Tenshi no Tamashi escrita por AoiTakashiro


Capítulo 151
Capítulo 151 - Presságio


Notas iniciais do capítulo

DEPOIS DE MUITO TEMPO E DEMORA, TENHO A HONRA DE ANUNCIAR QUE CHEGAMOS AO PRÉ-CLÍMAX DA SAGA DOS GENERAIS DA MORTE!!!!!!



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Os anjos retornaram para o esconderijo assim como foi o combinado. A investigação estava se tornando cada vez mais séria, e eles estavam preocupados. Áries continuava a dormir profundamente no banco de trás. Belfrior e Jack pareciam estar concentrados em seus próprios pensamentos, e apenas Race e Gigan refletiam sobre o que tinham visto. Aquele estranho vulto negro não possuía aura.

— O que será que era aquela coisa? – Questionou Race.

— Parecia ser o superior deles. Mas não parecia nem mesmo um Anjo Caído. – Expressou Gigan. – Aquilo era mesmo um monstro.

— Um monstro, hein? – Murmurou o Querubim, seu tom era de alguma forma melancólica. – Isso é um verdadeiro problema.

— Eu olhei na mente de vocês sobre o que estão falando... – Manifestou o Serafim. – E o caso é realmente sério.

— Ei! Isso é jeito de invadir nossas mentes?! – Pestanejou Race. – Era pra ter avisado, pô!

— Ah, foi mal! Estou acostumado a trocar informações com Gigan telepaticamente. – Expressou Belfrior, envergonhado.

— Certo... Eu já sei que não é arrogante. Mas ainda é feio olhar o que os outros estão pensando.

— Enfim, descobriu alguma coisa? – Disse Gigan.

— Infelizmente, apesar da memória de vocês da conversa que eles tiveram, não dá para descobrir nada. Teremos que tentar outra abordagem.

— Ou seja, vamos bater em geral! – Race bateu seus punhos. – É bom saber que até um Serafim sabe dizer quando vamos arrebentar com o inimigo.

— Obrigado... – Respondeu o Serafim sem jeito. – Bom, com o sol se pondo, vamos chegar ao esconderijo somente à noite.

— Vamos passar onde enfrentamos aqueles caras e vamos pegar a minha moto de volta! – O Querubim já estava aos berros. – Aquilo lá foi caro demais para virar requisito de policial!

— A propósito, será que os outros já cumpriram seus serviços? – Notou Gigan.

Os quatro ficaram em silêncio. Jack continuava a olhar para a janela.

***

O aglomerado da multidão começa aos poucos se dispersar. Logo todas foram descongeladas por Zack não estar mais controlando seu poder, já que estava paralisado. Mas havia algo que o deixava aprisionado para sempre naquele esquife de gelo: o fato de não ser visto pelos humanos. Isto por que, o santuário artificial possibilitava a desmaterialização do anjo, o que o deixava invisível aos olhos mundanos. E quando todos despertaram do sono causado pelo gelo, elas se lembravam dele, mas não sabiam onde ele estava. Não havia nenhum resquício de onde ele pudesse estar, quando na verdade, ele estava bem ali. Ralph se apressou para sair dali o mais rápido possível. Outra batalha fora travada, e estava exausto. Não conseguia pensar que um dia ele virasse a ser um sangue-frio, mas foi o que ele quis fazer naquele momento. Ele prometera que iria matar Zack, mas em vez disso o fez provar do seu próprio veneno. Logo ele teria que se desculpar com Jack.

— Isso não está certo... – Murmurava para si mesmo. – Ninguém deveria matar outro apenas por matar. Eu não tenho esse direito. Acho que tenho que repensar no que devo ordenar a eles quando eu voltar... – No céu, o manto da noite se espreitava, mostrando que o horário noturno aparecera. O loiro acendeu o farol da moto e continuou pela estrada, ainda com a cabeça fervendo.

***

A fumaça causada pela explosão puramente destruidora gerou irritação na atmosfera, o que significava que logo iria chover por ali. Mariah estava completamente acabada, estava com a perna quebrada, tal como algumas costelas e músculos doloridos. Ela não se movera nem um centímetro após a explosão. Continuava a contemplar o céu cinzento, pensando que tudo havia enfim encerrado.

— Meu irmão... Eu pude vingá-lo... – Ela estendeu sua mão para o céu como se quisesse tocá-lo. – Acho que não há mais nada pelo o que preciso viver agora...

Ela finalmente se levantou. E fitou onde sua moto estava. Por causa da onda de impacto da explosão estava caída, mas inteira. Por causa da perna, a ruiva teve que engatinhar até o veículo, seus músculos doíam, igualmente para suas costelas, fazendo-a cuspir sangue. Mas para ela, aquilo não era nada, nem se importava se estava em risco ou não. Havia cumprido seu objetivo, era aquilo. Sim, aquilo mesmo. Por que outra coisa deveria ser mais importante do que aquilo?!

Mas de repente, lágrimas escorreram de seus olhos, fazendo sua visão ficar embaçada. Sua expressão fácil de indiferença se tornou uma expressão de solidão. Era inevitável a falta que ela sentia do seu irmão. E por toda essa concentração, não notara que havia alguém a observá-la.

***

O carro chegou ao esconderijo já pela madrugada. Todos estavam cansados por causa da longa viagem. Race veio montado a sua moto, mas ficava olhando constantemente o outro veículo para ver se sua parceira estava bem, e para seu alívio, ela dormiu profundamente a viagem inteira. A casa estava com as luzes apagadas, também devido à hora.

— Acho que fomos os primeiros a chegar. – Murmurou Belfrior. – Vamos entrar com cautela para não acordar Isabelle e a mãe de Ralph.

— Certo. – O Querubim carregou a Serafim nas costas, enquanto equilibrava a espada nos braços.

Eles abriram a porta e acenderam a luz da sala de estar, mas perceberam que alguém já estava ali, sentado no sofá.

Nesse. 

— Quando você chegou?! – Surpreendeu o Serafim.

— Cerca de quarenta minutos. – Respondeu seriamente o anjo das águas. Seu corpo estava coberto de hematomas e suas feridas ainda estavam abertas, ele tentava as fechar usando seu poder curativo de água.

— Achei que demoraria mais por ter que dar cabo em outro anjo... – Expressou Gigan.

— Bom, digamos que consegui ter um pouco de energia extra pra vir pra cá voando. – Suavizou o anjo, com um sorriso sincero.

— Que demais! – Comentou Race, ainda carregando Áries nas costas já nas escadas para levá-la ao quarto.

— E então? – Perguntou Belfrior. – Conseguiu alguma informação ou notícia dos outros?

— Infelizmente, não. Só pude resolver um problema pessoal. Por isso, estou preocupado tanto quanto vocês.

Todos ouviram um barulho de motor parando lá fora. A apreensão deles foi grande que se apressaram para ver quem era. Era Ralph que havia acabado de chegar, um tanto transtornado.

— Ralph, você está bem? – Foi Nesse quem perguntou. Fora a única coisa que pensou naquele momento.

—Temos que conversar. – Disse Belfrior. – A investigação está prosseguindo, e sabemos quem pode estar por trás da construção das torres, mas...

— Tem algo mais importante que isso! – Exaltou o loiro. – Temos um grande problema! Não sinto a aura de Mariah em lugar nenhum!

Um choque percorreu por todos, principalmente em Nesse.

***

Diante das Sete Torres, Pressark estava com os três generais que haviam restado. Cada um deles estava sentado no pico das torres de forma aleatória. A lua estava em Crescente, e iluminava o recinto.

— E aí? O que faremos agora? – Questionou Kazan. – Temos mais três mortos na nossa equipe. Yanael é uma praga por ter morrido primeiro. Amaldiçoou todos nós.

— Todos foram tolos em quererem fazer as coisas sozinhas sem nos chamarem. – Expressou Suiren. – Agora é finalmente a nossa vez de agirmos.

— Vamos mostrá-los como faremos eles se desesperarem até o fundo do poço! – Exaltou-se Pressark. – Essa será a fúria dos mais poderosos Generais da Morte!

A garota balançava as pernas contra o vento, olhando atentamente ás palavras ditas por Pressark. A luz da lua era vasta, mas a escuridão por ali permanecia ainda mais intensa, onde mais uma pessoa estava ali, presa. Enquanto alguns esperavam ansiosos para o que viria a acontecer, outros nem imaginavam o que o futuro esta a lhes reservar.


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