Não Leia Essa História escrita por Just a Teller


Capítulo 28
Capítulo 28 - Uma notícia boa e outra ruim




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/576014/chapter/28

Uma notícia boa e outra ruim

Esse capítulo como o próprio nome deixa claro trata de duas notícias, uma boa e uma ruim, eu sempre detestei quando me perguntavam se eu queria primeiro a notícia ruim ou a boa, porque não tem como você saber se é melhor ter a notícia boa primeiro e ficar feliz para ficar triste logo em seguida ou é melhor o contrário? Porque mesmo que você fique feliz com a notícia boa a notícia triste ainda vai te chatear, é complicado, mas bem, qual vocês gostariam que eu contasse primeiro?

O legal disso é que não tenho como saber o que vocês preferem… Eu vou contar primeiro a noticia boa.

Eu e Dhébora tínhamos saído juntas naquela noite, fomos ao cinema do shopping ver um filme que nenhuma das duas viu, se é que me entende, é incrível como você pode ficar com uma pessoa quando se senta no fundo do cinema, poderíamos ter feito muito mais mas rolou apenas beijos e umas mãos bobas, eu não imagino sobre o que o filme se tratava, acho que devia de se tratar sobre a minha boca e a da Dhébora juntas, pois era a única coisa que me importou durante aquelas duas horas.

Saímos dali e fomos na praça de alimentação do shopping, sentamos em uma mesa qualquer e ficamos as duas de mãos dadas, até que a Dhébora pegou alguma coisa na sua bolsa.

— Eu não sei ser muito romântica ou falar coisas bonitas…

— Do que você tá falando, Dhé?

Dhé tira uma pequena caixa da mochila e coloca em cima da mesa.

— O que é isso?

— Abre…

Eu abro a pequena caixa e dentro dela tem dois anéis, ou melhor, duas alianças.

— Você tá me pedindo em namoro, Dhé?

Dhébora acenou que sim com a cabeça enquanto colocava a mão no rosto, ela estava ficando bastante vermelha, totalmente envergonhada, achei isso muito fofo.

— Não — respondi.

— Não? — perguntou ela com o tom um pouquinho desesperado.

— Com um pedido assim não. Cadê o romantismo? Cadê as provas de amor? Eu acho que eu mereço mais que isso...

— Re, por favor...

— Por favor o que? Eu nunca namorei, você acha que eu não mereço um pedido digno no meu primeiro namoro? — disse rindo enquanto me deliciava com a vergonha dela.

— Então você aceita?

— Com um pedido assim? Não, mas quem sabe se você pedir direito...

Dhébora ficou mais vermelha ainda.

— O que devo dizer, Re? Eu não sei fazer essas coisas.

— Bem, você pode começar dizendo o quanto gosta de mim, o quanto me acha bonita, o quanto me acha interessante ou inteligente...

— Re, eu...

— Não vai nem se ajoelhar?

— Renata!

— O que? Você acha que eu não mereço? — Já estava com o rosto doendo de tanto rir.

Dhébora se ajoelhou na minha frente e eu me levantei

— Re, eu me apaixonei por você de uma forma que nunca me apaixonei antes, você é linda, inteligente e eu adoraria poder ficar com você poder te chamar de minha namorada. Você quer namorar comigo?

— Levanta, Dhé...

Dhébora se levantou e eu enlacei os meus braços em seu pescoço.

— Claro que eu quero namorar com você.

Dhébora sorriu para mim.

— Ei gente, tá vendo essa gostosa aqui? É minha namorada! — gritei.

— Re... — suspirou Dhé bastante envergonhada.

— Desculpa, mas eu tinha que fazer isso...

— "Re"tardada...

— Minha "Dhé"aba... — beijei a Dhébora com vontade e depois voltamos a nos sentar e ficamos juntas por mais algumas horas, agora com alianças, agora como namoradas.

Essa é a noticia boa. Estão felizes, espero que sim. Será que a notícia ruim vai abalar a felicidade de vocês? Não sei, me digam depois...

No outro dia, de manhã eu estava indo para a escola com a Carol contando para ela a novidade.

— Então você está namorando?

— Sim! Minha primeira namorada, você acredita?

— Já era hora né? Aquela fase de pegar todo mundo já estava demorando pra acabar, vamos ver como vai ser essa agora…

— Fase?

— É, você teve várias fases, a nova agora de estar namorando, a de cafajeste, a de ser você mesmo e aquela que você não quer que eu fale.

— Ah, pode falar eu não ligo, eu hoje estou feliz pra caralho.

Carol riu.

— Você está tão afim dela assim?

— Eu estou apaixonado, Carol. A-PAI-XO-NA-DO.

— Hen, você já pensou como vai fazer quando isso acabar?

— Isso o que?

— Isso de você virar Renata, como você vai lidar com isso? Você não vai mais poder ficar com a Dhébora.

— Ei! Você quer me deixar triste agora? Não vou pensar nisso nesse instante, mas uma hora eu vejo isso, ok? Deve ter um jeito. Tem que ter.

Quando chegava na porta da escola avistei Dhébora, que entrava tão feliz quanto eu.

— Só um minuto, Carol, tenho que ver toda essa felicidade da Dhé pessoalmente.

Corri até a Dhébora para falar com ela.

— Oi Dhé, que felicidade toda é essa?

— Dá pra notar assim?

— Como não daria? O que houve?

Dhébora me mostrou a aliança na sua mão direita enquanto sorria largamente.

— Namorando, huh?

— Pois é... — disse ela sorrindo, a abracei.

— Parabéns, espero que seja feliz.

— Vou ser sim, ela é perfeita!

— Perfeita?

— É. Ela é bonita, inteligente, divertida, interessante...

— E sou eu. — pensei enquanto falava com ela.

— Fico muito feliz por você, Dhé. — respondi.

— Obrigada — disse Dhébora.

— Henri? — disse uma voz nasal vinda pelas minhas costas, me viro para olhar quem era.

— Linda?

Linda estava com um tampão no nariz. Tudo bem que ela não era a garota mais bonita do mundo mas com aquele bagulho tampando o meio do seu rosto a situação ficava bem estranha, mas eu imaginava porque ela usava aquilo, um cruzado de direita que a nova namorada da Dhébora lhe deu por encher o saco foi o responsável pelos problemas no nariz de linda.

Quando ela se aproximou de mim e da Dhébora, Dhébora já a olhou com certo receio que Linda fez questão de tirar rapidamente:

— Não se preocupe, Dhé. Já perdi aquela obsessão absurda por você, peço desculpas por aquilo, eu juro que estava fora de mim mesma, aquela não era eu, espero que me perdoe.

— Claro, Linda. Está tudo bem entre a gente.

— Fico feliz em saber... — Linda se virou para mim — Podemos conversar a sós? É meio que importante...

Eu olhei para a Dhébora que respondeu:

— Sem problemas. Eu vou ir entrando para a aula, até mais pessoal.

Dhébora entrou na sala de aula e eu e Linda começamos a conversar:

— Porque você não me atendeu? Liguei para você tantas vezes para que possamos conversar...

— Era você? Custava tirar o celular do número confidencial? Detesto esse tipo de ligação. Bem, o que houve? Vi que você ficou mais de um mês sem vir a aula. Fez alguma cirurgia no nariz? — Ri por dentro por saber exatamente o que havia acontecido com o nariz dela.

— Bem, Henri, desde que a gente ficou juntos eu fiz várias coisas que me arrependo entre elas o que me fez levar um soco na cara que estragou com o meu rosto por um tempo, mas isso foi bom...

Será que a Linda gostava de apanhar agora?

— Quer dizer não literalmente levar a porrada, mas foi bom porque me fez acordar das besteiras que estava fazendo e me dar tempo para mudar além de que ter ido no médico foi bastante importante no fim das contas. Eu pensei muito se deveria vir falar com você ou não mesmo sem ter certeza.

— Do que você está falando, Linda?

— Bem, Henri, eu pensei e se fosse eu no seu lugar eu iria gostar de que me dissessem o quanto antes para eu me preparar.

— Você não me passou nenhuma doença venérea né? — Linda riu.

— Não, Henri, eu passei todo esse tempo sem vir a aula mas não foi por causa do nariz ou por causa de nenhuma doença venérea, mas por eu ter levado aquele soco os médicos descobriram outra coisa bem mais importante. Eu estou grávida, Henri e acho que você é o pai.

Lhes apresento a noticia ruim.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!