Survivor escrita por Lucy G Salvatore


Capítulo 17
Seu Oliver


Notas iniciais do capítulo

Hellooooo! Atualização procês, como o prometido ;) VOCÊS VIRAM O RETORNO DA SÉRIE?! Quase morri assistindo, graças ao bom Deus, eles mostraram Oliver acordando SHAUSHUA To doida pra ver o próximo... Enquanto não sai, escreverei para reprimir o vicio (ou não). Enfim, boa leitura!



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POV FELICITY

Sinceramente, não sei o que é pior. Ter que ouvir a desculpa típica de Oliver sobre o quanto minha segurança está em risco com nosso relacionamento ou ter que conviver com ele implicando com as coisas que eu faço. Não sou uma mocinha indefesa que precisa ser salva o tempo todo. O maior problema de tudo é que eu não consigo brigar com ele. Quando brigamos, terminamos a discussão em uma cama, ou no chuveiro, ou dentro do carro, ou em cima de uma mesa, enfim... Tento me manter firme, mas quando o assunto se trata dele, só Deus para me ajudar. Qual o problema de querer me defender? Caso eu realmente precise, é claro. Não quero morrer com um tiro na cabeça. Precaução não é nada demais. Refletir isso tudo só me faz pensar que devo conversar com Oliver e explicar que tinha uma vida antes de conhece-lo. Me remexo na cama e não sinto o corpo maravilhoso dele ao meu lado. Me sento, ainda despida e trago o lençol até o busto. Ergo mais um pouco o tronco e vejo que a caverna está vazia. Dou um pulo da cama e corro até o banheiro. Visto minhas roupas e olho para o espelho, encontro um pedaço de papel colado no vidro.

“Estou com Thea. Dormirei em casa.

Com amor, Seu Oliver.”

Sorrio com a assinatura e termino de me arrumar. Olho o relógio e já está tarde. Penso em ficar na caverna, mas temo que Roy queira dormir aqui hoje, afinal, não dormiria com Thea sabendo que Oliver está no quarto ao lado. Junto minhas coisas e resolvo voltar para casa. Saio da Verdant pela porta dos fundos. Uma corrente gelada de ar passa por mim e aperto mais o casaco contra meu corpo. Sigo pelo beco, em direção ao meu carro, procurando pelas chaves em meu buraco negro, chamado bolsa. Tenho a impressão de ter alguém atrás de mim e me viro rápido. Ninguém. Outra corrente me atinge e me apresso a entrar no carro. Sou impedida quando uma mão me puxa pelo ombro com força. Me viro rápido. Um homem alto, com uns 1,90 metros, seus braços são maiores que minha cabeça. Me encarava com um sorriso nos lábios. Estremeço e me viro rápido tentando alcançar o carro. Ele me joga na parede suja do beco e as chaves caem da minha mão, assim como minha bolsa. Então, começa a se aproximar lentamente, enquanto não tenho para onde correr. Meus olhos enchem de lágrimas.

– O que você quer? – Pergunto, não sei com qual coragem. O homem me imprensa na parede.

– Ainda não sei. – Sinto o bafo de álcool bater em meu rosto. Tento me desvencilhar rápido, mas a caçamba de lixo ao meu lado, me impede. – Na verdade tenho uma coisa em mente. – Diz sorrindo malicioso. Uma mão sua me prende pelo abdômen, enquanto a outra prende minha mão com força contra a parede. Começo a me debater, mas em vão. Ele toca meu pescoço com sua boca nojenta e o pavor vai tomando conta de mim. As lágrimas, antes contidas, escorrem por meu rosto. Começo a gritar desesperadamente. Ele aperta mais meu pulso. Definitivamente ficaria marcado. Cola seu tronco no meu e com a mão, antes em minha barriga, cobre minha boca, abafando meus gritos. – Você é muito gostosa. – Sussurra em meu ouvido. Choro cada vez mais. Viu, Sr. Queen? As aulas de autodefesa seriam uteis em um momento como esse! O homem me descola da parede e me vira com certa brutalidade. Bato o rosto na superfície fedida da parede, causando uma dor na parte de baixo do meu olho, acima da bochecha. Começo a me debater novamente temendo o que o cara iria fazer. Sua mão nojenta começa a percorrer pelo meu corpo. Extremamente nervosa de medo, consigo dar um pisão no seu pé com meus saltos. Ele afrouxa os braços com a dor, me dando a oportunidade de tentar correr. Isso só o deixa mais irritado. Ele me alcança novamente e bate minha cabeça com força contra a caçamba. Fico zonza com a pancada e perco todo o restante de força que tinha. Fecho os olhos por alguns segundos e perco os sentidos. Só ouço um zumbido. Tento me recuperar, mas meu corpo cai com tudo no chão. Abro a fresta dos olhos para espiar e vejo uma movimentação violenta acontecendo. Essa é a última coisa que vejo antes de apagar de vez.

POV ROY

É, sem Thea por essa noite. Optei por não dormir lá essa noite, porque prezo pela minha vida. Oliver já está bem irritado comigo, porque estava treinando com Felicity. Aparecer em sua casa e dividir a cama com sua irmã não seria uma forma eficaz de me redimir. Prefiro a caverna mesmo, onde posso descansar sem medo de não acordar. Paro a moto no estacionamento da boate e caminho em direção a porta. Tenho a impressão de ouvir algo. Paro, espero e nada. Quando estou a um passo de entrar, escuto um barulho alto vir do beco ao lado. Dou a volta e me surpreendo com um covarde se esfregando em Felicity. Corro em direção aos dois e o soco com força. Ele à solta e ela desmonta no chão de uma vez só. Pelo cheiro que ele emanava, estava completamente bêbado. O derrubo e desfiro vários socos em seu rosto. Minha raiva é tanta que só paro quando escuto a loira grunhir ao meu lado. Me levanto rapidamente e chuto o cara mais uma vez nas costelas. Me aproximo de Felicity meio desacordada. Pego sua bolsa e sua chave e a carrego para dentro da caverna. Deito a loira sobre a maca e me certifico que não está com mais algum lugar machucado. Não hesito em ligar para Oliver. Me certifico que o babaca já sumiu do beco, afinal, por mais que ele merecesse apanhar, não merecia morrer. Desligo o telefone e volto minha atenção para a loira, agora acordada. Ela estava sentada com as pernas penduradas para fora da maca, provavelmente processando o que havia acontecido. Estava descabelada e com a blusa rasgada, revelando grande parte de seu sutiã. Abaixo do seu olho estava roxo, assim como seu pulso direito. Seu pescoço estava marcado e arranhado. Ela tremia e respirava rápido. Me afasto com intuito de pegar água, mas sua mão agarra a manga de minha blusa. Seus olhos cheios de lágrimas, desabam quando seu olhar vai de encontro ao meu. Volto para minha posição, tentando reconforta-la.

– Ele te machucou em algum outro lugar? – Arrisco perguntar. Ela nega com a cabeça e soluça. Meu coração aperta. – Ele tentou... – Hesito em continuar, mas ela entende e assente. Cerro meus punhos com raiva. Ela desaba novamente. Ponho minha mão em suas costas e ela estremece. Tiro a mão rapidamente. Ela ainda estava com medo. – Está tudo bem Barbie. – Ela abaixa a cabeça. Dou dois passos para o lado e pego a jarra de água no frigobar. Estendo o copo para ela, que o pega com as mãos trêmulas. Escutamos o barulho da tranca desativar e em menos de um segundo, Oliver já está do lado dela com um olhar preocupado.

– Você está bem? – Ela não responde e bebe mais um gole da água. – Fe.li.ci.ty! – Ele diz em aviso. Ela nega com a cabeça. Ele se aproxima e ela estremece assim como fez comigo. Ele percebe sua bochecha inchada e suas roupas rasgadas. – O que houve? – Pergunta olhando para mim e depois para ela. Ela permanece em silêncio. Ele pega uma de suas camisetas e a ajuda trocar a blusa.

– Eu estava entrando na boate, quando ouvi um barulho vindo do beco da saída dos fundos... – Hesito em continuar. – Então, vi um homem em cima de Felicity... – O olhar de Oliver ficou completamente diferente. Seus olhos pegavam fogo, como se estivesse a ponto de matar alguém.

– Ele fez alguma coisa com você? Além de... – Diz pondo as mãos sobre a cabeça em desespero. Ela nega e ele solta todo o ar dos pulmões. – Você viu quem era? – Pergunta para mim. Nego também e seu olhar se aquece mais.

– Não vi a cara do sujeito. E já adianto que não temos como reconhece-lo. – Ele une as sobrancelhas. – Ele precisara de algumas cirurgias de reparação facial. – Solto não muito orgulhoso. Oliver parece aliviar um pouco. – Acho que já vou indo. – Digo desencostando da maca. – Deixarei ela em seus cuidados. – Sorri e põe a mão sobre meu ombro. Seu olhar me agradece e eu apenas assinto.

POV OLIVER

Quando Roy me ligou dizendo que Felicity precisava de ajuda, não hesitei em me levantar no meio do filme que assistia com Thea. Ela não entendeu muito, afinal, não tive tempo de explicar. Mas não ficou chateada quando a deixei sozinha em nossa primeira noite de irmãos. Dirigi em alta velocidade e em cinco minutos estava na caverna. Desci as escadas em um passo e me deparei com minha Felicity completamente abalada. Me aproximei, mas não a toquei. Percorri meus olhos sobre seu corpo e parei em seus olhos.

– Você está bem? – Ela não me responde e bebe mais um gole da água. – Fe.li.ci.ty! – Digo em tom de aviso, esperando uma resposta. Ela nega com a cabeça e uma batida de meu coração falha. Me aproximo com objetivo de conforta-la, mas ela estremece ao ver minhas mãos tocarem sua coxa. Percebo sua bochecha inchada e sua blusa rasgada brutalmente. Fervo ao pensar que alguém a tocou. – O que houve? – Pergunto com o maxilar tensionado. Olho para Roy e depois volto meus olhos para ela. Ela permanece em silêncio. Pego uma de minhas camisetas e a ajudo trocar a blusa.

– Eu estava entrando na boate, quando ouvi um barulho vindo do beco da saída dos fundos... – Hesita. – Então, vi um homem em cima de Felicity... – Sinto meus olhos ferverem ao ouvir a insinuação de Roy. Um ódio sobe pelo meu corpo e cerro os punhos, tentando controlar minha raiva.

– Ele fez alguma coisa com você? Além de... – Ponho as mãos sobre a cabeça desesperado. A imagem do homem sobre ela, me vem à mente. Se ele pensa que sairá dessa vivo, está muito enganado. Ela nega e solto todo o ar dos pulmões. – Você viu quem era? – Pergunto para Roy. Ele nega e fico com mais raiva.

– Não vi a cara do sujeito. E já adianto que não temos como reconhece-lo. – Uno as sobrancelhas. – Ele precisara de algumas cirurgias de reparação facial. – Relaxo um pouco ao ouvir que Roy tinha dado uma lição nele. – Acho que já vou indo. – Diz desencostando da maca. – Deixarei ela em seus cuidados. – Sorrio e ponho a mão sobre seu ombro, agradecendo mentalmente por ter aparecido na hora certa. Ele assente e sai da sala. Esse silêncio de Felicity está me matando. Volto meu olhar ao seu e me amaldiçoo por ter deixado isso acontecer.

– Loira, por favor, diga alguma coisa. – Ela levanta o olhar ao meu. – Preciso ouvir sua voz.

– Eu estou com medo de ser tocada. – Solta de uma vez, junto com uma chuva de lágrimas. – Sei que não tem nada a ver, mas... – Hesita entre soluços. – Não quero aquelas mãos em mim de novo. – Eu assinto e me aproximo devagar.

– Felicity... – Digo em tom carinhoso. – Olhe para mim. – Ela obedece. – Sou eu, Oliver, seu namorado. Enquanto eu estiver aqui, ninguém irá toca-la. Nem mesmo eu... Só se você permitir. – Ela assente devagar. Levo minha mão a seu rosto e com o toque ela relaxa. Seco suas lágrimas com o polegar. – Você quer que te leve para casa? – Nega. – Quer tomar um banho e tentar dormir? – Parece refletir e depois assente. Pego- a no colo com cuidado e a levo até o banheiro. A ajudo com o banho, evitando ao máximo toca-la. Sei que em outras circunstâncias estaria bem animado com a ideia de um banho juntos, mas dessa vez não. Vê-la assim, tão vulnerável me parte o coração. Depois de seca e vestida, a guio até a cama. Ela deita e me afasto, afinal, não sabia se ela queria que deitasse com ela. Sua mão pega na minha e seu olhar me dá permissão. Me deito ao seu lado e automaticamente ela deita a cabeça sobre meu peito. – Me desculpe por não estar lá por você. – Sussurro para ela, que já dormia. Passo a mão por seus cabelos até pegar no sono também.


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Notas finais do capítulo

Ihaaaaaaa! Um pouco de agitação na nossa história galera, precisamos dar uma sacudida no nosso casal preferido... Espero que tenham gostado ;) Beijinhos e até breve!