Segredo Descoberto escrita por Caah Stoessel


Capítulo 32
Odeio...


Notas iniciais do capítulo

Olá, amorinhas(sim, apelido novo haha)!

Quero agradecer aos comentários anteriores, desculpa não tê-los respondido, não tive tempo. Mas irei respondê-los, se possível, ainda hoje.



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Violetta Castillo

— Não sei porque eu ainda faço essas coisas. Eu deveria ser mais responsável, não? — Francesca perguntou mais para si mesma do quê para mim.

— Não, não deveria. — Respondi sorrindo. — Se você fosse mais responsável você não seria mais a Francesca Cauviglia que eu conheci quando éramos adolescentes.

— Obrigada — Ela disse sarcástica, mas logo sorriu.

Estávamos numa verdadeira loucura. Após Francesca aceitar me ajudar a "invadir" a UTI para ver minhas filhas, saímos discretamente — se é que isso é possível para Francesca —, à procura do almoxarifado do hospital. O encontramos em um dos corredores mais afastados do segundo andar. Como previamos, encontramos lá dois jalecos de médicos ainda pendurados em cabides dentro de um pequeno roupeiro. Nos vestimos rapidamente, sabendo que poderíamos sermos expulsas à ponta-pés do hospital, mas resolvemos correr o risco.

Quando estávamos prontas, saímos do almoxarifado como se fôssemos médicas de verdade; ninguém suspeitou, o quê primeiramente eu agradeci, mas depois fiquei até um pouco preocupada, pois se eu e Francesca — dois desastres ambulantes —, conseguimos transgredir a segurança do hospital, qualquer um conseguiria fazer o mesmo.

Seguimos até o fim do corredor de cabeças baixas, evitando ao máximo olhar para os outros médicos e enfermeiras que circulavam por ali, e quando chegamos no fim do corredor, apertei o botão do elevador, que nos levaria até o 4° andar, aonde ficava a UTI e o berçário. Por azar havia um médico dentro do elevador, mesmo assim, entramos. Francesca apertou no botão e depois dirigiu o olhar para uma prancheta em sua mão — aonde ela havia conseguido aquilo? — quis perguntar, mas não o fiz. O médico nos encarou dos pés à cabeça, então deu de ombros e saiu do elevador quando paramos no 3° andar.

— Aonde você conseguiu isso, louca? — Perguntei realmente curiosa.

— Não sei...— Ela deu de ombros. — Só sei que alguém deve estar procurando. — Ela riu baixo e eu revirei os olhos.

O elevador parou e as portas se abriram, eu e Francesca saltamos de lá rapidamente, antes que os olhares das pessoas se voltassem para o elevador. Agora caminhávamos mais atentas, porém mantendo a descrição para ninguém nos descobrir. Passamos primeiramente pelo berçário, e, instintivamente uma de minhas mãos repousou em minha barriga ao observar vários bebezinhos ali, e pensei que em alguns meses eu veria o meu bebê ali. Sorri quase que involuntariamente ao pensar nisso, mas Francesca me despertou:

— Acho que é ali, Vilu. — Fran sussurrou e apontou para uma porta grande, aonde havia uma vidraça como parede. Eu assenti e me aproximei.

Minha primeira ação foi de procurar pela sala duas figurinhas pequenas e loirinhas. Às encontrei, suas camas ficavam uma do lado da outra, eram separadas apenas por uma cortina num tom azulado — assim como os outros pacientes dali.

Repousei minha mão na vidraça, como se pudesse tocá-las, mas não podia. As lágrimas começaram a cair e a deixarem minha visão embaraçada, sequei-as rapidamente antes que algum médico ou enfermeira me visse e suspeitasse de algo, mas era quase inevitável não chorar naquele momento.

Senti a mão de Francesca em meu ombro, como se quisesse me confortar e dizer que elas ficariam bem, mas isso não estava ajudando. Ver meus dois anjinhos daquele jeito era a pior dor que eu já havia sentido. Pior até do que viver praticamente minha vida inteira pensando que minha mãe estivesse morta — o que não era o caso.

— Odeio ser tão impotente nesses momentos! — Falei com a voz falha. — Odeio...

Francesca não disse nada, imaginei que não havia o que dizer naquele momento, não é como se "elas vão ficar bem" adiantaria. Não. Não adiantaria.

Angel e Melissa estavam totalmente imóveis, seus olhinhos verdes tão alegres estavam fechados, ambas estavam com as bocas levemente aroxeadas, e o soro estava ligado em ambas, com várias outras máquinas ligadas à elas. Notei que seus nome "Angel Castillo" e "Melissa Castillo" estavam trocados, de forma que colocaram o nome de Angel em Melissa e o de Melissa em Angel. Aquilo me fez sorrir. Ninguém nunca conseguia distingui-las pela aparência, a não ser eu e León.

— Senhoras? Acho que não deveriam estar aqui, certo?

Nos viramos assustadas. O médico que atendera León mais cedo estava diante de nós, com a sobrancelha arqueada e nos encarando, esperando por uma resposta.

— Desculpe... precisava vê-las. — Respondi desviando o olhar para minhas filhas novamente, esperando por uma bronca vinda do médico.

— Entendo — Ele disse, compreensivo, o quê me surpreendeu. — Quem sabe não devêssemos transferi-las para um quarto separado dos demais pacientes?

— Isso é possível? — Fran perguntou, percebendo que eu não conseguiria responder.

— Certamente. Mas se for transferi-las para outro quarto, provavelmente o hospital cobrará alguma taxa extra...

— Eu pago. — Respondi depressa. Só de pensar na possibilidade de ficar mais perto de minhas filhas já me animava um pouco.

— Então aconselho que a senhora vá até a diretoria do hospital para pedir a transferência. — Ele disse, e nós concordamos. — Mas agora eu realmente peço para quê se retirem, pois essa área é restrita à visitas.

Assentimos, e então olhei mais uma vez para minhas pequenas, em seguida eu e Francesca seguimos em direção ao elevador, em total silêncio.

Assim que chegamos ao 1° andar novamente, fui até a sala de espera com Francesca ao meu lado, a sala estava cheia. Angie e papai estavam de pé perto da parede, Diego estava de pé também, e Ludmila e Federico sentados com Daniel no colo de Ludmila.

— Que roupas são essas? — Ludmila perguntou assim que nos viu. Eu e Francesca nos entreolhamos e então olhamos para nós mesmas, para só então perceber que ainda estávamos com os jalecos.

— Não acredito que fizeram isso que estou pensando! — Angie disse levando a mão até a boca, de forma teatral. Me segurei para não rir naquele momento.

— O quê? — Papai perguntou confuso.

— Elas invadiram a UTI! — Angie exclamou e revirou os olhos em seguida.

— E como minhas netas estão? Viram elas? — Papai perguntou ansioso.

— Germán! — Angie disse o repreendendo, em seguida olhou para mim. — Como elas estão?  — Questionou, e então rimos.

Autora

Quando já era de noite, Germán e Angie conseguiram, finalmente, convencer Violetta a ir para casa, ela foi, mas voltaria mais tarde para passar a noite com Angel e Melissa, que já estavam em um quarto particular, aonde podia ficar uma pessoa como acompanhante. Que no caso seria Violetta.

Vilu saiu do hospital e atravessou a rua para pegar um táxi, ela entrou no táxi e disse para o motorista o endereço de sua casa.

Em menos de vinte minutos ela já estava em frente à sua casa. Pagou o motorista do táxi e então ele deu partida no carro e foi embora, ela virou-se em direção à entrada de sua casa, mas então percebeu a sombra de uma pessoa, sob a luz do poste da rua, então ela se virou novamente, só dando tempo de perceber Clement colocar um pano branco em seu nariz. Em seguida sua visão ficou turva... então ela apagou.


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Notas finais do capítulo

Então? O que será que vai acontecer com a Vilu? Também estão querendo matar o Clement? Se sim, sorry, vocês vão querer matá-lo o triplo de agora nos próximos capítulos! Hahaha...

Bem, a pergunta que eu quero fazer é sobre uma outra história(de Violetta), que eu pretendo postar, mas antes eu queria saber se a história terá futuro e se vocês iriam acompanhá-la e tals...
Aqui está a sinopse:

A realeza era algo que já estava no sangue de Violetta desde seu nascimento; isso não podia ser mudado. Por mais que ela não aprovasse o fato de quê um dia - muito em breve -, ela seria rainha, seus pais a obrigavam, já que ela era a mais velha de três filhos e a primeira na linha de sucessão.

Mas tinha o lado bom de ser princesa: em seu reino ela tinha a liberdade de fazer tudo o que quisesse, menos, é claro, se opor à coroa. Fora isso ela podia fazer qualquer coisa sem que ninguém a olhasse torto - não que ela fizesse algo que merecesse tal atitude. Mas e se ela não estivesse em seu Reino?

Após seu tão adorado Reino ser dominado por rebeldes que recusavam-se a seguir as leis do mesmo, ela teve que fugir para um país totalmente diferente. Buenos Aires.

O quê seria dessa princesa acostumada a ter tudo do bom e do melhor no meio de uma cidade desconhecida, e, ainda morando com pessoas que ela nunca vira na vida? As regras seriam diferentes, já que em Buenos Aires as coisas não eram lideradas na base da realeza.

*****

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