O Namorado Da Minha Irmã escrita por Uma Garota Nada Romântica


Capítulo 14
Capítulo quatorze.


Notas iniciais do capítulo

Hey amorecos, como estão? Feliz por me ver por aqui? Já que eu demorei para postar, sem mais delongas, #Boraler!



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[...] Beatriz

Quando sofremos um acidente, o mundo parece parar, você se encontra dentro do seu pior pesadelo. Por segundos de distração eu estava entre a vida e a morte, não conseguia me mexer, minhas pernas estavam bruscamente feridas com alguns hematomas e arranhões, e mesmo assim eu não sentia absolutamente nada dor.

Olhava ao meu redor e via pessoas desesperadas, algumas chorando e outras pedindo socorro. Momentos da minha vida passavam feito flash black por minha mente, tantos momentos que passei, tantas coisas que vivi, eu não queria morrer agora, eu não podia morrer agora! O desespero tomou conta de mim, minha visão estava em câmera lenta, minha audição diminuiu, meu corpo estava formigando e o pior é que eu não conseguia fazer nada para salvar minha própria vida, justo eu Beatriz Walker que sempre fui tão forte, vou ser derrotada covardemente pela injusta e dolorosa morte. A única coisa que pude sentir foi uma fina lágrima escorrer sobre meus olhos, depois disso tudo apagou.

***

Fui abrindo lentamente os olhos, já não estava mais dentro daquele carro, e sim em uma sala que me deixava um pouco tonta devido o seu tom exageradamente branco, ao redor contia alguns aparelhos que estavam interligados em mim. What eu não estava morta?

– Olá Senhorita Walker. - Notei a presença de um velho insignificante de jaleco e com óculos de grau, deduzi ser o médico.

– Pode me chamar de Bia, por favor! - Pedi com uma voz tão fraca quanto eu.

– Ah claro, Bia. - Concordou ele e eu sorri em forma de agradecimento - Está sentindo alguma dor ou desconforto? - Perguntou.

– Só um pouco de enxaqueca, nada de mais.

– Pode ficar tranquila você não irá sentir dor por algumas horas devido aos medicamentos. - Ele sorriu enquanto checava sua prancheta.

– Doutor, na verdade tem uma coisa que está me incomodando... - Ele fez sinal para que eu prosseguisse - Eu não estou sentindo minhas pernas, isso é normal? Algum efeito dos medicamentos?

– Bom Beatriz, isso é um caso complicado.

– Complicado como? - Eu sabia a gravidade da situação, só não queria aceitar.

– Complicado médio, não é o fim do mundo, na verdad..

– Quer dizer que eu estou.. - O interrompi - Aleijada? - Um nó se formou em minha garganta, eu não conseguia chorar, o choque foi maior que a emoção.

– Não sabemos se será temporário ou definitivo, para isso tenhamos que fazer alguns exames. Acalme-se senhorita, não a nada que a fisioterapia não resolva, você ficará bem logo logo. - Pediu ao ver o meu estado.

– Será que você não percebe? Eu não vou fazer fisioterapia, eu não vou ficar boa logo logo! - Fui interrompida por cachoeiras de lágrimas. - Eu não merecia isso! Eu não merecia ficar paraplégica, eu não merecia ser traída, eu não merecia ter sofrido aquele acidente, eu não merecia essa droga de vida! - Limpei algumas lágrimas e gritei. - EU PREFERIA TER MORRIDO NAQUELE ACIDENTE! - Entrei em uma crise, comecei loucamente a arrancar todos os aparelhos que estavam presos ao meu corpo, três médicos adentraram sala a dentro para ajudar o doutor a me conter, um deles contia uma injeção na mão direita, eu tentei me debater ou reagir, porém foi em vão, eu estava paraplégica mau conseguia me mover, derrepente sinto que mais uma vez vou apagar.

[...] Viviane

Eu estava com medo da maneira que eu poderia encontrar a Bia, meus batimentos cardíacos pareciam que sairiam do peito a qualquer momento, estava trêmula e prestes a ter um desmaio. Eu e Eduardo estávamos em frente a porta do quarto 208, faltava coragem para abri-la, tomo iniciativa e a abro, independente da Bia que estivesse atrás daquela porta, só de saber que ela está viva me acalma. Dou o primeiro passo a frente e sinto a mão do Duda segurar a minha, o olho e ele sussurra um -Vamos–.

A Beatriz que estava deitada naquela cama não era a mesma de três horas atrás, ela estava pálida, alguns arranhões pelo corpo e principalmente estava triste. Eu tentei ser forte, mas ver minha irmã daquele jeito mexeu comigo. Abracei o Duda e me derramei em lágrimas, tudo oque eu não havia chorado antes, chorei agora, é horrível ter seu corpo trêmulo e altos soluços de dor sair pela sua boca.

– Como eu queria que ela acordasse agora, nem que fosse pra me xingar ou me bater. - Disse o Duda, ele também estava abatido, muito abatido, porém não estava chorando, antes de entrar no leito da Bia me prometeu que seria forte por nós dois.

Eu não consegui completar uma frase qualquer sem soluçar ou me desmanchar em lágrimas, eu ainda estava abraçada a Eduardo, o abraço dele me transmitia tudo oque faltava agora paz, carinho e conforto. Eu sabia que se a Bia estivesse acordada agora odiaria nos ver juntos, nos xingaram e talvez até nos batesse, só que a única maneira que encontramos de seguir em frente foi um ao outro.

– Com licença, eu poderia falar com o Eduardo Almeida Campos? - Perguntou o mesmo doutor que havia nos recebido antes.

– Claro! - Respondeu o Duda com uma voz fraca. - Você vai ficar bem? - Perguntou enquanto limpava minhas lágrimas, assenti que sim com a cabeça. -Eu amo vocês duas! - Falou e me deu um beijo no topo da cabeça e em seguida saiu.

Pus uma mecha do cabelo atrás da orelha e me sentei em uma poltrona ao lado de Bia, respirei fundo e comecei a falar.

– Você sabe que nunca nos damos bem não sabe? Eu estaria mentindo se dissesse que sempre te amei. - Sorri - Só que com o passar do tempo eu aprendi a te amar, a te admirar, nós somos tão diferentes e ao mesmo tempo tão parecidas. - Limpei algumas lágrimas que insistiam em cair - Somos cabeças duras, temos um gênio forte. Parece que herdamos só as coisas boas do papai. - Ironizei. - Eu queria tanto, tanto que fossemos iguais as outras irmãs, que crescem juntas, brincam juntas, contam ou com as outras, só que com a gente foi diferente, o destino se encarregou de nos unir. - Mais uma vez explodi em lágrimas - E eu mau posso esperar para ver essa fase ruim passar, pra te ver boa logo, eu sei que quando você acordar vai me culpar de tudo que está acontecendo, e você tem razão. Só não se esquece de uma coisa, que eu te amo! E promete ser uma irmã melhor. - Me ergui da poltrona em que estava sentada, e dei um beijo na testa da Bia, me sentei novamente apoiei meus braços nos joelhos e chorei, chorei como se não houvesse o amanhã.

[...] Eduardo

Eu estava cansado, com sono e triste, muito triste. A única coisa que eu precisava no momento era de um banho gelado, eu ainda não havia dormido desde a festa do Binho, deveria estar fedendo a bebida alcoólica.

O doutor me chamou para conversar na sala dele, ele me contou a maneira que a Bia reagiu ao saber que estava paraplégica, me contou também da crise, eu apenas escutava sem dizer uma palavra se quer, eu sabia que se abrisse a boca eu iria chorar e eu não queria chorar, eu precisava ser forte pela Bia, pela Vivi e por todos os outros.

– Então Eduardo, um dos paramédicos que socorreu a srta.Beatriz encontrou isso junto a ela. - Ele me entregou uma foto nossa juntos, foi o dia em que matamos aula para ver o sol nascer. Pus a mão na boca para evitar um soluço.

– Isso estava com ela? - Perguntei olhando a foto.

– Sim, acreditamos que o motivo do acidente foi a distração com a foto.

– A culpa foi minha. - Disse apertando o punho. - De novo!

– Muito pelo contrário, está foto salvou a vida dela. No momento do acidente presumimos que a srta.Walker inclinou seu corpo para o lado direito para pegar a suposta foto, neste momento seu veículo chocou-se com outro, a parte esquerda que estava suas pernas foi atingida já a esquerda estava intacta.

– Salvou? Ou Você quis dizer causou? Se ela não tivesse se distraído nada teria acontecido e ela não estaria paraplégica! - O olhei incrédulo, como ele pode ver lado positivo, se não há lado positivo.

– Salvou, se Beatriz tivesse sentada por inteiro no lado esquerdo ela não estaria com paraplegia temporária e sim com traumatismo craniano ou até mesmo morta.

– Que? Peraí, você disse temporária? Quer dizer que a Bia vai poder andar novamente? - Dessa vez um sorriso estava a brotar em meu rosto.

– Tudo indica que sim! - O doutor sorriu ao ver minha reação.

– Essa foi a melhor notícia que eu recebi hoje! - Falei com um sorriso de orelha a orelha.


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Notas finais do capítulo

Então, oque acharam? Comentários? Dicas? Idéia? Críticas?
Próximo capítulo tem "POV" do João. :3
Inclusive vou tentar postar uma vez por semana. Amo vocês todos!
#AmoComentáriosLongos