Recomeço escrita por cantodestrelas


Capítulo 8
Um falso amor


Notas iniciais do capítulo

Oieeeee!!!! Cara, que saudade de vcs.!! Sério, eu fiquei super triste por nunca mais ter postado nada. Não pude porque nesses meses existe muitas datas comemorativas e onde eu trabalho tem que acompanhar cada uma delas e tal, fora os professores da minha escola que não cooperaram -_-. enfim, mas finalmente está ai o 8º capítulo. Como esperava muito o inico dessa aventura, eu tive que aprontar uma com o nosso querido e amado Doutor, né gente? Eu sou má!! Porém temos uma nova personagem aí, que podem marcar mesmo viu! Ela também é muito importante! Ah! E também esse capitulo ficou muuuuito maior do que o de costume. Espero que gostem e até o próximo capítulo pra nossa aventura! Allons-y e Boa leitura!



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–Vamos! Ah! Tantas coisas pra você conhecer! O universo inteiro espera a nossa chegada! Pra onde você quer ir primeiro?

Peguei a mão dela e saí arrastando ela em direção á Tardis.

–Peraí!! Ela parou e me puxou de volta, pra que eu parasse também. –Eu não posso ir agora!
–Como?
–É! Eu quase me esqueci dessa parte! Eu preciso falar com minha mãe antes!
–Como assim sua mãe? Kate você realmente está entendo isso aqui tudo?
–Claro que eu tou é só que... Eu não aguentaria viajar com você e deixar minha mãe sem saber de nada, mesmo que fosse só um dia!
–Ah claro! Nós chegaríamos lá e dizer quem sabe: Oi mãe, eu vou ali viajar pro espaço com um maluco, até mais! Falei ironicamente.

Ela riu do meu jeito irônico e patético de falar e explicou:

–Na verdade, não vamos dizer a verdade!
–Então se você vai mentir é melhor nem falar, não acha?
–Bom, não vamos mentir, vamos O-MI-TIR, é um pouco diferente!
–Okay né, não me responsabilizo pelos danos.
–E além do mais, eu preciso levar o carro de volta!
–Kate, sinceramente, eu não gostei muito dessa ideia.
–Porque não? É uma coisa tão rápida e insignificante que você nem vai notar!
–Eu ainda acho que isso vai acabar mal! Nunca acaba! As mães são... (suspirei) Eu já enfrentei vários inimigos, mas sinceramente, as mães são mil vezes piores que eles de se lidar.
–Mas, a minha mãe é diferente, eu lhe garanto que tudo vai ocorrer bem, eu aposto!
–Eu não sei!
–Peraí. Você tá com medo da minha mãe, é isso?
–Não! Claro que não! Nunca! Até parece! O Doutor, com medo? Vamos acabar logo com isso!
–O carro está ali, siga-me! (Ela falou tentando imitar meu jeito de falar.)
–Eu não falo desse jeito.
–Para de resmungar e vem!

Segui ela até o carro que estava estacionado no final da colina do vale. A estrada estava vazia, víamos várias plantações pelas duas janelas dianteiras por muito tempo até vermos algum sinal de civilização. Ficamos em silêncio por um bom e longo tempo; aproveitei esse tempo para refletir! Organizar um pouco as ideias; até porque tudo começaria outra vez, a mesma Tardis, o mesmo e velho universo de sempre, o mesmo Doutor (posso mudar a minha fisionomia até não puder mais, mas ainda sim, a minha forma de pensamento é a mesma), o que mudaria era ela, e eu posso achar que não, mas isso muda quase tudo; eu não poderia prever o que iria acontecer, mas esse é o clímax da coisa, o que dá a graça; então eu estou disposto a tentar descobrir... Pensei ainda em cada momento daquela madrugada na espaçonave, desde a mulher desmaiada na maca, a mesma mulher me salvando; e novamente ela salvando o mundo. Me veio um dúvida na cabeça: Porque ela nem pensou e já disse sim?
Era como se ela já tivesse esperando eu chama-la pra vir comigo. Olhei pra ela, ela parecia estar pensativa também, ou apenas concentrada na estrada, pra desviar dos buracos que surgia de tempos em tempos, apesar de dirigir bem. Não gosto de ficar com dúvidas, então perguntei:

–Kate!
–Hum? Ela respondeu com o olhar vidrado na estrada.
– Porque você aceitou tão rápido? Você nem pensou direito e já disse sim. Por que... Bom, geralmente as pessoas pensam nos seus familiares, amigos, sua profissão...

Ela me interrompeu e falou como se estivesse me dando uma bronca:

–Doutor, eu já disse que não me encaixo no “geralmente” das pessoas.

Fiquei em silêncio, não queria dizer nada, ela continuou num tom explicativo:

– E... Bom, eu apenas disse sim porque, eu decidi me ausentar um pouco da minha vida normal, e, pra ser sincera, eu acho o normal tão chato; eu queria fugir um pouquinho da realidade.
–Ah, isso é! Concordei com a cabeça.
–E então! Eu tenho que avisar a minha mãe que finalmente estou indo embora e vou demorar um pouco pra voltar pra casa... Talvez eu nem volte mais né, vai saber o que vai acontecer nessa viajem! Quer dizer... Acho que a palavra certa é aventura. É! Isso mesmo! Vai saber o que vai acontecer nessa aventura!
– Você tem um pouco de razão. (Mudei um pouco a expressão, de repente me veio uma preocupação.)
–Bem, tendo razão ou não, eu preciso me despedir da minha mãe.
– Odeio despedidas, tem muita gente chorando, fica difícil consolar todos de uma vez só! E depois só piora!
–Mas, dessa vez vai ter gargalhadas. Isso, eu tenho certeza.

Pensei comigo mesmo, quem ficaria feliz em uma despedida? Mas, não levei em conta isso que ela me falou. Mas, uma coisa eu levei em conta... sobre ela vir e não voltar mais. De repente tive medo; medo de perdê-la. Ela mal tinha chegado, mas, eu não aguentaria perder uma pessoa que convive comigo todos os dias e de repente eu perder. Acho que me traumatizei. Por um momento eu quis desistir de tudo, dizer: “Pare o carro e finja que nada aconteceu, e mesmo que você conte ninguém vai acreditar”. Eu decidi de vez. Iria falar mesmo, era isso, não poderia arriscar a vida de mais alguém. Já tinha aberto a boca pra falar, mas novamente me veio àquela mulher na minha cabeça, aquela do hospital, é! Aquela mesmo! Suas palavras me perseguiram! “Quando seu coração pedisse, ou achar que deveria, ache outra dessas, não é obrigado elas terem o mesmo fim, um dia você achará uma diferente, e quando isso acontecer, protege-a para que ela dure muito tempo com você”. Decidi não decidir falar! Como assim? Eu fiquei tão confuso. Acho que ficou tão evidente! Pois ela interrompeu meu pensamento:

–Você está bem? Tá passando mal? Quer que eu encoste o carro? (Ela falou reduzindo a velocidade)
–O quê?
–Sei lá de repente, você ficou pálido, parece confuso.
–Não é nada!
–Tem certeza?
–Tenho!
–Okay né... (Ela deu a partida novamente). Já estamos chegando, relaxa aí.

Demorou mais um tempo em silêncio, dessa vez ela não estava concentrada nos buracos da estrada, e sim em mim, em cada trinta segundos ela dava uma olhada pra mim, parecia realmente preocupada. Será que eu estava tão mal assim? Num certo ponto do percurso ela acelerava mais do que devia, segundo as placas... Depois de uns dois minutos ela estava na velha, movimenta e linda Londres. Em plena madrugada não tinha ninguém na sua rua que se chamava Deans Court, e paramos em frente a uma casa que parecia ser antiga, com um muro alto de tijolos marrons, e com árvores enormes que estava próximo do muro do lado de dentro, mas que víamos nitidamente fora da casa, algumas folhas até saia por cima do muro para o lado de fora.
Ela saiu de dentro do carro, mas não bateu a porta, apenas encostou; logo não a vi mais, e fiquei procurando-a pela sua janela, depois de alguns segundos um rosto aparece na minha janela.

–Hah! Você que me matar de susto?
–Pensei que alienígenas não se assustassem!
– Eu não tenho medo de nada!
–Ah claro! Não faça barulho, e não saia do carro eu vou colocar ele na garagem.
–Tá!

Ela seguiu em frente e abriu o portão maior. Nem eu e nem ela fizemos barulho. Ela entrou no carro novamente com a porta ainda encostada e estacionou numa parte do jardim.
Ela desceu, e viu que eu não saí com ela, de novo com a cara na minha janela, ela me disse:

–Se certificou que tem medo da minha mãe?
–Não tenho medo da sua mãe!
–Então por que não saiu do carro?
–Gosto de veículos.
–Você é um grande mentiroso. Para de frescura e desce!
–Você é chata assim mesmo?
–Pode apostar.

Rimos silenciosamente.

–Não feche a porta do carro. (ela falou aos sussurros) Deixa que eu fecho.
–Por quê?
–Por que não é pra bater! Minha mãe tem um sono leve. Tem que ser um pouco ninja.

Ela encostou a porta vagarosamente, se inclinou pra frente e empurrou a porta com todos os dedos, a porta fez apenas “clack” e não o estrondo de costume.

–Vamos continuar sussurrando desse jeito?
–Por pouco tempo.
–Quanto exatamente? (subimos uns dez degraus)
–Não sei. Talvez...

Ela colocou a mão na maçaneta da porta de madeira preta, mas não a girou, porque ela tinha se girado só, por influência de uma mão que a tinha girado pelo lado de dentro. A porta se abriu com um ronco, e tinha uma mulher de pijamas segurando a maçaneta.
Estava um pouco atrás da Kate, porque ainda não tinha subido o último degrau então não a vi direito.

–Agora! Mãe! (Kate falou um pouco surpresa.) – Não esperava você acordada essa hora!
–Onde você estava Kate?
–Bem... Eu estava... Onde era mesmo?

Eu subi o último degrau e fiquei do lado da Kate. Só agora a mãe dela tinha me percebido. A expressão dela tinha mudado: de brava para séria e surpresa ao mesmo tempo.

–Comigo. (Completei)

A expressão dela continuava a mesma. Dos três não houve nenhuma reação sequer. Ela deu uma encarada enorme, desde meu all-stars vermelho, até o fio arrepiado do meu moicano fajuto.

–E quem é você? (Ela falou dando um sorriso meio torto parecido com o da Kate e com uma voz de interesse)
–Eu sou o Doutor!
–Ah! Então você é um doutor? E porque você está com minha filha até essa hora? Ela está bem?
–Sim mãe, eu estou bem! (Ela falou primeiro pra que eu não falasse mais nada). Bem... Há uma explicação para isso!
–Há? (perguntei confuso)
–Sim, claro que há (Ela começou a demonstrar que estava enrolando) Bem... O Doutor é....Bom, ele é...
–Fala logo Kate! Sua mãe exigiu.
–Ela é meu namorado!
=O quê? (Eu e mãe dela falamos em couro)
–Mas, isso é uma maravilha! (Sua mãe festejou) Eu tenho um genro! E ele é doutor! (Ela gargalhou um pouco)
–É! (falei sem graça)
–Bem, mãe, ele estava passando mal, e, será que você poderia pegar um pouco de água?

–Claro que sim! Pode entrar Senhor... Ah... Como seu nome mesmo?
–Me chame apenas de Doutor!
–Bom, eu sou a Emma Fields, e você não sabe o prazer que é conhecê-lo.
–Que bom.
–Mãe! (Kate interrompeu) A água!
–Oh! Sim! É claro! Eu já tinha esquecido.

Ela saiu apressada para pegar a água. Eu esperei ela virar o corredor para dizer:

–Você é maluca? (falei sussurrando)
–Agora você tem que entrar na onda!
–Como assim namorado? Eu não sei nem o que dizer.
–Então não diga nada, apenas concorde!
–Por favor, diga que isso não está acontecendo!
–Porque você está tão tenso?
–Porque, ela vai nos descobrir, somos uma farsa, lembra?
–Meu Deus! Doutor, a minha mãe é a pessoa mais fácil do mundo de se lidar! Tenha calma, (ela disse ajustando a lapela do meu sobretudo e dando umas limpadinhas no meu ombro, como se estivesse me preparando para algo) olha, eu ainda não acredito que você tá assim! Doutor, eu vi você encarar aquela criatura encapuzada até ela ter medo e não encarar mais, até eu fiquei com um pouco de medo de você! O que aconteceu com o cara fodão da nave?

Escutamos uns passos. Ela se apressou pra dar tempo falar tudo.

–Ela já vem, ela vai perguntar várias coisas da sua vida, inventa uma história de uma pessoa comum. Okay? Tudo vai da certo seu bobo, você tá se preocupando em vão! Até porque ela sempre quis que eu tivesse um namorado, então ela vai bajular muito você. Eu vou lá em cima pegar umas coisas entendeu?
–Você não está ajudando sabia?
–Não vai ter graça se eu ficar!

Os passos começaram a ficarem mais forte, e Kate foi subindo por uma escada enorme que levava pra outro andar da casa.

–Kate! Kate! KATE!
–Que gracinha! (A mãe dela estava parada na porta da sala me observando gritar desesperadamente pra Kate voltar) Tão apaixonado!
–Ah... Sim... É... Kate é uma graça. Engraçadinha demais até!
(Ela deu outra gargalhada)
–Sim! Isso é! Toma sua água, sente-se aí no sofá.

Eu peguei o copo de água e comecei a beber rapidamente (fazia tempo que eu tinha bebido água)

–Você está melhor?
–Sim, obrigada!

Eu me sentei, com os cotovelos apoiados no joelho e com a mão no queixo.

–Você tem uma casa bastante confortável!
–Obrigado!
–Muito bonita por sinal.
–Então Doutor, há quanto tempo você conhece a minha filha?
–Ah! Direta não? É... acho que faz uns... Uns 60 dias. (falei meio irônico por que tinha a conhecido há 60 minutos)
–Hum, isso é um bom sinal.
–E em que hospital você trabalha?
–Bom, eu tenho uma clínica no Texas!
–Ual! Isso é um ótimo sinal!
–É?
–É! Então você mora no Texas?
–Sim!
–Com os seus pais?

Deus uma grande pausa, não a encarei mais aqueles olhos verdes enormes pra responder.

–Bem... Eles... Não estão mais perto de mim, porque morreram faz muito tempo.
–Ah! Por favor, me perdoe Doutor, eu não quis magoá-lo!
–Tudo bem, você não sabia.
–Claro.
–Você já namorou alguma vez?
–Sim. Podemos dizer que sim.
–E o que aconteceu com ela?
–Bem, ela também não está mais entre nós. (Meus olhos marejaram, quiseram derramar algumas lágrimas, mas me contive olhando um pouco pra cima)
–Meu Deus! Perdoe-me novamente! Nossa! Essas minhas perguntas não estão nos levando
á lugar algum!
–Não se preocupe comigo! Pode terminar! O que mais você quer saber de mim?
–Acho que nada mais!

Teria que pegar sua confiança, sabia fazer isso, lá vai eu fazer um teatro.

–Bom, não se preocupe senhora Fields, eu cuidarei bem da sua filha, até porque ela está reiniciando uma nova fase na minha vida, eu percebo claramente que ela é diferente e, eu vou fazer de tudo pra que nada aconteça a nós, porque vou protege-la como se não houvesse amanhã.
–Nossa! Isso é o que eu chamo de declaração, apesar de você estar falando isso pra mim né! Mas, você já sabe né? Que se quebrar o coração dela eu lhe mato?
–Sei, se eu fizer isso eu lhe dou a faca, pra você me matar. Mas, ela já sabe disso! (ou não)
–Isso é ótimo! Você ainda me tirou uma enorme dúvida Doutor!
–Tirei é?
–É por alguns momentos eu até pensei que ela fosse lésbica!

Rimos um pouco. Kate apareceu com uma mala enorme descendo pelas escadas.

–Nossa, vejo que já estão se dando bem!
–Que mala é essa?

Nós dois nos levantamos do sofá.

–Nós vamos viajar mãe!
–É! Eu tinha me esquecido de dizer a senhora!
–Não tem problema! E pra onde vocês vão?
–Não sabemos ainda, vamos pra algum lugar bonito. Eu disse alegre.
–O que a senhora diz mãe?
–o que eu digo? Você colocou tudo o que precisa nessa mala Kate?
–Ai mãe! Eu te amo!
–Eu sei filha, vai ser feliz vai! E não pense em voltar pra casa nem tão cedo! Mas, volta pra eu matar a saudade!

Ela deu um abraço apertado em Kate, e outro abraço em mim.

–Tomem cuidado, e boa viagem!
–Até logo mãe!
–Até!

Fomos andando pela rua, que agora estava um pouco mais movimentada. Kate entrelaçou seu braço no meu e continuamos andando.

–Kate, eu estava errado sobre a sua mãe! Ela é uma pessoa legal!
– Eu te disse!
–Ah, me tire uma dúvida?
–Claro, se eu puder!
–Você é lésbica?
–Não! De onde você tirou essa ideia?
–Esqueça.
–Da minha mãe, só pode!

Ri entregando a Emma.

–Ela se faz às vezes!

Fomos andando, até chegar ao vale verde novamente. A Tardis ainda estava lá.

–Kate! Você tem certeza dessa escolha? Eu não quero que você se arrependa depois!
–Se eu não tivesse, eu não faria você enfrentar aquele interrogatório todo!
–Certo. Então Kate a nossa aventura começa agora!
–Estava ansiosa pra ouvir isso!

Entramos na Tardis. Fui direto pra o painel de controles. Olhei animado pra ela. E perguntei:

–Temos todo tempo e espaço, em todo lugar e a todo o momento... Por onde você quer começar?


~♥~


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Notas finais do capítulo

Até o próximo capítulo, me perdoem caso tenha algum erro de digitação, eu não pude revisar!!! Beijos e Allons-y!



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