Não Leia Essa História escrita por Just a Teller


Capítulo 51
Passado 4 - Festa na Praia


Notas iniciais do capítulo

Não tenho o que escrever nesse capítulo... então espero que gostem XD



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Como se dirige um carro? Algum de vocês sabe? Eu precisava aprender a dirigir em menos de uma semana. Era uma tarefa que eu teria que dar um jeito de conseguir cumprir.

Não podia decepcionar Anne, não podia.

Naquele dia depois da aula eu iria para a casa da Carol, lá nos tínhamos um trabalho da escola para fazer, alguma coisa que envolvia uma maquete, qualquer coisa besta desse tipo…

— Eu preciso aprender a dirigir...

— Você precisa aprender a se controlar isso sim! Que ideia maluca foi aquela de dizer que levava ela?

— Eu não sei, eu entrei em pânico! Eu queria sair com ela e essa foi minha

primeira oportunidade e tentei aproveita-la.

— E provavelmente será a última?

— Você acha que ela não sairia mais comigo depois? — perguntei desesperado.

— Não, acho só que você vai se matar e aí não terá mais como sair com ninguém...

— Credo, Caroline! Pra que falar uma coisa dessas…

Carol deu de ombros, nesse momento o pai da Carol entrou no quarto dela.

— Carol, tem mais alguém com você, eu juro que ouvi a voz daquele…

O pai de Carol olhou pra mim, eu olhei para ele surpreso, nós dois sorrimos.

— Henrique — exclamou ele vindo na minha direção me cumprimentar.

— Oi senhor, como vai? — disse eu apertando a mão dele que apertava sempre de volta forte de mais.

— Então o que veio fazer na minha casa?

— Eu e a Carol temos que fazer uma maquete para a escola…

— Muito bem… muito bem... E sobre o que estão falando? Porque pelo que conheço os dois vocês fazem tudo menos estudar... — falou o pai de Carol rindo para nós.

— Eu estou com alguns problemas — respondi suspirando.

— Problemas?

— Eu me comprometi a levar a garota pela qual eu sou apaixonado a praia.

— E qual o problema disso?

— Ele tem que dirigir, pai... Não é de ônibus, o Henrique quer se matar.

— Você não sabe dirigir, Henrique?

— Não, senhor... E preciso aprender até o fim de semana, mas não tenho quem me ensine.

— Eu te ensino — afirmou o pai de Carol.

— O que? — falamos eu e Carol em uníssono.

— Ué, melhor que eu lhe ensine do que você se mate em uma rodovia qualquer, não? Agora vai descendo e pegando as chaves do carro, eu já lhe alcanço.

Eu, muito animado, desci as escadas correndo indo para perto do carro do pai de Carol, que olhava de volta para uma Carol enraivecida com seu pai.

— O que foi? — perguntou ele olhando para ela.

— Você quer que ele morra, pai?

— Pelo contrário, minha filha, quero que ele viva. Desde que eu conheço esse garoto, ele é o mais ingênuo e bobão que eu já vi, nunca sai com garotas, não faz nada. Se agora ele está tendo a chance de fazer isso acontecer de verdade, com certeza eu irei ajuda-lo.

— Você quem sabe… você quem sabe…

— Que mal pode fazer? Ele é diferente dos outros garotos, aqueles que você só vê por aí que só pensam em sexo, vamos deixar ele ser feliz.

O pai de Carol se levantou e foi até a rua me ensinar a dirigir, nos próximos dias, sempre que acabava a aula eu ia para a casa de Carol ele me ensinava tudo o mais rápido que pode para que eu pudesse dirigir e assim aconteceu, o final de semana chegou e eu estava sabendo dirigir até que bem.

No dia da festa na praia, antes de ir buscar a Anne, passei na casa da Carol para agradecer o pai dela e para, sem saber antecipadamente, receber um aviso de Carol:

— Henrique, não fique com essa menina hoje, entendeu?

— O que, Carol? Você tá maluca?

— Não, eu tô cuidando de você. Lembre-se a Anne não terminou seu namoro ainda, se ela for infiel agora, como você saberá que ela não será com você depois? Não arrisque por favor, não fique com ela, depois que ela terminar com o carinha lá, você fica com ela, tenha paciência…

Olhei para a Carol puto da cara, mas por dentro sabia que ela tinha razão, por isso nem respondi, apenas a abracei e fui embora.

Munido das aulas do pai da Carol, do carro do meu pai e de muito nervosismo buzinei na frente da casa da Anne, ela logo apareceu.

Ela já estava pronta para ir para a praia, usava a parte de cima de um biquíni amarelo e por baixo uma canga em volta da cintura. Ela estava linda, como se isso fosse novidade né? Ela sempre estava linda, sempre…

— Oi Rique! Pronto para a viagem?

— Aham... Tudo bem com você?

— Sim e com você? — me respondeu Anne me dando um beijo na bochecha, sentir a boca dela em mim era uma coisa maravilhosa.

— Tudo... Tudo…

A viagem foi tranquila, eu até que estava dirigindo bem, eu e Anne conversamos durante toda a viagem, comecei a ficar mais confortável perto dela, a gagueira cada vez mais diminuía e o amor cada vez mais aumentava.

Ela me falou da sua vida, como vivia com seu pai apenas pois seus pais eram separados e ela preferia viver com ele, de como sonhava em fazer direito e um dia se tornar a advogada.

Falou sobre o que estava achando da escola, falou que seu filme favorito era Entrevista com Vampiro e que amava as músicas da Lana Del Rey e Artic Monkeys.

E assim seguimos viagem até chegarmos a praia, a festa era a noite na beira da praia mesmo, quando chegamos lá era por volta de umas seis da tarde, ficamos um tempo na beira da praia, era engraçado porque a Anne não entrava na água, apenas molhava os pés na beira, eu entrei e mergulhei bastante adorava nadar, olhar ela lá na beira da praia era a coisa mais linda, eu fui até a beira para falar com ela, a vontade de beijar ela era gigante, mas eu sempre acabava pensando no que a Carol tinha me falado e então me segurava.

A hora da festa chegou, era meio que um luau com caixas de som dos carros na volta, devia de ter umas cento e cinquenta pessoas na festa, eu conhecia pouca gente da festa, mas nem era o que eu queria, eu só queria ficar com a Anne.

Eu não era muito bom com dança, na verdade parecia que eu tinha dois pés esquerdos, mas ela tinha puxado pra dançar e eu não poderia dizer não. Eu não curtia muito festas também, mas acho que já ficou bem claro para vocês do porque eu havia ido nessa.

Uma hora eu parei de dançar com Anne e fui até o bar que tinha ali do lado para ir ao banheiro, dei a desculpa de que ia pegar algo para nós bebermos, não ia dizer pra Anne que eu ia no banheiro, ela podia achar nojento.

Quando voltei Anne estava conversando com um cara, meu coração disparou por um instante, quem é esse cara que está com ela? O que ele quer? Quem deu o direito de ele falar com a minha garota? Sai daí! Ela é minha!

Ele era um rapaz com cabelo comprido e bem escuro, uma barba por fazer e um corpo atlético, não usava camiseta, apenas uma bermuda. Me aproximei com as duas bebidas e entreguei uma para Anne dizendo:

— Oi.

— Oi, Rique.

— Esse daqui é o João.

— E aí, bro? Tudo em cima? — me falou o tal de João fazendo um cumprimento com a cabeça.

— E aí…

— O João é surfista aqui da praia.

— Não só surfista, o melhor daqui. — completou o tal de João, que arrogante ele.

— O melhor… — confirmou Anne.

— João! — gritou uma moça que veio já puxando ele por uma mão — Vem, João! Tenho que te mostrar uma coisa! — João saiu dando um tchauzinho para nós enquanto sorria.

— De onde saiu esse cara?

— Ele veio me fazer companhia enquanto você foi buscar as bebidas…

— Companhia? Entendi…

— Tá com ciúmes? — me perguntou Anne rindo.

— Eu? Não…

Anne me abraçou.

— Que fofo…

Eu fiquei sem reação, meu rosto deve ter ficado completamente vermelho, eu apenas aceitei aquele abraço.

Naquele dia não nos beijamos, não fizemos nada de mais, mas aquele abraço, aquele abraço valeu por toda semana que eu perdi aprendendo a dirigir.


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