Segredo Descoberto escrita por Caah Stoessel


Capítulo 10
Por que tudo tem que ser tão difícil?!


Notas iniciais do capítulo

Hello, pessoal, voltei com um novo capítulo para vocês!

Então, quem sabe que dia é hoje??!! Acho que todos sabem que hoje é o niver da nossa princesinha neh...

[Tini Stoessel] Nossa princesinha já ta completando 1.8 aninhos(palmas), parabéns pra ela... Parece que foi ontem que tinha acabado de colocar na Disney, e por incrível que pareça, tava passando o segundo episódio da 1a temporada... Amor a Primeira Vista, devo dizer, desde então Tini virou parte da minha vida no mesmo momento...



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León Vargas

Certo. Eu não ouvi isso! Digam-me que isso que a Lara disse foi uma piada! Me digam que agora ela está morrendo de rir da minha cara, por favor, me digam isso! Isso não é verdade!

Fiquei intacto, como assim ela está grávida? Tudo bem, eu sei como isso acontece, mas... mas... como? Óbvio que uma criança deixa qualquer um feliz, mas essa não é a questão, eu até gostaria de ser pai, mas em momento algum eu me imaginei aqui nessa situação, tão inesperadamente! Na verdade até já me imaginei, mas não com a Lara, e sim com... com a Violetta!

Eu ainda estava parado igual à uma estátua, não movia um músculo. Até que Lara agarra meu pescoço e me beija, eu não consegui nem ter forças para me distanciar dela, eu estava... sei lá, paralisado!

Até que quando "nos" separamos ela diz:

— Seremos papais, León! Teremos um filho juntos! — Ela disse saltitante e me abraça novamente.

Violetta Castillo

O quê? Como assim minha mãe, Maria Saramego, está viva? Isso... isso, isso é impossível! Mas como...? Eu fiquei meio quê conturbada com tudo isso, ou melhor, muito conturbada com tudo isso...

Minha mãe não podia estar viva! Ela morreu quando eu tinha 5 anos, ou seja, há 16 anos atrás... Como ela está viva? Como?!

Fiquei paralisada no mesmo momento em que meu pai falou as seguintes palavras: "Mãe" e Viva". Isso não podia ser verdade!

Fui despertada com meu pai me chamando e estralando os dedos em frente ao meu rosto, só então senti algo quente descendo pelos meus olhos, a primeira lágrima de muitas que viriam a seguir:

— Como assim a mamãe está viva, papai? — Pergunto já de pé, com o rosto lacrimejando.

— Ainda não entendi muito bem isso, filha, mas no início do mês, eu recebi uma ligação muito suspeita, era a voz da Maria, da sua mãe, Vilu. Essas ligações viraram constantes até semana passada, e então as ligações cessaram. Mas hoje, hoje à tarde ela ligou, e disse que queria se reaproximar de você, filha, eu nem sei o que pensar, ela mentiu para todos. — Ele diz amargurado e me olha esperando minha reação, enquanto vejo seu rosto triste que chega a dar dó.

— E você ia me contar isso quando, papai?! Desde o início do mês, e apenas hoje você me diz isso! — Altero a voz, mais não grito, afinal as crianças já estavam dormindo. — Eu não acredito — Sussurro a última parte fazendo com que apenas eu ouça.

— Desculpa, Vilu, nós até contaríamos antes, mas sabíamos que você estava preocupada com o fato de ter que contar sobre o León para as gêmeas, e achamos que seria demais para você. Pensamos que era alguma brincadeira de alguém... mais parece que não. — Angie, que até então estava calada, se manifesta — Mas agora não dá mais para esconder. Sua mãe voltou mesmo, e quer te conhecer! Não sabemos o que fazer, o que pensar, não sabemos de nada nesse momento, estamos tão confusos quanto você, só acho que você está mais. — Angie já estava chorando rios também. Imaginei que não seria fácil para ela também, afinal, minha mãe é a única irmã dela, e descobrir que ela mentiu esse tempo todo... foi um baque e tanto.

— Eu... eu... eu preciso sair! — Digo apressada sem esperar pela manifestação de ninguém, e saio a mil pela porta.

León Vargas

Estava deitado na minha cama, especificamente olhando para o teto com as mãos embaixo da cabeça. Estava pensando no que eu faria agora. Eu não podia abandonar Lara justo agora, não poderia terminar com ela nesse momento, como eu havia planejado. Seria muita irresponsabilidade vinda da minha parte. O melhor a se fazer nesse momento, seria dormir. Dormir e acordar apenas no dia seguinte com minhas ideias e perturbações em ordem. Acordar no dia seguinte com uma solução para tudo o que precisa ser selecionado.

Mas...

Eu não iria conseguir dormir! E nada disso se resolveria dormindo!

Me levantei da cama, calcei meus tênis e coloquei uma jaqueta. Assim saí de casa. Peguei minha moto, e saí para esfriar a cabeça por aí...

Violetta Castillo

Saí tão apressada da casa de meu pai que não percebi a roupa que estava vestindo. Estava um pouco frio, e eu tava congelando com aquele vestido.

Já passava de 00h00, e eu me encontrava sentada em um banco na praça, no mesmo lugar aonde eu e León sempre nos encontramos. As pétalas da árvore não estavam a cair hoje, o que me faz pensar que essa árvore foi feita especialmente para o casal "Leonetta". As pétalas caem quando estamos juntos, mas quando estamos separados...

Isso parece idiotice, mas para mim não é!

Meus braços se encontravam em torno de mim mesma, na tentativa de me aquecer, o que, de fato não estava dando certo, pois a noite estava muito gélida.

Uma lágrima escorreu por minha face, logo veio outra, e mais outra. Minha mãe havia voltado, está viva! Eu não compreendo isso. Como? Do nada, de um dia pro outro. Ela está de volta!

Eu estou cada vez mais perdida na minha vida, eu vim para Buenos Aires para resolver meus problemas, para fazer aquela entrevista. O que resultou em problemas e mais problemas.

Primeiro eu tenho que contar a verdade à León e as gêmeas, o mais breve possível. Eu não posso esconder isso para sempre. Eu seria um monstro fazendo isso. Eu levaria esse peso para o resto da minha vida, e eu não suportaria ver as gêmeas crescendo perto de León, e ambas não saberem quem ele é de verdade!

Por outro lado havia León. Meus sentimentos por ele mudam a cada dia. Cada dia ficam mais forte o que eu sinto por ele. Mas não posso me envolver e depois que ele descobrir a verdade sair machucado, ou melhor, sair mais machucado ainda, pois supostamente eu já estou o machucando ocultando a verdade desde já.

E agora... bom, agora tem essa bomba: minha mãe viva. Ainda não caiu a ficha, e acho que isso só irá mudar quando eu vê-la - ou não -, pessoalmente.

Eu não queria voltar para casa de meu pai agora e ter que encarar ele e Angie, não agora, preferia dar tempo ao tempo. E também não podia ir para a minha casa sem minhas filhas, elas se assustariam demais se acordassem sem mim por perto.

Então esperaria mais um pouco, um momento ou outro meu pai e Angie iriam dormir, e até que isso não acontecesse, eu ficaria aqui esperando...

Foi então que resolvi cantar, talvez assim me esquecesse dos problemas... ou me lembraria mais...

 

Só segure minha mão um pouco

E feche a porta quando sair

Só me deixe aqui

Porque eu cansei de tentar entender

Eu queria que suas palavras pudessem de fato mudar

O que eu não consigo apagar

O que virou a minha cicatriz

Não sei quando foi que perdemos a cor

Quando foi que acabou

Pedi ao tempo pra te ter pra mim,

Mas não sei se vai adiantar

Há tanta coisa por falar

Parei o tempo só pra esquecer

O vazio que eu sei esta por vir

Como posso sentir saudade com você aqui...

 

 

Parei de cantar quando as lágrimas começaram a cair novamente...

— Por que tudo tem que ser tão difícil?! — Perguntei pro além, pois não havia ninguém ali.

— Não precisa ser. — Alguém diz e eu me viro assustada.

— León?! — Pergunto em dúvida por conta da escuridão da noite.

— O próprio. — Ele brinca e eu rio baixinho secando as lágrimas. — Por que tá chorando pequena? — Ele pergunta se ajoelhando ao lado do banco e acariciando minhas bochechas.

Por um momento fechei os olhos só apreciando esse momento. Mas logo voltei a realidade.

— Minha mãe está viva! — Digo rápido e ele arregala os olhos.

— O que?! Mas como? Quando... — Ele pergunta tão surpreso quanto eu. Ele se senta ao meu lado e delicadamente vira meu rosto de encontro ao seu.

— Tô tão confusa quanto você, León. — Digo e vem um vento frio, e forço mais meus braços contra meu corpo.

— Nossa, você está congelando... — Ele diz assustado. — Pega, coloca isso! — Ele tira a jaqueta e coloca envolta de mim.

— Obrigada. - Sorrio sem graça e ele ri baixo.

— Mas tô achando que esse não é o único problema que te aflige... o que mais está acontecendo que eu não sei? — Pergunta com a sobrancelha arqueada.

— Muitas coisas — meu subconsciente grita lá dentro.

— Como você mesmo disse... problemas e mais problemas. — Digo desviando seu olhar para não ter que encará-lo.

— Que tipo de problema? Se é que posso saber. — Ele diz virando meu rosto para ele novamente e eu suspiro.

— Escondi algo de uma pessoa há quase quatro anos, e agora tenho medo da reação dessa pessoa quando eu falar a verdade. Não sei como ele reagirá. — Digo a verdade, mas ocultando algumas(muitas) coisas.

— Ele? — Ele pergunta com o rosto sério.

— Ele? O que? Hãn... eu disse "ele"? Não, eu devo ter me confundido! —Digo rápido e ele se levanta do banco andando de um lado para o outro e eu o acompanho com os olhos.

— Não enrola, Violetta! Você disse "ele"! Quem é ele?! Quem? — Ele pergunta irritado eu abaixo a cabeça e suspiro.

— León... por favor, briga comigo outra hora, por favor, agora não. —Suspiro triste e ele senta no banco novamente e me abraça.

— Desculpa, princesa. Mas só de pensar na possibilidade de você com outro... argh! — Ele diz com desgosto.

— Tudo bem — Sorrio amarelo. — E você? — Pergunto querendo mudar o foco de mim, e querendo saber o que o afetava também.

— Eu o que? Eu nada! — Diz rápido.

— Por que você está aqui? Supostamente estaria dormindo à essa hora, não? — Pergunto.

— Não é nada, apenas queria sair um pouco. — Mentiu. Eu o conheço, sei que está mentindo. Mas não irei força-lo, afinal, não tenho o direito de obrigá-lo a dizer seja lá o que for, eu também tenho meus segredos. Só espero que esses segredos dele não sejam tão graves quanto o meu.

— Sei. — Digo suspeitando e ele ri. — Que horas são? Sabe? — Pergunto e ele olha no relógio de pulso e depois olha para mim assutado.

— Nossa. São 2h00! — Ele diz e eu arregalo os olhos. Como o tempo passou tão rápido?

— Meu Deus, tenho que ir. Amanhã preciso achar uma escola para as gêmeas! — Digo me levantando apressada.

— Calma, deixa que eu te levo. — Ele diz rindo da minha reação.

— Ok. — Só digo isso.

*****

— Obrigada por me trazer, León. — Digo grata e dando um beijo no canto da sua boca. Sei que não deveria fazer isso, mas foi mais forte do que eu.

— Foi um prazer. — Ele diz sorrindo. — Manda um beijo para a Angel e a Mel por mim. — Ele diz.

— Pode deixar. — Digo sorrindo e entrando em casa assim que ele some de vista.

Ao entrar, as luzes estavam todas apagadas. Supostamente meu pai e Angie haviam ido dormir. Amanhã falo com eles, pensei bastante, e eles não têm culpa de nada, são tão inocentes nessa história quanto eu.

Subi para o quarto, e só então notei que ainda estava com a jaqueta de León, sorri involuntariamente e fui trocar de roupa para dormir.

Assim que já estava pronta, me deitei na cama e coloquei a jaqueta ao meu lado, e assim acabei dormindo...


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Notas finais do capítulo

E então?? Gostaram do capítulo?? Ou não??

Aliás, a música que a Vilu cantou, se chama "Cicatriz", da Manu Gavassi..

Pessoal, ninguém aí, que tipo, AMA a fic, e ME ama kkkkk não quer recomendar a fic?? Ficaria imensamente feliz se alguém me desse esse maravilhoso presente a mim, já estamos no capítulo dez(10), e gostaria muito de uma recomendação ;-)...

Se tiver alguma recomendação, tentarei postar mais seguido(se for possível), pois a escola não ta fácil esse ano, e ta beeeem puxado :-0

Enfim, acho que é isso, espero quee tenham gostado...

Kisses My Lifes...