Survivor escrita por Lucy G Salvatore


Capítulo 16
Eu sou um monstro


Notas iniciais do capítulo

Galerinha do meu coração, é com muita tristeza que comunico que terei dificuldade de atualizar todos os dias durante esse fim de semana. O primeiro motivo é que o computador que estou usando é da minha irmã, mas ela mora fora e está voltando para casa, então só me resta usar o meu (que é lento e velho) ... E além disso, vou viajar amanhã e só volto semana que vem, ou seja, não conseguirei postar. Mas pode deixar que escreverei um capítulo por dia no celular e quando estiver de volta, passo para o computador e posto todos de uma vez! Por favor, não desistam da fic! Eu não desisti, só estou com alguns imprevistos. Quem acompanha até hoje, sabe que nunca atrasei nenhuma atualização, infelizmente, essa semana será diferente. Obrigada pelo carinho e pelos comentários! Chega de falar... Boa leitura!



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POV ROY

Não posso negar que fiquei com medo, quando Oliver falou que iria contar seu segredo para Thea. Tinha medo que ela não reagisse bem a notícia e acabasse descontando em mim, ou melhor, em nosso namoro. Afinal, eu também estava ocultando grande parte da minha vida para ela. Ela já sabia que eu estava envolvido com o Arqueiro, mas nunca imaginou que o único motivo de eu não ter fugido aquela noite, era porque precisava ajudar Oliver. Não o Arqueiro. Quando nos encontramos pela primeira vez depois da verdade, realmente achei que fossemos terminar. Fiquei extremamente surpreso com sua reação.

FLASHBACK ON

Acordo com aquela sensação maravilhosa de noite bem dormida. Me mexo devagar na cama e sinto um peso sobre meu peito. Abro os olhos e me deparo com Thea deitada sobre mim, ainda dormindo. Automaticamente levo minha mão a seus cabelos curtos e macios. O aroma de seu shampoo chega a minhas narinas e a aperto mais contra meu corpo. Ela estremece e abre os olhos.

– Bom dia. – Digo com um sorriso bobo nos lábios.

– Bom dia. – Grunhi ainda de olhos fechados. Beijo o topo de sua cabeça e depois seus lábios.

– Está virando um hábito dormir assim. – Sorri. – Não sei mais se conseguirei dormir sem você nos meus braços. – Seu sorriso se alarga mais e então abre os olhos. Ela deposita um beijo casto em meus lábios e levanta da cama completamente nua rumando o banheiro. Deus me ajude! Me levanto em um pulo e a sigo até o banheiro. Ela entra no box e liga o chuveiro. Já estou me preparando para me juntar a ela, quando escuto batidas na porta do apartamento.

– Vai atender a porta Harper. – Diz através do vidro, testando meu controle. Resmungo e visto minha cueca para ir atender a porta. A pancadas aumentam e acelero meu passo.

– Roy?! – Oliver diz cerrando os punhos. Ah Deus! Sou m homem morto. Dou um passo para trás com medo de levar um soco. – O que faz aqui? – Diz entre os dentes com a mandíbula travada. Poderia dizer a verdade, mas provavelmente acabaria em um hospital. Nenhuma resposta diferente me vem à mente, então engulo seco e rezo.

– A resposta é óbvia Ollie. – Me viro e vejo Thea descendo as escadas com um imenso sorriso no rosto. Ufa! Nela ele não iria bater.

– Speed! – Se vira para a irmã e a abraça.

– Estava com saudades maninho. – Ela diz e então Oliver parece lembrar de minha presença e me olha com um olhar mortal. Ok! Acho melhor eu ir embora... Vou para o quarto e visto minhas roupas. Os dois continuam conversando lá embaixo, até que Thea vem ao quarto e pede para me encontrar mais tarde, porque Oliver queria almoçar com ela. Entendo o real motivo por de trás do almoço e deixo o apartamento, rezando para não ser a última vez que entraria ali.

Algumas horas passam e continuo inquieto na caverna. Será que ela já sabe a verdade? Será que ela vai me ligar, ou vai simplesmente fugir de novo? Já descontei no boneco de luta, mas a tensão parecia não diminuir. Ouço o barulho do meu celular ao vibrar sobre a mesa. Finalmente! Atendo rapidamente, temendo o que estava por vir.

– Alo? – Digo tentando controlar meu nervosismo.

Roy, precisamos conversar. – Diz de uma vez, me fazendo engolir seco. – Venha até minha casa. – Desliga o telefone sem antes ouvir a resposta. Visto minha camisa e rumo em direção ao veredito. Chego em sua casa rápido e entro sem bater. Thea está sentada no sofá, com o olhar distante virado para grande janela. Me aproximo devagar e permaneço em silêncio. Depois de alguns minutos, ela se vira para mim.

– Durante muito tempo eu fui aquela menininha mimada e fútil que deveria ser protegida por todos. Não sabia lidar com meus problemas idiotas e só queria saber de me vingar por tantas mentiras que minha mãe me contava. Nunca fui boa em lidar com a verdade, talvez pelo fato de todos esconde-la de mim. – Respira fundo. – Então, descubro que meu pai, a única pessoa que me entendia, não era de fato meu pai e o mundo sob meus pés desaba mais uma vez. Me resta mais uma vez, me aproximar da única pessoa que tinha uma posição na qual eu achava que podia confiar. Malcolm Merlyn – Cospe seu nome. - Ele me fez mais forte, mais tolerante e me transformou em quem sou hoje. Por muito tempo acreditei que estava tudo bem, que nunca teria que passar por qualquer tipo de dor novamente. Até que... – Reflete um pouco e traz os olhos aos meus. – Eu sou um monstro Roy. – Ela solta junto com suas lágrimas, antes contidas. – Ele me transformou em um monstro. – Me aproximo, mas ela levanta. – Meu Deus! – Leva a mão na cabeça. - Eu matei uma pessoa Roy! – Entra em crise. -Eu matei a Sara! – Chora descontroladamente. Tento me aproximar e ela continua se afastar. – O pior de tudo é que eu estava feliz com a pessoa que me tornei... – Sussurra, trazendo mais lágrimas aos olhos. – Eu... decepcionei a mim mesma. – Ela leva a mão ao rosto e começa a soluçar e agoniar. Se movendo rápido de um lado para o outro, como se seu sofrimento estivesse se tornando raiva. Me aproximo e fecho meus braços em torno dela, tentando acalma-la. Ela se debate e a aperto mais, até que sua respiração começa a desacelerar e me sento com ela no sofá. A abraço devagar e ela põe a cabeça em meu ombro. Minha camisa encharca em questão de segundos. Ela soluçava enquanto acariciava seus cabelos. – Eu... Me desculpe Roy... – Sua voz sai baixa e embargada.

– Shhhh! Não precisa se desculpar. – Digo a interrompendo. – Vai ficar tudo bem. – Não sei por quanto tempo ficamos em silêncio. Com o choro cessado ela se afasta apenas para me olhar nos olhos.

– Me desculpe por duvidar do seu amor por mim... – Uno as sobrancelhas sem entender. – Quando resolvemos fugir. Eu pensei que estivesse me deixando para viver a loucura de ajudar o Arqueiro, quando na verdade estava ajudando meu irmão. Porque sabia que ele era a única família que me restava. – Alivio a tensão dos olhos e levo a mão a seu rosto, acariciando suas bochechas vermelhas. – Você não me deixou aquele dia... Você se sacrificou por mim. – Sinto meus olhos encherem de lágrimas.

– Você nunca saiu de meus pensamentos, Thea. – Ela abaixa a cabeça. – Você é a mulher mais forte que conheço. – Levanto sua cabeça, a fazendo olhar em meus olhos. – Só você é capaz de passar por tudo isso e ainda levantar da cama de manhã. Por favor, não duvide disso. – Ela assente, sorri fraco e me beija. Ela não me deixou, como temia. Apenas entendeu meu, ou melhor, nosso amor.

FLASHBACK OFF

Depois de todas as verdades ditas, minha mente voltou a trabalhar. Não preciso mais me preocupar em esconder as situações de Thea. Entretanto, a ideia de vê-la ainda próxima daquele monstro, me deixava nos nervos. Escuto passos na escada e levanto a cabeça.

– Bom dia! – John diz com entusiasmo.

– Bom dia. – Digo sem muita emoção. Olho para o relógio. – O que faz aqui tão cedo?

– Esqueci meu celular aqui ontem. – Diz pegando o aparelho sobre a mesa e o erguendo com a mão.

– Bom dia! – Nos viramos e encontramos uma Felicity com enorme sorriso no rosto.

– Bom dia. – Respondemos ao mesmo tempo. – O que faz aqui a essa hora loira? – Diggle pergunta curioso.

– Estou de folga e resolvi vir treinar com vocês. – Diz rápido para não ouvirmos a última parte. Diggle engasga com o café.

– Não vamos treinar com você Felicity. – Ele diz e eu assinto.

– Por que? – Pergunta já sabendo a responda.

– Porque da última vez que comentei com Oliver que você estava treinando, achei que nunca mais fosse ver a luz do dia. – Digo lembrando da reação macabra de Oliver.

– Ah por favor... – Implora. – Oliver não está aqui! E é só em caso de realmente precisar me proteger. – Diz para John.

– Não olhe para mim. – Ergue as mãos em rendição. – Preciso ir deixar a Sara na creche. – Diz e sai me deixando só com o problema. Engulo seco.

– Imagina se algum dia, um bandido como aquele do metrô tenta me pegar de novo e você não pode me ajudar, lógico que iria conferir se está desarmado e depois poderia me proteger. – Diz implorando novamente. Mas seu argumento me faz refletir, então cedo.

– Está bem, você ganhou... – Comemora com as mãos. – Mas você que vai explicar para Oliver! – Adianto. Não estou afim de morrer. – Agora vá se vestir. – Ela sai e depois volta vestida pronta para treinar. Explico o básico sobre autodefesa. - Mantenha a guarda armada Felicity. – Posiciono seus braços na frente de seu rosto. – Separe mais o joelho, para ter mais equilíbrio. –Ela obedece, mas abaixa a guarda. Toco sua testa, sinalizando o feito. – A guarda Barbie! – Ela cerra os olhos, infeliz com a situação. – Você é pequena, por isso pode se mover rápido, mas enquanto não tem prática, vamos começar devagar. – Tento um golpe e por pouco não pega em seu rosto. Ela se distrai novamente e dou uma rasteira em suas pernas, a fazendo cair. Ela bufa e levanta rapidamente. Alguns minutos depois, já está mais ágil. Mesmo assim, consigo a acertar, ela se desiquilibra, mas me puxa junto e nós dois caímos. Meu peso estava todo sobre o seu corpo. Ela cora com a proximidade e abre a boca para dizer algo, entretanto sinto meu corpo ser erguido pela gola de minha camisa e Felicity ser erguida bruscamente por Oliver.

– Oliver! – Ela grita. – Estamos treinando. – Diz tentando se desvencilhar de seus braços.

– Estavam treinando. – Diz sério. Oliver me fuzila e automaticamente dou vários passos para trás. Ele definitivamente não gostou da ideia. – Já chega. – Diz autoritário e a loira fecha a cara, chamando sua atenção. Então, esperto e com medo, concluo que é a hora perfeita para fugir.


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Notas finais do capítulo

O capítulo foi curtinho e focado no nosso segundo casal favorito... Mas amanhã conseguirei postar outro com muita ação e confusão ;) Espero que tenham gostado! Beijinhos e até breve!



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