Não Leia Essa História escrita por Just a Teller


Capítulo 47
Passado 2 - Julianne, quer que eu te ame?


Notas iniciais do capítulo

Não posso mentir, a inspiração e a vontade de escrever voltaram com tudo, eu acabei esse capítulo na segunda, só liberei ele hoje na quarta pra não ficar soltando um em cima do outro.
Estou ansioso para chegar em algumas partes interessantes da história e principalmente para ver a reação de vocês.
Pelo menos um dos grandes mistérios começam a ser desvendados não é? Começamos a saber mais da Anne e do passado do Henri.



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Como continuar a contar a minha história? Se eu nem comecei e já me perdi pensando nela? Caramba, eu realmente estava apaixonado por essa menina, ela era diferente de todas as outras, era linda, maravilhosa, perfeita em todos os sentidos. Eu tinha que conquistá-la. Tinha que ter ela toda pra mim. Todos os dias, de hoje para o resto da minha vida e isso era decisão tomada, precisava fazer isso para ontem!

E assim passaram dois meses…

Eu não sabia o que fazer pra conquistar ela, se mal de olhar para a Anne eu já ficava envergonhado, imagina uma conversa decente.

A maior aproximação que tive dela foi a vez que estava chovendo forte pra caramba e Anne pediu carona no meu guarda chuva, no meio da caminho ela disse que ia ir sem, que era legal correr na chuva, eu demorei uns dois segundos pra entender o que havia acontecido, eu tava tão feliz de ela ter pedido a carona, mas também fechei o guarda chuva e fiz o mesmo que ela, detestava pegar chuva, mas se ela gostava, bem… eu meio que queria gostar também. Acabei ficando resfriado depois, mas isso é detalhe.

Eu não ia mais pra escola para estudar ou ver meus amigos, eu ia escola pra ficar olhando ela e pensando nela, só ficava sonhando, imaginando como seria ter ela pra mim, andar de mãos dadas por aí, rirmos juntos, nos beijarmos. Como seria nosso primeiro beijo? Eu nunca beijei antes, será que ela iria gostar? Eu tinha que tirar esses pensamentos da cabeça e me concentrar em uma forma de conquista-la.

O fato é que passaram-se dois meses e eu não imaginava o que fazer para sequer trocar duas palavras com ela, então pensei, já que não consigo falar com ela a melhor forma de comunicação seria a escrita.

De vez em quando eu gostava de escrever uns poemas, as vezes pensava em me tornar um compositor famoso, mas achava as rimas e composições que eu fazia muito pobres, mas eu iria me esforçar e iria escrever o melhor poema que já escrevi na minha vida, escrever a coisa mais foda que alguém diria para uma garota e com isso conquistar a Anne. Ter ela para mim e assim escrevi isso:

“Julianne… quer que eu te ame?

Quer que eu te ame, Julianne?

Eu ando pela rua e desde que te conheci

Nada é mais tão doce, nada é mais tão divertido

Porque tudo que você faz me hipnotiza

Como o jeito que mexe no cabelo com o dedo

Hoje eu vou te falar tudo que eu sinto

E não tenho mais medo

Vou juntar, cada pouco de confiança que tiver

E me jogar, na piscina que é seu coração

Vou juntar, toda coragem que não tenho

Não me importando se dentro há água ou não

Por você, eu vou

Por você, eu vou

Por você, eu vou

Me perdoe se eu gag-guejar

Por todo nervosismo na minha cabeça

Eu não lhe pareço familiar?

Cruzei com você em corredores

Tantas vezes não sei como pode não notar

Quero estar exposto e não ter mais medo de errar

Vou juntar, cada pouco de confiança que tiver

E me jogar, na piscina que é seu coração

Vou juntar, toda coragem que não tenho

Não me importando se dentro há água ou não

Sempre queremos o que não podemos ter

Mas sempre temos que tentar

Vou juntar tudo que puder...

Por você, eu vou

Por você, eu vou

Por você, eu vou”

Ficou bom? Eu dei meu máximo para escrevi tudo que eu estava sentindo e pensando sobre ela, eu achei que ficou bom, demorei bastante pra escrever porque eu escrevia e apaga muito pra ficar perfeito, fiquei torcendo que ficasse bom o bastante.

No outro dia, coloquei minha melhor roupa, coloquei o perfume do meu pai e me arrumei da melhor forma que eu pude, não sei se eu estava bonito, mas me esforcei pra isso.

O plano que bolei era simples, na hora do recreio, eu entregaria a carta para a Anne com uma rosa, de preferência em uma hora que não tivesse muita gente pela volta, só nós dois, para que se desse errado ninguém pudesse rir da minha cara.

O recreio chegou e acabei decidindo falar no final da aula, o final da aula chegou e decidi falar no outro dia e assim eu segui por uma semana, até que pus um basta e no final da aula naquele dia, fui até ela.

Anne estava parada na frente do colégio, eu fiquei pra trás na saída e pór isso tive que correr para falar com ela.

— Anne! Anne! — gritei correndo na direção dela.

Anne estava usando uma toca cinza, um suéter cinza mais claro que ficava bem largo nela e uma saia preta com cinza daquelas estilo colegial, ela estava muito fofa, linda e perfeita e eu estava um lixo, eu estava correndo na direção dela, mas o que me fez perder o fôlego não foi a corrida, foi ela ter olhado de volta pra mim, aqueles olhos… eles eram tão lindos…

Quando parei na frente dela, parei um pouco pra respirar.

— Anne... — disse ainda respirando forte.

— Calma… respira, tá tudo bem, Rique? — disse ela colocando a mão nas minhas costas.

Caramba! Ela lembrava meu nome! Tudo bem que ninguém me chamava de Rique, mas eu aceito isso totalmente vindo dela.

— Toma… — disse pra ela entregando a rosa e a carta, Anne cheirou a rosa e abriu a carta, ela leu atentamente e eu fiquei a olhando enquanto ela lia, eu não sabia o que falar ou fazer, ela sorria docemente enquanto lia. E eu ficava que nem bobo lendo

— Que fofo… foi você que escreveu?

— S-sim…

— Pra mim?

Não consegui nem falar, apenas fiz que sim com a cabeça, ela se aproximou, me deu um abraço e um beijo na bochecha.

Eu fui aos céus com aquilo, me senti como nunca tinha se sentido antes, me senti como Gimli de senhor dos anéis que ficou feliz quando pediu a Galadriel um fio de cabelo e ela lhe deu três ao invés disso, nada era mais belo do que ela ou qualquer coisa que vinha dela.

Depois de sentir aquele beijo eu só tinha mais certeza que ela era a minha garota, sabe nos filmes quando o cara conhece a garota que será a mulher da vida dele e ele sabe na hora? Então era assim que eu me sentia, eu sabia que era ela, ela seria a mulher que eu me casaria, ela seria a mãe do Leon e da Helena, era ela.

Porém da mesma forma que eu estava nos céus cai de lá rapidamente, ou melhor fui empurrado de lá direto para o chão e logo que cai tomei um soco na cara. Era um brutamontes, o cara devia ter uns dezoitos anos, era todo bombadinho e detestável, totalmente detestável.

— O que você tá fazendo com a minha garota? — perguntou ele pra mim.

— Calma, Guto, não faz isso com o coitado. — brigou Anne com ele.

— Não chega perto dela, entendeu? — disse Guto apontando pra mim.

— Vamo embora — disse o detestável para Anne, ele subiu em uma moto e ela olhou para mim com uma cara de pena.

— Adorei a carta, mas desculpa… — logo em seguida, Anne subiu na moto e eles foram embora.

Eu ainda estava no chão, estava doendo. Meu rosto não estava doendo, minha perna que ficou ralada de cair no chão, não doía, meu orgulho de todos verem pelo que passei, também não doía tanto assim, a dor não era fisica, o que doía era o meu coração, ele doía bastante.

Eu nunca tinha me apaixonado antes e quando eu me apaixono tem que ser por uma garota maravilhosa, maravilhosa em todos os sentidos, mas que tinha que ter um namorado brutamontes e idiota, ela merecia algo melhor, alguém melhor… E como um principe encantado que salva a princesa do dragão, eu tinha de salvar ela desse cara.

— Hen, você tá bem? — perguntou Carol se aproximando de mim.

— Tô…

— O que houve? — me perguntou Carol me ajudando a me levantar.

— Nada… — me levantei, limpei minha roupa e comecei a andar pra ir embora.

— Ei, fala comigo… — exclamou Carol.

— Outra hora, Carol, outra hora...

Depois Carol ficou sabendo o que houve, não por mim, eu não queria conversar com ninguém sobre isso, eu estava triste demais pra querer falar qualquer coisa.


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