amigos eram a sua esperança e sua determinação.

— O que estamos esperando?! Vamos logo começar a procura-lo! – Disse, exaltado.

— Calma, temos de ver se isso realmente vai funcionar. – Disse Áries, incerta. – Não sei se posso realmente fazer isso...

— Claro que pode! Cada um tem suas próprias qualidades! – Ralph estava muito exaltado. – Você tem a minha confiança!

— Você iluminou os caminhos de todos aqui, Áries! – Expressou Race, igualmente no estado de Ralph.

— Mas Race, aquilo que aconteceu na estrada...

— Esquece aquilo! Eu tô vivo, viu?! – O Querubim saltava como um louco.

— Mas pode ser que eles tenham pensado que iremos contra-atacar. – Avaliou Belfrior. – Podemos reagir a isso?

— Vamos começar a pensar em nossa estratégia agora. – Respondeu Ralph confiante.


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