Survivor escrita por Lucy G Salvatore


Capítulo 2
Talvez


Notas iniciais do capítulo

Voltei com mais um capítulo para vocês! Primeiramente, gostaria de agradecer pelos comentários. Fiquem muito feliz ao ver que muitas autoras maravilhosas vieram comentar e me dar conselhos! Se quiserem mandar mensagens e sugestões fiquem à vontade. Além disso, queria esclarecer que impus um limite máximo para atualização. Tentarei atualizar todos os dias, caso não seja possível, esse limite não irá passar de dois dias. Boa leitura!



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POV FELICITY

O dia parecia ter mais de 24 horas. Como Diggle geralmente me liga quando já está escurecendo, esperei mais alguns minutos antes de sair da PT, caso essa noite ele precisasse de minha ajuda. Resolvi então adiantar alguns relatórios sobre a reunião que tivemos, assim no dia seguinte poderia vir trabalhar mais tarde. Me distrai e quando olhei o relógio já se passavam das nove horas. Sem sinal de qualquer problema com a cidade, resolvi ir para casa.

Entrei no apartamento e a primeira coisa que fiz foi tirar os sapatos, eles estavam me matando. Só quando repousei a bolsa na cadeira percebi o quanto estava cansada e com fome. Durante o dia todo havia tomado somente um copo de café, aquele que Ray carinhosamente havia trago para mim. Não o agradeci como deveria. Ultimamente Ray tem sido um excelente amigo, respeitando meus momentos e ouvindo quando necessário. Não era justo me irritar por ele estar preocupado. Nesse momento o que mais preciso é de alguém cuidando de mim e me distraindo. Não posso negar que Ray faz isso muito bem. Vou até a cozinha e preparo um sanduíche com o que encontro na geladeira. Pego o prato e me sento no sofá. Com a televisão desligada, como em silêncio, passando os olhos pelo apartamento reparando no quanto estava largado e empoeirado - Está precisando de uma faxina e com urgência - Percorri meus olhos novamente até fixa-los no quadro do Robim Hood acima da tv. Não posso negar que sempre achei nobre sua história: “Tirar dos ricos e oferecer aos pobres”. Nunca entendi o porquê de compra-lo, talvez naquela época desconfiava que o inevitável iria acontecer, acabaria me apaixonando por Oliver Queen. Lembro-me de quando pendurei a pintura na parede, senti que a partir daquele momento estaria mais segura, uma vez que teria um arqueiro para me proteger. Só não pensava que algo como isso poderia acontecer. Ele finalmente havia dito que me amava. O que eu sonhei durante anos aconteceu. Não da forma como queria.

O que eu poderia dizer? Que o amava também? Ele já sabe disso. Isso não o faria ficar. Admitir só me faria sofrer mais com sua partida. E se ele resolvesse ficar? Ficaríamos finalmente juntos? Ou ele iria usar a típica desculpa de sempre? “Pela vida que eu levo, acho que é melhor não estar com alguém que eu poderia realmente me importar”. Eu estava cansada de seus “talvez”, então resolvi tomar o controle da situação e colocar minha vida em ordem. Tomei a decisão certa e não me arrependo.

Saindo de meus devaneios, caminhei até o banheiro para tomar um banho. Precisava relaxar e tentar descansar. Não queria mais pensar no que estava acontecendo. Não queria mais viver essa angustia, estava disposta a seguir em frente. Dar uma chance e mergulhar de cabeça em um recomeço.

POV ROY

Desde pequeno sempre tive problemas com despedidas. Qualquer pessoa que entrasse na minha vida e se preocupasse comigo, já tornava-se especial. Talvez pelo fato de ter crescido sozinho. Entretanto, por ser um menino difícil, acabava decepcionando essas pessoas e as afastando, voltando a viver na solidão. Não conheci meus pais, por isso não sofri com sua perda. Na verdade nunca sofri por perda alguma, porque era orgulhoso o suficiente para admitir que precisava de alguém. Agora eu sei o que é perder alguém. Oliver nem sempre concordou comigo, mas sempre cuidou de mim. Ele foi o único paciente o suficiente e acreditou em mim, quando nem eu mesmo acreditava. Ele me transformou em quem sou hoje e não há palavras que expressem minha gratidão. Vê-lo partir sozinho, me fez sentir um ser inútil, incapaz de ajuda-lo. Por isso, faço o possível para manter minha promessa de cuidar da cidade. Diggle e Felicity não sabem, mas antes de partir Oliver conversou comigo sobre sua decisão.

FLASHBACK ON

Estávamos há dias, buscando pistas que nos levassem ao paradeiro de John Lock, um traficante de mulheres que estava fazendo seu serviço em Starling City. Felicity estava atolada de trabalho na PT e provavelmente não conseguiria vir para caverna nos ajudar. Oliver respeitava seu trabalho, mas podia ver que não estava no seu melhor humor. Descobrimos, então o padrão que o traficante usava para capturar as mulheres. Todas frequentavam uma boate localizada nos Glades e tinham entre 18 e 23 anos. Não tínhamos um plano de como aborda-lo, invadir a boate poderia colocar a vida de todos em risco e poderíamos perder Lock de vista. Foi assim que a loira surgiu e teve a brilhante ideia de ir a boate. Ela se encaixava perfeitamente no padrão e poderia nos auxiliar lá de dentro, tornando mais fácil a captura do homem. É claro que Oliver detestou a ideia. Os dois viviam brigando sobre a segurança de Felicity. A loira sabia que era capaz de fazer isso e teimou até o arqueiro aceitar a contragosto. Organizamos tudo e combinamos que naquela noite o plano seria colocado em prática.

Felicity foi para casa se arrumar. Diggle a levaria até a boate. Quando chegou deu a hora marcada, Felicity saiu de dentro do carro. Sempre a achei uma mulher fantástica, mas não pude negar que ela estava maravilhosa. Usava um vestido preto justo, que delineava perfeitamente suas curvas e mostrava suas coxas. Estava com seu cabelo solto e com leves cachos. Não havia um homem que não notava sua presença. Não pude conter o riso quando olhei para Oliver e vi sua cara. Assim que entrou, se posicionou próxima a Lock e seus capangas para ser vista. Com a escuta ligada, podíamos ouvir a música alta tocando e as cantadas que ela recebia de possíveis flertes. Tentei segurar o riso novamente, mas não consegui. Oliver estava com uma carranca e sabia que estava no seu limite. Temia que ele invadisse a boate e estragasse o plano. Podia perceber que ela estava nervosa também e se controlando para levar o plano adiante. Depois de alguns minutos, a loira sussurrou algo que não fui capaz de ouvir devido a música alta. Oliver ouviu, subitamente se posicionou e ficou em alerta.

– Eles estão com ela. – Disse pelo comunicador para que Diggle ouvisse. – Fiquem atentos nas saídas, eles podem querer leva-la.

Antes que pudesse dizer algo, vi a porta que vigiava ser aberta. Saindo dela estava um homem de 1,90 metros com uma arma na mão e Felicity desmaiada jogada por seu ombro. Rapidamente me levantei para aborda-lo, mas não havia qualquer sinal de Lock e o plano era captura-lo, enquanto Oliver cuidava da segurança de Felicity. Comuniquei à Oliver a posição dela e fui atrás do traficante. Depois de muita luta consegui pega-lo. Diggle o levou até o detetive Lance e segui de volta para a caverna. Chegando lá encontrei Oliver sozinho sentado na cadeira de Felicity.

– Como ela está? – Perguntei quebrando o silêncio. Oliver levantou a cabeça e encarou seu traje.

– Está bem. A levei para casa. – Antes que pudesse sair, continuou – Preciso que me prometa uma coisa, na verdade duas. – Disse agora virando-se para mim. - Já tomei minha decisão e irei partir para lutar com Ra's Al Ghul. Isso precisa acabar, mas para isso preciso de sua ajuda. Preciso que cuide da cidade como Arsenal e a mantenha em ordem. – Se levantou da cadeira e começou a andar de um lado para o outro como se estivesse nervoso. - Além disso, preciso que cuide da Felicity. Sei que ela não irá concordar com minha escolha. Mas preciso que a mantenha em segurança, nem que pra isso tenha que algema-la nessa cadeira. Ela não pode ficar em perigo como ficou hoje. Preciso que a ajude a seguir em frente, caso não volte mais. Preciso que esteja do lado dela sempre. Você pode fazer isso? – Assenti. Oliver apenas sorriu fraco, se levantou e saiu.

FLASHBACK OFF

Combinei com Diggle que chamaríamos a Felicity para nos ajudar apenas quando necessário. Lógico que nos enrolávamos um pouco nos computadores. Ela surtaria se visse as barbaridades que fazemos com seus programas de segurança, mas queríamos poupa-la do sofrimento de vir aqui. Ainda bem que a cidade estava calma e eram raros os perrengues que passávamos.


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Notas finais do capítulo

Gente estou amando escrever! Senti uma certa complicação na parte do flashback, sei que poderia ter sido melhor, mas como é minha primeira fic, gostaria de ouvir a opinião de vocês. Prometo que vou trabalhar mais em diálogos, acho que estou escrevendo muito sobre pensamentos e a parte do diálogo foi deixada de lado. Não deixem de comentar, ficarei feliz em responder! Beijinhos e até breve.



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