Não Leia Essa História escrita por Just a Teller


Capítulo 61
Passado 9 - Luz no trânsito


Notas iniciais do capítulo

WOW Essa manutenção no site meio que atrapalhou um tanto o calendário da história, esse episódio era pra ter saído na quarta, mas não rolou né? =T Então hoje para não atrasar as coisas vou postar dois um hoje e outro amanhã, ok? Tanto um do passado quanto um do presente.

Beijos e divirtam-se!

PS: Leiam as notas do próximo capítulo, são bem importantes!



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“Espero que você esteja bem e não esteja pensando que eu te odeio ou qualquer coisa do tipo, não odeio nada do que aconteceu no passado, nem entre nós dois, mas decidi que não quero mais isso pra mim, me desculpa se isso te desaponta.

Eu posso dizer que você nunca soube entender o que eu penso, mas você também pode dizer que eu nunca soube me colocar no seu lugar, sei lá… talvez um dia você perceba que o mundo não gira na sua volta, eu espero que você perceba… Se bem, que eu te desejo tudo de bom, juro. Torço que isso nunca faça você notar que tudo a sua volta desmoronou, mas se não der, me desculpe, mas eu vou seguir minha vida e muito bem, obrigado. Eu sigo meu caminho e você segue o seu também. Eu acho que já achei alguém para o lugar que você nunca quis e dessa vez é alguém que vai me tratar como eu mereço, então até mais, até quando não sei, mas até mais.”

Esse foi o texto que fiz na minha cabeça para dizer adeus a Anne, minto, essa foi a versão educada, pois existia também uma versão bem mais grosseira, querem ler? Tenho certeza que sim, do jeito que vocês a odeiam…

“Tchau, eu tô indo embora, pode chorar se quiser, mas depois de tanto me machucar eu tô vazando feito água e não adianta fechar a torneira porque as feridas vão continuar abertas. Se você fosse inteligente, você não ficaria tão triste por eu estar indo embora, pois quando deveria você nunca se importou. Se for sentir muitas saudades, eu te deixo uma foto minha, quer? Espero que você olhe para ela e se lembra de tudo que aconteceu entre nós. Todas as coisas bonitas que eu falei para você, todo o silêncio que recebi como resposta. Todos os sorrisos que eu coloquei no seu rosto, todas as cicatrizes que eu escondi para você não ver. Todas as rosas que eu te ofereci, todos os espinhos que eu tive que engolir, Mas isso acabou, arrivederci, c’est la vie, bye bye, tchau, sayonara, fui!”

Não, eu não falei nenhuma das duas coisas para ela, mas sabe? Foi melhor assim, eu não precisava dizer nada, eu não me importava mais, não me importava mais, eu juro, quer dizer, eu acho, não tenho porque me importar, ela que viva a vida dela e eu a minha, afinal de contas, não é?

Naquele dia seria meu primeiro encontro com a Bibi, ela havia me convidado para vermos um filme na casa dela, o nome era estranho, não sei dizer para vocês.

Cheguei lá e ela me recebeu na porta, ela usava uma camiseta preta com um esqueleto desenhado, dentro do esqueleto um coração bem vermelho contratastando com todo o resto da sua roupa que se completava com um short jeans preto, seus pés estavam descalços e eram bem bonitos.

Ela me levou até a sala da sua casa e nos sentamos no sofá, ela colocou o filme e desligou a luz.

O filme se tratava de um garoto chamado Donnie, ele tinha visto um coelho muito diabólico chamada Frank que era seu amigo imaginário, esse coelho disse para ele que tinha que sair de casa quando ele saiu uma turbina de avião caiu no seu quarto, se ele estivesse lá, ele morreria, o coelho lhe fez fazer várias coisas como inundar a escola e queimar a casa de um pedófilo, no fim ele tinha que salvar o mundo, pois de acordo com o coelho mundo iria acabar em vinte oito dias, seis horas, quarenta e dois minutos e doze segundos, o filme tinha um final bastante confuso.

— Como assim esse fim? Não entendi nada.

— O que você não entendeu? Tá tudo ali… — me disse Bibi.

— Quem era o coelho afinal de contas?

— Ah, isso tem várias explicações… Adoro esses filmes com plot twist!

— Sim, o plot twist é legal, mas ainda assim é confuso… Mas eu também trouxe um filme para vermos, um dos meus favoritos…

— Ah é? Qual?

— Mensagem para você.

— Que filme é esse?

— Sério que você não conhece? Tom Hanks, Meg Ryan? O melhor casal de todos os tempos!

Bibi me olhava com cara de quem não imaginava do que eu falava. Então eu apenas suspirei e coloquei para reproduzir.

No filme Tom e Meg se comunicam por e-mails sem saber quem são, na vida real, ela é dona de uma livraria pequena e ele de uma grande rede de lojas de livros, eles se odeiam, mas pelos e-mails ele se amam, é uma comédia romântica linda e maravilhosa, minha favorita de longe! Não vou falar mais para que não estrague o filme para vocês, pois merece ser visto!

Enquanto víamos o filme me lembrei do que o Sony tinha me falado quando soube que eu ia sair com a Bibi.

— Você vai sair mesmo com ela, Henrique? — disse ele animado.

Eu confirmei com a cabeça.

— Isso! Isso! — respondeu Sony animado pulando.

— Porque tanta animação?

— Vocês dois juntos ficam excelentes!

— Calma, a gente só vai sair…

— Henrique você nunca saiu com nenhuma menina, você não saíria se não fosse pra ser algo sério, eu te conheço.

— Vamos ver…

— Isso! Isso!

— Eu acabei de desistir da Anne, Sony, eu não vou ir depressa com isso…

— Não se preocupa, provavelmente ela também não vai querer ir depressa também.

— Porque?

— Bem, o último namoro dela terminou com o namorado dela a traindo e ficando com a garota.

— Nossa…

— Pois é, foi bem difícil para ela…Então trata ela bem, ouviu?!

— Porque não faria isso?

— Eu sei… eu sei…

Ficamos em silêncio por uns segundos.

— Isso! Isso! — exclamou Sony novamente pulando.

O filme acabou e Bibi parece que ficou bastante feliz em ver o filme, ela viu abraçada comigo, aquele filme era foda.

— Gostou? — perguntei.

— Sim, é muito bom, mas…

— Mas?

— Normalmente são as garotas que indicam filmes românticos e os homens que trazem as ficções cientificas…

— Eu não sou como a maioria dos caras.

— Sim, não é… você é a mulher da relação — disse ela rindo pra mim.

— Mulher? Não… Mulheres não fariam isso.

Me aproximei e beijei a Bibi, ela retribuiu, o beijo dela era muito bom, era diferente do da Anne, o da Anne parecia que ela estava te beijando enquanto o da Bibi parecia que estava recebendo o seu beijo, aceitando você nela. Depois de cada beijo ela dava um beijo menor, como uma marca assinada do seu jeito de beijar. Eu gostei.

— Você beija bem… — me disse ela.

— Obrigado…

— Não vamos ir com pressa, ok? — me disse ela.

— Eu ia dizer a mesma coisa…

— Eu sai de um relacionamento e…

— Calma, não precisa explicar ok? Não fica pensando nisso…

— Só não seja uma luz no trânsito…

— O que? — perguntei sem entender.

— Sabe quando você está em um lugar de noite só olhando o trânsito lá de longe, e você vê só as luzes dos carros passando, elas passam tão rápido, são brilhantes, chamam sua atenção, mas são tão efêmeras, tão curtas, não seja assim.

— Não vou ser. — falei sorrindo para Bibi.

— Promete?

— Prometo.

E assim passamos o resto da tarde, juntos e felizes. Eu nem estava pensando mais na Anne ou em o que ela fazia com quem quer que seja, eu só estava lá com a Bibi, aonde eu devia estar e aonde eu queria estar.


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