Tenshi no Tamashi escrita por AoiTakashiro


Capítulo 13
Capítulo 13 - Melhoras de Ralph!


Notas iniciais do capítulo

Um treinamento muito louco!



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Se ouvia incessáveis barulhos lá no quintal. Ralph ainda estava tentando realizar o Whirlwind, sua técnica especial. Mas ele não conseguia. Ele se concentrava em manter sua aura e o vento em seu punho direito, mas quando ele atacava o vento se esvaía, fazendo-o tentar de novo.

Já estava anoitecendo. Dona Melly tinha chegado do trabalho e servira o jantar para os três. Ralph ficara muito feliz em sua mãe deixar Nesse e Mariah dormirem lá, se sentia seguro e confiante ao mesmo tempo.

Gotay tinha despertado e já estava recuperado. O incrível era que ele já não tinha mais nenhuma ferida no seu pequeno corpo, apenas pequenos arranhões. Ralph se lembrara que fora Nesse que cuidara de Gotay, acontece que ele queria saber como, mas:

– Sinto muito, Ralph. Isso é segredo de Anjo da Água. – Dissera Nesse.

Desde então, ele não falou mais com os dois. Ficara treinando o dia inteiro. E sem mais delongas tentava realizar aquela técnica, ele deveria conseguir, porque senão, ele estaria morto contra aqueles caras, só isso.

– Droga! – Ralph falhara mais uma vez. – Será que é assim mesmo que funciona?

Ele estava exausto. De tantas vezes que ele esmurrara a árvore à sua frente a sua mão direita já estava dolorida, sentia um grande desconforto, e assim ele não conseguia se concentrar.

– Ralph, vim ver como você tá indo. - Gotay tinha ido pro lado do Ralph. – Parece que não muito bem, né?

– O que você acha? – Ralph estava irônico.

Gotay pensou durante um minuto inteiro.

– Ei! Já sei de uma coisa que pode te ajudar! – Ralph deixou a ironia e ficou interessado. – Bom, o que é então?

– Bem, lembra de quando eu estava sofrendo do Kleber? – Nenhum dos dois queria de relembrar daquilo. Ralph hesitou mas depois assentiu. – Bom, acho que talvez você devesse pensar que aquela árvore seria ele. Um estímulo. Entendeu?

– Hum. – Ralph estava indeciso, se pirasse de novo poderia destruir a casa. – Talvez isso ajude. Obrigado, Gotay!

– Sem problemas.

Ralph começou a relembrar das provocações de Kleber. E a tortura que ele fizera com Gotay. Sua raiva logo voltou. Ele tentou memorizar Kleber sendo a árvore bem à sua frente. Ele então se preparou novamente.

– Ralph, preste atenção em como você vai realizar a técnica – Alertou Gotay. – Assim ficará mais fácil.

– Tudo bem, Gotay. Eu sei.

Já havia escurecido. Os apartamentos acenderam as suas luzes e os residentes também, ou quem já queria descansar deixara apagado mesmo. Slace estava no apartamento onde estivera Kleber, mesmo no escuro, ele estava deitado fitando as suas lâminas. Até que uma aparição surgiu no meio do quarto e quase o assustou. A entidade ali era quase impossível de ser vista, pois era mesclada à escuridão. Era o Mestre.

– Slace, quando você atacará? – O Mestre perguntava impaciente. – Gosto de jogos, mas quero me entreter rápido, estou começando a ficar entediado.

– Acalme-se, Mestre. – Slace se sentara na cama. – Sua espera será recompensada. Pois eu os atacarei amanhã.

– Espero que você seja melhor que Kleber em fazer as pessoas se divertirem. – O Mestre estava menosprezando Kleber. Isso Slace percebera. – Ele só serviu para fazer criança chorar.

– Claro, Mestre. Mas eu serei diferente. – Slace olhou para o Mestre com um tom vingativo. – Eu terei a minha vingança e sua diversão em uma cartada só.

– Você acha que o seu plano funcionará? – O Mestre deu uma risada fraca.

– Claro que sim. – Disse Slace, confiante. – Se tudo der certo, eu pegarei todos eles!

Já ia dar quase 23:00h da noite e Ralph ainda não tinha conseguido. Pensara em Kleber tantas vezes que sua cabeça já estava doendo. E seus punhos, bem arranhados. Seu rosto estava encharcado de suor. Sua mãe já tinha ido dormir. Nesse e Mariah iriam dormir em colchões no quarto do Ralph, e os dois o estavam vigiando da janela.

– Ai, ai. Eu acho que ele não vai conseguir. – Lamentou Mariah, emburrada.

– Ainda é cedo pra dizer alguma coisa, Mariah. – Nesse ainda estava confiante. – Devemos confiar nele.

– Eu sei. Mas já tentamos de tudo e ele ainda não realizou a técnica nem uma mísera vez.

– Acho que isso está sendo muito difícil para ele. – Comentou Nesse. – Dê um voto de confiança para ele.

– Hum. – Mariah se decidiu por um breve momento. – Tudo bem, me convenceu.

Estava começando a esfriar no quintal. E ao que parecia uma garoa estava chegando, Ralph olhou para o céu escuro se enchendo de nuvens cinzentas e carregadas, ele pensou com ele mesmo. Não dá. Eu não consigo. Ralph estava se amaldiçoando. Droga, eu acho que terei de desistir e tentar amanhã.

Espere!

De súbito, Ralph tomou um susto. Olhou para os lados, procurando alguém que tinha dito aquilo, mas não tinha ninguém lá. Apenas ele.

Tente de novo, Ralph.

A voz soou novamente. Dessa vez dizendo o seu nome. Ele queria gritar. Onde está você? Como me conhece? Mas logo ele percebeu que aquilo estava vindo da sua mente. Era uma mensagem telepática.

Dizer quem eu sou não posso. Mas a única coisa que posso fazer é te ajudar.

– Como? – Ralph estava se achando um doido falando com uma voz na sua cabeça.

Acredite em si mesmo, Ralph. Tenha coragem em suas ações. Deixe a sua vontade fluir!

Aquilo foi incrível para Ralph. Não as palavras, mas a forma que o que ou o alguém dizia para ele. Tinha sentimentos naquelas palavras, tinha força, tinha... poder.

Ralph se levantou do chão e preparou o seu punho, concentrando a sua aura e puxando o vento, que se envolvia em seu braço. A garoa começou, por uma gota que caiu de uma nuvem bem acima de Ralph. No mesmo segundo em que a aquela gota de chuva tocou na ponta do seu cabelo, ele agiu.

Seguiu em direção à árvore, não pensava em Kleber, não pensava em Belle, nem em seus amigos ou em sua mãe. Apenas se concentrava em socar aquela árvore. Em apenas um centímetro de tocar a árvore, o punho ganhou um aspecto de um tornado e mal havia tocado na árvore já havia destroçado ela.

Ele sentia o punho leve, como o vento. Ele esperou o vento se dissipar em seu braço, deixando-o normal. Ele ficou surpreso durante um minuto inteiro, depois, levantou os braços e gritou:

– Eu consegui! Eu finalmente consegui! – Ele gritava no meio do quintal sem nem se importar com os vizinhos.

– Aquele idiota. – Comentou Mariah dando um sorriso. – Ele conseguiu mesmo.

– É. E é melhor a gente ir lá pegar ele antes que os vizinhos acordem. – Falou Nesse.

– Ao menos, nós já sabemos, né? – Questionou Mariah para Nesse.

– Sim, ele tá...

– EU TÔ PRONTO! – Ralph ainda gritava. – EU TÔ PRONTO!


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Notas finais do capítulo

mals ae a demora minna, eu estou preparando uma surpresa para vcs!!!