Survivor escrita por Lucy G Salvatore


Capítulo 19
Plano perfeito


Notas iniciais do capítulo

Oieeeeee! Voltei com as atualizações o/ Espero que não tenham desistido da fic! Finalmente voltei para casa. Estava com saudade já! SHAUSHUA Não deixem de ler a nota final ;) Enfim, chega de blá blá blá... Boa leitura!



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POV FELICITY

É inacreditável o quanto Oliver consegue ser cabeça-dura. Estavámos indo tão bem. Não conversamos sobre construir uma família. Eu entendo a vida que ele leva e não o pressionaria a dar um passo grande como esse. Por mais que nos conhecessemos há anos, só agora fomos ter um relacionamento. Eu não aguento mais ter que lidar com essas mudanças repentinas de humor dele. Sofro em pensar que ele não me conhece o suficiente. Sofro em pensar que ele não acredita no nosso amor. Depois de derramar rios de lágrimas no sofá, vou para cama torcendo para quando acordar, isso não passar de um pesadelo.

[...]

Com os raios solares adentrando o quarto, abro os olhos e me sento na cama relembrando tudo o que aconteceu na noite anterior. Me levanto sem animo e vou até o banheiro, abro o armário e encontro as coisas de Oliver ao lado das minhas. Meus olhos insistem em marejar, mas me controlo, porque sei que ainda veria suas roupas espalhadas em meu armário. Me arrumo de pressa e parto em direção a Palmer Technologies. Ray já voltou de viagem e marcou um reunião comigo para dicutir sobre os novos projetos da empresa. Entro em meu escritório suspirando e rezando para o dia passar rápido.

– Pois não Srta. Smoak. – Jerry adentra minha sala com um sorriso cortês no rosto. – Aceita um café? – Nego com a cabeça.

– Gostaria que avisasse Ray que já estou pronta para reunião. – Ele assente e sai da sala. Me destraio com algumas pesquisas no computador, quando vejo Ray parado na minha frente . Levo um susto com sua pose e me levanto a fim de cumprimenta-lo. – Como foi a viagem? – Pergunto desanimada.

– Foi melhor do que esperava. Tive a ideia para um novo projeto e conto com sua ajuda para efetua-lo. – Assinto e sorrio fraco. – Conheço esse olhar. – Franzo o cenho. – Aconteceu algo? – Abaixo a cabeça. – Com certeza algo relacionado a Oliver. - Arregalo os olhos com a declaração.

– Como... É tão óbvio? – Pergunto sabendo que não haveria desculpas para mentir.

– Vejo o brilho nos seus olhos quando digo seu nome. O sorriso que dá quando está entrando no elevador para ir embora e principalmente, o tom de voz que usa para dizer seu nome. Sei reconhcer uma mulher apaixonada e uma mulher apaixonada não correspondida. No seu caso, acredito que seja a segunda opção. – Seco a única lágrima que escorre em minha bochecha e levanto o olhar. – Sinto muito. – Põe a mão sobre meu ombro.

– Eu não entendo Ray. – Fungo. – Nós estávamos bem e do nada ele resolveu terminar tudo. – Pego o lenço que ele estendia e sorrio fraco em agradecimento.

– Vocês conversaram? – Nego com a cabeça, mas repenso e assinto. A final, não posso explicar o motivo do término para Ray. Acabaria revelando o segredo de Oliver. – Então, me desculpe, mas ele não te merece. – Lanço um olhar repreendedor.

– Chega de falar sobre isso. – Me recomponho. – Precisamos trabalhar. – Ele assente e se senta na cadeira de frente para minha. Hoje, definitivamente seria um longo dia.

POV DIGGLE

Acordo pela madrugada com o choro de Sara pela babá eletrônica. Me levanto com a intenção de ir olha-la. Chego em seu quartinho rosa e não contenho o sorriso ao ver que cessou o choro ao me ver. Pego-a no colo com a maior delicadeza. Nossa como sou capaz de amar tanto um ser tão pequeno? Ela é absolutamente perfeita. Deus, ela já vai fazer um ano semana que vem. Está crescendo tão rápido. Aninho- a em meu colo e vou até a cozinha, pegar a mamadeira. Com um simples gesto, ela bebe tudo e boceja. A levo para o berço e fico minutos parado apenas admirando seu sono. Ouço meu celular apitar na sala.

– Roy, algum problema? – Pergunto preocupado. Roy nunca me liga.

Está tudo bem. Pelo menos comigo. – Fico preocupado. – Oliver apareceu aqui na caverna, parecia irritado e de mal humor. Pediu para ficar sozinho. – Reviro os olhos. Com certeza ele e Felicity discutiram. – Achei melhor avisa-lo, afinal, você é a voz da razão. – Seguro o riso e desligo. Vou ao quarto, acordo Lyla e me visto.

– Preciso ir ver o Oliver. – Ela assente ainda deitada e sonolenta. – A mocinha já mamou. – Sorrio, beijo seus cabelos e saio rumo a caverna. Ao entrar encontro o que já esperava. Oliver treinando em sua barra. Se solta ao me ver entrar. – Bom... – Olho no relógio, são cinco horas da manhã. – Dia. – Finalizo.

– Bom dia. – Diz seco. – Não precisava vir. – Ele já sabe o motivo de estar ali.

– Como você está? – Ignoro seu comentário. Ele caminha em direção ao boneco de treino. – O que aconteceu dessa vez? – Pergunto já que não tenho resposta.

– Eu e Felicity não estamos mais juntos. – Reviro os olhos e ele começa a socar o boneco.

– Vocês terminaram? – Ele assente. – Ou você terminou com ela? – No mesmo instante ele para de socar o boneco e olha para mim.

– Eu precisava fazer isso. – Assinto em deboche. – Ela está em perigo comigo John. – Sorrio com a declaração e ele fecha a cara.

– Realmente, ela está em perigo. Mas não por estar com você. Ela foi atacada por um bêbado, não por um inimigo seu. – Argumento.

– Poderia ser um inimigo meu. – Ele rebate.

– Oliver, ela vive um perigo constante estando ao seu lado ou não. Ela é sua parceira. Eu também estou em perigo. Minha família também, mas nem por isso vou abandona-las. Vou permanecer ao lado delas e dar o melhor de mim para protegê-las, não só dos nossos inimigos. Protege-las do mundo. Afastar Felicity, só a deixará mais vulnerável ao perigo. Se quer protege-la, fique com ela. Cuide de sua segurança e pare de fugir. – Termino meu sermão e encaro Oliver. Ele parecia refletir, depois de uns minutos, assente. – Semana que vem é o aniversário de Sara. Eu e Lyla estamos preparando uma festinha. Gostaríamos que fosse. – Sorri com o convite. – Já vou indo. – Ponho a mão em seu ombro e saio da caverna. Espero que ele faça o que eu espero, caso contrário, precisarei dar uma ajudinha ao casal.

[...]

Algumas semanas passam e nada de Oliver tomar uma atitude. Vejo a tristeza nos olhos de Felicity e sei que a loira está a ponto de desistir. Oliver nem imagina, mas está perdendo a única pessoa que julga ser importante, além de Thea.

FLASHBACK ON

– John – Roy chama minha atenção. Thea está do seu lado com o sorriso de sempre. Os dois se sentam na minha frente na mesa do Big Belly Burger. – Está tudo bem? – Assinto. – Ficamos curiosos com a pressa da ligação.

– Preciso da ajuda de vocês. – Eles franzem o cenho. – Oliver e Felicity. – Thea parece entender o que digo e sorri, enquanto Roy ainda não entende. Reviro os olhos. – Precisamos fazer algo. – Thea assente entusiasmada e Roy nega com a cabeça.

– O que foi Harper? – Thea pergunta arqueando uma sobrancelha. – Está com medo do meu irmão? – Ele assente fraco e não conseguimos conter a risada. – Deixa de ser medroso. Oliver não vai fazer nada, porque no final de tudo estará com a mulher que ama. Tudo por causa de nossa ajuda. – Sorrio com o argumento. – Qual o plano? – Ela me fita animada.

– Precisamos deixa-los sozinhos em algum lugar, tempo o suficiente para se entenderem. Um lugar onde não possam fugir. – Thea reflete.

– Podemos tranca-los na caverna. – Diz e nego.

– Felicity conseguiria abrir a tranca em segundos. – Ela volta com o olhar pensativo.

– Poderíamos tranca-los no meu apartamento... – Fecha os olhos. – Mas Oliver tem a chave.

– Gente, este plano não vai dar certo. – Roy tenta. – Daqui a pouco o único lugar que irá sobrar é Lian Yu. – Olho para Thea e sorrio com a ideia. Roy arregala os olhos. - Estão loucos? – Se desespera.

– É o lugar perfeito! – Thea debocha.

– Oliver conhece o lugar com a palma da mão. Serão por poucos dias. Um choque de realidade não faz mal. – Digo entrando na brincadeira. – Nós os levamos até lá, com suprimentos...

– E apenas uma barraca para dormir. – Thea completa. Sorrio com a ideia. – Depois contamos para Oliver que a ideia foi do Roy. – Ele arregala os olhos e se desespera mais.

– Vocês estão pedindo uma flechada. – Roy divaga. Reviramos os olhos. – Ok. Já que estão mesmo planejando, posso saber como farão para levar os dois até lá? Pelo que eu saiba, Felicity trabalha e jamais entraria naquele aviãozinho de novo. Oliver? Me desculpe, mas não sei se iria por conta própria para seu inferno pessoal.

– É brincadeira Roy... Já sei! – Thea grita. – Walter tem uma fazenda que fica depois de Central City. Parece um fim de mundo, ele estava pensando em construir algo, mas a mata era muito fechada. Podemos deixa-los lá. Tem uma cabana simples. Oliver não sabe da existência desse lugar. Mesmo que ande horas para procurar civilização, não vai encontrar. – Perfeito! Sorrio. – Preciso ligar para Walter e avisar que usaremos o lugar. – Diz se levantando com o celular na mão.

– Ainda assim, não sei como farão para leva-los. – Roy reflete.

– Eu tenho uma ideia em mente. – Sorrio e Roy engole seco.

FLASHBACK OFF

Estava tudo caminhando como o planejado. Eu e Roy ficamos responsáveis por Felicity e Thea por Oliver. Já sabendo a hora de chegada da loira, nos posicionamos na entrada da caverna escondidos. O carro se aproximou e estacionou na vaga do estacionamento. Com distância, lancei um dardo contendo uma pequena dose de sonífero. O suficiente para apaga-la por um tempo e leva-la até a cabana. Felicity cambaleou por alguns segundos e Roy a segurou antes de cair. Agora só falta Thea lidar com Oliver.

POV OLIVER

Estranhei ao receber uma ligação da Thea há essa hora. Já estava ficando tarde e sei que Roy está com ela, então porque ela pediu minha ajuda? Saio da Verdant com certa pressa e estranho o carro de Felicity estar aqui e ela ainda não ter aparecido lá embaixo. Subo na moto e dirijo até meu apartamento.

– Thea? – Grito ao abrir a porta. Ouço um objeto cortar o ar pelo lado direito e uma simples picada no pescoço. Fico zonzo e dou mais um passo. – Thea! – Grito novamente e caio no chão, perdendo a consciência.

[...]

Desperto com um gosto horrível na boca. Me lembro do possível ataque e levanto rapidamente. Giro tentando identificar onde poderia estar. Saio da casa e vejo apenas a mata fechada. Volto para dentro e procuro por qualquer pista de como fui parar ali. Vou à cozinha empoeirada e abro os armários. Os armários estavam abastecidos. Na geladeira encontro água e vinho? Mas o que...? Escuto um barulho vindo do andar de cima e procuro por qualquer objeto para me defender. Subo devagar as escadas, me espalmando na parede. Vejo uma movimentação no quarto. Sinto a pessoa se aproximar da porta e aperto mais a faca com as mãos. A pessoa surge no meu campo de visão e antes de terminar meu movimento, um grito alto me assusta.

– Oliver! – Felicity põe a mão no peito e dá um passo para trás completamente assustada. – Está tentando me matar?! – Diz ofegante. Abaixo a faca e me aproximo rapidamente.

– Está machucada? – Pergunto analisando todo seu corpo.

– Estou bem. – Responde tocando minhas mãos. Meu coração acelera e engulo seco. Minha vontade agora é de agarra-la. – Onde estamos? – Ela quebra o silêncio.

– Não sei. Ainda. – Me afasto um pouco e desço as escadas, seguido pela loira. – Os armários estão cheios, então não querem nos matar. Pelo menos por enquanto. – É a vez de Felicity engolir seco.

– O que faremos? – Pergunta olhando ao redor até parar os olhos em mim.

– Vamos procurar alguma civilização próxima. – Não sei se devo leva-la comigo. Mas é melhor do que ficar sozinha aqui. Ela assente e saímos da cabana. Estava amanhecendo, então não precisaremos de lanternas. A mata é bem fechada e não existem marcas ou sinais indicativos de carros. Quem quer que tenha nos deixado aqui, é experiente e apagou os rastros. Um barulho vindo do lado esquerdo me alarma e Felicity, que estava atrás de mim, pega em meu braço. Passo os olhos pela mata e vejo um bicho se movimentar. Sinto Felicity soltar o ar dos pulmões, aliviada. Ela permanece agarrada ao meu braço e sorrio sozinho. – Está tudo bem. – Digo e ela volta a si.

– Oh desculpe. – Diz e solta meu braço, dando um passo para trás. – Espero que aqui não tenha minas explosivas. – Não contenho um sorriso. Continuamos por algumas horas, mas nada nos cerca. Já ia passar de meio dia e podia ver o quanto ela estava cansada.

– Deveríamos voltar. – Digo desistindo de andar. Ela assente, fecha os olhos e respira fundo. – Você está bem? – Pergunto preocupado. Ela assente novamente. Começamos nosso caminho de volta. O sol estava forte, os únicos raios solares que adentravam a mata, mantinham o local quente. Caminhei mais alguns metros e escutei um barulho atrás de mim. Virei e encontrei Felicity sentada em um tronco, ofegante. Me aproximei e toquei seu braço. Ela levantou o olhar ao meu. – Você está bem? – Nega com a cabeça. – O que está sentindo?

– Estou muito tonta. – Diz com a voz trêmula e depois engole seco.

– Está muito quente. – Divago. – Você deve estar desidratada. – Analiso seu corpo e a vejo soar. Rapidamente a loira levanta os braços e em um gesto só tira a blusa. Revelando seu sutiã branco de renda. Engulo seco e evito olhar, porque poderia babar. Ela se abana um pouco e levanta cambaleando um pouco. Prende a blusa na frente dos seios pela alça do sutiã. Agradeço mentalmente pelo feito. Ela se desiquilibra e a seguro. Sinto meu corpo queimar ao tocar sua cintura despida. Tê-la em meus braços é a melhor sensação do mundo. Sua respiração acelerada batia em meu peito, me arrepiando. Ela pigarreia e agradece com o olha. Escorada em mim, começamos a caminhar e dentro de algumas horas chegamos à cabana. Ao entrar, senta-se no sofá e passa as mãos no cabelo. Vou à cozinha e pego um copo de água para ela. Ela agradece e o leva para a boca. Com o calor, tiro a camisa. Pelo canto de olho, vejo- a engasgar, me viro e rapidamente ela volta os olhos para o copo. Sorrio com seu constrangimento. Ela se levanta e eu acompanho seus movimentos.

– Vou tentar tomar um banho. – Diz e aponta para as escadas. Assinto cerrando os punhos. Ela se vira e pisa no primeiro degrau. – Qualquer coisa, eu grito. – Ri. Assinto rindo também. Não sei por quanto tempo conseguirei me controlar.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado do capítulo... Então, notícia bombástica para vocês. A fic está chegando ao seu fim. Já pensei em como será o desfecho. Não posso ficar escrevendo eternamente (bem que queria), mas minhas aulas voltam na segunda e não terei tempo de escrever (ano de vestibular), enfim, não fiquem tristes (como eu), porque voltarei com outras fics legais! Beijinhos e até breve!



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