Seguindo... Repostada escrita por Myka Baggins, Dorian Kirigakure


Capítulo 8
Capítulo VI: Desespero...




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Capítulo VI: Sofrendo...

"Seu cheiro... Seu gosto... Eu quero provar!"

Era insano, inexplicável... Sem noção...

Era como se meu reflexo zombasse de mim...

Era eu e ao mesmo tempo não era...

Ali estavamos, as duas, eu e eu. Uma diante da outra... Eu chorava, ela sorria.

Seus olhos não eram amarelos como os de um Oni sangue puro, mas, sim vermelhos como os de um rasetsu, seu sorriso era cruel e seus lábios pronunciavam uma única palavra ..."Sangue!"

Ela repetia sem parar, e eu me angustiava cada vez mais.... Eu queria que ela se calasse, eu queria que Eu me calasse...

Já não sabia mais de nada... E assim, ela/eu, acabou com minha noite de sono.

Isso se repetiu durante três noites, era a fome batendo a porta... Eu não poderia deixá-la entrar, tinha que ser forte assim como Kazama queria que eu fosse. Eu tinha que me esforçar.

Durante esses três dias, não sai de casa, sequer fui para fora de meu quarto, Shiranui e Amagiri estavam preocupados, mas, sabiam que nada poderiam fazer.

Depois de uma semana, eu sentia-me corroer por dentro, era uma tortura, o meu eu vermelho, pelo menos era assim que eu me via em sonhos e alucinações, ficava cada vez mais sádica.

Ela estava a debochar de mim quando batidas na porta a fizeram desaparecer...

– Chizuru... Tem um garoto enchendo o saco lá na entrada. - Shiranui pronunciou.

– Kenji? - Perguntei roucamente.

– Esse mesmo, tentei expulsá-lo, mas, parece que ele cuspiu chiclete e se grudou no chão.

– Ele deve estar preocupado... - Falei mais para mim mesma.

– Sei que Amagiri não permitiria, mas, por que não vai brincar com ele? O tal de Okita ou Hideki, sei lá, está lá fora junto. Creio que não permitirá que você ataque o moleque.

Se Shiranui estiver falando a verdade, então...

– Acho que não faz mal eu ir vê-los.

– Ótimo, então, pare de ser anti-social e saia dai.

– Obrigada.

Assim que ouvi os passos de Shiranui se afastando da porta, me troquei rapidamente. Eu realmente gostava de Kenji, e talvez, quem sabe, vê-lo me fizesse bem?

Eles estavam realmente me esperando, quando sai, o sorriso de Kenji se alargou.

– Hime-chan, eu tava preocupado. - Kenji falou me abraçando.

– Perdão, eu andei doente. - Falei sorrindo docemente.

– Viemos convidá-la para jantar, todos se preocuparam com o fato de você ter sumido. - Okita-san falou.

– Obrigada Hideki-kun.

– Vamos!

– Kenji, acho que não é uma boa idéia. - Tentei argumentar.

Kenji usou as armas que todas crianças conhecem bem, e com os olhinhos pidões, me dei por vencida e os acompanhei.

A todo o instante, meu eu vermelho sussurrava em meus ouvidos a fome que sentia, eu estava enlouquecendo...

– Chizuru-chan, que bom que veio. - Kondou-san pronunciou sorrindo quando entrei na casa.

– Estavamos com saudades Chizuru. - Harada-san falou.

Eu olhei e cumprimentei um por um, menos Hijikata-san, ele ainda me olhava desconfiado...

Nós Onis, nascemos para sermos odiados pelos humanos... Aceite isso... Mate a todos e se sacie com o sangue deles.

A minha eu vermelha pronunciou dentro de minha cabeça.

Eu jantei e conversei com todos eles, brincava com Kenji e Heisuke-kun...

Meu lado faminto me mostrou cenas de todos eles mortos... Ela queria matá-los, eu queria matá-los...

– Preciso ir embora. - Falei.

– Ah! Mas, ainda é cedo Chizuru-chan... Chizuru-chan? - A voz de Harada-san se tornava um eco em minha cabeça...

Que lindo, veja, todos a estão olhando preocupados... Aproveite a guarda baixa... Mate-os!

E não ia dar ouvidos a ela... Minha garganta queimava, e eu estava perdendo o controle, estava caindo... Braços se estenderam rapidamente para me segurar... Não vi quem era, minha única preocupação era calar aquela maldita voz em minha cabeça...

Kazama...

Eu necessitava dele, do sangue dele...

Kazama logo virá...

Esse pensamento silenciou a voz em minha cabeça...

– Chizuru? Chizuru? - Era a voz de Hijikata-san a me chamar...

Logo pude ouvir todos, correndo de um lado ao outro... Eu não consegui abrir os olhos, eu estava inconsciente, porém, também estava consciente....

– Rápido Toshio, deite-a aqui. - A voz de Kondou-san soou autoritária, controlada.

Logo, senti algo macio abaixo de meu corpo.

Eu estava fraca... Estava faminta.

– Ok! Vim buscar a princesinha, já passou da hora de dormir e... O que aconteceu? - Shiranui... Era a voz de Shiranui.

– Quem deixou você entrar? - Harada-san indagou.

– Estava aberta e eu vim buscá-la.

– Não vê o estado dela? - Okita-san se pronunciou.

Eu me forcei a abrir os olhos e a muito custo, os deixei semi-cerrados, o pouco que eu pude ver era suficiente.

– Shi... ranui... - O chamei e me surpreendi pela rouquidão e falha de minha voz.

– Chizuru... Ah droga, você realmente precisa se alimentar. - Ele falou se aproximando.

Eu gostava de Shiranui, ele era divertido.

– Ela se alimentou, precisamos descobrir o que aconteceu... Chizuru-chan, pode me dizer o que está sentido? - Kondou-san perguntou.

– Não adianta, nenhum médico pode resolver o problema dela, vamos Chizuru, antes que Amagiri pire, além disso, precisamos fazer com que Kazama volte imediatamente. - Shiranui se pronunciou sério.

– Ela não vai a lugar nenhum, sequer pode manter os olhos abertos, que dirá andar. - Hijikata-san falou alterado.

– Você não a conhece, sequer sabe do que ela precisa! Eu recebi ordens para cuidar dela... Se ela não anda, eu a carrego! Agora, se segura ae baixinha que vamos correr.

Shiranui me pegou no colo e saímos de lá, com todos resmungando... Certamente, isso iria pegar mal, muito mal.

– Não conte ao Amagiri, mas, eu sei como dar um jeito em sua fome....

E assim, com essas palavras, meu bom amigo Shiranui se desviou de nosso caminho...


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