Survivor escrita por Lucy G Salvatore


Capítulo 10
De novo não!


Notas iniciais do capítulo

Oieeeee! Hoje posso dizer que estou mais do que feliz em postar! Vai ter muito love ;) Vish... Falei demais. Boa leitura!



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POV DIGGLE

Quem esses dois querem enganar? Eu melhor do que ninguém conheço cada um. Sei que estão com uma tensão entre eles. E hoje, ao vê-los mais próximos do que nunca, me deixou muito aliviado. Afinal, as coisas pareciam finalmente estar dando certo. Quando Oliver me ligou dizendo que iria buscar Felicity, sabia que seu lado super protetor estava aflorado. Tanto que ela chegou usando seu paletó. Parece que ele finalmente resolveu agir e tira-la dos braços de Ray e a puxou para dançar. Os dois estava tão à vontade, que mais da metade da festa achava que eram um casal. Já tinham suas dúvidas, porque os funcionários acompanharam todos os boatos sobre o C.E.O e sua secretária quando a empresa ainda era de Oliver. Vê-los entrar naquela sala me fez imaginar a desculpa que dariam quando saíssem. Uma coisa era certa ou eles se resolveriam ou se matariam. Ray passou por mim umas quatro vezes perguntando sobre Felicity e sabia que era questão de tempo para alguém encontra-los na sala. Então me adiantei e bati na porta. Alguns instantes depois Oliver a abre com uma cara que não posso negar, era hilária. Tentava ficar sério, mas pelo seu olhar sabia que estava radiante. E Felicity, bem, como sempre estava com seu segundo típico tom de pele, com as bochechas rosadas e boa parte do pescoço marcado.

– Vocês estão bem? – Pergunto encarando os dois. – Entraram na sala e depois não os vi mais. Achei que tinham se matado. – Antes de deixar Oliver, inventar algo, continuo. – Ou outra coisa.

– Preciso ir ao toalete e depois podemos ir para casa. – Felicity diz depois de engasgar. Assentimos e ela nos deixa sozinhos. Olho para Oliver sorrindo e demonstrando que sabia o que estava acontecendo. Ele não disse nada, então sugiro.

– Algo me diz que deveria levar a Srta. Smoak para casa. – Ele apenas sorri.

POV OLIVER

Entramos no carro em silêncio. Não estava muito afim de conversar com ela por enquanto. Mas como Diggle já havia partido e precisava leva-la pra casa. Porque sabia que se não fizesse, outro faria.

FLASHBACK ON

Felicity voltou do banheiro com um sorriso no rosto. Ela era absolutamente maravilhosa. Seus lábios ainda estavam inchados e seu pescoço já não tinha mais minhas marcas. Antes que pudesse chegar até mim, uma mão surge em sua cintura a interrompendo no trajeto. Cerro os punhos incomodado com o contato de Ray e me aproximo devagar.

– Ray! – Chamo sua atenção. – Estava mesmo te procurando. – Ele junta as sobrancelhas em dúvida. - Vim parabeniza-lo pelo sucesso e dizer que já estamos de partida. – Viro meu rosto a Felicity. – Vamos? John está nos esperando. – Minto.

– Ah entendo. É uma pena. – Sorri baixo. – Obrigado pela presença, Sr. Queen. – Assinto e então se vira para Felicity. – Boa noite Srta. Smoak. – Lança um sorriso que me faz ferver. Antes que ela pudesse se desvencilhar de seus braços, Ray deposita um casto beijo em seus lábios e sussurra algo em seu ouvido. Ela cora, arregala os olhos e permanece imóvel. Ray se afasta, sumindo do meu campo de visão. Para sua sorte. Nós dois permanecemos ali parados até que não aguento.

– Isso porque vocês não têm nada... – Digo com o maxilar preso. – Não vai dizer nada? – Sugiro com o tom de voz pesado. Ela não responde e abaixa a cabeça.

– Acho que deveríamos ir embora. – Eu assinto e saio em dispara a porta, deixando-a um pouco mais atrás.

FLASHBACK OFF

Paro o carro em frente de sua casa e ela não move um músculo. Não digo nada, apenas a encaro. Ela leva seu olhar ao meu.

– Não sei porque ele fez aquilo. – Diz com a voz tremula. – Quer dizer, posso imaginar o porquê, mas não esperava que fizesse de novo. – Solta com honestidade.

– De novo? – Pergunto rapidamente. Ela fecha os olhos como se tivesse deixado escapar algo. – Vocês já se beijaram antes? – Ela não responde. – E ainda me diz que não tem nada com ele?! – Elevo um pouco mais o tom de voz e ela se encolhe.

– O que queria que fizesse Oliver? Te esperasse para sempre? – Pergunta com os olhos vermelhos. Reviro os olhos. Ela se apressa e sai do carro sem ouvir a resposta.

– Felicity! - Saio também e a sigo até a porta do apartamento. Ela abre e joga as sandálias e a bolsa sobre o sofá.

– Você morreu Oliver! – Diz se virando para mim de forma violenta. – E eu fiquei sozinha, completamente sozinha. John tinha sua família e Roy tinha a Thea. Enquanto eu não tinha ninguém! – Ela esgoela entre soluços. – Ray foi o único que me ajudou. O único que me tirou do buraco em que estava, então me desculpa se eu o deixei me beijar. Desculpa se está se sentindo traído. Mas não se esqueça que foi você que terminou o que nem tínhamos começado. – Meu coração se aperta. Eu não fazia ideia de que ficará sozinha. Seus dedos estavam apontados para mim e seu rosto estava repleto de lágrimas. Me aproximo lentamente e pego sua mão erguida. Deposito beijos leves em cada um de seus dedos e ela parece relaxar.

– Me desculpa. – Olho para seus olhos com todo o arrependimento do mundo. – Não sabia que estava sozinha... – Ela se aproxima mais de mim e me beija lentamente. Um beijo diferente dos outros dois. Como se tentasse transmitir todos seus sentimentos. Seguro seu rosto com as mãos e ela abraça minha cintura. Aprofundo o beijo, querendo sentir seu doce gosto. Minhas mãos descem por seus braços e se fecham atrás de suas costas. Ela solta seus braços dos meus e agarra minha nuca. Nossos movimentos eram sincronizados. Quando a tocava sentia estremecer. Ofegantes, nos afastamos um pouco. Retomando o folego, permanecia com os olhos nos seus. Voltei a beija-la com um pouco mais de ferocidade. Ela estava meio desnorteada. Afinal, a cada beijo, sentia mais seu peso sobre mim.

– Acho que deveríamos ir com calma. – Digo sabendo que iria me odiar amanhã. Mas não queria apressar as coisas. Nós tínhamos nos reconciliado hoje e ainda nem tínhamos tido um primeiro encontro. Um sem explosões, é claro. Seu olhar pareceu decepcionado e meu coração se apertou um pouco. – Hey! Eu quero você, e quero muito. Só quero que seja especial e com calma. – Digo acariciando seus braços. Ela sorri baixo e assente.

– Preciso tirar o vestido... – Diz e rapidamente concerta. – No quarto é claro. Não que fosse tirar ele aqui, mas... Você não quer agora, o que é estranho. Quero dizer, está tudo bem, eu entendo e... – Cora e para de gesticular. – É melhor eu parar de falar. – Não posso evitar sorrir. Ela me dá um beijo rápido. – Boa noite, Sr. Queen. – Diz, me acompanhando até a porta.

– Boa noite, Srta. Smoak. – Saio dali com o sorriso mais besta nos lábios.

POV FELICITY

Assim que Oliver saiu não pude conter o grito. Um chilique básico depois de tudo que passei não era nada. Fui até o quarto com um sorriso estampado no rosto. Tirei meu vestido e deitei na cama de maquiagem e tudo. Não conseguia parar de pensar em tudo o que aconteceu. Desde que conheci Oliver, sempre mantive minha paixão escondida e quando ele finalmente me chamou para sair meses atrás, senti como se fosse explodir. Então tudo aconteceu, ele me afastou com aquela desculpa e todos os meus sentimentos voltaram para dentro de mim. Não imaginava que ele fosse voltar para mim e ainda fosse lutar para ficar comigo. Parece que enfim ele entendeu o que passei, porque agi como agi, quando ele voltou. Não tenho nada com Ray. Mas não o culpo por ter me beijado. Eu queria que ele me beijasse. Só não contava com que Oliver Queen fosse voltar dos mortos. Não posso negar que me decepcionei quando quis parar. Não que eu seja uma oferecida e fosse para cama com ele hoje mesmo, mas é decepcionante saber que ele ainda não tem esse interesse. Ele sempre foi mulherengo e no estalar dos dedos tinha uma qualquer mulher na cama. Por que comigo ele não quis? Será que não sou bonita o suficiente? Isso é meio que um fato. Afinal, ele sempre tinha modelos a sua volta. Ou talvez ele esteja pensando em me afastar de novo. Será? Não sei se consigo suportar. Fico durante horas pensando em uma possível explicação e acabo caindo no sono.

Acordo no susto com um barulho alto e irritante dentro do meu quarto. Estava tão cansada que demorei para perceber que era meu celular. Era Oliver. Olhei para o relógio e marcava três e meia da manhã. Só podia ser serviço para o arqueiro.

– Oliver. – Digo.

Felicty, precisamos de você. Seu computador apitou e localizou uma movimentação suspeita nos Glades. – Diz sem qualquer cerimônia.

– Estou a caminho. – Desligo.

[...]

Chego na caverna e Oliver já está vestindo o capuz. Diggle está sentado em minha cadeira e sai quando me aproximo.

– Acho que é uma droga nova. – John diz olhando as reportagens. – Mas não tenho certeza. – Reparo então que Oliver não falou nada comigo. Dando possibilidade ao meu pensamento de que se arrependeu. Levo minhas mãos trêmulas ao teclado e começo minha pesquisa.

– Não acredito! – Digo trazendo a atenção dos dois até mim. – É uma droga mesmo Dig. Ela foi injetada em dois homens nessa semana. Não consegui identificar nenhum vínculo. – Me viro para Oliver e ele ainda olha o computador. Frustrada continuo a falar. – Um é psicólogo especializado em tratamento a dependentes químicos e o outro é policial. O que nos leva a crer que o nosso assassino era um dependente químico.

– Procure os casos que o policial estava trabalhando e veja se algum tem ligação com a droga. – Oliver diz seco.

– Já fiz isso. – Respondo de forma rude. – Estou esperando os resultados. – O computador apita e volto ao foco. – Mario Lopez, preso há duas semanas por uso abusivo de drogas. Foram apreendidos em sua casa duzentos quilos de uma substância não identificada. Mario matou o filho há um ano e estava sob condicional. – Meus olhos se arregalam. – Foi mandado para uma clínica de reabilitação, recebeu tratamento da outra vítima. – Me viro para Oliver. – Esse é o nosso cara.

– Onde podemos encontra-lo? – Pergunta ignorando meu olhar. Digito mais algumas coisas no teclado.

– Ele está aqui perto. Na esquina do Big Belly Burger. – Olho para John e o mesmo percebe minha decepção.

Vamos. – Diz para Diggle.

POV OLIVER

Sair do seu apartamento foi a segunda coisa mais difícil que fiz na vida. Minha vontade era rasgar aquele vestido e beijar cada parte do corpo de Felicity. Entretanto, preciso manter a calma e levar a situação como deve ser. Não quero que ela pense que é apenas mais uma que levo para cama. Eu quero que seja especial, como nunca foi com nenhuma outra mulher.

Volto para caverna cansado e desejando um banho frio. Precisava acalmar meu corpo, ainda mais depois de dispensar minha loira. Mal entro no local e seu computador se manifesta. Duas notícias surgem na tela. Dois homicídios pela mesma pessoa e o suspeito está desparecido. Rapidamente ligo para Diggle e Felicity. O homem se apressa e chega antes dela.

– Boa noite. – Diz descendo as escadas.

– Boa noite. – Me olha com o olhar cheio de expectativas, como se esperasse que dissesse algo. – Pode tirar esse sorriso do rosto. – Digo sorrindo.

– Nada? – Pergunta com as sobrancelhas arqueadas. – Duvido. - Levanto as sobrancelhas também.

– Preciso ir com calma. Não quero estragar tudo. – Digo e ele assente. – Além disso, não posso perder o foco agora. Estou numa missão e não posso deixar que isso me atrapalhe como arqueiro.

– Isso? – John diz rapidamente.

– É... – Tento justificar. – O que está acontecendo entre nós dois. Posso tentar ser Oliver Queen e o arqueiro, mas preciso manter o foco quando estiver cuidando da cidade. – John apenas balança a cabeça e senta na cadeira de Felicity.

Minutos depois escutamos os sons de seus passos na escada e então ela surge em meu campo de visão. Minha vontade é de agarra-la aqui mesmo. Mas não posso. Ela vai em direção a sua cadeira e senta quando Dig levanta.

– Acho que é uma droga nova. – John diz olhando as reportagens. – Mas não tenho certeza. –Percebo suas mãos trêmulas no teclado e desvio meu olhar. Foco!

– Não acredito! – Ela diz chamando nossa atenção. – É uma droga mesmo Dig. Ela foi injetada em dois homens nessa semana. Não consegui identificar nenhum vínculo entre eles. – Ela se vira para mim, mas finjo não notar e então ela continua. – Um é psicólogo especializado em tratamento a dependentes químicos e o outro é policial. O que nos leva a crer que o nosso assassino era um dependente químico.

– Procure os casos que o policial estava trabalhando e veja se algum tem ligação com a droga. – Digo.

– Já fiz isso. – Ela responde no mesmo tom de voz. – Estou esperando os resultados. – O computador apita. – Mario Lopez, preso há duas semanas por uso abusivo de drogas. Foram apreendidos em sua casa duzentos quilos de uma substância não identificada. Mario matou o filho há um ano e estava sob condicional. – Ela hesita em continuar. – Foi mandado para uma clínica de reabilitação, recebeu tratamento da outra vítima. – Se vira para mim. – Esse é o nosso cara.

– Onde podemos encontra-lo? – Pergunto ignorando seu olhar decepcionado. Digita mais algumas coisas no teclado.

– Ele está aqui perto. Na esquina do Big Belly Burger. – Ela diz e apenas assinto.

Vamos. – Digo para Diggle.

[...]

Vamos até o local guiados por Felicity.

Ele entrou em um prédio no outro lado da rua. – Ela diz pelo comunicador. – Tenham cuidado. – Ouço sua voz fraca.

Diggle desce do carro e analisa o perímetro, enquanto eu adentro o prédio abandonado. Entro em cada apartamento para me certificar de que estão vazios. No último andar e último apartamento a ser visto, a porta está entre aberta e uma luz forte sai de lá de dentro. Me aproximo devagar, sem fazer barulho. Empurro a porta lentamente com o arco para cima. Ao abrir, uma luz forte ofusca meus olhos e me sinto desnorteado. Tento sair do contato claro, mas sinto uma picada forte no pescoço vinda do lado direito. Viro e vejo de forma embaçada o homem com um sorriso. Lanço uma flecha, mas erro devido a tontura. A luz é apagada e sinto meu corpo pesar, penso em Felicity e apago.

POV FELICITY

Felicity! – Escuto pelo comunicador. – Oliver foi injetado com droga. – Um arrepio surge em meu corpo e me controlo para não chorar. – Acho que posso ajuda-lo, mas preciso que leve-o de volta.

– Mas e o Mario? – Pergunto preocupada.

Já resolvi. – Diz e então entendo que Mario agora, era apenas um cadáver.

– Estou a caminho. – Digo pegando as chaves. Chego no local indicado por John e o mesmo põe Oliver inconsciente dentro do carro.

– Ele está consciente, mas pode dizer coisas sem sentido. Está com febre e você precisa ajudar a abaixar a temperatura. – Assinto. – Vou na divisa da cidade, no outro esconderijo, buscar o resto da erva que sobrou. Cuide dele enquanto isso. – Entra em seu carro e dá partida me deixando ali com um Oliver.

De volta a caverna, entro com dificuldade com Oliver apoiado em mim. No trajeto ele voltou a si, mas ainda estava muito fraco. O coloco sobre a cama e vou até o chuveiro, ligo a água fria e volto para buscar Oliver. Ajudo- o a se levantar e tiro a jaqueta do arqueiro. Fico na dúvida se tiro sua calça, mas decido que para minha saúde mental, vou mantê-la. Guio- o até o banheiro e o enfio debaixo da água, ele urra alto e começa a bater queixo. Acabo me molhando mais do que deveria. Depois de alguns minutos assim, o tiro do box e o seco.

– Oliver. – Ele olha para mim com dificuldade, mas parece entender. – Vou pegar uma roupa seca para você. – Digo e ele assente. Volto com uma calça de moletom azul marinho e uma camiseta cinza comum. – Você precisa se vestir. – Não posso fazer isso, penso comigo mesma. Saio do banheiro e depois de alguns minutos bato na porta e ele está terminando de vestir a blusa. Ufa! O levo até a cama e o deito debaixo das cobertas, ele tremia de frio por causa da febre. Olho para minhas roupas e as mesmas estão encharcadas. Vou até o guarda- roupa de Oliver e pego uma de suas cuecas samba-canção e uma camiseta. Me troco e volto para perto da cama. Ele ainda está tremendo e com dó me deito ao seu lado sob as cobertas e me abraço a seu corpo. A tremedeira diminui e ele enfim pega no sono.


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Notas finais do capítulo

Dividi o capítulo galera. Foi o maior que já fiz! Enfim, coloquei um pouco de drama e ação. Um Oliver precisando de sua loira de vez em quando é bom... Espero que tenham gostado, comentem deixando sua opinião ;) Beijinhos e até breve!



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