Recomeço escrita por cantodestrelas


Capítulo 9
Ponto Final


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoas lindas e maravilhosas!!!!! Sim, estou com muitas saudades de vcs, apesar de quase mão dar as caras por aqui mais! Sim, também sumi! Novamente! Isso acontece sempre né? rsrs Então, sinceramente foi muuuuuito apertado esse mês pra digitar. Quase não dava pra terminar, mas eu fiz um esforcinho a mais e consegui digitar algumas palavrinhas. Eu espero do fundo do meu coração que gostem da primeira viagem entre Doctor- Kate ♥♥ Obs: Não é a primeira viagem oficial ;) Bjs , Allons-y, boa leitura, e até o próximo cap! Ah! E se você gostou pode comentar! Eu não mordo!!! rsrsrs Pelo contrário vcs tem um lugar especial no meu coraçãozinho aqui! byeee!



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Ela era tão irradiante, expressava um sorriso tão bonito, diferente. Eu estava extasiado, como fico todas às vezes quando alguém novo aparece na minha velha Tardis, principalmente se esse alguém vai me acompanhar por um bom tempo. Já nem sabia que bicho estava flutuando no meu estômago mais! (dizem que sentem borboletas, teoria estranha não?).

Ela parecia perdida com a pergunta. Acho que poderia estar lembrando-se de algum lugar que ela sempre quis ir, mas sabia que poderia ser impossível, (que na verdade não é), pra irmos.

–Bom, essa é fácil!... Você está nesse ramo a muuuuito mais tempo que eu. Então imagino que tenha lugares favoritos... Quer dizer, você já viu tanto, apenas me leve pra um lugar pra onde você achou agradável! (ela responde, toda contente com o que disse)

Geralmente eu não escolho logo de cara na primeira viagem intergaláctica de alguém, gosto que se sintam a vontade, e escolham seus lugares almejados e etc... Sei lá, na verdade, eu quero que as pessoas entendam que eu quando eu faço essa pergunta é quase como se eu estivesse dizendo “ mi casa es tu casa” ou coisa do tipo, nesse caso a “mi casa” é o universo e a Tardis, gosto de querer que se sintam a vontade.

–Bom, vamos analisar os fatos primeiro! Você é observadora, certo? Porque tem um telescópio.
–É, eu observo bastante as constelações; as vezes da pra ver alguns planetas, mas meu telescópio é fajuto... Fazer o que né?
–Então eu acho que tenho o lugar perfeito!
–Sério? E onde é?
–Calma! Você vai ver!

Falei indo pro painel de controles todo animado.

–Vamos lá, eu vou colocar as coordenadas aqui, (falei digitando todas no painel) e, agora, é só esperar a Tardis ficar no lugar certo!
–Ai, eu tou nervosa sabia?
–Isso é normal.
–Quanto tempo demora até chegar lá?
–Bem... ( A Tardis solavancou um pouco, ela já sabia onde segurar. Depois de uns dez segundos parou)-Chegamos!
–Nossa, é um sistema eficiente!
–A Tardis é incrível, e super fácil de pilotá-la, já disse que amo ela?
–Sim, talvez você me ensine um dia.

Pensei um pouco, isso é realmente comprometedor, pedir-me pra ensinar a pilotar a Tardis? É quase como se estivesse me pedindo em casamento, porque eu preciso ter uma confiança total nessa pessoa! O que poderia responder?

–Um dia, talvez.
–Tá! É... Onde estamos?
–Kate, nós chegamos num local no espaço onde nós chamamos de “ponto final”, muitos ainda chamam de “ponto principal” vai depender do seu sotaque.
–Interessante. Estou ansiosa pra ver!
(Ela falou animada pra abrir a porta)

–Posso? (falou colocando a mão na maçaneta)
–Claro!

Ela já ia abrindo, eu dei uma corrida desesperada do painel de controles até chegar à porta e falei ao mesmo tempo:
–CUIDADO COM OS... passos!!!!

Tarde de mais ela saiu flutuando pelo espaço, eu pensava que havia a perdido, olhei pra direção que ela tinha e ido e nada! Não! Como assim? Isso seria impossível!! Bateu-me um desespero que senti meu sangue gelar nas minhas veias. Meus corações quase pararam.

–Cadê? Cadê ela? (procurava desesperadamente)

Eu tinha a perdido? Era isso? Sair flutuando e mais uma pro buraco? Não!! CADÊ ELA?

–DOUTOR!

Uma voz desesperada me chamava, era ela, em cima da Tardis, se segurando em uma lanterna que pisca quando eu pouso a Tardis.

–Segura firme! Não solta!

Eu saí correndo novamente pra pegar uma corda que tinha pendurada em um gancho em uma das paredes da Tardis e voltei desesperado pra porta. A corda saiu flutuando vagarosamente até chegar em cima onde ela estava.

–Pegue a corda!
–Eu não consigo, ela ainda esta longe!
–Tente!
–EUNÃOCONSIGODOUTOR!!!
(suspirei) - Kate, você acha que consegue se soltar e agarrar a corda rapidamente?
–O quê? Eu não vou me soltar!
–Kate! Confia em mim?
–Eu confio! Mas eu não confio em mim mesma! Eu vou morrer!
–Não vai não! Olha, onde estamos tem um baixo nível de gravidade você vai sair flutuando vagarosamente, e não cair em um precipício! Você consegue! Eu acredito em você!

Ela me olhou tão desapontada, acho que realmente achava que iria morrer. Mas eu sabia que isso não iria acontecer, e mesmo que ela não conseguisse eu iria até o fim do mundo com a Tardis até chegar a ela se fosse preciso! Não poderia perdê-la assim tão facilmente! Principalmente se fosse minha culpa. Eu tinha prometido a mim mesmo que quando eu achasse alguém eu faria durar!

–Não se preocupe, se você se soltar eu pego você com a Tardis.
–Sério?
–Sim, anda logo!

Ela suspirou com os olhos fechados, e abriu com determinação, ela deu um impulso com as mãos e se “arrastando” pegou a corda e segurou firme.
Eu puxei a corda e ela veio flutuando agarrada nela, até um momento em que eu peguei sua mão para puxá-la de volta pra Tardis. Puxei-a, foi um pouco difícil por causa da gravidade dentro da Tardis, quando muda repentinamente os pesos mudam também. Ela ficou de frente pra mim, tão ofegante, olhou tão fundo nos meus olhos, encarou bastante e deu um solavanco enorme pra me abraçar, foi tão forte que dei passos pra trás sem querer. E lá estávamos... Ela tão mais baixa que eu, com seus cabelos negros como o céu lá fora e longos perto do meu peito. Ficamos abraçados por um bom tempo, e em todo esse tempo foi como se essas borboletas começassem a voar dentro de mim, agora sim poderia entender aquela teoria. De repente, senti meus corações baterem mais fortes, poucas vezes tinha sentido isso, então coloquei minhas mãos em sua cabeça como se estivesse trazendo pra mais perto, para retribuir seu abraço, que era sincero por sinal.

–Obrigada! (falou aliviada e ainda abraçada comigo)

De repente ela se afasta um pouco e com um olhar muito desentendido ela olha pra mim e diz:

–Seus batimentos... São... Estranhos!
–É... bem, isso é por causa do outro coração que insiste em bater com o ritmo desordenado!
–Outro? Peraí você tem dois corações?
–É... Tenho! Isso te assusta?
–Um pouco, nunca tinha ouvido falar de algo igual, mas é incrível!
–Às vezes não é essa maravilha toda que você pensa que é.
–Por quê? Você sente as coisas em dobro?

Dei uma pausa. Essa teoria dela poderia estar certa.

–Nunca tinha pensado nisso!
–Eu... Posso sentir de novo?
–Ah... Pode.

Novamente ela me abraça dessa vez, pra ouvir meus corações como permitido. E em todo tempo só queria comandá-los a ficarem quietinhos pra não disparar feito uma sirene louca.
Ninguém nunca teria feito algo assim. Isso me assusta um pouco, sabe? Estou tendo sérios problemas comigo mesmo e não quero eles prejudiquem alguém, não mesmo.
Ela parecia tão confiável; desse tipo de pessoa que sempre está à seu favor e não abre mão, e que quando contamos um segredo, nem se torturasse alguém conseguiria arrancar. Gosto de pessoas assim, geralmente tem um monte de virtudes. “Então coraçõezinhos fiquem quietinhos aí e ajam naturalmente’ (eu pensava o tempo todo)

–Por que você é tão cheia de mistérios? (perguntei sem mais nem menos)
–Eu respondo se me disser porque você está tão triste!

(uma resposta bem inteligente, mas não responderia. Não queria assustá-la logo de cara. Não poderia chegar e logo dizendo: -A minha antiga companheira foi sugada para um mundo paralelo e nunca mais vai sair de lá por minha causa, você quer substitui-la ou ser a próxima?)

–E o que te leva a pensar que eu estou triste? (respondi querendo disfarçar a verdade)
–Tá estampado na sua cara, seus olhos não negam a ninguém!
–Não estou triste, eu estou alegre. Porque vai começar tudo de novo.
–O que vai começar de novo?
–A adrenalina, as correrias, as perseguições, as prisões, as ameaças, as risadas e etc, e etc. Não posso definir a nossa viagem, porque estarei com você sentindo a mesma coisa que você vai sentir, essa é a graça.
–Então vai ser um recomeço?
–É. Um recomeço.
–Tá né! Cara me espera um instantinho aqui, que eu acho que eu vi uma coisa lá fora!
–O quê? É algum tipo de ‘alienígena” como você fala? Como ele era?
–O único alienígena que tem aqui é você!

(ela falou indo pra porta que estava aberta, e eu acompanhando-a caminhando vagarosamente. Sentamo-nos no limite da Tardis, onde outra vez ela saiu voando porque foi rápido de mais. Ela ficou balançando as pernas, eu apenas as deixei retas. )

–Doutor!
–Hum?
–Nem sei o que dizer, isso é a coisa mais linda que eu já vi na minha vida! É tão... Incrível!

Ela estava certa, era lindo demais. O espaço em sua completa insanidade, alojando grandes estrelas, nebulosas aqui e um planeta ali, as vezes passavam um asteroide e suas supernovas davam um brilho especial sabe?

–A história desse ponto é um pouco interessante quer ouvir?
–sim, claro!
–Bem, historiadores passaram milhares anos, pesquisando qual seria a melhor vista de todo universo. Todos eles concordaram que o melhor local era onde nós poderíamos ver quase todas as coisas de uma só vez. Um dia fizeram um congresso com os maiores cientistas de cada planeta existente em uma determinada galáxia. Daí todos eles fizeram uma votação para eleger uma pessoa para descobrir onde seria esse local. E adivinha?
–Escolheram você?
–Não era pra você dizer assim logo de cara!
–Mas você pediu pra eu adivinhar ué.
–É. Erro meu, mas enfim, eu fiz isso sem pressa e passei em milhões de lugares diferentes, levei quase três séculos pra completar essa missão. Eu iria a todos os lugares que as pessoas diziam ser o mais lindo dos mundos e por fim, era tão comum, eu não julgava ser tudo isso; mas, um dia, por um engano e por um enorme acaso eu passei aqui sem querer. E quando eu olhei pra trás que vi tudo isso foi intenso. Eu sei que é tão comum ver isso, por que, é um universo e nos acostumamos com uma imagem só de universo, mas, quando olho pra isso aqui, com tudo a minha vista se cruzando de uma vez só é maravilhoso. Eu não sei, é uma parte de universo única.
– Realmente. Não sei nem o que dizer diante de tudo isso.
–Então não fala nada, só aprecia.
–É um bom conselho.

Ficamos lá um bom e longo tempo. Quase meia hora se passou e lá estávamos, sentados e em silêncio. Em um momento ela começou a se inclinar um pouco e ficou encostada em mim. Eu apenas fiquei lá parado e me ofereci como se fosse um travesseiro, não queria fazer movimentos bruscos e assustá-la logo de cara.

–Se fosse você não dormia. Daqui a pouco é a hora do eclipse!



~♥~


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