Não Leia Essa História escrita por Just a Teller


Capítulo 36
Capítulo 36 - Papo em dia


Notas iniciais do capítulo

Agradecimento especial a Nara que mandou uma recomendação para a história.



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Confusos? Bem, eu também estava e bastante. Becca era igualzinha a Renata. Tudo bem que eu deixava o cabelo diferente, ela usava franja e eu tinhas mechas que caiam no rosto, ela usava óculos enquanto eu não precisava. Seus olhos eram diferentes também, mais amendoados enquanto os meus eram mais escuros.

Eu me vestia bem melhor também, ela fazia um estilo meio nerd, parecia tímida e meio Otaku, pelo menos tinha um caderno do Tokyo Ghul.

Becca usava uma jaqueta jeans surrada e camiseta preta que ao se aproximar mais eu pude notar que se tratava de uma camiseta do Death Note, usava uma calça larga e um tênis simples. Becca era uma Renata estragada, basicamente.

É importante ressaltar, você pode estar se perguntando porque Sony foi uma pessoa tão importante na minha vida e eu nunca falei dele antes pra vocês. Bem, isso se deve ao fato de Sony ser uma peça importante na história da Anne e como vocês sabem eu não gosto de falar disso, claro que isso é uma história então um dia vocês saberão do que se trata, não tenho como esconder de vocês, mas como diria o Aragorn de O Senhor dos Anéis: "Esse dia não é hoje.", se isso da Anne não colar, podem culpar esse autor estúpido por erro de continuismo, afinal minha história é perfeita, mas o autor não né, fazer o que, sera que o George R. R. Martin não tá livre pra escrever minha história? Se bem que eu acho que daí todo mundo já teria morrido...

Ao ver minha cara de bobo olhando para Becca, Sony entendeu como um sinal verde para que ele colocasse ela na minha.

— Então, Becca. O Henri já foi um grande amigo meu e veio me ver hoje, ele tem 17 anos, tá solteiro, é bonito, inteligente...

Becca se abraçou no braço esquerdo de Sony e tentou esconder seu rosto ali, ela murmurou algo que eu não consegui ouvir, mas Sony pelo jeito ouviu muito bem.

— Garota, você não pode ficar assim. Eu sou seu amigo e você tá precisando de um namorado!

— Não quero. Tô bem como estou. — respondeu ela para Sony — Desculpa, Henri.

— Ahn? O que? Ah sim, nem se preocupa, isso é coisa da cabeça do Sony. Também não quero namorar com você, embora você seja muito bonita.

— Vocês dois hein? Vou te contar, parecem iguais... — resmungou Sony.

— A noite, eu pareço muito mais com ela. — pensei.

— Vem cá, Hen. Vamos tirar uma foto pra eu mandar pra Carolzita. Porque nem ela vai acreditar que você veio me ver.

— Quem disse que não queria mais me ver foi você, não eu.

— Quem escolheu uma vadia ao invés dos amigos foi você, não eu.

— Porque vamos falar disso agora?

— Selfie time! — gritou Sony pra mudar de assunto — assustando Becca que estava ao seu lado.

Sony me puxou e puxou Becca para perto dele pegou o celular colocando na nossa frente para tirar uma foto.

— Sorriam! — disse ele esperando três segundos para sorrirmos e apertou o botão para tirar a foto. — Pronto. — disse ele olhando a foto e começando a enviar. — Adivinha quem foi o ingrato que veio me ver? — disse Sony enquanto escrevia o que dizia.

— Só me dá um segundo pra eu falar no telefone e eu já volto. — disse eu para Sony.

— Ok. — me respondeu.

Peguei meu celular e liguei rápido pra Carol.

— Oi Henri. — me respondeu ela ao atender.

— Você já recebeu a foto do Sony?

— Sim, o que tem?

— Viu que loucura?

— Eu sempre imaginei que uma hora vocês voltariam a se falar, pelo menos sempre torci por isso.

— Não, Caroline. Olha a guria que tá com a gente.

— A Becca? O que tem ela? Ah, Henri, não vem me dizer que você tá interessado nela? Ela é uma garota legal, não vai quebrar o coração dela não, se bem que seria bom ela se apaixonar por outra pessoa tenho certeza que ela é apaixonadinha pelo Sony e todos nós sabemos que ele é gay né…

— Carol, eu tô namorando, se liga. O que eu tô falando é que ela é igual a mim. Quer dizer, igual a Renata.

— O que? Nada haver. Você tá cego?

— Não, Carol. Olha bem, ela é igual a Renata.

— Nem pensar, Henri.

— Aff, para de discordar só pra me irritar, será que dá pra levar a sério?

— Eu tô falando sério, ela não é parecida com a Renata.

Desliguei o telefone com raiva, essa garota era igual a Renata e eu tinha que descobrir a verdade. Será que eu virava ela durante a noite? Voltei para perto dos dois e Sony me disse:

— Eu vou almoçar em um restaurante aqui perto pra esperar o meu namorado, vocês querem almoçar comigo? — adoraria ter companhia.

— Bem, eu tenho que sair, não posso ficar para o almoço. — respondeu Becca.

— Eu vou ficar, temos muito assunto para colocar em dia né, Sony?

Sony confirmou com a cabeça.

— Então eu vou indo… — disse Renata, digo Becca. Elas são muito parecidas, me confundo.

— Ok, tchau, Be. — disse Sony dando dois beijos nas bochechas dela, Becca me deu um tchauzinho com a mão e eu respondi igualmente. Depois eu e o Sony fomos para o tal restaurante. Era um restaurante ali perto do colégio dele, tinha mesas na parte de dentro mas sentamos na parte de fora, em uma mesa feita de madeira, almoçamos dois pratos feitos, como já falei antes Sony era gay, mas não era frescurento, ele comia de tudo.

— Como anda a vida então, Henri? — me perguntou Sony enquanto tomava um gole da sua H20H.

— Faz tanto tempo que não nos vemos que nem sei por onde começar ou o que me orgulhar de falar. Mudei muito desde aquele tempo…

— O que aconteceu com aquela bruxa?

— Não quero falar disso, Sony. Aliás, agora eu vou ser pai.

Sony me olhou incrédulo.

— Pai?

— Pois é, eu também não acreditei quando soube, mas eu to meio diferente quando você me conhecia, eu estava em uma fase meio cafajeste...

— O que? Você nem conseguia chegar nas garotas!

— É, as coisas mudam…

— Então você vai constituir uma familia? Casar e essas porras?

— Não, como disse andei meio cafajeste, foi uma garota que fiquei uma vez que ficou grávida…

— Que isso… Nem parece você.

— Pior que não parece mesmo.

— Então aquela história de existir um cara para uma garota então é coisa do passado.

— Não sei, talvez eu estivesse certo... mas vai saber né?

— Hm, tá namorando? — respondi que não com a cabeça — Apaixonado?

— Bem, digamos que sim...

— Ah, garoto... Mas não vai me dizer que é outra peste que nem aquela Julianne, se não quem não vai te aguentar agora vai ser a Carol.

— Não. Essa é... diferente.

— Hmmmmm falando em Carol, ela me disse que não está namorando mais também... Ela está bem triste... Fiquei com tanta pena, eles formavam um casal tão bonito...

Pensei um pouco nisso, eu andava tão preocupado com meus próprios problemas que havia esquecido dos da Carol e o pior, eu era o responsável pelo término de namoro dela. Eu tinha que aprender a me tornar menos egoísta e pensar mais na Carol.

— E você? Namorando então? — perguntei.

— Sim, ele é a coisa mais linda, você precisa conhecer, é meio desajeitado, mas isso o deixa mais fofo, meio nerd e otaku, mas ninguém é perfeito né? Olha uma foto dele! — disse Sony me mostrando o papel de parede do seu celular. O papel de parede se tratava de Sony, em um pub a noite, dando um beijo no rosto de um rapaz que sorri. Eu conhecia aquele rapaz, era eu.


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