Não Leia Essa História escrita por Just a Teller


Capítulo 45
Passado 1 - Me chamo Henrique


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente, eu andei notando uma coisa e queria perguntar para vocês, se puderem/quiserem me responder ótimo, se não tudo bem.

Do nada a história parou de ter comentários, no começo era cerca de dez por capítulo agora está em um, as vezes, dois.

Eu sei que disse que ninguém é obrigado a comentar e realmente vocês não são, mas eu fico na dúvida, se sou eu que estou fazendo alguma coisa errada que está desanimando vocês de comentarem, se puderem me responder, agradeço, pois realmente não sei.

Lembro novamente que ninguém é obrigado a comentar, vou continuar postando normalmente com mais ou menos comentários, apenas queria entender o que acontece, a história tem cerca de 200 leitores por capítulo e apenas um comentário me parece muito estranho, então o erro deve ser meu né?

Me avisem, seus lindos! Beijos e até o próximo capítulo!



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Oi, gente, tudo bem com vocês? Me chamo Henrique e tenho 14 anos, não sei bem como me descrever para vocês, eu sou um cara normal, um adolescente normal na verdade. Vou a escola, gosto de ouvir música, ver filmes, acho que coisas normais que todo adolescente faz, não? Sei lá, não sou muito bom em falar com outros, isso é estranho...

Eu passo meus dias jogando video game ou zoando com meus amigos na rua. Devo ter um metro e sessenta e alguma coisa, acho que sou normal, diria que atlético pra ficar mais claro, não sou fortão, nem de longe, não faço exercícios físicos e essas coisas, mas não chego a ser magricela.

Tenho o cabelo castanho e olhos também castanhos, por sorte não sou um cara cheio de espinhas. Não sei se sou bonito ou não, minha mãe diz que eu sou, qual mãe não diz isso para o filho não é? Mas qualquer outra mulher nunca me deu essa certeza, sim, eu nunca fiquei com nenhuma garota e estou feliz assim.

Se eu já tive oportunidade? Sim, algumas vezes, sempre tem loucas para quererem. Mas eu não quero pegar e ficar com qualquer garota para perder o meu primeiro beijo de forma tão vazia, acho que tem que ser algo especial, sabe?

Não quero que seja a garota mais linda do mundo, não é isso que eu estou esperando para perder meu BV, mas tipo, eu quero que seja a garota que eu ache a garota mais linda do mundo, entendem a diferença? Talvez o primeiro beijo não seja tão importante quanto a primeira transa, mas eu acho que sou contra a maré que é a maioria dos garotos, não me importo de esperar a pessoa certa, não. Não que tenha que ser a mulher da minha vida, aquela com quem eu vou casar e ter filhos, mas precisa ser alguém que eu esteja apaixonado de verdade.

Inclusive se um dia eu tiver filhos, quero ter dois, um casal. Seus nomes serão Leon e Helena. Leon é o nome de um dos meus personagens favoritos de histórias em quadrinhos e Helena é por causa da Helena Bonham Carter, que eu amo de paixão.

Com certeza meu pai iria argumentar que iria querer que eu colocasse o nome do meu filho de Henrique, pois é o nome dele e também do meu avô.

Meu pai é um cara muito sério, daqueles que passa o dia trabalhando e chega em casa cansado para fazer qualquer outra coisa, acho que ele tenta trazer o melhor que pode para casa no sentido financeiro, ele é advogado, dono de um escritório, então é do trabalho para casa aonde ele irá trabalhar mais ainda.

De acordo com meu pai quando se é dono de uma empresa você deve ser o primeiro a chegar lá e o último a sair, infelizmente isso significa ser o primeiro a sair de casa e o último a chegar também. Ele não tem amigos, tem apenas clientes e empregados, ele diz que é amigo dos seus funcionários, mas vamos ser sinceros, ninguém é amigo do seu chefe. Nunca vi ele indo em uma happy hour ou algo do tipo e a festa de fim de ano da empresa, bem ele trabalha enquanto ela acontece.

Minha mãe é uma dona de casa apaixonada, vive de romances, não com outras pessoas e sim com novelas, sua paixão. Ela passa o dia inteiro vendo novelas e cuidando da casa e de si mesma, o que é muito curioso, pois ela vai em salão, faz cirurgias plásticas caras, mas mesmo assim não parece que ela e o meu pai mantenham uma relação muito amorosa.

Minha mãe nunca foi muito de estudar, se formou apenas no segundo grau, nunca fez faculdade e nem mesmo ler livros ou jornal ela gosta muito. Na verdade, ela não gosta de ver nem jornal da televisão, ela diz que é muito violento.

Embora eu tenha certeza que eles nunca tenham traído um ao outro, talvez apenas na mente, meu pai a trai com o trabalho e minha mãe o trai com seus personagens da novela.

As vezes me pergunto como que eles conseguiram ter eu. Eu acho que eu sou tudo que restou de um momento que talvez nunca tenha acontecido. O reflexo de um “tudo que poderia ter sido” mas que nunca foi.

Por meu pai não passar muito tempo comigo acabei nunca tendo uma figura masculina forte na minha vida, a única que me lembro e ainda que vagamente é a do meu avô, pai do meu pai, o primeiro Henrique. Me lembro vagamente pois ele morreu quando eu ainda era pequeno, acho que o único motivo de eu colocar o nome do meu filho seria por causa dele.

Me lembro bem que ele brincava dizendo que ele era o Henrique, meu pai o Henriquinho, aliás, meu pai odiava ser chamado assim, eu o Henriquito e quando eu tivesse um filho ele seria o Henriquitinho que seria mais pequeno ainda.

Sinto falta do meu avô, acho que eu seria mais feliz se tivesse ele vivo ainda, se bem que meu pai não deixava meu avô ficar por perto de mim, eles eram meio brigados, me lembro que meu avô tinha alguns problemas graves de saúde, parecia estar sempre com tonturas e tinha um cheiro estranho que saia dele, diferente daqueles cheiros de idosos mesmo.

Talvez se ele tivesse vivo eu colocasse o nome do meu filho de Henrique, nem sei porque tô falando disso, vai demorar muito tempo ainda para eu ter um filho, mesmo que seja um dos sonhos da minha mãe. Como eu falei, ela ama romance e sonha que eu tenha um casamento e filhos como as novelas que ela vê, mas isso deve estar bem longe porque eu não consigo nem encontrar uma garota que eu goste de verdade e isso se deve muito ao que eu vejo por aí, tanto das garotas quanto dos caras.

O problema da maioria dos caras é que eles só pensam em conquistar as mulheres, eles só querem sexo e nada mais, não as levam a sério. Daí todas as garotas acham que os caras são todos iguais e isso ferra pra todo mundo.

Não que eu entenda muito dessas coisas, a maioria das coisas que eu aprendi sobre mulheres veio dos filmes e das músicas. Adoro ver comédias românticas, quem não gosta né? Poderia citar milhões de filmes aqui para vocês, mas meu favorito com toda certeza é o “10 coisas que eu odeio em você”, mas claro que tem vários outros.

Músicas também tem muitas desde antigas, Beatles, Elvis, até novas, curto até esses pop’s mais de garotas como Miley Cyrus, acho que ela tem futuro como cantora, parece uma garota tão certinha…

Eu estou na oitava série e no começo do ano, nunca cheguei perto de perder um ano, não sou o cara mais estudioso do mundo, mas também não deixo de estudar porque não tô nenhum pouco a fim de ter que estudar tudo de novo.

Meus amigos da vida toda são dois: Carol e Sony.

Carol é uma garota loira, baixinha e muito bonita, é uma doçura e muito fofa também, mas cuidado pra não irritar ela, porque parece que ela vira o Hulk, dá até medo. Não, eu e a Carol não temos nada haver e nunca teremos chance de ficar juntos, não tem nada haver isso, sério. Ela é como uma irmã pra mim

Sony é um cara um pouco mais alto que eu, ele tem um cabelo com franja meio espetado com luzes azuis, o nome dele é Matheus, mas ele detesta que o chamem assim, ele começou a ser chamado de Sony porque ele tem um mp3 da Sony que está sempre com ele, 90% do dia ele tá com ele nos ouvidos e mesmo que ele esteja conversando com você, ele fica ouvindo música, mas ele responde normalmente, não é como se ele acabasse ignorando as pessoas.

O que vou contar para vocês é uma história meio tensa e ela começa em um dia normal, não tão normal já que era o primeiro dia de aula daquele ano. Eu sentei na mesa perto da janela que eu sentava todo ano, Sony sentava a minha frente e Carol ao meu lado.

Eu estava conversando com eles sobre qualquer coisa não importante, normalmente eu me lembraria mas com o que aconteceu a seguir.

Uma garota entrou na sala, eu não sabia se ela era uma garota que mudou de sala ou se era nova no colégio, mas eu chutaria que ela era nova, eu não conseguiria não ter notado ela antes, quando eu a vi meu coração parou na garganta.

Ela era uma garota de mais ou menos um metra e sessenta, sua pele era bronzeada e tinha olhos grande e amendoados, eu não havia tocado nela, mas tinha certeza que a sua pele era macia, sua boca era linda e quando ela sorria, meu deus, eu quase desmaiava.

Seu cabelo era castanho claro e ia até o meio das suas costas. Ela era magra e tinha pouco corpo, estava usando uma calça legging que não época era moda as garotas usarem, uma camiseta simples e um canguru.

Ela usava brincos simples e pequenos, eles eram dourados, não sei se eram de ouro mesmo ou não. Nos seus dedos, ela usava um anel de prata na mão esquerda, que mãos lindas, delicadas, eu tinha muita vontade de segurar a mão dela.

Ela olhou para mim e na hora eu virei o olhar, mas acho que ela notou que eu estava bobo olhando pra ela, pois riu logo em seguida, é possível também que tenha sido porque eu fiquei super vermelho. Sony e Carol notaram que tinha algo de errado comigo, mas eu não respondia e cada vez ficava mais vermelho, mas meu desespero só aumentou, pois ela veio até mim.

Ela usava uns tênis simples, eram brancos, bem cuidados inclusive, com azul.

— Com licença… — disse ela para mim, senti meu coração na gargante.

— O-o-oi…— falei gaguejando.

— Oi — respondeu ela sorrindo e me fazendo sorrir de volta como um bobo. — Eu sou nova, sabe onde eu posso sentar? Não quero pegar o lugar de ninguém.

— Ah… ah… é… — eu não conseguia respondê-la.

— Pode sentar atrás dele. — respondeu Sony.

— E-eu sou Rique. — foi o que consegui dizer

— Oi, Rique… Eu sou Julianne. — sabe o sorriso da Monalisa? Era mais ou menos isso que eu via, ela não sorria, mas parecia que estava sorrindo, talvez fosse eu que a visse sorrindo sempre, sei lá.

— Não, não, eu não sou Julianne, quer dizer, eu não sou Rique, meu nome é Henrique, isso que eu quis dizer… — já estava parecendo um pimentão de tão envergonhado.

— Ok — respondeu ela sorrindo — pode me chamar de Anne. É como todos me chamam.

— Ok… — respondi virando pra frente, sabendo que ela estava sentada atrás de mim. Ainda estava meio atordoado com tudo aquilo, mas sabia que tinha conhecido alguém que mudaria a minha vida, eu tinha que conquista-la, eu tinha que chama-la de minha namorada.


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