Survivor escrita por Lucy G Salvatore


Capítulo 5
Não me deixe!


Notas iniciais do capítulo

Helloooo Guys! Mais uma atualização procês ;) Quero dedicar esse capítulo a FicWriter, porque ela me deu uma sugestão e eu modifiquei só para agrada-la, como forma de agradecimento por seus comentários! Enfim, obrigada pelos comentários. Chega de falar, vou deixar vocês lerem. Boa leitura!



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POV OLIVER

Estávamos a horas no hospital sem qualquer notícia sobre Felicity. Estão fazendo alguns exames para saber o que ela tem. Essa espera está me matando. Estou sentado no chão da sala de espera, com os braços apoiados nos joelhos arqueados como sinal de derrota. Acabei de voltar, não posso perde-la. Sei que é meio egoísta dizer isso, mas não aguento mais passar um dia sequer longe dela. Sou tirado de meus pensamentos quando John se aproxima.

– Ela vai ficar bem Oliver. – Sem dizer nada, ele continua. – Se quiser ir a caverna...

– Vou ficar aqui. – O interrompo. Ele apenas assente.

– São os familiares da Srta. Smoak? – Me levanto em um pulo.

– Somos amigos. – Respondo com expectativa que ele fale logo o que está acontecendo.

– A Srta. Smoak teve uma concussão na cabeça. Provavelmente causada por um forte impacto. – Lembro automaticamente do corte em sua testa. – Ela ficará em observação, mas só saberemos seu estado quando acordar.

– Seu estado? – Diggle pergunta antes de mim, como se lesse meus pensamentos.

– Não sabemos o quanto a pancada a afetou. Ela pode ter alguns lapsos de memória ou sequelas. – Não consegui acreditar no que estava ouvindo. Cerrei os punhos tentando me acalmar e me afastei um pouco.

– Podemos vê-la? – Interrompi o médico, enquanto conversava com John.

– Ela está dormindo... – O encaro com a pior das feições. – Não vejo problema, por alguns minutos, é claro. – Diz nos mostrando a direção do quarto.

Ao entrar, senti meu coração parar. Ela estava dormindo tão serena. Com seus cabelos loiros espalhados pelo travesseiro, envolta de seu rosto. Parecia um anjo. O meu anjo. Resolvo me aproximar da cama e deposito um casto beijo em sua testa. Como se isso fosse capaz de acorda-la. Me sento ao seu lado e pego sua mão, como se estivesse passando todas as energias do meu corpo para o dela. Fico ali, a olhando, admirado por sua beleza. Quando subitamente me lembro:

– John. – O chamo. – Como ela não conseguiu me localizar? Estou na cidade há uma semana. – Percebo seu olhar decepcionado.

– Felicity sofreu muito com sua partida Oliver. – Diz e ambos olhamos para ela. - Eu e Roy achamos que ela não fosse aguentar. Não fazia nada além de trabalhar. Não comia. Não ia a caverna. Tudo para ela era sofrimento. – Então finalmente ele se vira para mim. - Não vou mentir pra você, Ray a ajudou muito. Ele a tirou do buraco que estava. Ela resolveu seguir adiante e desistiu. Por isso não te encontrou. Porque simplesmente não te procurou. –Senti uma fisgada no peito. Sabia que suas circunstâncias não eram maldosas. Mas não me procurar? Ela desistiu mesmo de mim? Desviei meu olhar. – Oliver, não sei o que pretende fazer a partir de agora. Só acho que deveria pensar no que está disposto a perder, caso continue com essa besteira de protege-la. Ela tem outras pessoas que estão dispostas a tudo para tê-la. E você? Está disposto? - Apenas o encaro. – Pense nisso. – Diz e sai do quarto.

[...]

O horário de visita acabou, mas não fui capaz de deixar o hospital. Preciso ficar o mais perto dela o possível. Pensando no que Diggle falou, começo a lembrar de todos os momentos que Felicity me fez sorrir. Não tem como não amar quando ela se enrola com as palavras ou quando começa a balbuciar. Ela tem uma língua solta que a faz corar constantemente. Lembro-me da primeira vez que a vi, da primeira vez que ela disse que confiava em mim, a primeira vez que desesperei por ela estar em perigo. Lembro-me de quando ela disse que acreditava em mim e estava comigo na batalha contra Slade. Eu, como sempre, brinquei com seus sentimentos. Aquele dia na mansão, o dia que disse que a amava, sabia que afetaria a ela da pior forma. Afinal, não combinamos o plano, senti uma pontada no peito quando entreguei a seringa e ela entendeu que era tudo fingimento. Vi seu olhar escurecer e isso me quebrou por inteiro. Só quando Slade a pegou que fui capaz de perceber que havia colocado a pessoa que mais amava em risco. Eu havia a colocado em perigo. Talvez John esteja certo, tentar protege-la, só piora as coisas.

– Onde ela está? – Escuto uma voz conhecida vinda da recepção. – Quero saber de Felicity Smoak! – A voz aumenta, então me levanto e me deparo com Ray. O que ele está fazendo aqui? Tudo bem que ele e Felicity trabalham juntos e ele a ajudou. Mas mesmo assim... Não entendo o motivo de sua presença.

– Ray. – Digo com os punhos cerrados. – Ela está bem. Está em observação. – Antes que pudesse dizer algo mais, percebo uma movimentação rumo ao quarto de Felicity. – O que está acontecendo? – Pergunto a enfermeira. Nem vejo quando Ray para ao meu lado, também tentando descobrir o que se passa.

– A Srta. Smoak acordou. – Um alivio toma conta do meu peito e então, finalmente relaxo os punhos.

– Podemos vê-la? – Ray pergunta se adiantando. A mulher assente. Nos viramos em direção ao quarto, mas somos interrompidos.

– Um de cada vez, por favor. – A mulher fala e se vai. Olho para Ray e o mesmo me encara. Antes que pudéssemos começar a discutir, de forma amigável, o médico sai do quarto.

– Qual de vocês é o Oliver? – Dou um passo à frente. – Ela chamou por você.

Caminho até seu quarto com um sorriso no rosto e nem me lembro de olhar para Ray derrotado. Ela se lembra de mim! Entro no quarto e ela está meio sentada na cama.

– Oi. – Digo encostando no batente da porta. Ela não diz nada, só me encara. – Está se sentindo bem? – Ela assente e ainda não diz nada. – Felicity... – Digo adentrando mais ao quarto. – Por favor, diga alguma coisa. – O silêncio continua, ela abre a boca, mas nada sai.

– Por que? – Finalmente uma palavra! – Por que voltou Oliver? – Ela pergunta com os olhos marejados. Meu coração falha.

– Porque sim. – Digo simplesmente. – Te fiz uma promessa. Você nunca irá me perder. - Lágrimas surgem em meus olhos, mas não as deixo cair. Ela permanece me fitando. - Felicity... – Deus, como estava com saudade de chamar por seu nome. Dou um passo para perto de sua cama, me sento na beirada e ela estremece. – Sinta isso. – Pego sua mão e a ponho sobre meu peito. – É meu coração. Ele está batendo. Ele está batendo por você Felicity. Eu voltei por você. – Meu olhar está no dela e o mundo a nossa volta parou. Ela puxa a mão delicadamente e uma lágrima escorre de seu rosto. Ela à seca rapidamente.

– Como você...? Você venceu Ra's Al Ghul? – Nego com a cabeça. – É uma longa história. Depois prometo contar tudo o que aconteceu. Agora você precisa descansar. - Ela assente, se deita e dorme.

POV ROY

Desde que Oliver voltou, não posso negar que me sinto aliviado. Primeiramente, porque não sou capaz de olhar pela cidade sozinho. E segundo, porque não aguento mais discutir com Felicity sobre sua segurança. Eu fico parecendo Oliver, quando discutimos. O pior de tudo é que a loira é muito boa com argumentos, tornando mais difícil deixa-la de fora das ciladas. Uma vez a algemei na cadeira, como sugestão de Oliver. Não foi uma boa ideia. Fiquei durante um mês recebendo mensagens com barulhos de ratos peidando. Enfim, agora ele estava de volta. Porém, como toda nossa paz dura pouco, fui alertado por Oliver que Thea ainda não podia saber de seu retorno, uma vez que Malcolm Merlyn poderia entrega-lo novamente a liga.

Depois que aquele sem noção do DJ novo a beijou, quis me aproximar de novo. Afinal, o único motivo que tinha para me afastar se foi. Ela nunca estaria em perigo. Ela tinha eu, Oliver, Malcolm e até ela mesma. Por isso a chamei para sair. Ela hesitou no começo, mas cedeu.

FLASHBACK ON

– Vamos Thea! A quanto tempo você não tira uma noite de folga? Está precisando sair um pouco de dentro dessa boate... E eu estou precisando de um tempo, com alguém que vale a pena. – Ela me encara por alguns segundos como se pensasse na ideia.

– Está bem. Vamos sair. – Diz com um sorriso de lado. – Mas adianto que sairemos como amigos! – Assinto, dou um beijo em seu rosto.

– Passo na sua casa ás oito. – Ela assente e saio da Verdant.

Desço as escadas e me deparo com Oliver treinando. Troco de blusa e entro no tatame.

– Vamos ver se você tem treinado Harper. – Diz em tom debochado. Trocamos golpes rápidos. Oliver tenta me acertar com um gancho de direita, mas erra. – Muito bem garoto! Anda treinando... – Diz com orgulho.

– Tenho treinado muito com Diggle. – Digo tentando derruba-lo. – Até Felicity começou a treinar. – Subitamente Oliver para de lutar e me encara. Sua feição não é das melhores.

– O que disse? – Pergunta apenas para confirmar, porque devido a sua reação era óbvio que ele ouviu da primeira vez. – Felicity está treinando?

– Ela insistiu, logo quando partiu. Mas pode se acalmar, não durou muito. – Vejo-o relaxar quando explico e continuamos a lutar. – Tenho algo para te contar... – Oliver para novamente. – Vou sair com Thea hoje. – Esperava uma reação mais extrema. Ele apenas retornou a posição de luta e continuamos.

– Ela não pode saber que voltei. Pelo menos não por enquanto. Se Malcolm descobrir, posso acabar morto. – Então me cumprimenta e se afasta.

FLASHBACK OFF

Oito horas, estou na porta da casa de Thea. Não combinamos onde iriamos, afinal iria surpreende-la. Por isso, vestia meu terno. Toco a campainha e depois de alguns segundos escuto barulho dos seus saltos se aproximando da porta. A porta se abre. WoW! Ela está maravilhosa. Fico admirado com sua beleza. Ela está usando um vestido vermelho, decotado, curto e justo ao corpo. Coro ao perceber que ela me encara, sabendo de minhas intenções.

– Vamos? – Digo tentando disfarçar.

– Vamos. Só vou pegar minha bolsa. – Ela adentra o apartamento e volta instantes depois com a bolsa debaixo do braço. – Aonde iremos? Posso saber?

– Não. É surpresa. – Faz um bico de menina mimada e sorrio em resposta. Entramos no carro e partimos em direção a nosso destino.

Fazemos o trajeto em silêncio. Quando chegamos nos Glades, percebo Thea ficar inquieta. Estaciono o carro de frente para minha antiga casa e ela me olha sem entender. Desço do carro e abro a porta para ela. Pego sua mão a guio até a porta da casa. Faço sinal para que ela abra. Ela abre e se depara com o lugar totalmente vazio. Apenas velas iluminam o local. No centro da sala vazia, a uma mesa posta para dois. Tive ajuda de Lyla, não posso negar. Venho pensando em fazer isso faz tempo. Mas o beijo dos dois me apressou. Thea dá um passo à frente, olhando o lugar com admiração. Realmente, estava bem romântico. Vou para o seu lado e pego sua mão.

– Escolhi aqui, porque foi aqui que passamos a maior parte do tempo juntos, quando ainda estávamos nos conhecendo. Foi aqui que te amei pela primeira vez. Foi aqui que você se tornou dona do meu coração. – Thea estava com os olhos marejados. – Thea, você me transformou, você deu um propósito para minha existência. Você foi a única que me amou por quem eu era e nunca tentou me mudar. Nunca ligou pelo fato de não ter dinheiro. Isso só mostra o quão nobre você é. São por esses e outros milhões de motivos que você é a mulher que escolhi amar. – Uma lágrima, finalmente escorreu de seus olhos. A seco com o polegar e acaricio seu rosto. – Me perdoa por te fazer sofrer. Me perdoa por mentir e por não ser bom o suficiente. – Digo com a voz embargada. – Me perdoa por... – Antes que pudesse continuar, seus lábios tocam os meus e suas mãos se agarram ao meu pescoço.

– Você fala demais Harper. Poderia ter parado “na mulher que escolhi amar”. – Diz quebrando o beijo e me fazendo rir com sua imitação da minha voz.

A noite estava perfeita. Jantamos e rimos durante a noite toda. Há muito tempo não via Thea sorrir assim. Não a culpo por estar diferente. Fico feliz em saber que achou seu lugar, mesmo que com a ajuda de Malcolm. Tudo agora, parecia estar em sua devida ordem.

POV OLIVER

Estou na caverna treinando, enquanto Diggle foi buscar Felicity no hospital e Roy estava com Thea. Os dois já haviam se acostumado novamente com a minha presença. Ela ainda estava abalada. Sei que tenho que ir com calma, mas preciso adiantar que estou disposto a conquista-la e dessa vez não deixarei nada atrapalhar, nem mesmo eu.

Ouço passos vindos da escada. Solto-me da barra e caio com os pés no chão. Não acredito!

– O que você pensa que está fazendo aqui? – Me aproximo de forma, um pouco mais violenta do que queria. Ela nem se mexe.

– Vim trabalhar. – Passa por mim e liga os computadores. Olho para Diggle incrédulo.

– Nem olhe para mim. Apenas obedeço. – Diz dando os ombros e se afastando. Me viro e fico a olhando por minutos. Ela estava sentada entretida em algo no computador e nem reparou que ainda estava esperando explicações.

– Vai ficar mesmo ai? Ou vai se vestir e ir para a ronda? – Diz ainda virada para a tela dos computadores. Estou bravo, mas não pude conter um sorriso. Continuo a olhando. – Ok Oliver. Estou bem, não vou descansar mais. Fiquei dois dias descansando no hospital. Prefiro vir ajudar do que ficar em casa sozinha. – Diz se virando para mim. – Satisfeito? – Ainda de cara feia, assinto. Nossa troca de olhares é quebrada quando celular de Felicity toca e ela atende.

Por que diabos você está nessa boate? – Escuto a voz pelo telefone dizer.

– Ah... Oi Ray. – Ela diz. Esse cara só pode estar querendo levar uma flechada.


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Notas finais do capítulo

Vish! Aonde será que isso vai dar? Só no próximo capítulo galera ;) Comentem o que acharam por favor! Beijinhos e até breve!