Não Leia Essa História escrita por Just a Teller


Capítulo 7
Capítulo 7 - Me chamo Renata




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Nota do autor pois não dá para por imagens nas notas iniciais nem finais:

Estão prontos para o fim da subida da montanha russa? Vamos entrar na descida daqui a pouco, segurem-se bem e tentem não gritar. Espero que gostem! ;)

O capítulo começa, agora:




Ele mentiu para vocês.

Quem mentiu? Sim, ele mesmo, o Henri. A proposito, não é o Henri escrevendo aqui hoje e é exatamente sobre isso que ele mentiu, essa história não é dele não. Ele se disse o protagonista, mas é apenas um coadjuvante na MINHA história, peço desculpas inclusive por vocês terem de aguentar esse metido, arrogante e pretensioso por tanto tempo, mas PELO MENOS ele preparou o terreno para quando eu chegasse, afinal existe a lógica da amiga feia. Vocês conhecem a lógica da amiga feia? Então meninas bonitas gostam de sair com meninas mais feias para que elas assim consigam atenuar a sua beleza tendo como contraste a amiga mais feinha do lado, true story

Meu deus, eu acabei não me apresentando, mil desculpas gente, como sou desajeitada. Me chamo Renata e é um grande prazer conhecer todos vocês e espero que vocês gostem de mim, não se preocupem eu não sou como o Henri, não vou ficar falando como eu sou sensacional ou me achando aqui não…

Ok, eu preciso falar como eu sou para vocês imaginarem né? Peraí, deixa eu me olhar no espelho e ir falando para vocês… Tenho um metro e cinquenta e sete de altura, peso em torno de 45 quilos, embora seja muito mal educado vocês me perguntarem isso, tenho a pele bem clarinha o que até me causa problemas porque não posso ficar muito tempo no sol, é complicado… tenho o cabelo longo e castanho bem escuro, meus olhos são grandes e castanhos também, tenho lábios carnudos que é a parte que mais gosto de mim, falam que não, mas eu acho que tenho a testa um pouco grande, não tenho muito corpo, nem peito, nem bunda, mas por incrível que pareça, eu prefiro assim, me acho bonita, não sou uma gostosona, mas assim é melhor, acho mulheres desse jeito mais bonitas, não quero ser uma panicat.

Não sou muito mulherzinha não, o que quero dizer com isso é que, não sei andar de salto alto, por isso to sempre de tênis, não sei passar maquiagem, por isso uso bem pouco e quando uma amiga minha passa em mim, embora goste de maquiagem nos olhos morro de medo de furar eles. Dou sempre um chilique quando minha amiga vai passar lápis no meu olho, não nasci para essas coisas… as vezes sinto que nasci homem… é, mas agora que vocês me conhecem um pouco, eu vou deixar vocês falarem com o Henri novamente, ok? Agora eu só queria me apresentar para vocês, porque a hora que eu começo a agir ainda não começou, mas é em breve, beijinhos para vocês, lindos e lindas, se cuidem e até daqui a pouco hein!

Ai ai… sim, galera, eu voltei… o mundo dá voltas… o sol tá nascendo então eu tô aqui. Espero que vocês tenham sentido a minha falta… Sentiram né?

Enfim, deixa eu continuar contando a MINHA história, minha… só minha.

Eu me acordei, estava deitado no chão de areia de onde era aquele parque, minha visão ainda estava turva por isso decidi não me levantar por um tempo até me sentir melhor, passou uns 5 minutos até que minha visão voltasse ao normal, eu estava com um gosto estranho na boca, ela estava seca e minha língua estava áspera, minha cabeça doía, como se eu tivesse levado uma porrada forte na cabeça, finalmente me levantei, não tinha mais nenhum parque ali, só eu e um chão de terra fofa, nenhuma alma viva pela volta, ainda tinha lixo do parque no chão, então eu imaginava que ainda estava no mesmo lugar.

Quando me levantei minha calça quase caiu, eu consegui segurar ela a tempo mas quase cai no chão por fazer esse movimento brusco, não sei porque, mas minhas calças estavam muito largas, eu senti até minha cueca assim, peguei o cinto e afivelei ele uns três buracos a mais.

Ainda tava me sentindo um tanto tonto, por isso achei que era melhor não voltar pra casa de carro para não acabar tendo algum acidente, andei um tanto cambaleante, eu realmente estava mal, sentia como se meus tênis estivessem muito maiores que os meus pés. Será que eles tinham me drogado e roubado um rim meu?

Peguei minha carteira, meus documentos, cartões, chave do carro e dinheiro, tudo estava lá, não me roubaram nada, por um segundo pensei como eu poderia ser tão estúpido a ponto de ter confiado em um cara de turbante em um parque de diversões… talvez a Carol estivesse certa e eu realmente estivesse começando a ficar obcecado na Dhébora, será que eu deveria aceitar que nunca iria conseguir nada com ela? Que era impossível? Seguir em frente sem conseguir o que eu quero nunca me pareceu uma boa ideia, não faz o meu estilo…

Quer dizer, a Dhé nem se importou comigo, foi embora sem saber onde eu estava e me deixou no meio do nada desmaiado.

Fiquei convicto que aquela não era a hora de pensar nisso e que era melhor comprar algo para comer e beber e depois pegar um ônibus para casa, não estava me sentindo bem ainda, não queria acabar vomitando na rua, sai daquele lugar onde não havia mais nada, ainda meio cambaleante, me sentia um dos caras do filme “Se beber, não case”.

As coisas estavam bem estranhas desde que acordei, tudo bem que eu estava bem torto naquela hora, mas todo o cara que passava por mim ficava me olhando, parece que nunca viram alguém bêbado na vida, não que eu estivesse bêbado, mas estava parecendo.

– Tá no bagaço, mas tá uma delicia, viu? - disse um cara passando por mim, você acredita? Não tenho nada contra gays, mas nunca vi nenhum chegar dessa forma assim sem nem saber antes se você era ou não gay também. Minha lógica com gays, era simples “opinião é que nem a bunda, cada um tem a sua e dá se quiser” eu não dou minha opinião sobre os outros darem a deles, entendeu? Além do que quanto mais gays tem no mundo, melhor para mim, sobra mais meninas para o Rei dos Sapos aqui… sobre lésbicas? Prefiro nem comentar… mas voltando, mostrei o dedo do meio pro cara, fiz cara de mal e continuei andando.

Cheguei até um barzinho qualquer, fui buscar uma lata de Redbull e alguma coisa para comer, como lá era meio sujo preferi comprar um saco de salgadinhos, meu favorito era Doritos e foi o que acabei comprando, cheguei no caixa entreguei o dinheiro, o cara me olhou com uma cara de sacana.

– Eu diria que você deveria comprar alguma coisa que não engordasse, mas você está bem em forma, viu… - ele me disse rindo.

Eu apenas peguei minhas coisas e sai dali… tinha alguma coisa errada. Fui andando até o ponto de ônibus comendo meu doritos e tomando aquele Red Bull bem gelado pra ver se recuperava minhas energias, no ponto de ônibus tinha aquelas vitrines de propaganda, como era envidraçada dava para olhar como se fosse um espelho, notei que no ponto tinha uma menina… era linda, o estilo Princesa em Perigo.

Deixa eu explicar, não existe uma nomenclatura oficial, acho que cada homem tem seu nome para isso, mas existem tipos de mulheres, no caso eu falo do tipo físico, não vou explicar todas aqui, isso seria injusto com todos os homens, mas vou explicar dois tipos com a nomenclatura que eu uso a “amorzinho” e a “princesa em perigo”.

Amorzinho é aquela menina fofa, sabe aquela menina parece que é feita de cristal que você tem até medo de tocar, é o tipo de menina que eu sempre tenho medo de quebrar o coração, me dá uma pena danada, me sinto quase um crocodilo quando pego essas meninas… quem entendeu, entendeu… mas então, acho que a melhor forma de explicar é, elas são tão fofas que você não consegue imaginar que uma menina dessas vá ao banheiro.

E a Princesa em Perigo é a evolução da amorzinho, ela é aquela garota que o cara vê como uma princesa em perigo e o sentido natural dele é protegê-la. A gente cresce vendo filmes de heróis que salvam as mocinhas que ao ver uma menina tão delicada assim, delicada como uma princesa, temos que protegê-la do mundo, como? Ficando com ela, é claro.

Gostei daquela menina, mas quando me virei para olhar onde ela estava, ela tinha saído… olhei por todos os lados e não a vi, simplesmente sumiu, quando olhei na vitrine lá estava ela de novo, comecei a me perguntar se a batida na cabeça estava me fazendo ter alucinações, foi quando olhei melhor para a menina.

Ela usava umas roupas bem largas, uma camiseta preta do filme Donnie Darko com os números 28:06:42:12, por cima uma camisa social de manga curta com todos os botões abertos, a calça larga era apenas segurada pelo cinto e os All Stars nos pés eram quase escondidos pela calça que era muito longa para as pernas curtas da moça, na sua mão ela segurava um doritos e uma latinha de red bull…

Eu me aproximei do vidro para olhar melhor, a moça se aproximou também… eu abanei para o vidro, a moça abanou também… fiz uma careta, a moça fez também… eu virei uma mulher! A moça gritou também, ou eu gritei? Agora fiquei confuso… e esse foi o grito mais fino que eu dei em toda a minha vida...


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Notas finais do capítulo

Gente, ninguém precisa ler as notas finais aqui desse capítulo, talvez elas fiquem um pouco longas, mas sinto que preciso fazer isso. Então se você não quiser ler, tudo bem, mas se você leu, muito obrigado.

Em primeiro lugar, recebi uma critica sobre a fic do blog Fanficcionados
(link para quem quiser ler: http://sttories-anotther.blogspot.com.br/2015/01/primeira-critica-publica.html)

Eu fiquei muito lisonjeado com tudo que a Marina falou e muito animado tão bem, é bom quando você vê o seu trabalho sendo reconhecido, ainda mais em uma história como a do Henri que ainda está bem no comecinho.

Cada comentário que eu recebo, cada acompanhamento, favorito, para mim é uma vitória e faz eu ter cada vez mais certeza o quanto eu amo escrever e vocês são grande parte do combustível que faz isso acontecer, sem vocês, eu continuaria sim postando a história, porque não gosto de deixar as coisas finalizadas, mas demoraria mais, faria com menos gosto, o frio na barriga que senti por todo esse tempo até que esse episódio saísse foi uma das sensações mais incríveis que já senti na minha vida.

Outra coisa importante, muita gente tem me ajudado a divulgar a fic, repassado para amigos, comentado dela em grupos, enfim, de qualquer forma que seja, eu fico muito feliz quando vejo isso.

Enfim, eu queria agradecer a cada leitor, independente se comenta ou não, independente se critica ou não, eu amo todos vocês, não tenho como expressar isso, mas queria você soubessem que são muito importantes para mim, vocês estão fazendo a vida de um carinha que escreve uns “bagulho muito loco” bem mais feliz.

Obrigado e um beijo ou um abraço meu e do Henri para todos vocês.